CAPÍTULO 36



Capítulo 36 - O início do fim



OUÇA A MÚSICA ABAIXO,ENQUANTO LÊ:


gritou, furioso. – nos escolheu. Não é uma opção sua ou minha. Tem que ser feito. – Ele foi atrás de mim e entrou em minha frente.
- Eu sei disso. É por isso que vou conversar com a agora mesmo. – Eu sorri falsamente e voltei a deixá-lo falando sozinho. Ele suspirou, furioso.

Fui até a . Eu tinha que saber a opinião dela sobre aquilo, queria saber se estava tudo bem pra ela. Como o disse, a festa é dela. Ela está sendo tão detalhista com tudo, que talvez uma mudança dessa possa alterar seus planos. Não quero que isso aconteça. Porém, se estiver tudo bem pra ela, eu posso ter um novo par.

- ! – Eu cheguei por trás dela. Ela estava conversando alguma coisa com o .
- Oi . Senta ai. – Ela foi gentil, apontando um lugar vago na mesa. Fiz o que ela pediu. Me sentei na frente dela e de .
- Eu quero conversar com você. – Eu disse, sem jeito. Ela olhou pra alguém atrás de mim.
- É sobre o , né? – Ela deduziu, fazendo careta.
- Como você sabe? – Eu arqueei a sobrancelha.
- Ele está vindo pra cá e parece irritado. – sorriu, vendo chegar a nossa mesa e se sentar ao meu lado. Olhei pro , sem entender o que ele estava fazendo ali.
- O que você está fazendo? – Eu disse, impaciente.
- Essa conversa também diz respeito a mim. – sorriu falsamente. – E além do mais, quero ver de perto você arruinando os planos da . – continuou sendo sarcástico e olhou pra , esperando que eu falasse.
- Vocês estão me assustando.. – sorriu, nervosa.
- O que eu quero dizer é que.. – Eu hesitei dizer. – Eu e ele.. – Eu apontei um dos dedos pro . – Nós brigamos. Isso está se tornando insustentável. – Eu expliquei com sinceridade. – Eu pensei que talvez nós pudéssemos não dançar juntos. Quer dizer, você é quem manda. O que você escolher, está tudo bem. – Eu sorri, sem jeito. Vi que a cara de não foi boa. Ela não gostou nem um pouco daquilo.
- Que droga.. – revirou os olhos, pensativa.
- Nós precisamos mesmo fazer isso juntos? – perguntou, sério.
- Ok! Durante a festa, vocês podem escolher com quem querem dançar. – sorriu, sabendo que eu não pediria aquilo se eu realmente não quisesse. – Vocês também não precisam dançar a valsa juntos. – explicou. – Mas a entrada não tem como. Só vocês sabem os posicionamentos certos e a forma que foi ensaiada. Tem que ser vocês, juntos! – disse, séria. Eu e nos olhamos. Era bom o suficiente pra nós. Melhor do que nada, certo?
- Por mim tudo bem. – ergueu os ombros.
- Por mim também. – Eu sorri pra , agradecida. – Mas eu posso mesmo escolher qualquer pessoa pra dançar a valsa, certo? – Eu queria ver se eu realmente havia entendido. voltou a me olhar, furioso. Eu já estava pensando no garoto que eu levaria no lugar dele e isso deixava ele maluco!
- Sim. – confirmou. – Você também, . – Ela sorriu pro amigo.
- Ok.. – tentou fingir que estava feliz, mas não conseguiu. Na hora, eu não me importei nem um pouco com isso.
- Obrigada, ! – Eu sorri novamente e me aproximei, beijando o rosto dela.
- Não me arrumem mais problemas agora, ok? – riu pra mim e pro .
- Não vamos. – Eu ri, me levantando da mesa. Sim, eu realmente estava feliz por não ter que dançar com o . Ele estava insuportável nos últimos dias e eu não quero alguém que fique me irritando e estragando a festa. Eu quero que a festa da seja perfeita, como ela sempre sonhou e pra isso, eu tenho que estar longe do , para que não haja confusões.

também saiu da mesa logo depois de mim. Ele estava chateado. Achava que a não permitiria que não dançássemos juntos. Achou que teríamos que ficar próximos na festa, como ficamos nos ensaios de dança. Talvez, aquela aproximação faria ele recuperar o que havia perdido. Mas agora, tudo mudou. Eu ia dançar com outro cara e ia ter que assistir a cena sem dizer nada, sem reclamar, pois nada daquilo era mais seu.

Não vi mais o na escola naquele dia. Parecia que ele realmente havia ficado bravo com tudo o que havia acontecido, mas eu não me importo. Ele mereceu. Ele estava pedindo por aquilo, toda as vezes que foi irônico, insinuando coisas entre eu e o Mark. Falando em Mark, eu tenho que fazer algo. Me sentei em minha cama e peguei o meu celular em cima do criado mudo. Procurei o número do celular do Mark. Chamou umas 4 ou 5 vezes, quando ele finalmente atendeu.

- Alô? – Mark disse, ainda em choque por ver o meu número no visor do seu celular.
- Oi Mark. – Eu disse, sem jeito.
- Oi ! – Ele sorriu, feliz por estar falando comigo. – Como você está? – Mark perguntou, atencioso.
- Estou bem e você? – Eu também sorri, ao perceber a empolgação dele.
- Estou bem. – Ele respondeu, pensando no que eu diria a seguir.
- Então.. tudo pronto pra amanhã? – Eu perguntei, querendo entrar no assunto.
- Na verdade, não. – Ele riu, sem jeito. – Acho que não vou. Tenho alguns trabalhos pra fazer. – Mark mentiu. Na verdade, ele não queria ir para ter que me ver com o . Ele não sabia sobre o término ainda.
- Eu esperava que viesse. – Eu disse, meio decepcionada. Teria que encontrar uma outra pessoa pra dançar comigo.
- Bem, se você realmente quer que eu vá, eu posso tentar dar um jeito. – Mark disse, feliz pela minha manifestação.
- Não, não precisa. Tudo bem. – Eu já havia me arrependido de ter ligado.
- Você quer que vá? – Mark perguntou, sendo objetivo.
- Não, Mark.. – Eu ia argumentar, mas ele não deixou.
- Você quer que eu vá? – Ele repetiu a pergunta. Eu fiquei em silêncio por um tempo, pensando em como dizer aquilo.
- Eu não sei. – Eu neguei com a cabeça, me achando uma idiota. – Eu.. – Eu hesitei falar. – Eu não sei como dizer isso. – Eu comecei a rir, sem jeito.
- Pode falar.. – Mark riu. - Eu esperei que você viesse pra.. – Eu não conseguia dizer. – Pra.. dançar comigo. – Eu disse, muito sem graça. Eu queria desligar o telefone naquele instante.
- Wow, eu.. – Mark não estava acreditando. – Eu nem sei o que dizer. – Mark não conseguia ter reação alguma.
- Nem eu. – Eu ri, abobalhada.
- Bem, nesse caso eu faço questão de ir. – Mark disse, decidido.
- Tem certeza? Não precisa vir se não quiser. Foi só uma ideia que passou pela minha cabeça. – Eu tentei não pressioná-lo.
- Eu vou. Está decidido. – Mark disse, gentil.
- Ótimo. – Eu ainda estava sem graça. – Então, até amanhã, certo? Nos vemos na festa. – Eu esperei ele se despedir.
- Nos vemos na festa. – Mark repetiu, ainda sorrindo como um idiota. – Beijos. – Ele esperou que eu correspondesse.
- Beijos. – Eu disse e desliguei. Fechei os olhos e passei uma das mãos pelo meu rosto, inconformada com a minha idiotice.

Suspirei, rindo como boba. Eu havia ficado nervosa por ter falado com o Mark. Eu não sabia do que se tratava, mas eu sentia algo muito bom por ele. Algo que era totalmente diferente e mais fraco do que eu sentia pelo , mas eu adorava o carinho que ele sentia por mim. O carinho que o nunca me deu, já que ele sempre foi um grosso, que só sabe implicar com tudo o que eu faço. Eu sentia o amor de Mark em cada atitude dele, mas por algum motivo, esse amor nunca foi sentido por mim.

Resolvi dormir para que o dia seguinte chegasse logo. Eu estava muito ansiosa. Não só pelo Mark, mas pelos vestidos que eu usaria e para ver toda a felicidade da . A festa aconteceria no meio da semana. fez questão de fazer a festa no dia exato do seu aniversário. Por sorte, não teríamos aula no dia seguinte. Teríamos o dia todo para nos preparar para a grande festa.

estava irritado, porém havia uma ponta de esperança. Ele desconfiava que eu não seria capaz de abandoná-lo na festa. Ele me conhecia e sabia que eu não chegaria tão longe e que eu acabaria cedendo de alguma forma. De certa forma, também estava ansioso para a festa. Também havia esperanças sobre ela. Algo dizia a ele que aquela festa mudaria as coisas radicalmente.


- ! – Ouvi alguém me chamar. Pensei que estava sonhando e não me importei. – !!! – gritou mais alto, me fazendo dar um pulo na cama.
- PARA DE GRITAR, IDIOTA. – Eu gritei, quase pulando no pescoço dele.
- A esta desesperada no telefone, dizendo que está tentando falar com você há horas e não consegue. – me entregou o telefone.
- Que horas são? – Eu perguntei, me espreguiçando.
- São 11 horas. – disse, indo em direção a porta.
- Por que ela está me ligando ás 11 da manhã? – Eu fiz careta, colocando o telefone no ouvido. – Oi . – Eu disse, observando os edredons sobre mim. Eu estava quase dormindo sentada.
- ! – Ela gritou, me fazendo tirar o telefone do ouvido por alguns segundos, enquanto fazia uma careta. – Está tudo dando errado! – estava chorando.
- O que há de errado? – Eu perguntei, preocupada.
- O meu cabelo acordou uma porcaria hoje. O cabelereiro e a manicure estão atrasados e o meu vestido ainda não ficou pronto na costureira. – estava chorando descontroladamente.
- Calma, . Vai dar tudo certo. – Eu disse, passando uma das minhas mãos nos olhos. Eles estavam quase se fechando sozinhos. – Ainda está cedo. – Eu disse, fechando os olhos por alguns segundos. Eu só precisava descansar os olhos, é diferente de dormir.
- Cedo? São 11 horas da manhã! O aniversário começa em menos de 9 horas! – estava enlouquecendo. Eu apaguei por alguns segundos. Eu estava com sono, ok?
- ? – disse com voz de choro. – !!!!!!!!!!!!!! – gritou, sabendo que eu havia dormido. Acordei no mesmo instante.
- Eu estou aqui! – Eu suspirei, irritada.
- Meu sonho está indo por água abaixo e você está dormindo? Que tipo de amiga você é? – estava descontrolada. Eu não levaria isso a sério.
- Me desculpe. Você tem razão. – Eu revirei os olhos. – Já acordei. – Eu disse, um pouco mais acordada. – Tem algo que eu possa fazer? – Eu disse, me levantando lentamente da cama.
- Eu não sei. Você pode ir tentar ir na costureira e pressioná-la. – estava mais preocupada com o vestido.
- Ok, eu vou fazer isso. É naquele mesmo lugar, né? – Eu perguntei, querendo saber se era a costureira que havia ido outras vezes.
- É.. – disse aos soluços.
- Não chora, . Eu prometo que tudo vai ser perfeito hoje, ok? – Eu tentei animá-la, enquanto abria o meu guarda-roupa para pegar uma roupa.
- Ta bom. – disse, contendo o choro.
- Daqui a pouco eu estou ai com o seu vestido. Beijos. – Eu disse e desliguei o telefone em seguida.

Hora de me trocar. Peguei um shortinho e uma blusinha qualquer. Fui pro banheiro e encarei o espelho. Eu estava parecendo um zumbi. Prendi o meu cabelo, tentando parecer menos pior. Escovei os dentes, lavei o rosto e coloquei a roupa. Sai do banheiro, passei perfume e coloquei uma rasteirinha. Sai do quarto, procurando a chave do carro.

- , cadê a chave do carro? – Eu perguntei, vendo ele deitado no sofá assistindo algum programa idiota. - Por que? – fez careta.
- Por que eu quero a chave. – Eu respondi, irritada. Tinha que dar satisfação agora?
- Mas eu ia na casa da .. – fez bico.
- E o que está te impedindo? Você tem pernas. Vai andando. – Eu disse, rindo.
- Está falando sério? – arqueou a sobrancelha.
- Estou falando seríssimo. Você não vai querer dirigir essa lata velha, não é? – Eu fui irônica, já que ele havia chamado o meu carro de lata velha há alguns dias atrás.
- Então vai, garota. O que está fazendo aqui ainda? – jogou a chave pra mim e voltou a olhar pra TV, irritado. Eu percebi e me aproximei dele, beijei o seu rosto. – Sem ficar com raiva. – Eu ri e ele se afastou.
- SAI LOGO DAQUI, ! – Ele gritou, enfurecido.
- Já fui. Beijos. – Eu sai rindo. Eu adorava irritar meu irmão.

Fui pro carro e dirigi diretamente pra casa da costureira. Estava pronta pra fazer um barraco. O vestido tinha que estar pronto em menos de 1 hora. Ela teria que se virar. Toquei a campainha umas 4 vezes. Uma moça veio atender a porta.

- Olá, eu vim buscar o vestido da minha amiga. – Eu sorri falsamente.
- Você é amiga da ? – A moça perguntou.
- Sou. – Eu confirmei.
- Que ótimo. Por que eu acabei de terminar o vestido dela. – Ela disse, me surpreendendo. Poxa, nem deu pra fazer barraco!
- Ainda bem! Ela está desesperada. – Eu ri, sem jeito.
- Aqui está. – A moça deu uma sacola em minhas mãos. – Peça desculpas a ela por mim por ter entregado tão em cima da hora. – A costureira sorriu, chateada.
- Imagina, está tudo bem. – Eu menti. Deveria ter falado que a está quase cometendo suicídio.

Não quis nem olhar o vestido, já que queria que fosse uma surpresa. Não queria mais um motivo para estragar o dia dela. Dirigi rapidamente até a casa dela e quando cheguei lá, vi a felicidade dela quando viu o vestido em minhas mãos. Ela me abraçou umas 20 vezes.

- E você já conseguiu falar com o cabelereiro e a manicure? – Eu perguntei, curiosa.
- Consegui. Eles estão vindo. Devem estar chegando. Disseram que o carro havia quebrado no caminho, algo assim. – disse, feliz da vida.
- Então, os problemas acabaram? – Eu ri, vendo ela aliviada.
- Acabaram. – riu. – Meu cabelo continua uma porcaria, mas o cabelereiro vai dar um jeito nisso. – sorriu.
- Certo, então posso ir embora? – Eu disse, apontando pra porta.
- Pode. – gargalhou. – E você, já conseguiu um par? – se lembrou de perguntar.
- Já. – Eu confirmei.
- Quem? – Ela me olhou, curiosa.
- Mark.. – Eu sorri, sem jeito.
- .. – negou com a cabeça.
- O que? – Eu ri, sabendo do que se tratava.
- não vai gostar nada disso. – Ela negou com a cabeça.
- Quem se importa com a opinião do ? – Eu revirei os olhos.
- É bom você manter ele e o Mark bem longe um do outro. Não quero briga na minha festa. – me deu uma ordem.
- Não vai acontecer. Vai tudo ser perfeito. – Eu a tranquilizei.
- Espero. – sorriu, empolgada.
- Então, até mais tarde. – Eu disse, beijando o seu rosto.
- Até e obrigada mais uma vez. – Ela me abraçou uma última vez.
- Imagina. Fica linda, hein. – Eu disse, saindo pela porta.
- Eu ficarei. – Ela disse, se despedindo com uma das mãos.

Antes de ir pra casa, parei na Starbucks pra tomar café da manhã. Estávamos no meio da semana e meus pais não estavam em casa. Isso quer dizer que minha mãe não estava lá pra fazer café da manhã. Voltei pra casa, levando um lanche pro , que também não deveria ter tomado café da manhã. Abri a porta da casa e vi que a televisão estava ligada. certamente estava li.

- , trouxe lanche pra você. – Eu disse, fechando a porta com um dos pés, por que minhas mãos estavam ocupadas.
- SÉRIO? – Ele gritou de algum lugar da casa. Acho que da cozinha.
- Pega aqui. – Eu coloquei tudo sobre a mesa. Ele apareceu na porta da cozinha.
- Está querendo puxar o meu saco, agora? – sorriu.
- Só estou sendo uma boa irmã. – Eu sorri e pisquei pra ele.
- Eu vou sentir falta de brigar com você. – disse, abrindo o seu lanche. Olhei pra ele e fiquei observando ele por um tempo, enquanto ele comia. Ouvir ele dizer aquilo fez o meu peito se apertar. Era o meu irmão, sabe? Eu sentiria falta dele. Ele é a pessoa com quem eu mais convivi, com quem eu passei a minha vida toda. Eu mataria e morreria por ele sem pensar uma vez. Agora eu iria acordar todos os dias e não teria ninguém pra brincar ou acordar com gritos e almofadas na cara.
- Eu vou sentir falta disso também. – Eu comentei, um pouco chateada. estava tão entretido em seu lanche, que nem percebeu. Me afastei, para que ele não percebesse que eu estava chateada com tudo aquilo.

Eu perderia o . Eu sei, mas e o meu irmão? E os meus pais? Meus amigos? Eu também perderia todos eles. Eu estava começando a sentir as mudanças. O meu maior medo era do meu último dia em Atlantic City. Acho que a minha ficha só vai cair quando eu estiver vivendo o último dia com as pessoas que eu amo. Quer dizer, nem todas as pessoas, certo?

Eu passei a tarde pensativa com tudo aquilo. Decidi que deixaria pra pensar nisso na hora certa. A única coisa que eu tinha que fazer era viver os meus dias da melhor forma que eu conseguisse. não vai estar comigo, mas eu não vou deixar isso me abalar. Se ele estivesse, só me deixaria mais irritada e acabaria estragando tudo. Era bom que as coisas estivessem do jeito que estavam. Festa da ! Era nisso que eu tinha que pensar agora.

Já eram 7 horas da noite e já estava mais do que na hora de me arrumar. Fui tomar um demorado banho, enquanto pensava em qual das minhas sandálias eu usaria. Mentira! Era em que eu estava pensando. Não íamos mais a festa juntos. Com quem ele iria? Ele dançaria com alguém? Eu ia aguentaria vê-lo com outra garota? Eu só teria essas respostas na festa.

Sai do banho e voltei pro quarto pra me trocar. Encarei meus dois vestidos. O que eu usaria na hora da entrada era maravilhoso! O mais lindo que eu já vi na minha vida, mas eu tinha que usar o que pertencia a fantasia primeiro. Era um vestido enorme! Um típico vestido de princesa. infelizmente obrigou eu e as garotas a irmos de princesas, pois éramos as damas de honra dela. Tínhamos que ser princesas, porém princesas diferentes. Eu era a ‘Bela Adormecida’, portanto o meu vestido teve que ser rosa (VEJA O VESTIDO AQUI) .

Consegui colocar o enorme vestido depois de alguns minutos. A sandália também era rosa, mas ela nem aparecia. O que realmente diferenciou e destacou a fantasia foi a máscara que eu havia encontrado em uma loja perto da minha casa no dia anterior. Ela havia combinado perfeitamente com o vestido, além de tirar a inocência do vestido, dando uma pitada de mistério. Resolvi nem fazer nada com o cabelo. Deixei ele solto, prendendo apenas uma pequena parte das laterais dele para trás, para que a máscara não ficasse tão escondida.

- ! – Eu o chamei, para que ele me ajudasse a levar o vestido e as coisas que eu usaria pra me arrumar para a 2° parte da festa. apareceu no quarto, estava de terno. Ele e os garotos haviam combinado de ir de terno, para que não precisassem trocar de roupa para a 2° parte da festa.
- Uau, você está lindo. – Eu sorri, olhando pra ele. Havia gel em seu cabelo e o perfume estava forte demais.
- Eu sou lindo, garota. – Ele deu uma voltinha, enquanto dava uma reboladinha.
- vai enlouquecer. – Eu gargalhei, dando o vestido e uma sacola que tinha maquiagem, joias e o sapato.
- Eu sei que ela vai. – sorriu, suspeitamente.
- Contanto que você fique longe da minha cama, está tudo bem. – Eu disse e ele gargalhou.
- Deixa só você ir pra Nova York. Vou dominar esse quarto. – disse, me provocando.
- Eu vou trancar. Não quero saber. – Eu disse, rindo.
- Eu faço uma cópia da chave. Sem problemas. – Ele disse, enquanto descíamos as escadas.
- Continue sonhando, irmão. – Eu também gargalhei.

Chegamos na sala de estar da minha casa. Meus pais já haviam chegado do trabalho. Estavam na sala conversando sobre os últimos acontecimentos da família. Fofocas de família, sabe? Minha mãe quase chorou quando me viu.

- Filha, você está linda! – Minha mãe disse, se aproximando de mim e mexendo em meu vestido. - Obrigada, mãe. – Eu ri de toda a perplexidade dela.
- O não vem te buscar em casa? – Meu pai perguntou, olhando pra mim. Ele ainda não sabia sobre o término. Ele deveria saber, já que não voltaríamos.
- Não, vamos encontrar todos lá. – respondeu por mim.
- Não acredito que você vai pra longe de mim, . – Minha mãe fez cara de choro. Ela ainda não tinha superado a história de Nova York e não superaria tão cedo.
- Mãe, não começa. Ainda tem tempo. Deixe para fazer isso mais tarde. – Eu sorri, querendo que ela não estragasse a minha noite com aquele assunto.
- Tudo bem. – Minha mãe se conteve e sorriu. – Vão logo pra festa. – Minha mãe nos apressou.
- Vamos. – concordou, indo em direção a porta.
- Boa festa. Se divirtam. – Minha mãe gritou, nos vendo sair pela porta.
- Obrigada. – Eu agradeci. – Boa noite, pai. – Eu gritei e ouvi ele responder.

Eu e entramos no carro e fomos em direção ao salão de festa, onde aconteceria o aniversário. O lugar não era tão longe, mas também não era tão perto. Eu e o fomos relembrando algumas regras da valsa no caminho. Não éramos profissionais e tínhamos medo de envergonhar na frente de todos.

- O QUE? O Mark vai estar lá? – disse, chocado. Eu estava contando pra ele sobre a briga com o e que Mark seria o meu par.
- Vai! – Eu disse, sem entender a surpresa dele.
- , ele e o vão se matar na festa. – disse, certo do que estava dizendo.
- Não vão, por que eu não vou deixar. – Eu disse, como se eu pudesse impedir alguma coisa.
- Por que você fica arrumando essas confusões, hein? – negou com a cabeça.
- Eu não estou pedindo sua opinião, . Eu vou dançar com o Mark e está decidido. – Eu disse, irritada. Ele ia ficar do lado do agora?

Chegamos no local da festa. Tentei esquecer a breve discussão que tive com o . Não deixaria mesmo nada estragar a minha noite. Era o melhor dia da vida da minha amiga e eu viveria ele com ela. Tudo ia sair perfeito. Descemos do carro, o local já parecia lotado. Tinha muitos carros do lado de fora. Vi o carro do , do e do . Todos já estavam lá. As garotas também deveriam já estar lá, já que os meninos passariam buscá-las.

- Por que todo mundo já chegou? Não estamos atrasados. – olhou no relógio.
- Não estamos mesmo. – Eu concordei, levantando a parte debaixo do meu vestido, para que ele não se sujasse na grama.
- Eu vou levar suas coisas lá pra cima. Vai indo pra festa. – disse, me acompanhando até a porta do local. No andar de cima tinha um quarto enorme, que tinha reservado para eu e as garotas nos arrumarmos. Também tinha um quarto só pra ela se arrumar. Ela tinha mesmo pensado em tudo!
- Ok. – Eu sorri e vi ele se afastar. Abri a porta e vi uma sala quase vazia. Me lembrei que a festa era no andar debaixo. A música estava alta e a luz um pouco baixa.
- Qual o seu nome? – A moça da recepção perguntou. Devia ser algum tipo de controle de convidados.
- . – Eu disse, vendo ela anotar alguma coisa em um papel.
- Boa festa. – A moça sorriu gentilmente pra mim.
- Obrigada. – Eu agradeci, me afastando dela. Vi o inicio na escada e hesitei me aproximar dela. estaria lá, eu sabia que ele estaria de terno e que estaria maravilhoso. Eu teria que me controlar. Mark era meu par e era nele que eu tinha que me concentrar. Somente nele.

Me aproximei da escada e voltei a segurar a parte debaixo do meu vestido, para que eu não tropeçasse nele, enquanto eu descia as escadas. Cheguei até a ponta da escada e parei, vendo o quanto aquele lugar estava lotado. Eu nem sabia que conhecia tanta gente.

- Nossa, quem é aquela? – perguntou, olhando pro topo da escada. Ela estava em uma rodinha com , , e . virou-se para olhar e paralisou.
- É a ? – cerrou os olhos, tentando enxergar melhor.
- É ela.. – disse, sorrindo involuntariamente. Os olhos dele continuavam sobre mim, como se estivesse hipnotizado.

Comecei a descer as escadas lentamente por causa do meu salto. O vestido estava me atrapalhando um pouco, mesmo eu erguendo um pouco a sua parte debaixo. Olhei, esperando ver algum rosto conhecido, mas não vi ninguém.

Mark também me reconheceu de longe. Começou a andar em direção a escada, para que me encontrasse no final dela. Eu só fui vê-lo, quando estava quase no final da escada. Ele sorria pra mim, as mãos estavam pra trás. Ele estava de terno e estavam realmente elegante. Ele estava muito bonito. Mark era bonito, sempre foi. Eu só queria entender por que eu não sentia atração por ele.

saiu da sua roda de amigos, sem deixar de me olhar. Foi me acompanhando com o olhar, enquanto ia passando por todos e ia em direção a escada. Seu coração estava disparado apenas por ter me visto. Ele sabia que estávamos brigados, mas ele precisava se aproximar. precisava estar perto de mim nem que fosse por 1 minuto. Ele não entendia como era possível sentir aquele sentimento. Ele passou a tarde me odiando e me xingando mentalmente e agora, era só ele me ver que todo aquele ódio sumia, que ele sentia que precisava estar perto de mim, que ele descobria novamente que me amava.

Eu pisei no último degrau, quando fiquei de frente pro Mark. Ele não conseguiu dizer nada. continuava se aproximando. Abracei o Mark, inesperadamente. Era tão bom ter ele ali. Sem ele eu estaria sozinha naquela festa. Seria horrível e um enorme mico. Além do mais, eu estava com saudades dele. No instante em que o abracei, apareceu em minha frente. A expressão dele de decepção foi muito óbvia. estava maravilhoso com o seu terno e o seu cabelo perfeitamente arrumado. Eu continuava abraçando Mark, enquanto olhava . Ele não se movia. Parecia não estar acreditando.

desceu as escadas, chegando no salão. Logo viu o que estava acontecendo ali. Passou reto por mim e pelo Mark e foi até o . Percebeu que o amigo estava decepcionado e ao mesmo tempo tão furioso.

- Nem pense nisso, . – o empurrou, tirando-o dali. pensou em mandar pro inferno, voltar lá e quebrar a cara de Mark, mas ele estava decepcionado demais para fazer aquilo agora. Talvez dali algum tempo, quando sua raiva estivesse maior que sua decepção.

Terminei o abraço e olhei pro rosto do Mark. Ele sorria empolgadamente e eu tentei sorrir também. O sorriso não saiu como eu queria. Eu queria olhar pra onde estava para saber como ele estava, mas eu não consegui olhar. Olhei só pro Mark.

- O que esse filho da puta está fazendo aqui? – perguntou pro , quando o mesmo parou de lhe empurrar.
- Não começa, . – disse, quando eles chegaram novamente na roda de amigos.
- O que está acontecendo? – perguntou, sem entender nada.
- Mark é o que está acontecendo. – disse, negando com a cabeça.
- Oh.. – fez careta.
- Eu quero matar ele. – disse, respirando fundo e negando com a cabeça.
- Isso não faz sentido, . – arqueou a sobrancelha.
- Não faz sentido? O cara vive dando em cima da minha garota e agora vem como acompanhante dela na festa. – disse, irritado.
- Exatamente. O que a sua garota está fazendo com ele? – entendeu o que queria dizer.
- Nós brigamos, mas nós sempre brigamos. Esse é o problema dela! Ela é radical.. – negou com a cabeça. – Nós estamos brigados e mesmo assim eu não convidei ninguém pra vir comigo. Entende a diferença? – explicou, furioso.
- Então por que você quer bater no Mark? – abriu os braços, rindo.
- Por que eu venho querendo fazer isso desde Nova York. – sorriu falsamente. – Mantenham ele longe de mim. Eu estou avisando. – disse, bebendo mais um gole do seu refrigerante.

Eu e Mark continuávamos conversando. Ele estava me contando o quanto estava cheio de serviços ultimamente. A empresa em que ele trabalha está em expansão e o serviço só aumenta. Também contou logo entraria pra faculdade, cursando Administração.

- E você, está animada pra ir pra Nova York? – Mark perguntou, empolgado.
- Eu estou, mas.. – Eu sorri fraco. – Não é fácil largar tudo aqui. – Eu olhei pra ele e ele pareceu ter entendido o que eu quis dizer.
- É difícil no começo, mas.. – Mark sorriu. – Você sabe.. é o sonho de qualquer um estudar naquela faculdade. Você conseguiu. – Mark tentou me ajudar.
- Eu sei. Eu estou ansiosa pra começar a faculdade. Eu estou empolgada. – Eu disse com o sorriso um pouco mais empolgado. Isso não era mentira.

começou a nos olhar de longe. Ele não tirava os olhos. Ele queria estar atento. Se o Mark fizesse um movimento suspeito, ele estava ferrado. Mark percebeu os olhares de depois de um tempo. Tentou disfarçar, mas não conseguiu. Estava realmente incomodando ele.

- Me desculpa perguntar, mas.. – Mark quase riu. – Você e o não.. estão mais juntos? – Mark ficou mesmo sem jeito em perguntar aquilo.
- Não. – Eu respondi, sem entender o motivo da pergunta. – Por que? – Eu arqueei a sobrancelha.
- Porque.. – Mark riu, olhou rapidamente pro e depois pra mim. – Ele está olhando pra cá há um bom tempo com uma cara de quem quer acabar comigo. – Mark disse, me fazendo olhar pra trás. Olhei e vi nos olhando de longe. Fiquei furiosa! Ele quer estragar a minha noite, agora? Por que ele estava olhando pro Mark como se ele tivesse roubado alguma propriedade dele? Eu não era propriedade dele. Não mais.
- Droga.. – Eu suspirei, impaciente. – Eu já volto. Fica aqui. – Eu disse, depois de voltar a olhar pro Mark.

Comecei a andar em direção ao . Foi um pouco difícil passar por todas aquelas pessoas dançando e aquele enorme vestido não facilitava a minha passagem. parou de olhar, pois havia me perdido de vista. Começou a prestar a atenção na conversa dos amigos, que estavam ao seu lado. Finalmente cheguei até ele.

- O que há de errado com você? – Eu disse, indignada.
- Você está falando comigo? – sorriu, falsamente.
- Não se faça de idiota! – Eu cerrei os olhos.
- Idiota? Estamos falando do Mark agora? – quase riu.
- Esta vendo? Para com isso. – Eu neguei com a cabeça.
- O que você está fazendo aqui? Por que está perdendo o seu precioso tempo comigo? – também se irritou.
- Você vai ficar nos olhando a noite inteira? – Eu perguntei, irritada.
- Não acredito. – riu dessa vez. – O cara é tão homem que pediu pra você vir tirar satisfação comigo? – continuou rindo, sarcástico. Todos os nossos amigos olhavam a cena ao nosso lado, sem dizer nada.
- Dá pra nos deixar em paz? – Eu perguntei, cruzando os braços.
- Você convidou ele? – perguntou, sério.
- convidou ele. Eu só pedi pra que ele me acompanhasse. – Eu expliquei, impaciente.
- Olha a que ponto o seu desespero chegou. – riu novamente.
- Para de fazer gracinha, . – Eu coloquei a mão em seu peito e o empurrei levemente pra trás. – Eu estou falando sério. – A minha aproximação para empurrá-lo talvez tenha sido muita. olhou em meu rosto e percebi que ele olhou pra todos os detalhes do meu rosto.
- ? – Alguém nos interrompeu. Só consegui perceber que era a voz de uma garota. deixou de me olhar para olhar pra ela. não reconheceu tão facilmente, pois ela usava uma máscara. Inacreditável!
- Amber? – franziu a testa, sem ter certeza se era mesmo ela. Ela tirou a máscara, revelando-se. Quando ouvi ele dizer aquele nome, olhei imediatamente pra ela.
- Você ainda se lembra de mim? – Ela riu. Não, não pode ser.
- Wow! Quanto tempo! – a abraçou calorosamente. Ele terminou o abraço e a olhou, surpreso. – Hey pessoal. É a Amber. Se lembram dela? – disse, olhando pros amigos.
- Amber? É claro! – sorriu, surpresa.
- Faz anos que não te vejo, garota. – riu, abraçando ela.
- Eu sei! Eu senti falta das suas idiotices, amigo. – Amber sorriu pro . ‘Amigo?’ Ela está querendo morrer?
- Nós fazíamos ballet juntas! – relembrou.
- Você é prima da , né? – perguntou, mesmo já sabendo a resposta.
- Sim, eu sou. – Amber riu.
- Bem, acho que nós também somos primos agora. – disse, rindo.
- MEU DEUS, eu tinha me esquecido que vocês estavam namorando, ! – Amber sorriu pro . Ela estava empolgada por encontrar todos os seus antigos amigos.
- E você, ? Continua o mesmo safado de sempre? – Amber olhou pro meu irmão.
- Não, agora eu mudei. Estou namorando. – passou o braço em torno da cintura de , que sorriu, sem jeito.
- NÃO ACREDITO! Vocês.. dois? – Amber ficou muito surpresa.
- Só assim pra ele tomar jeito. – gargalhou e Amber riu junto.
- E você, ? Ainda joga? – Amber olhou pro . – Eu sou uma ótima jogadora de futebol graças a você. – Amber sorriu pra ele.
- É claro que eu ainda jogo e sim, eu sou um ótimo professor. – disse, se achando.

Oi? Eu ainda estava ali! Era esse o efeito que a Amber causa nas pessoas. Ela faz todas as pessoas se esquecerem de mim. Quando ela está por perto, é como se ela fosse a melhor. A melhor amiga do , a garota mais divertida pro , a amiga mais legal da e da , a garota mais inteligente para debater assuntos importantes com o e a garota mais incrível do mundo pro . Era por isso que eu a odiava, desde... Sempre! Ela também nunca foi com a minha cara. Nunca nos demos bem. Ela costumava passar as suas férias na casa da . Cada vez que ela vinha, nós brigávamos.

- Oi, . – Ela me olhou, sorrindo falsamente. – Você está.. diferente. – Ela quase riu, surpresa.
- Diferente? – Eu tentei não levar na maldade ou já diriam que eu tenho implicância com a garota.
- Sim, você .. cresceu. – Ela disse, olhando pra mim dos pés a cabeça. Ok, ou ela é lésbica ou ela está querendo dizer que antes eu era desnutrida e feia. Que abusada!
- Obrigada, eu acho. – Eu forcei um sorriso. Sabe o que me deixou mais irritada? Ela estava muito bonita.
- Eu não sabia que você vinha. – interrompeu nossa conversa. Por que esse imbecil não para de falar com ela?
- Eu não vim só pro aniversário. Eu tinha que trazer uma papelada pra faculdade. – Ela sorriu pro .
- Faculdade? – perguntou, sem entender.
- É, eu vou vir fazer a faculdade aqui. Vou morar com a . Ela não contou pra vocês? – Amber olhou pros amigos. Todos pareciam surpresos. – Parece que não. – Ela riu. Não, não pode ser. Estão brincando comigo. ERA SÓ O QUE FALTAVA!
- Eu não acredito! Que incrível. – comemorou.
- Wow! Não vejo a hora de voltarmos a fazer nossas compras. – também comemorou.
- Que legal! – sorriu, animado.
- Vamos marcar pra jogar futebol um dia desses. Quero ver se você ainda se lembra dos meus ensinamentos e dos nosso toques secretos. – propôs. Nossos toques secretos? Que merda é essa? É ISSO MESMO? Ninguém mais odiou essa ideia dela vir morar aqui?
- É só marcar. Eu vou adorar. – Ela sorriu, sem jeito. E se eu arrancar os cabelos dela? Ela também vai adorar? Não? Ok.
- .. – Eu disse, muito irritada. – Nós estávamos conversando. Lembra? – Eu sorri, tentando não parecer furiosa.
- Não se preocupa. Eu não vou mais te atrapalhar. – sorriu, sarcástico. – Amber? – Ele olhou pra Amber. – Dança comigo? – Ele perguntou, olhando pra ela. Eu olhei pra ele e cerrei os olhos. Ele não faria isso.
- Claro. – Amber voltou a sorrir, sem jeito. É claro que ela não perderia essa chance.
- Pronto, . Agora eu não vou ter mais tempo pra ficar incomodando vocês. – piscou pra mim, enquanto saiu com a Amber.

era um perfeito idiota, desgraçado. Ele sabia que eu odiava a Amber! Ele sempre soube que não nos dávamos bem. Ele também sabe que todos ali, inclusive eu, sabia que a Amber sempre foi MUITO afim dele. Ele só uniu o útil ao agradável ou ao desagradável. Ele meu deixou ali com cara de idiota. Por que eu tenho que amar esse idiota?

- Então.. – tentou disfarçar.
- Cala a boca, . – Eu disse, quando vi que ele já ia me zoar.
- Ok. – riu.
- Eu sei o que ele está tentando fazer. – Eu disse com um quase sorriso, pois não queria parecer tão irritada.
- É claro que você sabe. É o que você estava fazendo com ele até agora. – respondeu.
- Até agora? – Eu arqueei a sobrancelha. – Mas eu só vou começar agora, querido. – Eu sai, indo em direção ao Mark.

Mark estava pegando um salgadinho de uma das bandejas, que um dos garçons passou servindo. Cheguei até ele e ele sorriu ao me ver. Eu estava com tanta raiva, que eu nem conseguia disfarçar.

- Você está bem? – Mark perguntou, bebendo um gole do seu refrigerante.
- Estou. – Eu forcei um sorriso. – Vamos dançar. – Eu disse, segurando a sua mão e o arrastando pra pista de dança, perto de onde Amber e estavam.

Me certifiquei de que estava olhando, então me aproximei de Mark para que nós dançássemos colados. Coloquei meus braços em torno do pescoço do Mark e ele colocou os dele em torno da minha cintura. me fuzilou com os olhos, seu sangue subiu. Ele sabia o que eu estava fazendo.

- Você também está diferente, . – Amber tentou puxar assunto, vendo que alguma coisa estava errada.
- Eu? – arqueou a sobrancelha, voltando sua atenção pra ela. Queria tirar os olhos de mim e do Mark.
- Sim. Antes você era um garotinho. Agora você está um homem. – Amber disse, rindo.
- Você também. – sorriu, sem jeito. Ele percebeu que a Amber continuava interessada nele. Ela deixou tão evidente, que ele até ficou sem graça. – Quer dizer, não um homem. Está uma garota muito.. bonita. – riu da sua idiotice.

Aquela proximidade deles estava me irritando profundamente. Eles estavam conversando alguma coisa que eu não conseguia entender, mas que parecia ser algo sério. estava sem jeito e ela estava sorrindo como uma idiota. Eu não sei se estava conseguindo, mas eu tentei não deixar que Mark visse que eu estava de olho em .

Mark afastou meu corpo do dele e me girou, enquanto continuava segurando uma das minhas mãos. Quando terminei de dar a volta, ele me puxou de volta pra perto dele. Perto demais! viu toda a cena. Sua raiva aumentava a cada segundo. Amber finalmente percebeu.

- O que você está olhando? – Ela perguntou, olhando pra onde ele estava olhando.
- Nada. – olhou pra ela e sorriu.
- A como sempre com um garoto. – Amber comentou e riu. a olhou com um sorriso desajeitado.
- Sempre. – Ele concordou, apenas não dar nenhuma evidência sobre os seus sentimentos.
- Tem coisas que nunca mudam. – Ela sorriu, olhando de perto. – Pelo jeito o ódio entre vocês também não mudou. – Ela disse, sem saber a ironia que estava dizendo.
- E o ódio entre vocês também não parece ter mudado. – quase riu, olhando Amber de perto. Olhou seus olhos azuis de bem perto. Sempre achou eles bonitos.
- Agora nós temos mais uma coisa em comum. – Amber não perdia uma oportunidade. Ela não era tão atirada assim.
- É verdade. – riu, ainda sem jeito.

Mark e eu continuávamos dançando. Eu havia prometido pra mim mesma que pararia de olhar pro e pra Amber. Eu tinha que me concentrar no Mark. Ele estava ali por mim. Ele veio de Nova York só por minha causa, só pra não me deixar sozinha. Eu não podia ser tão ingrata.

- Você vai ter que me levar nas festinhas em Nova York, por que você será a única pessoa que eu vou conhecer lá. – Eu disse, tentando quebrar o silêncio. Não estava olhando pro rosto dele, pois nossos rostos estavam lado a lado.
- É claro que eu levo. – Mark sorriu, imaginando como seria divertido me ter por perto. – Eu conheço os melhores lugares. Eu tenho muitos contatos lá. – Mark disse continuou.
- Hm, então você é um homem de contatos? Vou ter convite VIP pra todas as festas de Nova York! É isso? – Eu disse, quase rindo.
- Quase isso. – Mark riu.- Eu sempre dou um jeito. – Mark explicou.
- Ótimo! Eu vou cobrar isso, hein. – Eu disse, bem humorada.
- E eu vou cumprir. – Mark voltou a rir.

estava transtornado, vendo de longe que eu e Mark estávamos rindo e nos divertindo. Como ele queria poder pular no pescoço do Mark naquele instante. A única coisa que ele conseguia pensar era que eu deveria estar dançando com ele! Era com ele que eu deveria estar rindo e me divertindo. Não com o Mark.

- Já te disseram que você é um ótimo dançarino? – Eu disse, depois de termos ficado em silêncio por um tempo.
- Já, mas eu nunca acreditei. – Mark descolou um pouco nossos corpos para que pudesse olhar em meu rosto.
- Deveria, por que é verdade. – Eu disse e sorri. Ele também sorriu, seus olhos desceram até os meus lábios e depois voltaram pros meus olhos. Eu fiquei meio sem reação.
- .. – apareceu do meu lado. Bem na hora, !
- Oi, . – Eu sorri pra ela, parando de dançar. Descolei totalmente o meu corpo do Mark.
- está quase pronta. Temos que subir e nos arrumar. – sorriu pro Mark, se desculpando por ter atrapalhado qualquer coisa.
- Certo. Vamos lá. – Eu disse, me afastando do Mark. – Nos vemos daqui a pouco. – Eu sorri pra ele e ele sorriu de volta. Se despediu com uma das mãos.

continuava observando tudo disfarçadamente de longe. Viu, quando eu subi as escadas com e . Voltou a olhar pro Mark e viu ele andando em direção ao lado de fora do local. Era a sua chance. Era fora do salão, por isso não estragaria a festa da . Olhou pra Amber.

- Eu tenho que ir ao banheiro. – sorriu pra Amber. – Eu volto daqui a pouco. – parou a dança.
- Claro. Tudo bem. Até depois. – Amber sorriu, sem jeito. Soltou a mão de e se afastou, para que ele pudesse sair.

Observou sair e acabou se dando conta de que ainda sentia algo por ele. Ela percebeu que estava ainda mais bonito do que da outra vez que ela o viu. Ele estava solteiro dessa vez, pelo menos não havia aliança alguma em seu dedo. Sorriu sozinha e começou a andar até onde seus amigos estavam. , e conversavam empolgadamente sobre o jogo dos Yankees que teria naquela semana.

- Olá, garotos. – Ela chegou e os garotos pararam o assunto.
- Amber! Oi. – sorriu. Um copo de refrigerante estava em suas mãos.
- Do que estão falando? – Ela quis se entrosar.
- Sobre o jogo dos Yankees. – respondeu.
- Vamos marcar de ver o jogo juntos. Eu adoro os Yankees. – Ela sorriu, adorando a ideia.
- Claro. Vai ser incrível. – concordou. Os meninos achavam ela incrível por causa disso. Esta vendo? Ela gostava de tudo que os garotos gostavam.
- Mas e as garotas, onde estão? – Ela procurou em volta, não achando nenhuma delas.
- Elas foram se trocar pra entrada da . – respondeu.
- E o ? Ele não estava com você? – perguntou, curioso. Era pro estar ali com eles.
- Ele disse que ia ao banheiro. – Amber quase riu. – Mas ele foi pro lado totalmente contrário. Acho que ele se perdeu. – Amber continuou rindo. Os garotos se entreolharam.
- Onde está o Mark? – cutucou o , olhando pra pista de dança.
- Não estou achando ele. – disse, preocupado.
- Droga. – negou com a cabeça.
- O é foda... – suspirou, irritado.
- O que está acontecendo, gente? – Amber fez cara de preocupada. Não estava entendendo nada.
- Pra qual direção ele foi, Amber? – nem respondeu a pergunta dela.
- Foi pra lá.. – Amber disse, ainda sem entender.
- Valeu.. – agradeceu e saiu junto com e .
- Hey, esperem! O que está.. – Amber tentou entender o que estava acontecendo. – Droga.. – Ele fez careta. Os garotos deixaram ela falando sozinha.

seguiu disfarçadamente Mark até o lado de fora. Não queria que ninguém o interrompesse dessa vez e também não queria que alguém da festa percebesse o que aconteceria do lado de fora do salão. passou pela porta e encontrou Mark de costas. Deu alguns passos em direção a ele.

- Olha só quem veio pra festa, diretamente de Nova York. – foi até o lado de Mark. Mark olhou pro lado e viu que era o . Revirou os olhos, sem paciência. – Não deve ter sido pela . – completou, sarcástico.
- Não, não foi só por causa da . – Mark respondeu, irritado. negou com a cabeça. Mark não tinha mesmo noção de perigo.
- Pelo menos você é sincero, certo? – se virou e olhou pro Mark.
- Eu não tenho motivos pra mentir, . – Mark quase riu. – Ao contrário do que você pensa, eu não tenho medo de você. – Mark disse, naturalmente.
- Eu acho que você está dizendo isso cedo demais. – sorriu, se segurando para não voar no Mark.
- O que você quer hein, ? – Mark perguntou, impaciente.
- Eu quero conversar com você, cara. Qual o problema? – continuou usando seu sarcasmo irritante.
- Já cansei disso, . – Mark virou de costas, indo em direção a porta do salão de festa. A raiva de triplicou, quando viu que Mark estava tentando fazê-lo de idiota, deixando ele falando sozinho. Andou até Mark e entrou em sua frente.
- Não, Mark. Nós vamos conversar. – empurrou o Mark, furioso. Mark o olhou e negou com a cabeça. Estava tentando se controlar também.
- Não encosta em mim, cara. Eu estou falando sério. – Mark sorriu, tentando esconder sua raiva.
- Ou o que? – abriu os braços. – Vai resolver virar homem, agora? Por favor, cara! Estou esperando por isso desde Nova York. – O nível de sarcasmo de era tão alto, que irritava Mark mais do que tudo. – Ou nós podemos chamar a pra te defender, se você quiser. – sorriu, apenas para acabar ainda mais com o Mark.
- Então é isso? É sobre ela que você quer falar? – Mark não se rebaixava um minuto e isso também deixava irado.
- Não, não. Eu esperava que nós discutíssemos a economia americana, mas já que você tocou nesse assunto. – ironizou, deixando Mark ainda mais furioso.
- É agora que você fica nervosinho por que eu sou o acompanhante dela, né? – Mark sorriu.
- Sério, Mark. Eu ainda não consegui acreditar na sua dificuldade pra entender que ela nunca vai se interessar por você. – riu, negando com a cabeça.
- Ela me ligou, . – Mark olhou seriamente pro . – Ela me pediu pra estar aqui com ela hoje. – Mark dizia com um tom de superioridade. – Por que você provavelmente magoou ela novamente. – Mark estava jogando tudo aquilo na cara do . cerrou os olhos, faltava pouco pra ele avançar em Mark.

, e continuavam procurando por e Mark pelo salão todo. Procuraram no banheiro e mesmo assim não acharam. deduziu que eles estivessem do lado de fora do salão. Eles sabiam que jamais estragaria a festa de . Se ele quisesse ter aquela conversa com o Mark, teria que ser fora dali. Foram em direção a saída do local.

- Então deixe-me ser claro sobre uma coisa. – Mark se aproximou de e disse, olhando seus olhos com raiva. – Sempre que a precisar de mim, eu estarei lá por ela. Seja pra consertar os seus erros, seja pra acompanhá-la, quando ela precisar de uma companhia ou para abraçá-la, quando ela precisar ser consolada. – Mark usou o mesmo tom de superioridade que estava usando antes. Foi o suficiente pra agarrá-lo pelo colarinho e jogá-lo contra a parede mais próxima.
- Se você encostar mais um só dedo nela. Eu juro por Deus.. – ia dizendo com toda a raiva do mundo. Nem Peter havia deixado ele tão irritado.
- ! – gritou, vendo pressionando Mark contra a parede de longe. Veio correndo em direção aos dois. – Solta ele, cara. – puxou . Quase não conseguiu tirá-lo de lá. e chegaram um pouco atrasados. estava na frente de , evitando que ele ficasse perto do Mark.
- Você não pode controlar o mundo. Você não pode controlar o sentimento das pessoas. Esse não é o SEU mundo! Não é você quem toma as decisões aqui. – Mark disse, furioso por ter avançado nele.
- MEU MUNDO, MINHA GAROTA, MINHA MÃO QUE VAI DEIXAR SEU OLHO ROXO SE VOCÊ NÃO DEIXAR ELA EM PAZ. – disse, enquanto ficava em sua frente, evitando sua passagem.
- Deixar ela em paz?. – Mark gritou, olhando de longe. o olhou, querendo ouvir o que ele tinha a dizer. – Sabe por que eu não vou deixá-la em paz? – Mark perguntou, retoricamente. , e olharam Mark para ouvir o que ele diria. – Por que eu AMO ELA. – Mark gritou.
- FILHO DA PUTA.. – tentou avançar em Mark novamente, mas e o seguraram pelo braço.
- SOLTEM ELE! Deixem ele me bater. Ele deve achar que isso vai fazer ele se sentir melhor. Ele deve achar isso vai trazê-la de volta. – Mark também começou a se alterar. teve que entrar na sua frente ou quem ia pra cima de seria ele.
- Você nunca vai amá-la como eu amo. Você nunca vai poder mudar o que eu e ela temos. Você nunca poderá mudar o que nós sentimos. – disse, certo do que estava dizendo.
- Sério, ? Então por que você não me explica por que há minutos atrás você estava dançando com outra garota e a estava dançando comigo? – Mark quase riu. ainda o segurava.
- É só pra isso que você serve, Mark! Me substituir! Você está no banco de reserva, meu amigo! Você só entra, quando eu saio de campo e eu não vou permitir que isso aconteça de novo. – sorriu, sabendo que havia acabado com o Mark.
- Eu quero mesmo saber como você vai fazer isso estando a centenas de km dela. – Mark disse e todos perceberam que ele se referia a Nova York.
- EU VOU ACABAR COM VOCÊ.. – tentou ir pra cima de Mark novamente, mas entrou em sua frente. – SAI, ! – gritou, furioso.
- Fica calmo, cara! – tentou acalmar o amigo.
- ESTOU MANDANDO SAIR DA MINHA FRENTE, PORRA. – tentou passar por novamente, mas também ajudou a impedi-lo. – FICA LONGE DELA, MARK. – gritou, mesmo sem conseguir se aproximar.
- , a entrada da vai ser agora. Deixa isso pra outro dia. – também tentou acalmar o amigo.
- Você não sabe nada sobre mim, . Eu nunca desrespeitaria ela. Eu jamais forçaria ela a alguma coisa. Eu nunca faria qualquer coisa pra estragar o namoro de vocês, por que apesar de tudo, eu quero vê-la feliz. – Mark disse em um tom menos irritado. – Mas vocês não estão juntos agora. Ela me quer com ela. Então eu vou ficar com ela. – Mark finalizou.
- Me poupe desse seu discursinho barato. Eu não acredito em você. Eu não confio em você perto dela e eu não gosto de você. – disse, um pouco mais calmo. e já haviam soltado ele.
- Eu não faço questão que goste. – Mark sorriu e negou com a cabeça.
- Vamos logo pra dentro, . – tentou arrastar pra dentro.
- Eu estou te avisando, cara. – disse com sinceridade, olhando pro Mark. - Ninguém vai me segurar da próxima vez. – disse, sério como nunca e saiu andando em direção ao salão.
- Desculpa, cara. – olhou pro Mark e forçou um sorriso. Mark negou com a cabeça, querendo dizer que estava tudo bem.
- Vai, vamos logo. deve estar esperando. – disse, chamando e .

Mark decidiu ficar lá fora. Preferia não ver a entrada. Preferia não me ver ao lado do . Era bem menos doloroso e a sua raiva não seria tão grande. foi até o centro do salão. Viu que o tapete vermelho já estava estendido, as luzes já estavam baixas. logo entraria. , e também foram para as suas posições. olhou pro topo da escada e não viu ninguém. Ele e os garotos estavam enfileirados pela ordem que tinha definido. e seriam o primeiro casal a fazer a entrada, e o segundo e eu o ficaríamos por último. olhava pro topo da escada a todo momento para ver se eu e as garotas já não estávamos descendo.

- Da próxima vez que me impedir de acabar com o Mark, você vai apanhar junto com ele. – disse pra em som quase inaudível, cumprimentando a Amber de longe. Olhou de relance pro topo da escada e quando viu que eu estava lá, ele nem sequer piscou. Sua boca se abriu involuntariamente e um sorriso fraco invadiu seu rosto.
- O que? – olhou pro , pois não havia entendido o que ele havia dito. nem o olhou, pois ainda me olhava no topo da escada. olhou pra ver o que o olhava e quando me viu, revirou os olhos. – Ah não, por favor! – fez careta.
- Ela esta linda.. – disse, quase sussurrando. Os olhos dele ainda estavam sobre mim, enquanto eu descia as escadas. Dessa vez, eu estava vendo ele. Eu vestia um vestido azul maravilhoso (VEJA O VESTIDO AQUI). O cabelo estava preso em um coque, as joias combinavam com a sandália e a maquiagem com a cor do vestido. descia as escadas bem atrás de mim. Ela usava um vestido verde claro (VEJA AQUI) e estava atrás dela, usando um vestido dourado (VEJA AQUI).

teve quase a mesma reação que , quando viu descer as escadas. sorria, esperando se aproximar. Também notou o quanto ela estava linda. ainda mantinha seus olhos sobre mim. Os garotos ficariam de um lado do tapete vermelho e as garotas do outro. Portanto, eu fui até a frente dele. Nos olhávamos sem vergonha ou constrangimento algum. O tapete vermelho estava entre nós, assim como estavam entre e e e . Aquele realmente não estava sendo um aniversário clássico com músicas lentas e marchas previsíveis.




OUÇA A MÚSICA ABAIXO,ENQUANTO LÊ ESSE TRECHO:





As luzes se apagaram e eu não pude mais vê-lo. Uma luz forte focou a ponta da escada, quando a música ‘Move Your Feet’ começou a tocar. apareceu no topo da escada, ela estava maravilhosa. Seu vestido era enorme e brilhante (VEJA AQUI). Ela sorriu e começou a descer as escadas lentamente. Todos estavam olhando pra ela, como ela sempre sonhou.

Chegou no final da escada e estava lá para segurar a sua mão. sorriu pro e ele disse ‘Você está maravilhosa’ sem emitir som algum. Ela piscou discretamente pra ele. foi ao lado do e ele estendeu o seu braço para que ela colocasse o seu braço junto ao dele. Ela fez isso. Então, uma luz se manteve sobre eles, enquanto outra focou uma parte do tapete vermelho. Seria onde nós dançaríamos e introduziríamos a entrada de no tapete vermelho.

A música ficou mais alta e soube que havia chego a hora. Ela foi pro centro do tapete vermelho, enquanto colocava um rayban e fazia uma dancinha esquisita. Começou a fazer aquele já conhecido passo, em que você passa dois dedos pelos olhos. Eu e todos os outros convidados começamos a rir. A intenção de era exatamente essa. Diversão! e quase nem se tocaram, apenas dançaram próximos no ritmo da música.

olhou pra e riu, já envergonhado do que faria. riu e pisou no tapete vermelho. colocou as mãos em sua cintura e fez o mesmo. Ele se encararam e quando ficaram frente a frente, começaram a mexer a cintura pausadamente no ritmo do refrão. Quando chegou na parte do ‘ohhh’, eles ergueram uma das mãos e as giravam, como se estivessem rodando um laço, prestes a laçar um boi. Foi a coisa mais engraçada do mundo. Repetiram o mesmo passo umas três vezes.

Chegou a minha vez e do . Nos olhamos e já estávamos rindo. se aproximou no ritmo da música, assim como eu. Coloquei minhas mãos na cintura, mexendo-as de um lado pro outro. chegou em minha frente e estendeu suas duas mãos. Eu as segurei. Ele soltou uma delas e com a outra me girou. Depois que me girou, manteve-se segurando a minha mão. Ficou de costas pra mim, levando minhas mãos para a sua cintura. Colocou suas duas mãos pra frente, assim como eu e começamos a trazer nossas mãos pra trás e depois pra frente, como se estivéssemos puxando duas alavancas. A cada vez que puxávamos, dávamos um pulinho e mudávamos de lado (eu é quem ficava de costas pra ele e ele ficava atrás de mim). Fizemos isso umas 5 vezes, até que saímos do tapete vermelho, ficando ao lado dos outros casais.

A luz então focou apenas e . Eles pisaram no tapete vermelho. girou e eles dançaram de forma menos extravagante, como se estivessem em uma balada. segurava o seu grande vestido, enquanto ela e batiam um dos lados de suas cinturas. A dança deles também foi um pouco mais longa, por motivos óbvios. Muitos convidados da festa também dançavam, mesmo estando fora do tapete vermelho.

A música acabou e e finalizaram em uma pose engraçadíssima. Os convidados riram e aplaudiam a grande criatividade. Eu, e o resto grupo riamos como retardados, um zoando a dança do outro.

- , fiquei muito excitado com rebolado. Juro, cara. – disse, tentando ficar sério.
- Valeu, mas a sua dança do canguru não foi nada sensual. – gargalhou.
- Pois é, o sol me atrapalhou. – disse e todos olharam pra ele, sem e entender.
- Que sol? – arqueou a sobrancelha.
- E por que vocês acham que o está usando esse belo rayban? – olhou pro e todos riram, entendendo a piada.
- Para de ser invejoso, . – gargalhou.
- Se alguém colocar isso no youtube, vai ter porrada. – disse, tentando se manter sério.
- Eu não vou colocar, amigo. Acredite. – disse, também estava envergonho com a sua dança.
- As ideias da são geniais. Todos se divertiram. – gargalhou.
- Eu também adorei a ideia. – Eu também ri.
- Eu achei que você não iria lembrar dos passos. – sorriu pra mim, querendo puxar algum assunto.
- Eu ensaiei com as garotas. – Eu disse e nós dois rimos.
- Boa estratégia. – sorriu, me olhando daquele jeito nem tão sério e nem tão alegre, que me deixava constrangida.

começou a cumprimentar os seus parentes mais próximos. Alguns ela abraçou, outros ela apenas cumprimentou de longe. Também abraçou os amigos, agradecendo por tudo ter saído como ela imaginou. Ela não tinha tempo de falar com todos que estavam lá, por que a valsa estava prestes a começar.

A hora da valsa foi anunciada pelo microfone. Todos foram pro centro do salão. O tapete vermelho foi retirado e uma roda foi feita em volta da . se aproximou, enquanto a valsa começava a tocar. Ele puxou pra mais perto e eles começaram a dançar a valsa. Essa era a parte mais tradicional da festa. e eram perfeitos juntos. Depois de um tempo dançando sozinhos, outros casais se juntaram a e .




TROQUE A MÚSICA ABAIXO,ENQUANTO LÊ:





Os casais começaram a dançar a valsa. continuava dançando maravilhosamente com o . com a . e finalmente descobriram a diferença entre valsa e forró e ali estava eu, parada no centro do salão, procurando por Mark. Onde ele estava? E se eu estava ali sozinha, com que estaria? Amber era o meu primeiro e mais certeiro palpite.

estava de pé, já um pouco distante do centro do salão. Não tinha intenção nenhuma de dançar. Sabia que eu dançaria com o Mark, então não queria ir até e se humilhar. Não estava sentindo vontade alguma de dançar. Ele era um dos poucos que estava afastado do local da dança. Amber percebeu e decidiu ir até ele. Não seria uma má ideia arrastá-lo pra dançar com ela. Amber se aproximava e percebeu e sorriu. Olhou pra pista de dança e me viu sozinha. O sorriso desapareceu do seu rosto. Amber não entendeu o que havia acontecido.

- Então você vai ficar a noite toda sozinho? – Amber disse, assim que chegou em frente ao . Ele deixou de me olhar para olhá-la. – Não vai dançar? – Amber disse, esperando pelo convite. voltou a olhar pra mim. Eu ainda estava sozinha no centro da pista de dança. Algo estava errado. Mark não estava lá!
- Na verdade, eu vou. – sorriu pra Amber. – Com licença. – disse, desviando de Amber e indo em direção a pista de dança.

A música continuava tocando e eu ainda estava parada no centro do salão. Esperava que Mark aparecesse no meio de toda aquela gente, que observavam a valsa. Estava pronta para abandonar o local da dança, quando alguém atrás de mim segurou a minha mão e me puxou. O forte puxão fez com que eu desse uma volta completa perfeita pra trás, que eu jamais seria capaz de dar, mesmo se tivesse ensaiado. Depois de terminar a volta, meu corpo se chocou contra o dele. Eu e estávamos tão próximos, que se um de nós nos aproximássemos mais um pouco, nos beijaríamos. Meus olhos decaíram até seus lábios rapidamente. Uma das mãos dele estavam em minha cintura e ele me olhava de forma tão séria e tão sedutora, que a minha vontade de beijá-lo triplicou. Ficamos naquela mesma posição por um tempo.

- O que.. você está fazendo? – Eu disse, gaguejando. Ainda dividia meus olhares entre os lábios e os olhos dele.
- Bem, tem gente que chama isso de dançar, mas.. eu não sei. – sorriu fraco, sem mostrar os dentes. Ele sabia! Ele sabia que estava me deixando maluca com tanta proximidade. Eu também o odeio por isso. – Vamos, pegue a minha mão. Isso já está ficando um pouco constrangedor. – disse, vendo que muitas pessoas olhavam pra nós, que apenas tínhamos nossos corpos grudados. Não havíamos começado nenhum movimento de valsa. Levei minha mão até a dele e a minha outra mão estava em um de seus ombros, como nos ensaios.

O inicio da dança, fez com que nos afastássemos um pouco, porém ainda estávamos muito próximos. Olhei pro rosto dele de bem perto para que pudéssemos conversar. Ele também olhava pra mim, enquanto dançávamos valsa entre os outros casais.

- Onde está o Mark? – Eu perguntei, séria. Logo imaginei que havia feito algo com ele.
- Preso no banheiro, provavelmente. – sorriu, achando graça.
- ! – Eu olhei pra ele, furiosa. Como ele pôde trancar o Mark no banheiro?
- Eu estou brincando! – me olhou, irritado. – Eu não sei onde ele está. Só sei que ele não está onde deveria estar, certo? – disse, se referindo a ausência de Mark durante a valsa.
- Deve ter acontecido alguma coisa. – Eu tentei justificar para não parecer idiota e não assumir que havia levado um bolo do Mark.
- Não importa. Ele não está aqui, eu estou. – sorriu falsamente. – Aliás, de nada. – disse, querendo que eu agradecesse ele por estar dançando comigo.
- Se está sendo tão difícil pra você fazer isso, por que você está aqui e não, dançando com a.. Amber? – Eu revirei os olhos ao dizer o nome dela.
- Por que eu sou um cavalheiro e não vou deixar você aqui sozinha. – respondeu com irritação, depois de revirar os olhos. – Mais alguma pergunta ou nós podemos dançar? – arqueou a sobrancelha, me olhando seriamente.

Não respondi, apenas suspirei, impaciente. Ele sorriu, satisfeito, pois sabia que eu atenderia o seu pedido. Aproximei ainda mais meu corpo do dele, fazendo com que a mão dele subisse alguns poucos dedos em minha cintura. Deixei de olhá-lo e aproximei meu rosto do dele, deixando nossas bochechas lado a lado. Elas se tocavam em alguns momentos.

Tudo aquilo estava sendo absurdamente estranho, tanto pra mim, quanto pra ele. Nós não estamos juntos, mas de repente estamos tão próximos de novo. O perfume dele já estava impregnado em meu nariz e as mãos dele me tocando, faziam com que eu sentisse uma estranha e boa sensação. Ele soltou a minha cintura e afastou o corpo, levantando minha mão para que eu girasse. Eu disfarcei um sorriso, quando notei qual era a intenção dele. Eu girei e ele voltou a me puxar pra perto. Voltamos a dançar na mesma posição de antes.

- Não deixe a saber, mas... – hesitou dizer. A voz dele sussurrando em meu ouvido me fez estremecer. Me arrepiei da cabeça aos pés e ele certamente notou. Aquela voz calma, doce e ao mesmo tempo tão sedutora, provavelmente não me deixaria dormir naquela noite.

Ele parou de dançar e deslocou o seu rosto para poder me olhar nos olhos. Meus olhos voltaram a ficar indecisos entre os lábios e os olhos dele. Ele segurou com mais firmeza em minhas costas e foi me deitando, arqueando seu corpo por cima do meu. Segurei o seu braço com medo de cair, mas eu sabia que ele jamais me deixaria cair. Nos olhamos por um bom tempo naquela posição. Eu jurava que ele me beijaria naquele instante. Eu estava errada. Ele ainda tinha que terminar a sua frase.

– Você.. é a garota mais linda da festa. – sorriu de forma doce e foi me levantando, fazendo com que ficássemos de pé e frente a frente novamente. Nos encarávamos, sem saber como reagir. Até esquecemos que havia música.
- Obrigada. – Eu sorri fraco, totalmente sem jeito. Até parecia que era a primeira vez que estávamos flertando. A mão dele ainda estava em minha cintura, a minha em seu braço. Nossas outras mãos ainda estavam coladas. Meu coração disparou totalmente quando os olhos dele desceram fixamente para os meus lábios.
- Me desculpa, ! – A voz de Mark quebrou rapidamente o clima que estava se estabelecendo ali. suspirou lentamente e revirou os olhos.
- Eu não acredito nisso... – negou com a cabeça, afastando-se do meu corpo para poder olhar Mark. Eu também olhei pro Mark, sem jeito por ele ter visto aquela cena. Ele deve estar confuso. Quer dizer, eu chamo ele pra ser meu par na festa e agora eu estava dançando com o meu ex-namorado. Qual o sentido disso?
- O que aconteceu? Tudo bem? – Eu perguntei, achando que algo havia ocasionado o seu atraso.
- Tinha uma garota passando mal lá fora. Eu levei ela pra casa. – Mark sorriu, chateado por ter perdido a valsa. - Agora ele é um herói.. – riu e encarou o chão. Não achava possível que eu acreditasse naquilo. - Mas tudo bem, por que parece que você já arrumou companhia. – Mark sorriu, depois de encarei furiosamente o . Ele parecia chateado. Não estava chateado comigo. Estava chateado consigo mesmo por ter perdido aquela valsa, que poderia ser o começo de qualquer coisa entre nós.
- Não, não.. – Eu disse, depois de me afastar um pouco do , que me olhou, furioso. – Nós só estávamos.. – Eu tentei explicar.
- Dançando! – completou a minha frase sorrindo falsamente pro Mark.
- Podem continuar. – Mark sorriu sem mostrar os dentes. Voltou a me olhar daquele jeito. Cortou o meu coração. – Eu só queria te explicar o por que de eu não ter aparecido. Eu.. – Mark continuou dizendo, quando viu o papel de idiota que estava fazendo ali no meio do salão. Eu e estávamos dançando e agora ele estava ali explicando coisas, que agora não tinham importância alguma. – Não importa. – Ele riu de si mesmo. - Nós nos vemos depois. – Mark sorriu fraco pra mim e saiu, todo decepcionado. Olhei ele se afastar e continuava ao meu lado, esperando pela minha próxima atitude.

Eu estava me sentindo horrível. Eu não podia ficar colocando ele no meio disso tudo. Quer dizer, eu briguei com o . Era só nesses momentos que eu ia atrás dele, quando o não estava presente, quando eu não podia correr pro . Isso estava me corroendo por dentro. Aquilo era egoísmo. Eu não sou assim. Eu não decepciono as pessoas que eu gosto. Eu não quero machucar nenhum deles. Tudo o que eu tenho feito ultimamente parece ser errado. Continuei olhando Mark se afastar. Eu tinha que ir atrás dele. Nem que fosse pra pedir desculpas e explicar o que realmente estava acontecendo. Qualquer coisa! Dei alguns passos em direção ao Mark, quando meu braço foi segurado bruscamente.

- O que você acha que está fazendo? – disse, me encarando. Seus olhares furiosos me matavam.
- Eu vou atrás do Mark. – Eu disse, olhando pra mão dele, que ainda estava apertando o meu braço.
- Não, você não vai. – sorriu e negou com a cabeça, incrédulo.
- Eu não tenho tempo pro seu ciúmes agora, . – Eu disse, tentando sair dali, mas a mão dele ainda estava em meu braço. – Me solte. – Eu puxei o meu braço com força.
- Eu vim aqui para que você não ficasse sozinha e agora você vai me deixar aqui? – tentou dizer com raiva. Ele ainda não acreditava que eu faria aquilo.
- E você acha que o Mark está aqui por que? – Eu perguntei, começando a ficar irritada. – Era pra ser você! Se você não fosse tão desprezível, infantil e idiota, o Mark não precisaria estar aqui essa noite. – Ok, agora eu estava irritada. – Mark veio pra me fazer companhia, . Eu não posso deixar ele sozinho. – Eu disse, tentando me livrar da mão dele novamente. O ódio nos olhos dele aumentaram.
- E por que você acha que eu estou aqui no meio desse salão, vestindo essa roupa quente e ridícula? – não estava conseguindo demonstrar a sua raiva. Ele estava se esforçando, mas havia decepção em sua voz. Olhávamos fixamente um pros olhos do outro.
- Amber está ali. Ela daria a própria vida pra dançar 2 minutos com você. Vá até lá e faça essa caridade. – Eu sorri falsamente, vendo Amber nos observar de longe. Ela conversava com algumas garotas. Acho que eram outras primas de .
- Eu não quero ela. – disse, impaciente. Fez uma pausa e suspirou, sendo vencido pela falta de orgulho. – Eu quero você. – disse de forma mais calma. Me olhou, esperando a minha reação. A minha raiva parecia ter ido embora. Meu coração voltou a disparar.
- Eu não posso fazer isso agora, . – Eu neguei com a cabeça, enquanto todos os sentidos do meu corpo pediam o contrario. Pediam que eu ficasse ali com ele.
- Por que não? – me olhou, indignado. – Por causa do Mark? – Ele fez careta.
- , tenta entender. Por favor! – Eu pedi, quase implorando. Ele não precisava dificultar as coisas agora.
- Eu não quero entender nada! – disse, furioso ao perceber que eu não havia cedido, mesmo depois do que ele havia dito. – Eu quero que você escolha. – me encarou, sério.
- Escolher? – Eu arqueei a sobrancelha. – Escolher o que? – Eu tinha uma hipótese, mas ela não podia estar certa.
- Eu ou o Mark. – soltou o meu braço, voltando a ficar de frente pra mim. Eu paralisei. Ele não podia estar fazendo isso comigo. Ele não podia estar me pedindo pra escolher. Era ridículo e totalmente injusto.
- Eu não vou fazer isso. – Eu sorri e neguei com a cabeça. Ele deveria estar brincando.
- Se você não escolher, eu vou considerar que você o escolheu. – continuava me olhando, sério.
- , não faz isso comigo. – Eu neguei com a cabeça, sentindo meus olhos arderem.
- ESCOLHE. – gritou, enfurecido. – AGORA! – continuou gritando. Várias pessoas a nossa volta pararam pra nos olhar.
- Para, ! – Eu pedi, sentindo meu corpo estremecer.
- Escolhe ele e eu juro que você nunca mais vai me ver. Eu não vou atrapalhar vocês! Eu juro. Eu só preciso ouvir você dizer. – disse, tentando esconder o quanto aquilo deixava ele mal.
- Para, para.. – Eu pedi, negando com a cabeça.

Você deve estar se perguntando: ‘você ama ele! Por que não escolhe ele de uma vez?’ Bem, apenas duas palavras pra você: Nova York. Como eu podia escolhê-lo, sabendo que dali algumas semanas eu vou estar em Nova York? Como escolhê-lo, sabendo que há dias atrás, eu escolhi Nova York? E eu sei que se eu o escolhesse, ele não me deixaria chegar perto do Mark. Mark estava ali por mim. Como eu poderia faz isso com ele? tinha que entender. Tinha que entender que eu só precisava dançar uma música com o Mark. Eu só precisava fazer o que ele viajou centenas de km pra fazer. não entenderia nisso. Ele nunca entende que eu odeio magoar as pessoas. Eu odeio fazer com as pessoas, o que eu tanto evito que façam comigo.

- Se você me escolher, eu prometo que eu passo por cima de tudo. Passo por cima do Mark, de Nova York. Qualquer coisa! Apenas escolha. – disse, como se fosse a coisa mais fácil do mundo!
- Você é maluco? Você tem noção do que você está me pedindo pra fazer? – Eu disse, indignada.
- Estou te dando a última chance de demonstrar o que você sente por mim. Estou te dando a sua última chance de lutar por isso. – disse, sério. Percebi que os olhos dele iriam começar a lacrimejar a qualquer momento.

Eu estava pronta pra escolhê-lo. Juro! Mas eu tinha que falar com o Mark antes. Eu tinha que explicar pra ele o que estava acontecendo. Eu tinha que deixá-lo ciente, antes que ele visse eu e nos beijando em algum canto da festa. Eu não posso fazer isso com ele. Eu não amo o Mark. Eu nunca vou amá-lo. Não da forma que ele quer. Eu amo o . Eu tenho toda a certeza do mundo. Mas eu não sou uma vadia quebradora de corações. Eu só preciso de 10 minutos pra explicar pro Mark. 10 MINUTOS e eu volto pro . Era a única coisa que eu queria.

continuava me olhando, aflito. Esperava pela minha escolha. O medo da minha resposta consumia cada parte do seu corpo. Uma escolha e nós realmente voltaríamos a ficar juntos. Uma escolha e tudo estaria acabado. Olhei pra ele e respirei com dificuldade.

- , eu preciso conversar com o Mark. – Eu respondi e neguei com a cabeça. paralisou e continuou me olhando com raiva, enquanto seus olhos se enchiam de lágrimas.
- Ok, você fez a sua escolha. – disse com a voz trêmula. Meu coração se apertou. O desespero invadiu o meu peito, quando ele saiu, me deixando ali sozinha.
- Não, espera, . – Eu disse, correndo atrás dele, que estava indo em direção a saída do local. Quando o alcancei, entrei em sua frente. Já estávamos do lado de fora do salão. – Espera, ! – Eu coloquei uma das mãos no seu peitoral, fazendo-o parar de andar. Me olhou, furiosamente. Uma lágrima havia escorrido pelo seu rosto. Eu consegui ver os rastros dela em sua bochecha. – Me escuta! – Eu gritei, ficando cada vez mais desesperada. Ele estava chorando agora, por causa de mim! Voltei a olhar o vestígio de lágrima em seu rosto.
- Eu entendi, . – respondeu de forma grossa.
- Espera.. – Eu pedi, sentindo meu olhos se encherem de lágrimas. Me aproximei dele e coloquei minhas duas mãos em seu rosto, o olhando de mais perto. – Não faz isso. – Eu pedi, negando com a cabeça, enquanto começava a chorar.
- Presta a atenção, por que eu só vou dizer uma vez! – continuou sendo grosseiro. Colocou a mão em minhas mãos, que ainda estavam em seu rosto e as tirou de lá de forma grosseira. – FICA - LONGE- DE- MIM! – Ele quase soletrou, gritando. – Eu não quero mais ver você. – continuou me olhando. Mais lágrimas alcançaram os seus olhos e ele fez a cara mais triste do mundo, quando tentou escondê-las de mim. Me condenou com os olhos uma última vez e se virou, saindo e me deixando ali sozinha, observando-o se afastar. Ele não estava indo embora da festa, estava voltando pra dentro do salão.

Um dor enorme invadia o meu peito a cada segundo. Saber que eu havia perdido e que agora isso era real acaba comigo. Eu não havia escolhido o Mark. Eu nunca escolheria o Mark. Quando for uma opção, eu nunca vou escolher outra pessoa. É ele quem eu amo, é ele quem eu quero. Nada, nunca vai mudar isso. Mas.. é complicado. Eu não podia fazer uma coisa assim com o Mark, não sem antes avisá-lo, conversar com ele sobre os meus sentimentos, sobre como eu me sentia sobre ele e sobre o . Ele entenderia. Eu tenho certeza. Essa é a diferença entre ele e o . Mark me entende. Entende minhas atitudes e decisões. Deve ser por isso que eu amo o e não ele. Eu preciso de alguém que me confronte, que me faça fazer algo que eu não esteja acostumada a fazer, alguém que me faça cometer loucuras. é essa pessoa.

Eu não sabia mais o que fazer, pra onde ir, com quem falar. Minhas mãos tremiam, enquanto eu tentava secar as lágrimas em meu rosto para que a maquiagem não borrasse tanto. Senti que alguém se aproximava e não quis me virar. Não queria que me vissem chorando. Não queria ter que explicar aquilo pra alguém.

- Está tudo bem? – Era a voz de Mark. Eu fechei os olhos e fiz careta. Eu teria que ter essa conversa com o Mark logo agora?
- Está. Eu só.. – Eu me virei e sorri fraco. Mark ficou sério e preocupado. Passei as mãos pelo meu rosto, secando as lágrimas e esperando que ele não as visse.
- Você estava chorando? – Ele se aproximou, preocupado.
- Eu só.. – Eu tentei mentir. Não consegui. Olhei pra ele novamente, séria. – Nós temos que conversar, Mark. – Eu disse e ele continuou me olhando com aquela expressão de preocupação.
- Sobre o que? – Mark arqueou a sobrancelha.
- Sobre isso. – Eu disse, olhando pra minhas mãos, que brincavam uma com a outra. Voltei a olhá-lo.
- Estou te ouvindo. – Mark sorriu fraco. Não fazia ideia do que se tratava, mas já sabia que não era uma coisa boa.
- Eu.. – Eu comecei a dizer, fiz uma breve pausa e sorri. – Eu não sei como dizer isso. – Mark me encarou.
- Você pode falar comigo sobre qualquer coisa. – Ele me olhou de forma doce. – É sobre o , certo? – Mark deduziu e eu estremeci só em ouvir aquele nome.
- É sobre você e eu. – Eu deixei de olhá-lo para encarar o chão por alguns segundos. Voltei a olhá-lo, sem saber por onde começar.
- Isso não é bom. – Mark disse com a voz triste. Droga, por que isso é tão difícil?

havia entrado na festa e passado rapidamente por todos. Foi em direção ao lado detrás da salão de festas. Havia alguns bancos e um belo jardim. Amber percebeu quando ele passou por ela. Ela percebeu que algo havia acontecido e foi atrás dele. A maioria dançava e por isso mais ninguém notou.

Amber chegou do lado detrás do lugar e viu de costas, sentado em um dos bancos. O observou por um tempo, pensando se deveria se aproximar ou não. Decidiu se aproximar e se sentou ao seu lado. Ficou em silêncio por um tempo. não se moveu e também não disse nada.

- Você está bem, ? – Ela perguntou, depois de olhar pra ele e percebido que ele havia chorado. Ele estava com o olhar fixo no chão. Os cotovelos apoiados nos joelhos e suas costas arqueadas. Deixou de olhar o chão e olhou pra Amber com sua triste expressão. – Pergunta estúpida. Já entendi. – Amber fez careta. – Eu posso ajudar de alguma forma? Você precisa conversar? – Amber disse, preocupada. Continuava olhando pro . Não conseguia tirar seus olhos dele. Não conseguia deixar de perceber o quanto ele estava lindo.
- Não quero te incomodar com isso. Volte pra festa. Eu vou ficar bem. – sorriu e negou com a cabeça.
- Não é incomodo nenhum. – Ela também sorriu. Ficaram em silêncio por um tempo. Ela não queria aceitar, mas sabia que aquele sofrimento tinha nome. – É ela, não é? – Amber deduziu. a olhou, confuso.
- Você sabe? – perguntou, perplexo. Achava que Amber não sabia sobre eu e ele.
- E tinha como não saber? Todos viram o jeito que você a olhou quando ela chegou na festa. Todos viram o jeito que vocês dançaram. – Amber sorriu fraco. sorriu sem mostrar os dentes e negou com a cabeça. O que isso importava agora? Amber saber não fazia diferença alguma.
- Não importa. Nada mais importa. – deixou de olhá-la, voltando a encarar o chão.

Eu ainda tentava arrumar um jeito bom de dizer aquilo ao Mark. Eu ainda pensava em alguma forma de não decepcioná-lo, de não quebrar o seu coração. Eu nunca quis isso. Mark não sabia exatamente o que eu queria dizer, mas sabia que era ruim. Ele sabia que no final daquela conversa ele não estaria feliz.

- Me desculpa, Mark. – Eu neguei com a cabeça, olhando com tristeza.
- Você não precisa fazer isso. – Mark negou com a cabeça.
- Eu preciso, porque você não merece isso. Eu não posso fazer isso com você! – Eu disse com dificuldade, enquanto sentia as lágrimas voltarem aos meus olhos.
- Eu não estou te culpando. Eu entendo você. – Mark disse, triste.
- Me desculpa, mas... eu amo ele. – Eu disse, quando as lágrimas começaram a escorrer dos meus olhos. A expressão de Mark acabou comigo. Eu me odeio. Juro! – Eu gosto de você. Acredite nisso, mas não é do jeito que você quer. Não é do jeito que eu queria. – Eu disse e Mark sorriu sem mostrar os dentes e negou com a cabeça.
- Você não tem que se desculpar por algo que não sente. Não é sua culpa. – Mark queria se aproximar, mas preferiu não fazer isso. Chegar perto demais poderia transformar aquilo muito mais difícil do que já estava sendo pra ele.
- Eu me sinto tão mal por isso, por que parece que eu sempre acabo fazendo um de vocês de idiota. Parece que eu estou sempre manipulando um de vocês. Eu não sou assim. Eu não sei o que estou fazendo. – Eu expliquei, passando as mãos em meu rosto, tentando secar as lágrimas em meu rosto.
- Está tudo bem. Você nunca me manipulou. Eu sempre soube que você amava ele. – Mark decidiu se aproximar. Me olhou de bem perto e passou uma das mãos em meu rosto, me ajudando a secar todas aquelas lágrimas.

Mark estava quebrado em milhares de pedaços. Ele estava mais machucado do que nunca, mas ele não queria me deixar perceber isso. Ele não queria me fazer sofrer com o seu sofrimento. Quando se ama uma pessoa, você deixa de amar a si mesmo para amá-la. Ele sabia o que tinha que fazer e faria, por mais que aquilo fizesse ele sofrer o resto da vida.

- Preste atenção. – Mark olhou em meus olhos, sério. Já não estava tão perto. – Você não quer me magoar, certo? – Ele perguntou.
- É claro que não. – Eu disse, sem entender onde ele chegaria com aquilo.
- Então eu quero que faça algo pra mim. – Mark continuava sério. Eu ainda não sabia do que se tratava.
- Fazer o que? – Eu perguntei, confusa.
- Vá atrás dele. – Mark deu um pequeno sorriso.
- Atrás do ? – Que história é essa agora? Eu não estava entendendo nada.
- Você ama ele, não ama? – Mark perguntou.
- Ele não quer falar comigo, Mark. – Eu expliquei, achando que o que ele estava me pedindo era loucura.
- Então faça ele te ouvir. – Mark disse como se estivesse me dando uma ordem. Olhei pro Mark, ainda sem entender que diabos ele estava fazendo.
- O que você está fazendo? – Eu arqueei a sobrancelha.
- Estou fazendo a coisa certa. – Mark continuou me olhando, sério.
- Eu não vou fazer isso. Eu não.. consigo fazer isso. – Eu disse, negando com a cabeça.
- Você tem coragem de vir me dar o fora, mas não tem coragem de dizer a ele que você o ama? – Mark também arqueou a sobrancelha. Eu não consegui responder. – Isso sim é um motivo pra você se sentir mal. Amor e orgulho não andam juntos, . – Mark disse, parecendo estar irritado. Saiu e me deixou ali, mais confusa do que eu já estava.

Eu não sei se entendi o que ele quis dizer, mas talvez eu devesse fazer o que ele me pediu. Ir atrás do e tentar fazê-lo entender tudo isso. Dizer que era ele quem eu escolheria, mas.. eu não sei se ele me ouviria. Nem se eu persistisse. Ele acabaria falando o que eu não queria ouvir e me deixaria ainda pior do que eu já estava. Mas e se ele ouvisse? Talvez eu devesse tentar. Por que não tentar?

Andei em direção ao salão, entrei e vi todos dançando. Olhei por todos os cantos e não encontrei . Meus amigos dançavam e pareciam estar se divertindo. Olhei mais uma vez pelo lugar e não encontrei . Ele não podia ter ido embora. Eu estava na saída do lugar. Eu o teria visto sair. Me aproximei da pista de dança e fui ao lado de , que dançava com .

- Você viu o ? – Eu perguntei, gritando em seu ouvido. A música estava alta.
- Não. – negou com a cabeça.
- Eu acho que vi ele indo pelos fundos. – apontou pra porta, que dava passagem pros fundos do local.
- Obrigada, . – Eu olhei pra ela com gratidão e sai rapidamente em direção aos fundos do local. Cheguei na porta e a abri, fechando-a em seguida. Fiquei em silêncio, pois pensei ter escutado vozes. Dei mais alguns passos silenciosos e o volume das vozes foram aumentando. De longe, avistei de costas. Sorri, aliviada por ele não ter ido embora. Comecei a dar alguns passos em direção a ele, quando vi que ele não estava sozinho. Amber estava ao seu lado. Um sentimento de raiva e dor se misturaram dentro de mim. Eu queria ir até Amber e tirá-la de perto dele pelos cabelos, mas eu não podia fazer isso. Ela não estava fazendo nada de errado. é solteiro e ela sempre foi apaixonada por ele. Talvez ela tenha mais esse direito do que eu.

Eu não sei o que sente por ela, mas eu sei que havia uma conexão entre eles. Talvez seja coisa da minha cabeça ou ciúmes mesmo. Mesmo que eu não queira assumir, de todas as outras garotas que se interessou, Amber é melhor. Era isso que me preocupava, era isso que tanto me irritava nela. Se havia alguém que pudesse tirá-lo de mim era ela. Ela era uma boa garota, bonita, simpática e tinha todos os requisitos pra ser a garota certa pra ele.

Fiquei em duvida se deveria ir até lá ou não. Eu queria falar com o , eu precisava falar com ele, mas se ele já estava se acertando com ela eu não podia atrapalhar. Não se eu deixaria a cidade dali algumas semanas. Dei mais alguns passos silenciosos e parei atrás de uma parede, que separava o salão do jardim. Eu conseguia ouvi-los perfeitamente dali. Não era certo ouvir a conversa deles. Eu sei! Mas talvez isso me ajudaria a definir o que eu faria.





- Então.. nós ficamos juntos. – disse com a voz triste. – Foi.. – sorriu fraco ao se lembrar. – Foi épico, sabe? – olhava pro chão, enquanto contava rapidamente a nossa história pra Amber. – Eu estava feliz. Pela primeira vez, estava tudo onde deveria estar e.. eu estava feliz. Estava feliz pelo simples fato de poder ouvi-la dizer que me amava todos os dias. – olhou pra Amber, sorrindo sem mostrar os dentes. Amber negou com a cabeça. Ela me odiava ainda mais agora por ter feito ele sofrer.
- O que aconteceu? – Amber perguntou, querendo saber a continuação da história.
- Nós brigamos, como sempre. – sorriu. As brigas eram tão comuns entre nós, que já nem era algo que causasse grande impacto na nossa relação.

Eu ouvia cada palavra que ele dizia, sentindo o meu coração pesar a cada minuto. Eu não me importava se ele estava dizendo tudo aquilo para a Amber. A única coisa que me importava era que ele estava contando a nossa história a partir do ponto de vista dele. Era tão lindo ouvi-lo contar sobre tudo com tanta intensidade e emoção, por que era exatamente do jeito que eu me sentia. Eu também estaria descrevendo o que vivemos daquela forma, mas ele não me ouviria dizer. Ele nunca me ouvia dizer nada sobre isso, por que eu nunca falava sobre isso. Eu nunca disse a ele como eu realmente me sentia, o que ele realmente representava pra mim.

- Então, eu descobri que ela vai pra Nova York. – disse, voltando a apoiar seus cotovelos em seu joelho, enquanto encarava o chão.
- Como assim? – Amber não entendeu como isso poderia ser ruim.
- Ela vai morar lá, Amber. – disse, sentindo as lágrimas alcançarem os seus olhos.

Mesmo não vendo o rosto dele, eu pude perceber que ele estava prestes a chorar pelo tom da sua voz. Meus olhos também começaram a lacrimejar. Tudo piorava quando chegávamos no assunto ‘Nova York’. Tudo piorava quando nós finalmente entendíamos que ficaríamos longe um do outro.

- Eu nem sei o que dizer, . – Amber não sabia como ajudá-lo.
- Nós já brigamos outras vezes. – sentiu que não conseguiria mais segurar as lágrimas dentro dos olhos. – Mas.. nós sempre conseguíamos superar. Eu sempre dava um jeito de trazê-la de volta pra mim. – passou a mão embaixo dos olhos, quando sentiu uma lágrima escorrer. – E agora.. – negou com a cabeça. Mais lágrimas desceram pelo seu rosto e ele desistiu de tentar enxugar todas. – Eu já tentei tudo. – Só sabia a dor que estava sentindo em finalmente poder dizer aquilo pra alguém. Em finalmente dizer algo que ele não estava conseguindo aceitar. - Você não faz ideia de como é pra mim, saber que o meu tempo está acabando e eu ainda não consegui arranjar um jeito dela voltar pra mim. – disse com a voz trêmula.

Eu também chorava do outro lado da parede. Mais uma vez, eu entendia exatamente o que ele estava dizendo. Eu também estava sentindo aquele mesmo medo de não tê-lo de volta. De que aquela nossa briga tenha sido a última, de que eu nunca mais ouvisse ele dizer que me amava, daquele jeito verdadeiro que só ele conseguia dizer. Passei as mãos cuidadosamente pelos meus olhos para que eu não borrasse a pouca maquiagem que havia restado. Eu tinha que sair dali. Eu não aguentava mais ouvir aquilo, eu não aguentava mais ouvi-lo sofrer por mim.

Sai dali, voltando a dar passos lentos. Continuava tentando secar as lágrimas em meu rosto, enquanto caminhava lentamente pra dentro do salão. Minhas mãos tremiam por um motivo que eu desconhecia. Talvez eu estivesse nervosa pelo que havia ouvido, ou talvez fosse o meu medo, mostrando que eu realmente não sabia o que esperar da minha vida a partir de agora. Entrei no salão de cabeça baixa. Eu não precisava que todos soubessem que eu havia chorado.

- ! – Alguém gritou. e apareceram em minha frente. – Você vai ter que subir no palco! – Elas disseram numa euforia.
- O que? – Eu arqueei a sobrancelha.
- Vai ter uma homenagem dos amigos pra . Você é a que fala melhor em público e você é boa com as palavras. – explicou, falando rapidamente.
- É, você tem que ir lá representar todos nós. – sorriu, empolgada.
- Mas eu nem ensaiei nada pra falar. – Eu disse, quando elas começaram a me empurrar em direção ao palco.
- Você não precisa ensaiar! Vai lá! – disse e ela e a me empurraram para as escadas, que dava ligação para o palco. Eu ia desistir, mas quando olhei pra trás e vi que todos já estavam parados, olhando pra mim, esperando pela minha homenagem, eu percebi que não tinha como.

Péssima hora pra fazer uma homenagem. Eu não estava com clima pra nada daquilo, não agora, não depois do que eu ouvi. Eu subi as escadas, ainda sem saber o que diria. O microfone foi dado em minhas mãos e eu o segurei, pensando em sair dali correndo. Encarei o público, sentindo meu estomago embrulhar. e me pagariam por aquilo mais tarde! Me perguntei se todos estavam percebendo que eu havia chorado e que essa estava sendo uma das piores noites da minha vida. Certamente não. Olhei pra , ela estava com um sorriso enorme no rosto. Foi aquele sorriso dela que me deu forças pra começar a dizer algumas verdades.

- Hey.. – Eu sorri, sem jeito. – Eu fui meio que intimida pra fazer isso. Então, me desculpem se isso não for bom, por que realmente não foi nada planejado. – Eu continuei a sorrir. – Bem, eu e a somos amigas desde.. sempre. é o tipo de amiga super protetora, sabe? Eu e os meus amigos costumamos dizer que ela é a nossa 2° mãe. – Eu disse e ri. – Ela está sempre cuidando de todo mundo. Ela está sempre concertando as besteiras dos outros e tentando nos fazer ver a coisa certa. – Eu disse, olhando pro público.

entrou novamente no salão e eu o vi imediatamente. Ele estava ao lado da Amber e quando me viu sobre o palco, ficou sério. Eu estremeci ao vê-lo. Eu meio que perdi a noção do que estava fazendo e dizendo por alguns segundos. Ele e todas as outras pessoas perceberam , pois eu fiquei alguns bons segundos parada, olhando pra ele.

- Se não fosse pela , nos certamente já teríamos matado uns aos outros. – Eu disse, me lembrando de quantas vezes ela fez eu e nos acertar depois de uma briga. – Ela gosta que fiquemos unidos e ela faz de tudo para que isso aconteça. – Eu olhei pra dessa vez. – , o que eu quero dizer é que nós apreciamos você e tudo o que você fez e continua fazendo por nós. – Eu sorri pra ela e vi que algumas lágrimas de felicidade escorriam pelos olhos dela. – Você é muito importante pra todos nós e nós certamente não seriámos os mesmos sem você e seus valiosos conselhos. – Eu pausei rapidamente. – Nós te amamos, . Obrigada por tudo. – Eu finalizei e todos começaram a aplaudir. Ufa! Eu acho que consegui!

me olhou de longe e fez um coração com as mãos. Eu ri e fiz o mesmo coração. Ela disse ‘Eu te amo!’, sem emitir som algum e mesmo de longe, eu entendi o que ela havia dito. Eu retribui as palavras, enquanto todos continuavam aplaudindo. Deixe de olhar pra por alguns segundos e voltei a olhar pro . Eu sabia que eu tinha que descer do palco agora, mas eu havia tido uma ideia e ela parecia tão certa.

- Se a permitir, eu gostaria de falar mais algumas palavras pra uma pessoa. – Eu olhei pra ela, esperando pela sua permissão. sorriu pra mim de longe, olhou pro e depois voltou a me olhar. Ela concordou com a cabeça e piscou um dos olhos. Ela sabia exatamente o que eu faria. Ela sempre sabia.

Depois de tudo o que eu havia ouvido de Mark e de hoje, eu havia tomado uma decisão. Uma decisão de fazer algo que eu nunca havia feito antes. Uma atitude que as pessoas vêm esperando de mim há um bom tempo. Olhei pro rapidamente e ele também olhava pra mim, sem saber o que esperar. Mark apareceu do outro lado do salão. Também olhei pra ele e ele afirmou com a cabeça, querendo me dizer que eu estava fazendo a coisa certa. Voltei a colocar o microfone em frente a minha boca.

- Bem, eu.. – Eu não conseguia continuar. Eu neguei com a cabeça. Por que era tão difícil pra mim fazer aquilo? - Me desculpe, eu não sei como fazer isso. – Eu sorri e voltei a olhar pro . Ele continuava me olhando sério. – Eu... eu gosto desse garoto e.. – Eu dei uma outra pausa. QUE DROGA! POR QUE EU NÃO CONSEGUIA FAZER ISSO? – Eu nunca fiz isso, sabe? Se declarar em público não é um dos meus pontos fortes. – Eu ri de mim mesma. – As pessoas dizem que eu falo bem em público, que eu sou boa com as palavras, mas quando o assunto é ele.. – Eu sorri, sem jeito. – Eu perco as palavras, eu me perco inteira, por que.. – Eu hesitei continuar. – Eu não sei por que. – Eu encarei o chão por alguns segundos, tentando continuar com aquilo.

já não estava tão sério. Ele estava aflito, sentia as batidas do seu coração duplicar de velocidade a cada segundo. Suas mãos suavam frio e ele não tirava os olhos de mim. Ele não tinha certeza sobre quem eu estava falando. O seu medo de que fosse Mark era maior do que tudo. Passou pela sua cabeça que pudesse ser ele, mas não se convenceu disso, já que estávamos brigados. Pra ele, eu havia escolhido o Mark e se eu havia escolhido o Mark, não havia motivos para eu estar me declarando pra ele agora.

- Nós nos apaixonamos e ficamos juntos. – Eu olhei pro , séria. As lágrimas já estavam em meus olhos. Era ridículo! Era só eu falar sobre ele, que eu chorava. Por que eu não parava de chorar? Droga! – E.. foi épico. – Eu usei as mesma palavras que ele havia usado com Amber há minutos atrás.

Quando me ouviu dizer, ‘épico’ ele sabia que o cara do qual eu estava falando era ele. A expressão de seu rosto mudou. Era uma mistura de tristeza e felicidade. Felicidade por que eu finalmente estava me declarando pra ele e tristeza por que era tarde demais.

- Eu nunca achei que seria tão feliz, eu nunca achei que alguém me amaria da forma que ele me amou. Eu nunca achei que eu fosse capaz de amar alguém desse jeito, do jeito que eu amei ele. – Uma lágrima finalmente escorreu pelos meus olhos. Ao ver aquela lágrima, negou com a cabeça, pois diversas lágrimas também invadiram os seus olhos. – Agora, eu estou deixando ele por causa de um sonho. Meu sonho. – Eu passei as mãos pelos meus olhos, para secar as lágrimas. – Eu só queria que ele soubesse, que.. – Olhei pra ele e sorri o máximo que eu pude. O máximo não era suficiente. – Você sempre vai ser a minha primeira opção. – Eu disse com a minha voz de choro. me olhou com tristeza e virou de costas, saindo novamente pra parte de fora do salão.

não queria ouvir mais nada. não queria ouvir isso agora, que tudo estava acabado. Ele estava com raiva. Raiva por eu não ter feito isso antes. Raiva por eu ter sido tão fraca, tão orgulhosa e ter resolvido dizer tudo aquilo logo só agora. Logo agora que as coisas pareciam não ter mais volta. também tinha raiva por estar chorando mais uma vez, sofrendo mais uma vez, mas nada se comparava a maior raiva que sentia, que era a raiva por ter se sentido o cara mais sortudo do mundo, por ser o cara do qual eu estava falando naquele palco.

- Obrigada. – Eu disse, me afastando do microfone e saindo do palco o mais rápido que eu conseguia. Muitas pessoas me olhavam com pena agora, mas eu não me importo. Ele estavam certos. Eles deveriam mesmo sentir pena de mim, por ter perdido o homem que eu mais amei em toda a minha vida.

Desci do palco e veio correndo atrás de mim. Ela havia entendido o que havia acontecido e queria ajudar da forma que pudesse. Ela se aproximou e me abraçou, sem que eu precisasse pedir nada. Eu a abracei forte, tentando parar de chorar. Um abraço era tudo o que eu precisava naquele momento.

- Você precisa de alguma coisa, ? Qualquer coisa. – terminou o abraço e olhou pro meu rosto coberto de lágrimas.
- , tudo bem? – também veio correndo até mim. Algumas pessoas olhavam pra mim, mesmo a música já tendo voltado a tocar.
- Eu.. só preciso ficar sozinha. – Eu olhei pra eles, agradecida. – Obrigada. – Eu tentei sorrir e sai rapidamente em direção a parte de fora do local. Comecei a andar pelo lugar, sem rumo algum. Como eu já disse, eu só queria ficar sozinha e pensar. Pensar em tudo que estava acontecendo, em tudo que eu estava perdendo.

Depois de um bom tempo andando por ali, vi ele de costas. As mãos estavam no bolso da calça e ele não se movia. O olhar estava perdido e as lágrimas em seus olhos. Me aproximei um pouco mais, mas quando cheguei a menos de 5 passos dele, não tive mais coragem de me aproximar. Decidi parar por ali mesmo. percebeu que eu estava ali e decidiu continuar de costas. Preferia não me ver agora.

- Aquele parecia ser o único modo de fazer você me ouvir, mas mesmo assim, eu não consegui falar tudo o que eu precisava. Eu não consegui. – Eu disse, sentindo meu corpo pesar.

Aquela era a pior coisa que eu já havia feito. Fiquei em silêncio por um tempo. Ele não se manifestou de nenhuma forma. Continuou parado. Ali eu soube que ele não me responderia. Não seria uma conversa. Eu falaria e ele escutaria. Ele nem se viraria para me olhar nos olhos.

A cada segundo que ouvia a minha voz, sentia o seu peito apertar. Ele sabia que aquele era um dos nossos últimos momentos juntos. Ele sabia que aquele era algum tipo de despedida. estava tão fraco e mal com isso tudo, que ele não conseguia nem tomar uma atitude. Ele não conseguiria nem olhar pra mim sem chorar. Escutar era a única coisa que ele estava fazendo, enquanto os olhos perdidos olhavam uma roseira que havia do outro lado da pequena praça.

- Eu só queria te agradecer. – Eu disse, sentindo meus olhos arderem. Deixei de olhá-lo e encarei o chão, fazendo qualquer esforço para não chorar. – Agradecer por você estar comigo nos piores momentos da minha vida, que eu jamais conseguiria superar sem você. – Foi inevitável não pensar na tia Janice. permanecia forte e continuava sem se mover. – Agradecer por todos os momentos incríveis que você me proporcionou, apenas pra ver sorrir, pra me fazer feliz. – Tarde demais. As lágrimas já estavam escorrendo pelos meus olhos. Tentei não demonstrar isso em minha voz, para que não percebesse.

Quando eu disse aquilo, milhares recordações vieram a cabeça de . Nova York, o pedido de namoro, o passeio no Camping. Ele parecia estar revivendo tudo aquilo de novo, mas dessa vez havia um enorme buraco doloroso em seu peito. As lágrimas que ele tanto evitou, agora estavam encharcando seus olhos. Seus olhos agora olhavam qualquer coisa em sua frente, qualquer coisa que podia fazer aquelas lágrimas desaparecerem.

- Eu também quero agradecer por.. – O meu choro me interrompeu. Olhei pra ele novamente de costas. percebeu que eu chorava e isso fez a dor aumentar e as lágrimas também. Elas já não cabiam dentro de seus olhos, mas ainda as segurava. Fez uma careta de esforço, para segurar as tais lágrimas. Continuava de costas. – Obrigada por me amar. – Eu disse com dificuldade. A minha voz trêmula dividia o coração de em dezenas de pedaços. – Obrigada por me ensinar a amar. Eu acho que.. eu nunca descobriria o verdadeiro significado disso sem você. – As lágrimas escorriam rapidamente dos meus olhos e percorriam por todo o meu rosto.

Ao ouvir aquelas palavras, não conseguiu mais conter as lágrimas. A expressão de tristeza invadiu o seu rosto, enquanto as lágrimas começavam a escorrer em grande quantidade. Ele negou com a cabeça, não querendo aceitar que aquele momento finalmente havia chego. Era a oficial despedida. Abaixou a cabeça, olhando pro chão e respirou com dificuldade.

- Nós passamos por diversos problemas, mas você nunca desistiu. Você nunca desistiu de mim, até hoje. Essa é a melhor coisa que já fizeram por mim, . Então, obrigada. – Meu rosto estava banhado em lágrimas. Minha voz já quase não saia e minhas mãos tremiam. fechou os olhos por alguns minutos, sabendo que aquele era um dos únicos jeitos de parar as lágrimas.

Olhei ele de costa uma última vez. Passei minhas mãos por debaixo dos meus olhos, secando o meu rosto. Eu não sabia o que estava passando pela cabeça dele. Eu só queria saber como ele estava se sentindo, mas eu não estava nem olhando nos olhos dele. Uma dor dentro de mim foi crescendo e eu resolvi sair dali, antes que eu acabasse voltando a chorar. Me virei de costas e dei alguns passos.

notou que eu estava indo embora e um desespero tomou conta da sua mente, do seu corpo. Eu realmente estava indo embora e dessa vez era de verdade, era a última vez. Tudo o que ele passou 6 anos sonhando estava acabando. Sabe, quando bate aquele desespero quando seu sonho está prestes acabar? Desespero por saber que não viverá aquilo de novo e que agora ele fará parte do seu passado? não estava pronto pra isso. Virou-se e viu eu me afastar. Eu não havia me distanciado tanto.

- E AGORA? – Ele gritou, abrindo os braços. Ele havia voltado a chorar. Parei de andar no mesmo instante em que ouvi a sua voz. Minha coração chorava junto comigo. Me virei para olhá-lo e quando vi o seu rosto todo molhado, minha respiração entrou em rápido descompasso. Não tive coragem pra dar um passo sequer. – O QUE EU FAÇO? – Ele deu alguns passos na minha direção. – PRA ONDE EU VOU? – Ele voltou a gritar, enquanto chorava. Chegou até mim e parou em minha frente. Eu neguei com a cabeça, sem acreditar que finalmente estávamos passando por aquilo. Minha expressão de tristeza tentava fazer as lágrimas pararem.

Aquelas perguntas demonstravam exatamente o que estava sentindo agora. Ter aquele sonho, me amar é algo que sempre fez parte da sua vida. Agora tudo estava perdido. Ele estava perdido. Tão perdido que ele nem sabia mais o que fazer, pra onde ir. Ele perdeu o chão. Perdeu qualquer coisa que sustentasse a sua dor e desespero.

- Hey, me escuta. – Eu me aproximei ainda mais dele e coloquei minhas duas mãos em seu rosto, precisamente em suas bochechas. – Eu vou pra Nova York e você vai ficar aqui. – Olhei em seus olhos. – Você vai fazer a faculdade que você tanto quer. Você vai arrumar emprego e vai comprar o apartamento que você tanto sonha. – Eu sorri em meio as lágrimas que cercavam os meus lábios.

olhava cada detalhe do meu rosto como se fosse a última vez. As lágrimas escorriam de seus olhos sem ele fazer nenhum esforço. Olhou os meus olhos e eu pude ver seus cílios molhados e sentir sua respiração fraca de bem perto.

- E então você vai encontrar uma garota. Ela vai ser linda, engraçada e incrível. Ela vai te amar mais do que qualquer coisa. – Mesmo com um sorriso nos lábios, as lágrimas ainda desciam dos meus olhos. - O sorriso dela vai fazer você se sentir o cara mais sortudo do mundo. O seu olhar e o seu toque vão fazer ela se arrepiar da cabeça aos pés e quando você abraçá-la.. – Não consegui manter o sorriso, mas o choro eu mantive. Eu neguei com a cabeça. – Quando você abraçá-la, , ela vai sentir a maior paz do mundo. – escutava tudo, olhando em meus olhos, enquanto várias lágrimas continuavam escorrendo de seus olhos. Minhas mãos ainda estavam no rosto dele. – Ela vai fazer você o cara mais feliz do mundo. – Eu voltei a sorrir fraco, mas o sorriso logo se desfez, quando eu fui dizer a minha última frase. A frase que mais doía dizer. – Ela vai fazer o que eu nunca fui capaz de fazer. – Eu disse, respirando fundo e o olhando pela última vez. Acariciei as bochechas dele com os meus dedões e me afastei, chorando ainda mais do que já havia chorado em toda a minha vida.

me observou de costas mais uma vez. Aquelas minhas palavras haviam esclarecido muitas coisas pra ele. Era como se ele precisasse ouvir aquilo para finalmente descobrir o caminho de volta. Volta para o seu sonho, para o mundo que faz sentido de novo. As lágrimas cessaram, mas ainda estavam lá.

- E o que acontecerá quando eu beijá-la? – disse alto para que eu pudesse ouvir. Parei de andar mais uma vez, encarei o chão e neguei com a cabeça. Me virei para olhá-lo e quando vi, ele já estava em minha frente. Franzi a testa, sem entender.

- O que? – Eu perguntei, vendo o quanto estávamos próximos.
- O que acontecerá quando eu beijar a garota? – perguntou, sério. Ainda haviam lágrimas em seus olhos, mas ele não tinha mais a mesma tristeza. Olhei o céu por alguns instantes apenas para me recuperar e voltei a olhá-lo.
- Quando você beijá-la...será a melhor sensação do mundo. – Os olhos dele desceram até os meus lábios, fazendo com que meus olhos fizessem o mesmo. – Quando você beijá-la, você saberá que ela é a garota certa pra você. – se aproximou ainda mais. Eu não tinha reação, estava totalmente abobalhada. Meus olhos ainda estavam marejados. Ele deixou de olhar meus lábios para voltar a olhar meus olhos. Levou uma de suas mãos até o meu rosto e passou levemente um de seus dedos embaixo dos meus olhos, onde havia uma pequena possa de lágrimas, algumas delas pretas por causa da maquiagem. Aproveitou que a mão já estava em meu rosto e deslizou até a minha bochecha.

voltou a se aproximar. Quando nossos narizes se tocaram, eu voltei a olhar os seus lábios. Seu rosto se encurvou levemente para que ele pudesse colar nossos lábios. Meus olhos já estavam fechados, quando senti seus quentes lábios tocarem os meus. Estávamos cuidadosos. A mão dele deslizou pelo meu rosto e sua outra mão também tocou a minha outra bochecha. Não aprofundamos o beijo. Os lábios apenas foram tocados longamente. Toda dor que existia antes, parecia ter desaparecido. Quando achei que terminaríamos o beijo, puxou lentamente meu lábio inferior. Os lábios então foram descolados, mas continuavam incrivelmente próximos. Os olhos de ambos abriram lentamente, enquanto sentíamos a respiração um do outro em nossos lábios. Quando olhamos os olhos um do outro, vimos as mesmas lágrimas.

- Você é a minha garota certa. – disse em um quase sussurro. – Sempre foi e sempre será você. – disse, vendo uma lágrima escorrer dos meus olhos. Acompanhou todo o seu caminho até os meus lábios e viu quando um sorriso surgiu nos mesmos lábios.

O que eu sentia naquele instante era inexplicável. Não há palavras para explicar como é ouvir isso do homem que você ama. Do homem que você achou que não aceitaria o seu amor nunca mais. estava de volta em casa. Aquele sentimento que ele sabia muito bem reconhecer. Percebi o quanto ele estava sendo cuidadoso com tudo e resolvi acabar com isso. Me aproximei novamente e voltei a colar os nossos lábios, surpreendendo ele. havia entendido o recado. Pediu passagem para aprofundar o beijo na mesma hora em que eu me aprofundei. Tirou suas duas mãos do meu rosto e as desceu até a minha cintura. Foi a minha vez de tocar o seu rosto.
O beijo estava lento e ao mesmo tempo intenso. Nossos lábios se entrelaçavam de uma forma única, como se eles tivessem sido feitos na medida um pro outro. Uma das minhas mãos escorregaram pra nunca dele, entrelaçando em seu cabelo como há muito tempo eu não fazia. puxou minha cintura pra mais perto da dele. Agora não havia mais espaço entre nós dois. Minhas mãos trocavam de posição a todo momento entre sua nuca e suas bochechas. Estávamos tão colados, que para trocar a posição do meu rosto durante o beijo, eu tinha arquear minhas costas pra trás. O beijo acabou se intensificando um pouco, tornando-o mais rápido. começou a me empurrar pra trás e eu logo notei que ele queria me encostar em algum lugar. Fui dando passos pra trás, enquanto continuávamos nos beijando com a mesma intensidade de antes. Senti quando toquei minhas costas em uma parede e fez com que eu me encostasse totalmente nela. O beijo durou mais alguns segundos, quando eu decidi interrompê-lo. Fui diminuindo sua intensidade aos poucos e por fim, puxei lentamente o lábio inferior dele com meus lábios e dentes. Ele sorriu inesperadamente, achando graça. Descolei nosso lábios e abri meus olhos rapidamente para olhar nos olhos dele.

- Eu escolho você, . – Eu disse em um sussurro. – Quando você for uma opção, você sempre será a minha primeira escolha. – Eu disse, ainda olhando seus olhos de bem perto. Eu precisava dizer isso a ele. Estava meio que entalado. Um pequeno sorriso surgiu no rosto dele, ele nem sequer mostrou os dentes. Apenas ficou me olhando em silêncio da forma mais doce do mundo.

- Volta pra mim. – Ele pediu, baixinho. As pontas dos nossos narizes ainda se tocavam. Meu coração voltou a se apertar. Eu temia que ele pedisse algo assim, por que eu sabia que quando ele pedisse, eu não conseguiria negar. Minha expressão mudou, eu fiquei séria. O empurrei levemente pra trás pra que eu pudesse sair dali.
- Eu não posso, . – Eu disse, saindo. Fiquei de costas pra ele e continuei andando em direção ao salão. Eu respirava com dificuldade. O choro estava de volta em meus olhos. Tudo o que eu mais queria era responder que ‘sim’, mas Nova York me impedia. Um namoro a distância não é fácil, ainda mais pra um relacionamento como o meu e do . Voltar significaria pedir demais pra sofrer. Além do mais, eu já havia cumprido o meu objetivo. Eu disse tudo o que sentia como nunca fiz antes. Não fiz para tê-lo de volta e sim para que ele soubesse e acreditasse naquilo. Acreditasse no que tudo aquilo significou pra mim. Acreditasse no que ele significou, significa e sempre vai significar pra mim.

me observava, sem entender. Ele não entendia o que estava acontecendo! Ele estava pensando: ‘Ela finalmente se declarou e agora ela não queria reatar o namoro? Que tipo de maluca ela é?’. Ele ficou tão surpreso com a minha resposta, que não conseguiu ter nenhuma reação rápida. Pelo menos, não até a hora em que eu entrei novamente no salão.

As lágrimas em meus olhos só se acumulavam, enquanto eu chegava mais perto da pista de dança. Fui até o meu irmão, por que eu sabia que ele me atenderia o meu pedido. Quando me viu chorando, ele se assustou. O rosto ficou sério.

- O que há de errado? – perguntou, preocupadíssimo.
- Eu quero ir pra casa. – Eu disse, passando as mãos em meus olhos para que as lágrimas não escorressem pelo meu rosto.
- Eu levo, mas o que está acontecendo? – continuou me olhando daquele jeito. também estava preocupada agora.
- , o que aconteceu? – se aproximou de mim.
- Eu só quero sair daqui, por favor. – Eu disse, saindo. Eles foram atrás de mim, determinados a fazerem o que eu havia pedido. e viram tudo de longe e não entenderam nada. Decidiram ir atrás de mim também.

Eu estava no estacionamento do local, parada e de pé, esperando que chegasse. As lágrimas ainda estavam em meus olhos. Eu não conseguia tirá-las de lá. Ouvi alguns passos atrás de mim e deduzi que era e . Realmente eram eles e e também estavam junto.

- O que está aconteceu? – perguntou pra e depois olhou pra mim, percebendo que algo estava errado. sentiu a minha dor, mesmo sem saber do que se tratava e negou com a cabeça. estava envolvido.
- Eu preciso ir pra casa. – Eu disse e encarei o chão, pois não queriam que eles vissem mais do meu sofrimento.
- Eu vou te levar, . Vamos. – apontou com a cabeça em direção ao carro. Ele e andavam em direção ao carro, enquanto eu olhei pro e pra , que ainda estavam ao meu lado.
- Eu vejo vocês amanhã, ok? – Eu tentei sorrir e me virei, dando uns 3 passos em direção ao meu carro.

Depois do que tinha ouvido, depois do que finalmente havia acontecido naquela noite, não podia deixar as coisas acabaram assim. Ele não desiste assim. Ele nunca desiste do que ele realmente quer. Saiu, voltando pra festa para me procurar. Passava por todos sem cuidado algum, tentando me achar. Depois de ter dado uma rápida volta no local, percebeu que eu não estava ali. Ficou parado, pensando onde eu poderia estar.

- ? O que foi? – Amber apareceu ao lado dele. Percebeu que algo estava acontecendo e queria ajudar de qualquer forma.
- A ! Você viu ela? – disse apressadamente.
- A ? – Amber fez careta, tentando se lembrar rapidamente da última vez que havia me visto. – Eu acho que vi ela saindo lá pra fora com o irmão dela. – Amber disse na dúvida. sorriu, agradecido.
- Obrigado, Amber! – em um momento de impulso, beijou o rosto da garota e saiu rapidamente. Ele não fazia ideia do quanto aquilo significaria para Amber.

saiu correndo do salão e foi pro lado de fora do local. Continuou correndo até o estacionamento e deu algumas voltas nas fileiras de carro. Viu e de longe e foi rapidamente até eles.

- ONDE ELA ESTÁ? – gritou, soltando um pouco a sua gravata, que estava lhe apertando o pescoço.
- Ela acabou de sair, cara. – fez careta. fechou os olhos por alguns segundos, sentindo raiva de si mesmo.
- DROGA! – Ele gritou, furioso e frustrado.
- Na verdade, eles tiveram que dar a volta no estacionamento, porque se não entrariam na contramão. Eles vão passar aqui na frente com o carro. – explicou apontando pra rua em sua frente, que estava do lado de fora do estacionamento. sentiu esperança de novo. Olhou pra rua, que ainda estava sem vestígios de carro. Deduziu que conseguiria chegar até lá a tempo.
- Fica com ela, cara. Ela é genial! – sorriu pro , que arqueou a sobrancelha, sem jeito. – OBRIGADO! – gritou, enquanto voltava a correr, dessa vez em direção a rua, em que meu carro passaria.

Correu como nunca havia corrido antes. Passou pelo portão e passou por cima de um gramado qualquer, que havia na saída do estacionamento. Quando faltava alguns centímetros para chegar no centro da rua, o meu carro passou em velocidade média pela mesma.

- Não, não.. – resmungou, continuando sua corrida, dessa vez atrás do meu carro. Achou que pudesse nos alcançar. Qualquer esforço valia a pena. – ! – Ele gritou, enquanto continuava correndo.

Eu ouvi alguém chamar o meu nome, mas achei que fosse coisa da minha cabeça. Eu estava no banco da frente com o e estava no bando detrás. Todos dentro do carro estavam em silêncio. Achavam que me ajudariam assim.

- ! – Gritaram mais uma vez. olhou no retrovisor, sem saber do que se tratava. Viu correndo lá atrás, ele até que não estava tão distante.
- É o ? – freou o carro rapidamente. Meu coração quase saiu pela boca, quando virei meu corpo pra trás e vi se aproximando correndo. – Que porra, é o ! – fez careta.

acelerou o passo, quando viu que o carro havia parado. Foi como ver uma luz no fim do túnel. A hora era aquela, de algum jeito ou de outro. Diminuiu a corrida, quando chegou há menos de 20 passos do carro.

- Ele quer falar com você, ! – disse o óbvio. – Sai do carro! – Ela sorriu, empolgada com toda aquela cena. Eu suspirei e neguei com a cabeça, sabendo que teria que passar por aquilo de novo. As lágrimas estavam no mesmo lugar de onde não haviam saído. Eu abri a porta do carro e sai. Quando finalmente olhei pra ele, ele ainda estava há uns 10 passos do carro. Ele deu mais dois ou três passos e parou, me olhando de longe.
- O que você quer, ? – Eu não consegui dizer com toda a raiva que quis. Na verdade, não havia raiva alguma em minha voz. Por que ele estava tornando aquilo mais difícil do que podia ser?
- VOCÊ! – Ele gritou. Abaixei a cabeça e encarei o asfalto por um tempo, respirando fundo para não chorar.
- Nós já não falamos sobre isso? – Voltei a olhá-lo.
- Não. VOCÊ falou sobre isso. – disse, sério. – É a minha vez agora. – disse, se aproximando. Suas mãos foram novamente até a sua gravata e ele a retirou de seu pescoço. Ela já havia incomodado demais. Colocou a gravata em seu bolso, enquanto continuava se aproximando. Eu não sei se era a intenção dele, mas aqui foi MUITO sedutor. Ele parou há uns 3 passos de mim. - Eu quero uma razão. – Ele disse, sério.
- Razão pra que? – Eu arqueei a sobrancelha, não fazia ideia do que ele estava falando.
- Para você não querer voltar pra mim. – disse, esperando.
- Nova York, . É a única razão. – Eu expliquei, sem saber qual seria a atitude dele diante da minha resposta.
- Nova York? – arqueou a sobrancelha. – O que há de errado com Nova York? – Ele perguntou, se fazendo de bobo.
- Você não sabe o quanto é difícil um namoro a distância? – Eu perguntei, irritada.
- E você sabe o quanto é difícil um amor não correspondido? – deu mais um passo em minha direção. Eu respirava com dificuldade. – Você sabe o quanto é difícil amar uma pessoa por 6 anos e não ser correspondido? – repetiu. Ele não estava querendo jogar aquilo em minha cara. Ele só queria me mostrar outro ponto de vista. – Você não sabe, mas eu sei! – Ele bateu no peito pra dizer. – E eu não desisti, . Nunca. – deu mais um passo em minha direção. Eu o olhei e neguei com a cabeça. Ele viu as lágrimas em meus olhos e eu também as vi nos olhos dele.
- O que você está querendo dizer? – Eu perguntei com a voz trêmula.
- Você me deve isso. – Ele por fim deu o último passo que nos distanciava. Agora ele estava em minha frente. Meu coração estava descompassado e minhas mãos suavam.
- Eu sei. – Eu disse, olhando pra ele com tristeza, enquanto uma lágrima escorria pelo meu rosto. – Mas, eu tenho tanto medo de não ter você por perto. – Deixei de olhá-lo para encarar o chão. Não queria que ele continuasse vendo as minhas lágrimas.
- Eu estou com medo também. – disse com a voz mais calma. – Eu tenho medo de não conseguirmos lidar com a distância também. – disse, me fazendo olhar pra ele. – Mas quer saber? – ergueu os ombros e negou com a cabeça. – Eu não consigo pensar em um medo melhor pra superar. – estava tão sério e ao mesmo tempo tão doce. Uma das mãos dele foi até o meu rosto e acariciou delicadamente uma das minhas bochechas.
- Mas como faríamos isso funcionar? – Eu toquei o seu braço, que estava com sua mão em meu rosto.
- Nova York não fica tão longe daqui. Eu posso ir lá te ver sempre e tem o telefone, o computador, as cartas. Qualquer coisa, não importa. – negou com a cabeça, olhando meu rosto de perto. – A única coisa que eu sei é que.. – desceu sua mão até a lateral do meu pescoço e a sua outra mão teve o mesmo destino. – Eu não posso perder você. – me olhou com tristeza. Suas sobrancelhas decaíram e ele se aproximou de meu rosto. – Não agora. Não depois de tudo. – Olhei os olhos dele cheios de lágrimas e tomei rapidamente uma decisão. Aproximei meu rosto do dele, as mãos dele deslizaram, passando pelos meus braços e chegando em minha cintura. Terminei de me aproximar, sem sequer um aviso prévio. Minhas mãos subiram até o seu rosto, quando nossos lábios se tocaram. Nenhum beijo foi iniciado, somente um longe e emotivo selinho. As mãos de se mantinham em minha cintura, sem muita intensidade.

e continuaram observando a cena de dentro do carro. estava muito empolgada e comovida com tudo. estava aceitando tudo numa boa. No fundo, sempre torceu por mim e pelo . Ele sabe, o quanto eu e nos amamos e não quer que soframos não vivendo esse amor. e também acompanhavam a cena, mas estavam mais longe. Mesmo assim, a cena não perdeu o romantismo pra eles.

- O amor deles é tão.. – sorriu de forma fraca, observando eu e de longe.
- Bonito. – completou a frase, fazendo o mesmo.
- É como se eles superassem qualquer coisa. É como se, independentemente do que aconteça, eles acabam sempre voltando um pro outro. – continuou sorrindo e olhou pro .
- Será que o que nós sentimos também é assim? – sorriu, sem jeito. Incrível ele ainda ficar sem jeito com esse assunto.
- Eu espero. – sorriu mais uma vez. a olhou, admirado. Se aproximou rapidamente e lhe deu um selinho, que acabou virando um lento e rápido beijo. Ninguém mais havia visto, já que eles estavam somente entre os carros do estacionamento.

sentia dezenas de sentimentos juntos. Era uma mistura de todos eles. Uma mistura que acabava destacando o amor. O amor sempre seria o único sentimento reconhecível e ao mesmo tempo tão inexplicável pra ele. Ele sabia como era senti-lo, mas não saberia explicar isso a ninguém. Descolei nossos lábios, para que eu pudesse dizer o que eu queria.

- Você não vai me perder, . – Eu disse, ainda com os olhos fechado, as mãos no rosto dele e os narizes se tocando. Quando abri os olhos, os olhos de me encaravam com milhares de dúvida. Ele não queria acreditar que a sua interpretação daquela frase estava certa.
- Você está dizendo.. – disse com a voz trêmula. Estava tão surpreso, que nem conseguiu sorrir ou ter qualquer outra reação.
- Eu aceito. – Eu o interrompi. Vi de perto a sobrancelha dele se arquear e um sorriso desajeitado e lindo surgir em seu rosto. – Eu não faço ideia do que isso vai ser e nem onde isso vai me levar, mas é a coisa que eu mais quero agora. – Eu expliquei com um sorriso fraco. – Eu aceito voltar a ser a sua namorada, Jonas. – Eu respondi e o sorriso no rosto dele se transformou. Me beijou inesperadamente, colocando seus braços em torno da minha cintura e me levantando alguns poucos centímetros do chão. Uma das minhas mãos voltou a tocar uma das bochechas dele, para que o beijo se firmasse.

continuavam a olhar tudo pelo retrovisor do carro. ficava cada vez mais comovida e deprimida com a cena que via entre eu e o .

- Seu idiota. – disse, dando um tapa no braço do , enquanto fazia bico.
- OW, o que eu fiz? – arqueou a sobrancelha.
- Você não fez! O problema é esse. – suspirou, irritada. a olhou por um tempo, achando que ela era doida.
- Fiz o que, mulher? – perguntou, sem entender nada.
- Você nunca me tratou do jeito que o trata a ! – gritou, irritada.
- Isso é sério? – riu.
- Não, idiota! Eu estou brincando! – deu outro tapa no braço do namorado.
- HEY! – gritou. – Para de me bater, porra. – fez careta.
- Não estou te batendo, estou te estapeando. É diferente. – cruzou os braços. – E não fale porra mim! – esbravejou.
- Foda-se, dói do mesmo jeito. – disse, irritado.
- Foda-se?! – Ela o olhou, indignada. - Você nunca faz nada romântico. É sempre a mesma coisa. – revirou os olhos.
- Por que isso agora? – não entendeu o motivo daquela opinião, que surgiu do nada.
- Essa cena entre eles.. – sorriu, olhando pra trás novamente. – Foi lindo. – O sorriso de aumentou. – E eles passam por diversos problemas. Nós nunca tivemos problemas e você nunca fez nada disso. – cerrou os olhos, voltando a olhar pro .
- Nós nunca precisamos disso, . – tentou ser um pouco mais paciente.
- Todo namoro precisa de um pouco de romantismo! – revirou os olhos.
- Compro um buquê de flores pra você amanhã. Satisfeita? – disse, sarcástico.
- Está vendo? Você não avisa uma garota que vai dar um buquê a ela. Você a surpreende, seu ogro. – disse, revoltada.
- Ogro? – mostrou-se ofendido. – Se eu sou o ogro, você... – ia terminar a frase, mas a interrompeu.
- Não termine a frase, . – disse em tom de ameaça.
- Só por que eu não ajo como um idiota, não quer dizer que eu não ame você. – disse, revirando os olhos.
- Melhor começar a agir como um idiota, então. – sorriu falsamente.
- Eu achei que você me amasse do jeito que eu sou. – fez bico, achando que ia comover .
- E eu achei que a minha primeira vez duraria mais que 3 minutos. – sorriu, sabendo que tinha saído vitoriosa daquela conversa.
- Isso não foi legal, . – mudou sua expressão na hora, cerrando os olhos pra ela. gargalhou.
- Isso não foi muito romântico da minha parte, não é? – cruzou os braços, ainda rindo. – Agora você sabe como eu me sinto. – olhou pro , antes de se virar para olhar pra mim e pro novamente.
- E não foram SÓ 3 minutos, ok? – se defendeu. – Foram os melhores 3 minutos da sua vida, que eu sei! – cruzou os braços, irritado.
- Se você está dizendo. – voltou a rir. Sabia que agora tinha acabado com ele.

voltou a me colocar no chão, porém o beijo não terminou. Seus braços continuaram em minha cintura e minhas mãos uma hora estavam em sua nuca e na outra em sua bochecha. O beijo foi ficando mais lento e foi se transformando em um longo selinho. Nossos lábios se descolaram por pouquíssimos segundos e voltou a colá-los novamente, puxando meu lábio inferior com seus dentes, me fazendo sorrir. Nossos lábios se descolaram novamente, por causa do meu riso. Abrimos os olhos no mesmo instante. Tirei minhas mãos de seu rosto e ele colocou as suas no meu, para que nos permanecêssemos próximos.

- Posso pedir uma coisa? – perguntou com sua voz calma e tão doce. Ele acariciava o meu rosto e me olhava nos olhos, enquanto mantinha um sorriso fraco.
- Pode.. – Eu sorri, arqueando a sobrancelha, sabendo que não viria coisa boa.
- O que você fez hoje. O que você disse naquele palco.. – O sorriso de diminuiu, ele negou com a cabeça. – Não mude. – Ele pediu tão sério e encantador. – Não me deixe esquecer daquelas palavras que fizeram com que eu me sentisse o melhor garoto do mundo. – Ele voltou a sorrir, sem mostrar os dentes. Parecia estar sem jeito. – Eu quero sentir aquilo mais vezes. Eu quero sentir o seu amor todos os dias. – olhava em meus olhos com doçura. – Não precisa ter um palco e nem de um vestido de festa.. – olhou pra baixo (pro meu vestido) e depois voltou a olhar meus olhos. – Basta você olhar pra mim, sorrir e dizer que me ama. – voltou a sorrir, sem jeito. – Eu quero saber o que você está pensando e sentindo. Eu quero saber o que você quer e eu serei pra você. – continuava acariciando meu rosto com doçura, sem deixar de olhar em meus olhos. – Você está indo pra Nova York e.. – Ele fez uma breve pausa. – Eu quero viver esses últimos momentos em Atlantic City com você. – abaixou os olhos para ver o sorriso em meu rosto. – E eu não quero que isso seja uma coisa triste. – Ele se aproximou e me deu um rápido selinho. – Eu quero que seja uma coisa boa. Eu quero que isso seja uma coisa feliz, uma boa lembrança e eu mesmo vou cuidar de tudo para que isso aconteça. – me deu mais um selinho.
- Eu amo você. – Eu disse, olhando admirada para ele. sorriu de forma inexplicável, quando me ouviu dizer aquilo.
- E eu amo ouvir você dizer isso. – me olhou nos olhos. – Eu amo tudo em você. – Ele me deu o último e mais demorado selinho.
- OW! Chega de beijo! – gritou da janela do carro. – Eu vou ir ai vomitar em você, ! – revirou os olhos.

Eu e rimos. realmente tinha algum tipo de alergia a romantismo. segurou a minha mão e fomos juntos até o carro do meu irmão. Na verdade, o MEU CARRO.

- Não está feliz por me ter como cunhado de novo? – perguntou, fazendo graça.
- Estou, cara. Juro que estou dando pulinhos por dentro. – foi irônico. – Mas e você, ? Vai embora ou vai ficar? – olhou pra mim.
- Ela vai ficar comigo. – respondeu por mim. Olhei pra ele e sorri, gostando da ideia.
- Ok. – concordou. – Vou levar a pra casa e depois vou pra casa também. – explicou, sabendo que certamente não iria querer voltar pra festa depois deles terem brigado.
- Deixo ela em casa daqui a pouco. – prometeu.
- Beleza! – concordou. – Leva ela direto pra casa, entendeu? – cerrou os olhos, olhando pro .
- Entendi. – revirou os olhos.
- Você vai continuar virgem essa noite, . ENTENDEU? – perguntou, sério.
- EU JÁ DISSE QUE ENTENDI. – segurou o riso.
- Então está bom. – ligou o carro. – Boa noite. – sorriu pra mim e pro .
- Boa noite. – respondeu. – Beijos, . – Eu olhei pra minha amiga e ela sorriu, me dando boa noite.

saiu com o carro, deixando eu e sozinhos no meio da rua. Nos olhamos e sorrimos um pro outro. , que ainda segurava uma das minhas mãos, me puxou pra perto dele.

- E agora? – Eu perguntei, entre um selinho e outro.
- Bem, eu conheço outros diversos lugares confortáveis, sem ser uma cama. – disse, fingindo estar pensativo.
- Engraçado. – Eu ri, negando com a cabeça.
- Vamos pegar o meu carro. Essa festa já deu o que tinha que dar. – voltou a entrelaçar seus dedos no meu.
- Vamos. – Eu concordei, enquanto começávamos a caminhar em direção ao estacionamento.

Fomos até o estacionamento. Eu e estávamos mais feliz do que nunca. Agora sim, tínhamos certeza de que estávamos mais forte como casal. Havíamos acertado todos os problemas. Agora não havia nada que pudesse estragar o que estávamos vivendo.

- Eu queria te levar pra um lugar, mas não dá, né? O vai me matar. – fez bico.
- Sim, ele vai. – Eu também fiquei chateada. – Mas nós podemos sair amanhã. Temos todo o tempo do mundo. – Eu disse, enquanto entravamos no carro.
- Tudo bem.. – continuou com o bico.

Fomos conversando durante todo o caminho até a minha casa. Falávamos sobre a nossa dança, que tinha sido ótima e ao mesmo tempo a coisa mais vergonhosa que já fizemos na vida. Chegamos em minha casa em alguns minutos. O meu carro já estava na garagem, o que queria dizer já havia chego.

- Nós chegamos. Droga. – fez cara triste.
- Nós podemos ficar mais um pouco aqui na frente. – Eu sorri, tentando animá-lo.
- Sério? – Ele se aproximou, me roubando um selinho.
- Sério.. – Eu sorri, sabendo o que faríamos naqueles poucos minutos que tínhamos. se aproximou e me beijou novamente.
- , não dá pra fazer isso aqui. Se meu pai olha na janela e vê a gente aqui no carro... – Eu ri, me afastando dele.
- Mas eu estou com saudades, . – me olhou, sério.
- Eu sei, eu sei! Eu também estou.. – Eu ri, vendo aquela carinha dele. – Mas amanhã, lembra? – Eu propus e ele revirou os olhos.
- Ta bom, ta bom. – suspirou e saiu do carro, foi até a minha porta e a abriu para que eu saísse.
- Obrigada. – Eu agradeci, saindo do carro.
- Espera.. – me olhou, como se estivesse tendo uma ideia.
- O que? – Eu perguntei, sem entender.
- Você disse que o seu pai não pode nos ver.. – sorriu, esperto.
- Sim.. – Eu confirmei com um sorriso desconfiado.
- Então não vamos deixar ele nos ver. – segurou a minha mão e me puxou em direção a uma enorme árvore que havia em frente a minha casa.
- .. – Eu estava rindo. Quando chegamos na árvore, ele foi me empurrando pra trás, querendo me encostar nela. – Hey, hey. Vou estragar meu vestido nessa árvore. – Eu impedi que ele continuasse me empurrando.
- Não tem problema. – trocou de lugar comigo, encostando suas costas na árvore e me puxando pela cintura.
- Seu doido.. – Eu ri, quando nossos corpos se colaram.
- Qualquer coisa pelo seu beijo.. – Ele também riu, colocando nosso lábios. O beijo foi aprofundado e estava começando a se intensificar. Ficamos alguns poucos minutos naquela intensidade toda, até que resolvi interromper o beijo.
- , espera.. – Eu separei nosso lábios. – Eu tenho que entrar. - Eu disse, vendo ele fazer careta.
- Ok, ok.. – tirou as mãos da minha cintura. – Já entendi. Só amanhã! – continuou revirando os olhos.
- Não fica bravo, . – Eu dei um ultimo selinho nele e me afastei.
- Até amanhã, linda. – Ele sorriu de forma doce.
- Até. – Eu voltei a me aproximar e dei mais um longe selinho nele. Esse era o último! Juro!
- Eu te amo. – disse, assim que descolamos nossos lábios.
- Eu também te amo. – Eu sorri e me afastei dele, indo em direção a porta da minha casa. foi até o seu carro e me observou entrar.

As sensações que o tinha para aquela noite realmente estavam certas. Tudo havia mudado totalmente. Tudo estava de volta. Ele estava feliz de novo. Ele tinha tudo o que ele queria de novo. Tudo estava de volta aos eixos.

Fazia tempo que eu não dormia tão bem durante a noite. Eu estava realizada em todos os aspectos. Eu poderia viver o meu sonho e poderia ter o cara que eu amo ‘do meu lado’. Não havia mais problemas. Quer dizer, não até chegar o dia de partir.


No outro dia cedo, não houve problemas pra acordar. Eu queria muito ir pra escola e ver o logo. Eu queria voltar a viver aquela rotina com ele. Aquela rotina em que só ficávamos juntos, que nos divertíamos juntos. Ter ele do meu lado era a melhor coisa do mundo.

- Se eu não tivesse prova hoje, eu nem ia pra escola. – disse, sem querer ver a cara de emburrada de .
- Eu quero ir, então vamos logo. – Eu disse, pegando a minha bolsa.
- Que saco.. – revirou os olhos.

Peguei uma maça para comer no caminho. Meus pais tinham saído cedo para trabalhar, por isso não havia café da manhã pronto. Eles haviam deixado dinheiro sobre a mesa para que eu e comêssemos no intervalo. Levamos o dinheiro e fomos pra escola.

dirigiu até a escola e parou o carro no estacionamento. Desci do carro e esperei para que fossemos juntos até o portão. Alguém chegou por trás de mim e tampou os meus olhos. Eu sorri, pois sabia quem era. Aquele perfume nunca me enganava.

- Eu conheço esse perfume.. – Eu disse, rindo.
- Não tem mais graça brincar disso com você. – disse, tirando as mãos dos meus olhos. Eu me virei de frente pra ele e selei os seus lábios rapidamente.
- O que você está fazendo aqui? – Eu perguntei, sorrindo. Nós nunca nos encontrávamos ali. Somente lá dentro da escola.
- Estava te esperando. – me deu outro longo selinho.
- Eu gostei disso.. – Eu disse, assim que descolei nosso lábios.
- ERA COM VOCÊ MESMO QUE EU QUERIA FALAR, GAROTA! – Alguém disse, gritando. Me virei pra ver se era comigo e vi Jessie. Era óbvio que era comigo.
- O que eu fiz agora, Jessie? – Eu sorri, olhando de forma desprezível pra ela.
- Vim te dar um aviso! – Ela se aproximou de mim.
- Um aviso? – Eu ri na cara dela. Ela achava que eu tinha medo dela?
- É um aviso! – Ela reafirmou. – Você roubou o meu namorado, a minha popularidade e o respeito que todos desta escola tinham por mim, mas você NÃO VAI roubar o meu show. ESTÁ ENTENDENDO? – Jessie disse, como se eu soubesse de alguma coisa. Show? Que show?
- Do que você está falando, garota? – Eu arqueei a sobrancelha.
- Estou falando da apresentação de formatura, lerda! – Ela voltou a gritar.
- Mas eu nem estou na apresentação. – Eu expliquei, sem entender nada. Ela estava drogada?
- JÁ ESTÁ AVISADA! – Jessie gritou, jogo um folheto na minha cara e saiu, rebolando como sempre. Eu ficamos olhando pra ela, confusos. Depois nos olhamos por um tempo, tentando entender. se abaixou para pegar o folheto que Jessie havia jogado em mim.
- Você não se inscreveu mesmo pra se apresentar na formatura? – perguntou, olhando pra mim e depois pro papel.
- Não.. – Eu respondi, olhando pra ele.
- Então por que o seu nome está aqui? – me entregou o papel. Eu olhei o papel diversas vezes. Aquilo só podia estar errado. Meu nome realmente estava no folheto da apresentação.
- Eu não sei.. – Eu respondi, confusa.
- Então eu acho que alguém te inscreveu nessa apresentação.. – disse, fazendo uma careta.

CONTINUA...

29 comentários:

  1. OMG!!!
    Tá muito legal! O meu Jonas vai brigar como Mark... E a p*** da Amber tem mais é que se f****.
    Ansiosa para a segunda parte. ^^

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  2. AHHH MUITO PERFEITA
    Ja falei no twitter mas vou comentar aqui também porque sou Diva ;*
    É muito linda, voce escreve cada detalhe, cada coisa, que não tem como não chorar, eu mesmo tive que parar pra respirar e lavar meu rosto porque não conseguia nem enxergar mais.
    Não esquece, eu quero ingressos VIPs na pré-estréia quando o filme sair
    Beijos com glitter,
    Duda Menin
    @MyUnbrokenfc

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  3. CARAMBA TUDO OQ EU NAO ESPERAVA ACONTECEU NESSE CAPITULO :O

    1- o jonas ainda vai perder a virgindade com outra?
    2- a amber ainda vai se meter na minha vida e do jonas?
    3- o mark ainda vai da em cima de mim?
    4- o jonas ainda vai morar em NY?
    5- eu vou continuar namorando o jonas de boa?

    kkkk mtas mtas perguntas kkk mas eu ADOREI AMEI ME APAIXONEI PELO CAPITULO TIPO NOTA 100000000000000000000000000000000000000000000000000000 RAH VC É A MELHOR!

    EU SOU A @GABSKJN ,BEIIJONAS ;)

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  4. ohhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhhh muito bom...

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  5. AI CARALHO!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! socorro essa fic é MUITO perfeita!!!!!!!

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  6. OMJ HUSHUSAHUAHUASHUAHU, quando vem o proximo? Me acabei de chorar!
    @bsdaiane aqui

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  7. Acho que dps desse cap minhas lágrimas acabaram, eu consegui sentir tudo que 'eu' sentia na fic, vc escreve mto bem!! Parabens!! Se vc puder nao demorar pra postar o 37 eu agradeco, se nao for pedir mto...
    Bjss

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  8. apenas me desidratei de tanto chorar!ILAHY fic mais perfeita do mundooooooooo

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  9. PEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEEERFEITO OMJ!!

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  10. Amiga, tá demais como os outros ! Eu nunca vou cansar de ler ILAHY !!! Meu você é perfeita, sua fic é perfeita, e tals ! Parece que você me espiona, por que sua fic é a minha vida *--* Isso tá me dando dicas, para eu viver melhor na minha vida *--* Continue escrevendo, por que você faz parte do meu motivo para sorrir !
    Valeeu pelo capitulo 36, e esperamos que os que vierem não demorem tanto :\
    Obrigada Raah, te adoro girl !
    Beijoos, Bruubs :3

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  11. Muito PERFEITOOO demais, por favor não faça o Jonas e eu brigar de novo, está ótimo assim.
    Amo demais essa fic, tipo não consigo gosta de outra fic essa é única, e serio.

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  12. Muito perfeito a volta deles foi d+ eu amei o que ela e o que ele fizeram só por favor a leticia nao pode ir para nova york

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  13. U.U caralho a coisa ta legal.
    Eu vou perder a virgindade com os jonas? O.O
    A Amber tem que se ferrar pq eu tenho para min que ela vai aprontar.
    Eu não vou brigar com meu jonas não né??
    Meu deus posta logo..

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  14. Meu ameeeeeeeeeeeeeei adorei a reconciliaçao deles muito lindo perfeito tudo nessa fic é perfeito....Por favor eles nao podem se separar de novo viu se nao estraga mais ta lindo

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  15. UHUH DANCINHA D 5 S P/ COMEMORAR VOLTEI COM MEU JONAS VOLTEI COM MEU JONAS AEEEEEEEEEEEE TO FELIZ TADINHO DO MANINHO AGORA A AMIGA QUER Q ELE SEJA ROMANTICO E TA DIFICL KKKKKKKKKKKKKKKKKKKKKK MAS AMEI O CAP AWNNNNNNNNNN

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  16. Só uma coisinha:
    PUTA VAGABUNDA BISCAAAAAAATE AMBER EU TE ODEIO DO FUNDO DO MEU CORAÇÃO! PRONTO FALEI!
    E que coisa mais linda Raah! Tá perfect, juro! Me need capítulo 37 muito muito, quando sai?
    Posta looooooogo guria beijo

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  17. C'MON PRECISO DO CAPITULO 37 !!
    E só para informar, eu não leio com nenhum Jonas, mesmo a anos atrás curtirem muito o som deles, eu era loquinha pelo Joe haha. Mas eu leio com o Zayn, da One Direction. Louco né ? Mas tá perfeito, você escreve bem demais, e eu deixei de ler a trilogia de Fifty Shades, então perceba o quanto sua fanfic me agradou. Eu indiquei para várias amigas, e nossa ! EU QUERO LOGO, que eles fiquem juntos. Isso já estava me dando angústia, porque ela sempre tem que se fazer de difícil ? O Zayn bem que podia passar em uma faculdade em NYC né ? Eles não podem terminar mais, por favoooor !

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  18. Que capítulo foi esse!!?!! Amei... não faz ideia do quanto eu chorei!
    Sério, parabéns pela história que me faz pensar nela toda hora, ouço uma das músicas e me lembro do momento, é apaixonante! Estou louca pelos próximos capítulos.
    Escolhi o Joe e a Demi, eles se encaixam tão perfeitamente... <3

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  19. MEU DEUS ESTOU MORRENDO, AMO SEU BLOG DEMAIS MESMO, CONTINUA LOGO ANTES QUE EU MORRO DE ANCIEDADE

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  20. perfeito !!! por favor posta logo

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  21. Fic incrivelmente perfeita!!! Amo cada detalhe, cada historia <3 Nunca li algo tão bom quanto essa fic, porem ela esta repleta de erros ortograficos e gramaticais ): Dar uma pequena revisada antes de postar seria bom! Parabéns pelo otimo trabalho.

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  22. Ai senhor, que fic mais pfta vei, estou necessitanto do proximo capitulo, enfim essa eh a melhor fic que eu ja li de TODAS as q eu ja li essa eh a melhor pode ter certeza!! bjj

    tt: @flwhoran

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  23. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH EU PRECISO DO CAPITULO 37! PRECISO! I NEED!
    ESSA É A MELHOR FIC QUE EU JÁ LI, SÉRIO! É PERFEITA! ♥

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  24. Me desfazendo de tanto chorar!
    Quem me dera meu Namorado fizesse metade das coisas que o Jonas faz!
    Mas enfim, fic perfeita!

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  25. Ameeii!!Sem dúvida esse foi o melhor capítulo, me fez rir, chorar...
    e com certeza é a melhor fic que eu já li,agora to louca pelo cap. 37!! Ahh, você escreve muito bem, parabéns!

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  26. isso ta melhor que qualquer filme ou série q eu ja assisti, e eu to me envolvendo tanto cm a história que chego até a sonhar!!! me empolguei tanto q comecei a ler essa semana e ja terminei a fic!!! está de parabéns!!! eu adorei amei e não vejo a hora do próximo capítulo! ta tudo perfeito! Vc podia publicar a história ja pensou nisso? na minha opinião vc ficaria riquíssima HSAISHAIASIDUISADU mas sério, parabéns messssmo!!! qnd vc posta o próximo capitulo? tenho problemas de ansiedade com hiatus de pll imagine esperando pelo próximo capítulo!!! vou endoidar asuidhaidhaid Obrigada por dedicar seu tempo com a fic, realmente alegra meus dias...
    @Jonato4everBR aqui

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  27. Coontinua , cara é muuito perfeeita :))

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  28. PQP!!!!!!!!!!!TA TUDO PERFEITO DEMAISSSSSSSSSSSS!!!!!!!PARABENS SERIO MESMO!!!!!!!!! @MC_Maximo/@ALienSheerio aqui
    CONTINUA ASSIM!!!

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