CAPÍTULO 37





Capítulo 37 – Jogo de Amor em Atlantic City



OUÇA A MÚSICA ABAIXO,ENQUANTO LÊ:



- Mas por que fariam isso, ? – Eu não conseguia entender uma razão para alguém colocar o meu nome em uma apresentação, da qual nem quero participar.
- Eu não sei.. – negou com a cabeça.
- E se eu for falar com a Sra. Dark? – Eu olhei pra ele. – Explicar pra ela que eu não tenho interesse nenhum em fazer isso. – Eu queria a opinião dele sobre aquilo.
- Ela não vai ficar muito feliz.. – fez careta. – Mas acho que ela vai entender. – tentou me tranquilizar.
- Então eu vou ir lá falar com ela. – Eu disse, olhando pra trás pra ver se ainda demoraria. Ele estava chegando até nós.
- O que está rolando? – perguntou, olhando pra mim e depois pro .
- Alguém me inscreveu nessa apresentação, que eu nem quero participar. – Eu expliquei, entregando o folheto pra ele.
- Por que não quer? – disse, depois de olhar o papel.
- Por que.. não. – Eu não tinha um motivo. Eu só.. não queria.
- Mas você canta bem.. – adicionou.
- Obrigada, mas eu continuo não querendo fazer isso. – Eu ri, enquanto começávamos a caminhar em direção ao portão da escola. Durante o caminho, segurou a minha mão discretamente e entrelaçou nossos dedos. Não disse nada, apenas sorri e olhei pra ele. Ele também estava sorrindo.

Entramos na escola e parecia que todos estavam nos olhando. O capitão do time estava namorando novamente. As garotas voltavam a me fuzilar com os olhos, morrendo de inveja. Todas queriam estar no meu lugar. Todas queriam ser a garota que estava ali, segurando a mão dele, receber os beijos e abraços dele. Vão ficar querendo. HA-HA.

- Você não faz ideia de quem te inscreveu pra apresentação?- me perguntou, depois de olhar os folhetos.
- Não. Eu nunca quis isso. – Eu neguei com a cabeça.
- Talvez tenham achado que você canta bem e te inscreveram.. – tentou achar uma solução.
- Mas quase ninguém me ouviu cantar. Só.. – Eu disse, pensativa. Olhei pra todos os meus amigos e arqueei a sobrancelha. – Vocês. – Eu disse, achando que a tal pessoa estava ali.
- Não olha pra mim. – revirou os olhos.
- Muito menos pra mim. – cruzou os braços.
- Também não fui eu, . – negou com a cabeça.
- Eu sou seu irmão, lembra? Eu não me envolvo com essas coisas escrotas do colégio. – disse, sarcástico.
- E você, ? – Eu olhei pro , desconfiada. Ele riu e negou com a cabeça.
- Eu amo ver você cantando, mas não fui eu. – quase riu.
- Não importa, agora. – Eu neguei com a cabeça. – Está feito e eu vou concertar isso. – Eu disse, séria.
- Mas não agora. – entrou na minha frente, quando viu que eu já estava saindo dali pra tomar alguma atitude. – O sinal da primeira aula já tocou. Não quer problemas no seu último mês de colegial, certo? – sorriu pra mim.
- Ok.. – Eu revirei os olhos e sorri. – Você está certo. – Eu fiz careta e riu e se aproximou, colocando uma mão em cada lado do meu rosto. Selou meus lábios lentamente e se manteve próximo.
- E quando é que eu não estou certo? – sorriu, enquanto as pontas dos nossos narizes ainda se tocavam.
- Cala a boca.. – Eu ri e neguei com a cabeça.
- Oi. – disse, meio discreta. Ela havia acabado de chegar.
- Oi . – Eu disse, deixando de olhar e olhando pra ela.
- Achei que não viria hoje. – sorriu pra amiga. olhou rapidamente pro e mostrou-se irritada.
- Não deveria mesmo ter vindo. – suspirou. Todos perceberam que havia algo errado. e trocaram olhares e depois olharam pro . estava com um sorriso meio desconcertante no rosto.
- Então.. – sorriu pra , que olhou pra ele descontente, esperando que ele continuasse a frase. – Eu não mereço nem um beijo? – sorriu, sem jeito. sorriu falsamente.
- Claro. – Ela continuou a sorrir e se aproximou de e beijou o seu rosto da forma mais fria do mundo. Olhou pra ele e viu seu rosto perplexo e voltou a sorrir falsamente. – Vou pra sala. – Ela saiu e nem sequer olhou pros amigos. Ninguém entendeu nada.
- Parece que alguém está em problemas.. – sorriu.
- Isso é ridículo. – riu, frustrado e negou com a cabeça.
- O que você fez agora? – Eu perguntei, já julgando ele.
- O que EU fiz? EU? – perguntou, indignado. – Você é a minha irmã, lembra? Onde está toda aquela baboseira de nos apoiarmos sempre? – me olhou, furioso.
- Depende do que você fez. – Eu sorri, achando graça de toda a revolta dele.
- Eu não fiz nada, caralho. É isso que estou falando. – suspirou.
- Se ele disse que não fez nada, é por que não fez nada! – apoiou amigo.
- Eu nunca faço nada! – disse, furioso.
- Ele nunca faz nada! – continuou apoiando o amigo de uma forma engraçada.
- Você é quem fez, seu merda. – apontou pro .
- Eu é quem.. – ia dizendo e se tocou, antes que terminasse a frase. – EU? – arqueou a sobrancelha.
- Vai, trouxa. – gargalhou.
- A culpa é sua e desse seu romantismo escroto. – olhou furioso pro .
- Como isso pode ser a minha culpa? – cruzou os braços.
- Você fica fazendo essas coisas bonitinhas pra minha irmã, que por sinal me dão vontade de vomitar e agora a está reclamando que não faço o mesmo com ela. – arqueou a sobrancelha.
- Sério? – soltou uma alta gargalhada.
- Então ela quer que você seja romântico? – sorriu, segurando a risada.
- Não, ela quer que eu vire gay, mas também pode ser isso ai. – sorriu falsamente.
- Isso vai ser épico. – cruzou os braços, rindo.
- Para de rir, filho da puta. – ameaçou , que não conseguiu parar de rir.
- E o que você vai fazer a respeito? – Eu perguntei pro meu irmão.
- O que você acha? – olhou pra mim, irônico.
- Nada. – Eu respondi, conhecendo o meu irmão.
- Exatamente. – confirmou com a cabeça. – Ela quer que eu ceda e vá correndo atrás dela e faça o que ela quer. Eu não vou. Ela é quem vai vir. – disse, colocando sua mochila nas costas.
- Mas.. – Eu tentei fazê-lo mudar de ideia, mas ele saiu antes mesmo de eu conseguir terminar a frase.
- Isso não vai acabar bem.. – negou com a cabeça, rindo.
- É claro que não vai. – riu, concordando.
- CHEGUEI. – gritou, atrás de mim.
- Oi, amor. – riu de toda a felicidade de .
- Oi.. – Ela se aproximou e selou rapidamente os lábios do namorado.
- Olha só se não é a dona da melhor festa do ano. – sorriu pra amiga.
- Saiu tudo perfeito! – comemorou.
- Foi tudo lindo, . – Eu concordei. – Você cuidou de tudo! – Eu sorri, feliz por ela.
- Ainda bem. Eu arrancaria meus cabelos se algo saísse errado. – gargalhou, exagerada como sempre.
- Aliás, nos desculpe por ter saído da festa sem avisar. – fez careta. Sabia que não perdoaria aquilo tão cedo.
- Está tudo bem. A Amber já me explicou tudo e eu entendo. – sorriu pra mim e pro .
- Entende? – Eu arqueei a sobrancelha. Eu não esperava aquela reação.
- Entendo. Vocês dois estão perdoados, mas o e a não. – fez cara feia.
- Eles brigaram. – avisou a namorada.
- Brigaram? – não entendeu como isso pode ter acontecido do dia pra noite.
- Sim, eles estão se provocando. Está hilário. – completou a explicação.
- Ok, então eles também estão perdoados. – riu. – Pelo menos eles não brigaram na minha festa. Ai sim, eu ia matar eles. – continuou rindo.
- E a Amber? Como ela está? – perguntou, sem nenhuma maldade ou intenção de me irritar. Fuzilei ele com os olhos no mesmo instante.
- Ela está bem. Ela veio me trazer. – riu.
- Foi por isso que você chegou atrasada. – riu, sem jeito.
- Ela se atrasa pra tudo, você lembra. – gargalhou.
- Como ele esqueceria, não é? – Eu sorri falsamente pro , enquanto pegava a minha bolsa, que estava sobre a escada. – Vou pra sala. Até o intervalo. – Eu disse, saindo. passou a mão pelo cabelo e coçou a cabeça, enquanto fazia careta.
- Desculpa.. – também fez careta. Sabia que havia colocado em problemas.
- Até depois. – negou com a cabeça, querendo dizer que não tinha problema e saiu, indo atrás de mim. Andou rapidamente, até que chegou ao meu lado.
- Que bom que eu não sou o único ciumento da relação. – disse, enquanto andava ao meu lado. Percebi a sua presença, mas não olhei pra ele.
- Eu não estou com ciúmes. – Eu respondi, olhando pro corredor em minha frente. – Eu só não gosto dela. – Eu disse, enquanto desviava dos outros alunos que estavam no corredor.
- Não gosta dela.. comigo. – sorriu, achando graça do meu comportamento.
- Não gosto dela com ninguém. – Olhei rapidamente pra ele.
- Você está brava comigo por que eu perguntei dela. – estava tentando me fazer assumir que estava com ciúmes.
- Eu odeio ela, . – Eu parei de andar e olhei pra ele. – Eu sempre odiei e eu sempre fui a única a odiar. – Eu expliquei, irritada. Não sabia se era com ele ou com ela. – E o fato de eu ser a única a sentir isso por ela, me irrita. O fato de ter todos os meus amigos, o meu irmão e o meu namorado idolatrando aquela idiota, me irritam. – Eu desabafei. me olhava, sério.
- Eu entendo, mas.. – sorriu fraco, passando uma das mãos pelo meu rosto. – Você não precisa se preocupar com isso. – olhou o meu rosto de perto. Eu já não estava tão brava. – Você precisa aprender a valorizar você mesma. Você precisa entender que você é incrível do seu jeito. Você precisa saber que mais ninguém pode ser como você e é por isso que eu não posso amar mais ninguém, além de você. – se aproximou e beijou a minha testa, colocando seus longos braços em torno de mim e me dando um rápido abraço.
- Você está tentando contornar a situação, me falando essas coisas? – Eu perguntei, olhando pra ele.
- Depende. Está funcionando? – fez careta, enquanto sorria de forma desconcertante.
- Está... – Eu sorri, concordando com a cabeça.
- Então, eu estou. – riu. – Não, agora é sério! – escondeu o sorriso e me olhou de perto. – Você tem qualidades e a ela tem outras. Eu e os nossos amigos amamos as suas qualidades e se quer saber, até os seus defeitos. Seus defeitos também fazem de você o que você realmente é. – disse de forma calma. – O que eu estou querendo dizer.. – riu, vendo que havia se prolongado demais. – Todos nós escolhemos você e não ela. Cada um tem um espaço reservado na vida de uma pessoa. Seu lugar está guardado e estará lá pra sempre. Ninguém pode roubar ele. Então.. – sorriu de forma doce. – Não se importe com isso. Não ache que qualquer um pode ocupar o seu lugar, por que ninguém pode. Ok? – continuou com aquele sorriso.
- Ok. – Eu concordei simplesmente por que havia achado lindo o que ele disse. ficou feliz por eu ter concordado e se aproximou, me dando um carinhoso selinho. – Mas.. – Eu interrompi o selinho e ele sorriu.
- Eu sabia que viria um ‘mas’. – me olhou de perto, esperando que eu dissesse.
- É bom ela não me irritar. Eu não tenho sangue de barata. – Eu disse, rindo.
- Ela não vai. – disse com certeza.
- Ok, então eu vou pra sala. No intervalo você vai comigo na sala da Sra. Dark? – Eu perguntei, sorrindo.
- Vou. – também sorriu e me deu outro rápido selinho.
- Até depois. – Eu me despedi, dando alguns passos pra trás.
- Até.. – Ele sorriu, acenando com uma das mãos. Ver aquela aliança de compromisso em seu dedo me fazia muito bem.

As aulas de matemática não pareciam tão ruins, quando eu me lembrava que logo eu sentiria falta daquilo. Faltava menos de um mês para eu me mudar pra Nova York e agora eu via o melhor em tudo. Em tudo que um dia eu sentiria falta. Quando aquele assunto começava a me abalar, eu tentava pensar em outra coisa. Eu me lembrava que não ia gostar de me ver daquele jeito, então eu tentava sorrir. Sorrir por ele, sabe?

O sinal do intervalo tocou e eu sabia que teria que ir conversar com a Sra. Dark. Ela ficaria decepcionada, mas eu realmente não tinha planos de fazer aquela apresentação. Avistei na porta da sala e me levantei, indo em sua direção. Suas mãos estavam no bolso e ele sorria pra mim.

- Hey.. – Eu disse, quando cheguei em sua frente. Sorri e selei os seus lábios. Ele segurou a minha mão e depois entrelaçou nossos dedos.
- Hey.. – Ele disse, depois de desgrudarmos nossos lábios. Começamos a andar pelo corredor da escola. Diversas pessoas passavam por nós. Todos estavam indo pro pátio da escola. – Então, já sabe o que vai dizer pra ela? – perguntou, enquanto continuávamos caminhando.
- Na verdade, não. – Eu ri, frustrada.
- Então é bom pensar rápido, por que chegamos na sala dela. – disse, parando de andar. Olhei pra dentro da sala e vi a Sra. Dark sentada, corrigindo alguns trabalhos ou provas. Eu e trocamos olhares por um tempo e entramos na sala dela. A professora nos olhou rapidamente e sorriu ao me ver. soltou a minha mão rapidamente. Era tarde demais. A Sra. Dark já havia visto.
- Olá. Como estão? – A professora sorriu, vendo eu e nos sentarmos em uma carteira em frente a sua mesa.
- Estamos bem e a Sra. ? – Eu respondi por mim e pelo .
- Está tudo ótimo. – Ela sorriu, ajeitando seus óculos. – Não eram vocês dois que viviam brigando na minha sala de aula? – A professora sorriu, desconfiada.
- Sabe aquela história sobre amor e ódio andarem juntos? – perguntou de forma retórica. – É verdadeira. – quase riu. A Sra. Dark também segurou uma risada.
- Certo, entendi. – Ela concordou com a cabeça. – Mas, creio que vocês não vieram até aqui para falar sobre isso. Estou certa? – Ela entrelaçou os dedos de suas mãos e nos olhou, séria.
- Não. – Eu sorri, sem jeito. Não sabia por onde começar. – Eu vim falar sobre a apresentação da formatura. – Eu disse e ela deu um enorme sorriso.
- Sim, é claro. – Sra. Dark disse, empolgada. – Confesso que não esperava a sua participação, mas fiquei muito feliz quando recebi a sua inscrição. Eu nem sabia que você cantava. – Sra. Dark disse, demonstrando estar muito feliz.
- Eu canto muito pouco. Só quando eu.. – Eu não sabia como continuar aquela desculpa. Ela olhava pra mim, sem entender.
- Algum problema? – Sra. Dark perguntou. – Se você está preocupada com o tempo, saiba que 3 semanas são suficientes para você ensaiar. Você é muito disciplinada em tudo o que você faz e eu sei que vai se empenhar nisso também. É por isso que fiquei tão feliz com a sua inscrição. Eu sei que você vai trazer algo diferente pra nossa apresentação esse ano. Eu estou contando com você. – A professora sorriu pra mim, esperançosa e empolgada.
- Eu entendo, mas.. – Eu olhei pro e depois pra ela. Droga! DROGA! Eu não vou conseguir dizer não a ela. – Quer dizer, eu.. vou me esforçar o máximo pra isso. – Eu forcei um sorriso. Percebi os olhares assustados de .
- Maravilhoso. Estou ansiosa. Se precisar de qualquer ajuda, fale comigo. – Sra. Dark estava tão feliz.
- Claro. – Eu continuava forçando um sorriso. – Obrigada. – Eu me levantei e me acompanhou.
- Até logo. – A professora se despediu, antes que saíssemos da sala.
- O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO? – perguntou, assim que nos afastamos da sala.
- Eu sou uma idiota! – Eu resmunguei. – Eu não consegui dizer não pra ela. DROGA! – Eu disse, furiosa comigo mesma.
- E agora? Você vai se apresentar na cerimonia de formatura? – arqueou a sobrancelha.
- Meu Deus.. eu não posso fazer isso. – Eu passei a mão pelo meu rosto, sem acreditar no que havia feito.
- Ok, calma. – me olhou, sério. – Vamos lidar com isso juntos, ok? – disse, tentando me acalmar.
- O que vamos fazer? – Eu perguntei, achando que tivesse uma solução.
- Eu preciso de mais tempo pra pensar, ok? – abriu os braços, fazendo cara feia.
- Eu vou me apresentar na frente da escola toda! Que roupa eu vou usar? O que eu vou cantar? – Eu estava desesperada.
- Eu não sei. Eu.. – disse, pensativo. – Eu posso te ajudar com a música. – me olhou, sério.
- Eu não vou cantar Beatles, ! – Eu disse, fazendo cara feia.
- EU SEI! – rolou os olhos. – Estou falando sobre compor uma canção. – esperou pela minha reação.
- Compor uma canção? Mas.. – Eu não sabia o que pensar. Parecia ser uma boa ideia, mas ao mesmo tempo uma má ideia.
- Vamos tentar, ok? Eu já fiz isso antes. Eu te ajudo. Se não der certo, pensamos em outra coisa. – disse. – Mas fica calma, ok? – sorriu, pois sabia que ver o seu sorriso me acalmaria.
- Ok.. – Eu sorri fraco, um pouco mais calma. – Obrigada por me ajudar. – Eu me aproximei e o abracei. O sorriso dele aumentou, por eu tê-lo abraçado.
- Vai dar tudo certo. – sussurrou em meu ouvido.
- Eu sei que vai.. – Eu disse e desfiz o abraço, para que pudesse terminar a frase olhando pra ele. – Por que você está comigo. – Eu sorri, olhando em seus olhos. Um sorriso tímido surgiu em seu rosto, ele nem chegou a mostrar os dentes. Me olhou por um tempo com aquele sorriso e aos poucos seu sorriso foi desabrochando e os seus dentes foram ficando a mostra. Foi a cena mais surreal e linda que eu vi em toda a minha vida.
- Estou feliz por você saber disso. - Ele tocou uma das partes laterais do meu cabelo e foi deslizando até as pontas, enquanto se aproximava e me dava um selinho longo. Terminamos o selinho e ele me olhou de perto por um tempo e fez uma careta. – Pronta pra enfrentar a fúria da Jessie? – quase riu.
- Eu nunca estive mais pronta! – Eu ri e ele riu comigo. Roubei mais um rápido selinho e segurei a sua mão e o puxei pelo corredor.
- Onde estamos indo? – me olhou, andando ao meu lado.
- Falar com a galera. – Eu sorri pra ele, enquanto descíamos as escadas.
- Eu achei que você estava me levando pra algum canto pra poder me agarrar. – fez bico, mas não conseguiu mantê-lo por muito tempo, pois começou a rir. Olhei pra ele e abri a boca, fingindo estar surpresa com a declaração dele. Ele fez o mesmo com a boca e ficamos rindo por um tempo.
- Não vou te agarrar, garoto. – Eu disse, ainda puxando ele pelas mãos. – Pelo menos, não agora. – Eu disse e pisquei pra ele. Ele parou e cerrou os olhos pra mim.
- Eu vou cobrar isso mais tarde. – disse, voltando a se aproximar de mim e colocando o seu braço sobre os meus ombros.
- Pode cobrar. – Eu gargalhei, sentindo ele beijar carinhosamente uma das minhas bochechas.

Nos aproximamos da mesa dos nossos amigos. Todos conversavam e riam de uma coisa qualquer. e não estavam do lado um do outro, ou seja, ainda estavam brigados. Isso nunca era bom. Eu e resolvemos ficar de pé mesmo ao lado da mesa, pois os dois lugares que haviam na mesa eram muito longe um do outro e nós queríamos ficar juntos.

- E ae? O que está rolando aqui? – disse, olhando para os amigos. Seu braço ainda estava sobre os meus ombros. Me virei de lado e passei meus braços em volta da sua barriga.
- Estamos falando sobre as danças do aniversário da . – disse, rindo.
- Foi muito engraçado. – riu. Sua mão que antes estava em um dos meus ombros, desceu para as minhas costas, onde ele começou a acariciar.
- A dança do e da foi a mais engraçada. Eu tenho que assumir. – gargalhou, assim como todos.
- Todos os convidados ficaram falando dos dois loucos que dançaram na minha entrada. – comentou.

e também estavam achando graça, porém nem olhava pro meu irmão. Ela estava tentando ignorar ele. Bem, estava dando certo. Ele estava enlouquecendo com toda aquela frieza dela.

- Está vendo, amor? Nós temos fãs. – disse, querendo receber a atenção de por poucos segundos. Ela olhou pra ele e até um sorriso surgiu em seu rosto.
- Nós? – riu, irônica. – Eu acabo de optar pela carreira solo. Desculpe. - sorriu com sarcasmo. Todos permaneceram em silêncio. Alguns fizeram uma careta, sabendo que ela havia acabado com o e outros, olhavam pra com pena.
- Então, eu acho que já vou pra sala. – disse, sabendo que a acompanharia.
- Vou com você. – sorriu pra amiga. – Beijos, galera. – mandou jogou um beijo e se virou para ir em direção à sala. fez uma careta pra nós e saiu, acompanhando .
- Minha namorada me odeia. Isso é ótimo. – disse, irônico.
- Ela não te odeia. – tentou fazer com que aquilo parecesse menos pior.
- Ela só.. não gosta de você nesse momento. – Eu disse, tentando ajudar.
- Cara, logo isso passa. É coisa de momento. – também ajudou.
- O pior é que eu não fiz nada pra merecer isso. – disse, irritado.
- Tem uma coisa que você podia fazer pra melhorar as coisas, mas você não vai querer. – sorriu, negando com a cabeça.
- O que? – estava disposto a fazer muita coisa pra conseguir a namorada de volta.
- Você.. – riu. Sabia que jamais aceitaria a ideia. A mão dele ainda continuava acariciando lentamente as minhas costas. – Eu não sei! Dê a ela o que ela quer, cara. – disse, como se fosse óbvio.
- Certo. Quando a sua cama vai estar disponível, ? – fingiu ficar sério a perguntar isso.
- Vai ser foder, palhaço. – disse, revoltado. Todos riram.
- Eu não estou falando disso, idiota. – ainda se impressionava com a tamanha malícia do . – Estou falando sobre ser romântico. Ela não quer isso? Então seja. – disse e eu concordei com ele.
- Eu? – riu. – Romântico? – negou com a cabeça. – Não vai acontecer. – voltou a rir.
- Por que não? – Eu perguntei, irritada. era tão machista e cabeça dura.
- Eu nunca vou ser romântico, . Eu não sou assim, eu nunca vou ser assim. – também ficou irritado.
- Ninguém está pedindo pra você ser insuportavelmente romântico como o . Não vai doer ser romântico por alguns dias. – disse e o olhou com cara feia.
- Obrigado, . Aliás, vai à merda. – sorriu falsamente. gargalhou.
- , é sério. – o olhou, séria. – Se você ama ela, você vai fazer esse esforço por ela. – disse, sabiamente.
- Ou é isso, ou vai perdê-la. – completou.
- Eu não sou assim. Eu não vou mudar o meu jeito. Eu não sei ser desse jeito. – disse, sério. Estava se levantando da mesa. – Está decidido. – saiu com a mochila nas mãos. Todos observaram ele sair, sem dizer nada.
- Orgulhoso.. – negou com a cabeça.
- Ele é meu irmão, né? – Eu sorri e neguei com a cabeça. sorriu, concordando.
- Chega de dar uma de cúpido. Vamos pra sala, que o inspetor já está olhando feio pra nós. – se levantou da mesa. e também se levantaram.

se virou pra mim. Minhas mãos continuavam em torno dele e as mãos dele subiram pro meu rosto, enquanto ele se aproximava e selava os meus lábios lentamente. Entrelaçamos nossos lábios, mas não chegamos a aprofundar o beijo. Terminei o beijo, puxando seu lábio inferior. Ele sorriu, quando nossos lábios ainda estavam colados. Eu também sorri e separei nossos lábios.

- Te vejo na saída? – sorriu, me olhando de perto.
- Eu te espero. – Eu disse, olhando os olhos dele que tanto me deixam boba.
- Sr. Jonas? – Uma voz disse e quando olhamos pro lado, vimos o inspetor. Nos afastamos rapidamente.
- Já estamos indo pra sala. – pegou a sua mochila e sorriu falsamente.
- Ótimo, mas eu queria esclarecer uma outra coisa pra você e pra Srta. . – O inspetor me fuzilou com os olhos. já sabia do que se tratava.
- Falta menos de um mês pro final das aulas e vocês não vão querer uma suspensão logo agora, não é? – Ele disse com os braços cruzados.
- É claro que não. – respondeu por nós dois.
- Então é melhor que vocês evitem toda essa demonstração de afeto dentro dessa escola. – O inspetor disse, sério.
- Nos desculpe. – riu, sem jeito. – Nós acabamos de começar a namorar e estamos naquela fase de inicio de namoro. – disse, meio gaguejando. Ele estava nervoso. – O Sr. entende, não é? – riu, descontraído. Queria melhorar o clima que havia se estabelecido ali.
- Não. – O inspetor disse, grosso.
- Não? – riu, ainda mais nervoso. – Mas o Sr. Já amou alguém, não é? – voltou a rir.
- Não. – O inspetor continuou sério.
- Ok.. – riu de si mesmo. – Nós entendemos o que o Sr. quis dizer. – finalizou.
- Ótimo. – O inspetor sorriu de forma fraca. – Espero que não tenha que dar o segundo aviso. – O inspetor saiu, dando bronca em outros alunos.
- Vai! Não se desgrudam! – gargalhou.
- Essa escola é ridícula, esse inspetor é ridículo. – revirou os olhos.
- Vamos pra sala, vai. – riu, andando em direção as salas.
- Então, até depois. – riu, demonstrando estar incomodado, se aproximou e beijou o meu rosto.
- Até. – Eu gargalhei do sacrifício que foi pra ele, me beijar no rosto.

Eu sai com e , e saíram juntos. e teriam aulas juntos e a sala de ficava próxima a deles. A minha sala ficava ao lado da sala na , por isso fomos juntas.

Eu tive as últimas aulas, mas não prestei muita atenção nelas. ficava me mandando mensagens de texto durante as explicações do professor e eu simplesmente não conseguia me concentrar. Eu não culparia ele por isso. Eu adorava todas as mensagens dele. O sinal da saída tocou e eu só consegui ouvir o professor pedindo que fizéssemos as questões do capítulo 11. Eu iria me virar depois para fazê-las.

me esperaria na escada da escola. Era o que ele havia me dito por mensagem. Coloquei a bolsa em um dos ombros e sai da sala, enquanto guardava meu caderno. Cheguei no topo da escada e vi que estava sentado de costas em seu último degrau. Sorri sem ao menos perceber. Ele estava esperando por mim. Como ele sempre havia feito. Ele sempre vai esperar por mim e isso me dava a maior tranquilidade do mundo. Desci alguns degraus, até chegar no anterior ao que ele estava . Tampei seus olhos com as minhas mãos como ele costumava a fazer comigo. Percebi seu rosto se contrair, enquanto ele sorria.

- Eu não faço a menor ideia de quem seja. – mentia, apalpando minhas mãos. Eu sabia que ele estava se fazendo de bobo, o que me fez revirar os olhos. Antes mesmo que eu tomasse qualquer atitude, puxou minhas mãos, tirando-as de seu rosto e trazendo meu corpo junto. Quando me dei conta, já estava quase deitada no colo dele, enquanto ele me segurava e ria.
- Você é maluco? – Eu disse com os olhos esbugalhados.
- E você só percebeu isso agora? Que tipo de namorada você é? – disse, me roubando um selinho.
- Do tipo da que não quer levar suspensão. – Eu ri, me levantando do seu colo. Ele também se levantou, ficando ao meu lado.
- Você devia fazer umas loucuras às vezes. Eu já levei algumas suspenções e eu ainda não sou a ovelha negra da família. – disse, me fazendo gargalhar.
- Falando em família. Como está a ? Estou com saudades. – Eu perguntei, entrelaçando meus dedos nos dele.
- Ela está bem. Todo dia de manhã ela me pergunta se nós ainda somos namorados. – sorriu, contando. Ele jamais entenderia aquela ligação louca que eu e tínhamos.
- Você já teve tantas namoradas, que traumatizou a sua irmã. Isso é ótimo, . – Eu disse, sabendo que ele odiaria aquele meu comentário.
- Isso não explica o fato da única namorada dela ter gostado ser você. – fez careta.
- Deve ser porque eu sou foda. – Eu disse com a voz um pouco mais grossa.
- Fica me imitando e ainda se acha engraçada, né? – cerrou os olhos, fingindo estar indignado.
- Eu não pude evitar. – Eu gargalhei, empurrando-o levemente pro lado.
- Olha só, se não é o meu casal brega favorito. – disse, entrando no meio de mim e do . Um braço estava sobre os meus ombros e o outro estava sobre os ombros do .
- Olha só, se não é.. – pensou em um adjetivo a altura, mas não conseguiu pensar em nada. – VOCÊ. – riu da sua falta de criatividade. Nós paramos de andar.
- Cadê o meu irmão?- Eu perguntei. Era pra ele estar com o .
- Estou aqui. – disse, aparecendo atrás de mim.
- Que cara é essa? – viu que o amigo não estava bem.
- Vou ter que fazer recuperação de Biologia. – revirou os olhos.
- E? Até parece que você nunca ficou de recuperação. – riu
- Tem essa história da também. – revirou os olhos e suspirou.
- Você quer que eu converse com ela? – Eu perguntei. Queria ajudar o meu irmão.
- ! – Alguém me chamou. Olhei pra trás e vi que era a . Ela acenou com a mão, pedindo que eu fosse até lá. Provavelmente, ela queria evitar o .
- Eu não quero que se intrometa nisso, . Deixa que eu resolvo. – me disse, sério.
- Ta bom. – Eu neguei com a cabeça. Por que ele não deixava os outros ajudarem? – Eu já volto. – Eu sorri pra eles e sai, indo até a .
- Oi . – Eu disse, quando cheguei na frente dela.
- Ok, eu preciso de uma opinião. – disse, séria. – Eu não estou errada nessa história, não é? – Ela parecia aflita.
- Eu acho que nenhum dos dois estão certos. – Eu sorri, negando com a cabeça.
- Eu sei que ele é o seu irmão, mas você consegue me entender, certo? – me olhou, séria.
- Sim, eu entendo. Ele precisa mudar um pouco o seu comportamento, principalmente com você. Você é uma garota e toda garota quer um pouco de romantismo. Eu entendo, . – Eu sorri fraco, fazendo com que ela se acalmasse.
- Obrigada por isso, . Eu já estava achando que eu era a idiota da história. – Ela riu, aliviada.
- Eu torço por vocês. Se você precisar de mim, você pode me chamar. – Eu a abracei rapidamente e ela me apertou forte, demonstrando o quanto estava grata.
- Obrigada, gata. – riu, beijando o meu rosto.
- Nos falamos mais tarde? – Eu perguntei, vendo ela concordar com a cabeça. – Certo, então até depois. – Eu dei alguns passos pra trás e joguei um beijo. Ela riu, retribuindo o beijo.

Olhei pro e sorri ao vê-lo conversar algo engraçado com e . havia chego e também estava falando com eles. estava sorrindo e isso me fez ficar muito aliviada. sabia que estava mal e estava fazendo ele rir. Ele fazia isso de propósito. Era o seu jeito de mostrar que se importava e isso era uma das coisas que eu mais amava nele. Eu me aproximei e cheguei atrás do , passando meus braços em torno do seu pescoço e beijando um de seus ombros, que estava coberto pela camiseta do uniforme. Ele não se virou, sabia quem era. Beijou uma das minhas mãos que estavam próximas a seu rosto. Desceu suas mãos e as levou pra trás, segurando cada uma das minhas coxas e me levantando de cavalinho.

- Não, . – Eu gargalhei. – O que você está fazendo? – Eu ainda estava rindo. Meus braços continuavam em torno do seu pescoço.
- Vou te dar uma carona até o estacionamento. – riu, começando a andar.
- Vocês não cansam de me envergonhar, né? – revirou os olhos.
- Olha essa mão boba, Jonas. – disse, vigiando de perto as mãos de .
- O que é isso? – disse, rindo. Ele e haviam nos alcançado.
- Eu nem conheço esses dois. – riu, se afastando.
- Eu estou apenas curtindo a carona. – Eu sorri e quase riu.
- E o está apenas curtindo pegar nas coxas da minha irmã. – disse, emburrado.
- Cala a boca, . – Eu revirei os olhos.

Andamos até o estacionamento. O carro de estava ao lado do carro do (do meu, na verdade). andou até o seu carro e virou de costas, me soltando para que eu me sentasse no capô de seu carro. Eu me sentei e o soltei. Ele se virou de frente pra mim e ficou me olhando por um tempo. Ele sorriu, eu sorri.

- No que você está pensando? – Eu perguntei com um sorriso fraco no rosto.
- Nós estamos agindo como um casal de verdade. Isso é.. insano. – sorria de forma doce. Uma das suas mãos se aproximou do meu rosto e com os dedos colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha.
- Eu sei. É estranho. – Eu quase ri. – Mas também é a coisa mais bonita e ..real que eu já vivi em toda a minha vida. – Eu disse, olhando seu rosto de perto. Minha mão foi até uma das suas bochechas, enquanto eu selava os seus lábios de forma lenta. Nossos lábios chegaram a se entrelaçar, mas não passou disso. Ele separou nossos lábios antes disso acontecer.
- Aliás, eu tenho que falar com você sobre uma coisa. – me olhou e sorriu de forma desajeitada. Não era coisa boa, certeza!
- Eu sabia que algo estava por vir. – Eu quase ri e olhei pra ele, desconfiada.
- Se importa se nós não passarmos a tarde juntos hoje? Os caras vão lá em casa ver o jogo do Yankees. – fez careta. – Quer dizer, se você quiser ir lá assistir o jogo com nós, sem problemas. – riu, sabendo que aquele não era o tipo de convite que eu aceitaria.
- Não tem problema. Eu vou aproveitar pra fazer os deveres que o professor passou hoje. – Eu sorri, compreensiva.
- Você podia ir lá assistir o jogo comigo, né? – fez cara de bravo.
- Você sabe que eu não entendo nada de beisebol e também sabe que beisebol não é exatamente o meu esporte favorito. – Eu fiz careta.
- , você não tem um esporte favorito. – arqueou a sobrancelha, segurando a risada.
- É... você está certo. – Eu ri e ele riu comigo. Os meus amigos e meu irmão estavam há alguns poucos passos de nós. Eles conversavam sobre qualquer coisa, que não tem importância agora.
- O que eu tenho que fazer pra te convencer a ir? – me olhou com uma cara sedutora. Eu voltei a gargalhar.

Ninguém percebeu, quando o carro de Amber entrou no estacionamento da escola. Ela estava distraída, procurando pela prima. Viu de longe e deduziu que estava junto, por isso decidiu ir até lá. Dirigiu na direção que estávamos e quando ainda estava um pouco longe, parou o carro. Ela não esperava ver aquela cena.

- Abraços e beijos não vão adiantar, por que eu os consigo de qualquer jeito. – Eu disse e ele riu, indignado.
- E cócegas? Vão adiantar? – cerrou os olhos me olhando. Eu comecei a rir descontroladamente. Afastei o corpo dele do meu, querendo evitar as cócegas.
- Isso é jogo sujo, . – Eu disse, negando com a cabeça.
- Está vendo? Nem comecei e já estou te fazendo mudar de ideia. – riu, aproximando suas mãos de mim.
- Não, não. Para, . – Eu afastei as mãos dele novamente, tentando ficar séria. – Eu estou falando sério. – Eu simplesmente não conseguia ficar séria.
- Sério? E por que você está rindo? – ameaçou fazer cócegas novamente.
- Eu não estou rindo. – Eu encolhi o riso.
- Não? – foi rápido e apertou uma das minhas cinturas. Eu voltei a afastá-lo.
- Ok, ok! Eu estou rindo. – Eu disse, rindo.

Amber observava aquela cena de longe. Ela tentou se lembrar de quantas vezes se imaginou vivendo aquela mesma cena com o . Ela percebia que eu e estávamos felizes. Ela conhecia ele muito bem e sabia muito bem que aquele sorriso era o que descrevia a sua real felicidade. Foi esse sorriso que ela sempre quis arrancar dele. Tudo o que ela mais queria era ser a garota responsável por aquela extrema felicidade dele.

Vários carros buzinavam atrás de seu carro. Ela ficou alguns minutos ali parada, mas os adolescentes de hoje em dia não são os mais pacientes. Ela voltou a acelerar o carro e o parou na frente do carro do e ‘do ’. Ela buzinou, chamando a atenção de todos. Não desceria do carro. Estava ali somente para buscar .

- Amber! – gritou, empolgado. Ouvir o nome dela fez qualquer sorriso desaparecer do meu rosto. Desviei de , que estava em minha frente e olhei pra ela. também olhou pra trás. Lá estava ela! Ombros descobertos, os cabelos loiros presos em um alto rabo e um óculos de sol de marca.
- Oi gente! – Ela sorriu, apoiando um dos braços no vidro da porta de seu carro. Ela levantou os óculos de sol, pendurando-o em seu cabelo.
- Minha carona chegou. – riu.
- A adora me explorar. – Amber riu e negou com a cabeça.

virou-se de costas pra mim para ficar de frente pra ela e poder olhá-la. Eu revirei os olhos. Ela tinha atenção de todos. Todos estavam sorrindo e rindo dela. Só eu achava a voz dela irritante? Só eu achava o comportamento dela ridículo? Não é possível.

- E como estão os preparativos pro jogo, garotos? – Amber perguntou, olhando para os garotos.
- Vai dar Yankees, claro! – riu, convencido.
- Combinamos de assistir o jogo na casa do . – explicou na maior inocência.
- Ahn é? – Amber sorriu fraco e olhou pro . Só em vê-la olhar pra ele, o meu sangue já subia. Eu não sabia se era coisa da minha cabeça, mas o jeito que ela olhava pro , era diferente do jeito que ela olhava pros outros garotos.
- É a desculpa dos garotos pra ficarem uma tarde longe de nós. – fingiu fazer cara feia.
- Não é nada disso. – fez careta. sorriu, sem que ninguém percebesse.
- Onde você vai ver o jogo? – perguntou, mudando um pouco o foco da conversa.
- Vou ver na casa da mesmo. – Amber sorriu, sem jeito. Qual é!? Ela estava implorando pra ser convidada pra ir na casa do . Ainda bem que ninguém ali vai convidá-la.
- Por que você não vai assistir com a gente? – disse, achando que estava sendo educado. Eu só não o chamarei de filho da puta, porque eu amo e respeito a minha linda mãe. Olhei pro no mesmo instante, mas não adiantou porque ele não estava olhando pra mim. não pode se expressar, mas por dentro ele sabia que aquilo causaria problemas.
- Eu.. não sei. – Amber negou com a cabeça, colocando uma mecha do seu cabelo atrás de sua orelha. Ela olhou disfarçadamente pro . Ela queria saber se ele se manifestaria sobre o assunto. Quer dizer, ele é o dono casa. O convite deveria ser dele. sabia disso, todos sabiam disso, mas ele temia a minha reação.
- Você devia ir. Vai ser legal. – disse, sem jeito. Normalmente ele não agia daquele jeito com a Amber. Ele só estava daquele jeito, porque eu estava observando aquela conversa de perto. Eu fiquei com raiva. Raiva dele, raiva dela, raiva do meu irmão por ter começado aquele assunto. Apesar de tudo, eu sabia que naquela situação, não tinha saída. Ele não era mal educado. Todos estavam esperando que ele a convidasse. Ele tinha que fazer aquele convite e se ele não o fizesse, ele não estaria sendo o . O cara legal e simpático com todos.
- É, você devia ir Amber. – Eu sorri pra ela. O sorriso mais falso da minha vida. – Nós vamos nos divertir. – Eu continuei sorrindo. – Pelo menos não vou ser a única garota naquela casa. – Eu finalizei, percebendo o sorriso dela diminuir em segundos. sorriu, negou com a cabeça por um tempo e depois mordeu o lábio inferior. Todos olharam pra mim, surpresos.
- Você disse ‘nós’ ? – arqueou a sobrancelha, olhando pra mim. Ele sabia que eu nunca havia gostado de assistir esses jogos.
- Sim, eu disse. – Eu o olhei com cara feia. Eu não queria que Amber soubesse que eu só estava indo por causa dela.
- Mas você não.. – já ia estragando os meus planos.
- Cala a boca. – Eu disse, meio baixo.
- Bem, nesse caso.. – Amber sorriu de forma estranha. – Eu vou! – Ela voltou a olhar pro .
- Legal. – Eu continuei a sorrir.
- Você ainda mora no mesmo lugar, ? – Amber perguntou.
- Sim, lá mesmo. – concordou. Eu percebia que ele estava agindo como se estivesse pisando em ovos. Ele sabia que eu estava atenta a qualquer coisa, qualquer sorriso a mais, nos faria brigar por um mês.
- Beleza. Então chego lá na hora do jogo. – Amber deixou de olhá-lo, porque viu que estava dando muito na cara.
- Então vamos, Amber. Eu preciso dormir! Ainda não descansei da festa de ontem. – riu de sua própria desgraça.
- Até mais tarde, amor. – a beijou docemente.
- Beijos! Até mais tarde, gatos e gatas. – acenou com a mão, antes de entrar no carro de sua prima.
- Até mais tarde. – Amber voltou a colocar os seus óculos de sol e saiu com o seu carro.
- ARRRRRRRRRGH. – Eu disse, fazendo careta.
- Incrível a sua repentina vontade de ver jogos de beisebol. – gargalhou. Ele sabia exatamente o que havia acontecido.
- Traída pelo meu próprio irmão. Ótimo! - Eu fuzilei com os olhos.
- O que eu fiz agora? – abriu os braços, revoltado.
- Eu não sei.. – Eu fiz cara de pensativa. – A Amber gosta do meu namorado e você convidou ela pra ir a um lugar, onde ela provavelmente passaria a tarde se jogando PRA CIMA DELE. – Eu disse, furiosa.
- Ela ainda gosta do ? – arqueou as sobrancelhas.
- Parece que sim. – concordou.
- E quem se importa? – me olhou, arqueando a sobrancelha.
- Você não ouviu a parte do ‘meu namorado’? É claro que eu me importo. – Eu o olhei, séria.
- Legal, mas e ai? Nós vamos brigar por isso também? – estava no limite. Estávamos discutindo outra coisa desnecessária.
- Eu não vou brigar, ok? – Eu levei uma das minhas mãos até o seu rosto e acariciei o local por alguns instantes, selando seus lábios de forma calma. – Pelo menos, não com você. – Eu disse, vendo o sorriso no rosto dele se desfazer.
- Para. – pediu.
- Não se preocupe com isso. – Eu sorri, tentando despreocupá-lo. O empurrei levemente pra trás, para que eu descesse do capô do seu carro.
- , eu estou falando sério. – me olhou, chateado. Aproximou-se novamente, mesmo eu já estando de pé e colocou suas duas mãos na lateral do meu pescoço, pode debaixo do meu cabelo. – Por favor. – negou com a cabeça.
- Entenda uma coisa, . – Olhei em seus olhos. – Você é meu namorado e eu amo você. Nós já passamos por muita coisa. Muita coisa que quase nos separou. – Eu toquei seus pulsos, que ainda seguravam as laterais do meu pescoço. – Mas eu não idiota. Eu não posso simplesmente sentar e ver a senhora perfeita se jogar pra cima de você. – Eu expliquei e ele negou com a cabeça.
- Mas ela não está se jogando pra cima de mim. – quase riu, tentando me mostrar o quanto eu estava errada. – Ela não estava, não é? – Olhou pros amigos e eles concordaram.
- Ainda! – Eu disse, saindo de perto dele e colocando a minha bolsa em meu ombro. – Mas se essa ideia passar pela cabeça dela, eu não vou hesitar em começar essa guerra, ok? – Eu sorri pro e sai, indo em direção ao meu irmão. – Então, quem vai me levar embora? – negou com a cabeça, não acreditando que aquilo estava acontecendo.
- Vai comigo. O vai ter que organizar as coisas pro jogo. Você vai pra casa dele comigo, depois do almoço. – deu a ideia.
- Por mim, tudo bem. – Eu concordei e depois olhei pro para ver se ele também estava de acordo.
- Pode ser. – concordou com a cabeça. Aproximou-se de mim com a intenção de se despedir. - Ok, você não está fazendo isso pelos motivos certos, mas eu estou feliz por você ir assistir o jogo com nós. – me deu um rápido beijo. O beijo foi interrompido pelo meu sorriso.
- Você é o único motivo que pode me fazer assistir o jogo dos Yankees. Acredite. – Eu disse e ele forçou uma risada fofa.
- Certo.. – se aproximou e me beijou rapidamente. não esperaria por muito tempo. – Vejo você daqui a pouco. – Ele descolou nossos lábios e disse em um sussurro.
- Amo você. – Eu roubei o último selinho e ouvi ele dizer que também me amava com um sorriso indescritível no rosto. Me afastei e me despedi de e . já me esperava dentro do carro.

Ok, eu sei o que a Amber está querendo fazer. Ela é esperta, sempre foi. Eu me lembro do quanto ela foi apaixonada pelo antes e agora ela está de volta. Eu não vou aliviar pra ela. Ela não teve ele antes e não vai ter agora. Eu estou disposta a brigar por isso. Antes, eu era boba. Eu ouvia tudo o que ela falava pra mim e deixava pra lá. Eu não vou deixar pra lá dessa vez e é bom que ela saiba disso desde já.

Eu e fomos pra cara. Almoçamos com Liza. Ela cuidaria da casa durante a semana, pois minha mãe estava cheia de trabalho e não tinha tempo pra nada. Liza era incrível. Ela sempre estava lá para nos salvar e cuidar de nós.

- Vamos logo, . – Eu o apressei. Ele estava se trocando para irmos à casa do .
- Espera, garota. Ainda falta 1 hora pro jogo. – disse, colocando o boné dos Yankees em sua cabeça.
- Por que vocês estão brigando agora? – Liza apareceu no corredor.
- Ela não deixa eu me trocar em paz. – abriu a porta de seu quarto, irritado.
- E porque você está com tanta pressa, moça? – Liza arqueou a sobrancelha, olhando pra mim.
- Deixa que eu respondo essa. – sorriu falsamente. – Ela não vê a hora de ver o namorado dela pra eles ficarem agarrados até me fazerem vomitar. – quase riu, vendo fuzilá-lo com os olhos.
- Ahn, é mesmo! – Liza riu. – me contou que você e estão namorando. – Liza me olhou de forma desconfiada.
- Sim, é verdade. – Eu sorri, sem jeito.
- Ele é lindo, ! Você tem um ótimo gosto. – Liza sorriu, empolgada.
- Ah, não. Me poupem dessa conversa feminina. – revirou os olhos e saiu em direção ao andar debaixo. Eu e Liza nos olhamos e rimos. Fomo atrás dele.
- Qual o problema, ? Achei que você gostasse da ideia de ter o seu melhor amigo namorando a sua irmã. – Liza sabia que havia algum problema.
- Eu gosto, mas eu fico diabético só em vê-los juntos. – disse, indo até a cozinha e pegando um pacote de pipoca, que ele disse pro que levaria.
- Só porque ele não consegue agir do mesmo jeito com a namorada dele. – Eu provoquei.
- Não quero falar sobre isso. – sorriu falsamente.
- Não quer, porque sabe que está errado. – Eu cruzei os braços.
- Eu estou indo. Você vai ficar? – mudou o assunto, abrindo a porta de casa.
- Estou indo. – Eu revirei os olhos. estava insuportável esses dias. – Vou indo, Liza. – Eu a abracei. – Quando eu voltar, acho que você já vai ter ido embora, então até amanhã. – Ela beijou o meu rosto e sorriu carinhosamente pra mim.
- Até amanhã! E.. se divirta. – Ela piscou um dos olhos. Eu voltei a rir, enquanto pegava a minha bolsa sobre o sofá.
- Eu vou. – Eu sai pela porta e a fechei. Fui até o meu carro e entrei. ligou o carro rapidamente e começou a dirigir em direção a casa do .
- Então... você está indo por causa da Amber? – perguntou, achando graça.
- Vou pelo . – Eu respondi, não gostando daquele sarcasmo.
- Você vai pelo e pela Amber. Entendi. – segurou uma risada.
- Qual a graça? – Eu fiquei irritada de vez.
- Nada. – Ele negou com a cabeça.
- Fala, . – Eu o olhei, impaciente.
- Você está indo assistir os Yankees. Isso é engraçado. – riu da minha cara.
- Só isso? – Eu arqueei a sobrancelha.
- Está fazendo isso porque não quer deixar o sozinho com a Amber. – continuou a rir e negou com a cabeça novamente.
- Não é nada disso. – Eu menti, apenas para não dar o braço a torcer.
- E você continua não confiando nele. – disse, prestando a atenção no trânsito.
- Eu confio nele. É nela que eu não confio. – Eu expliquei.
- Sei.. – riu novamente.
- Chega, vai. Não quero falar sobre isso. – Eu bufei, acabando com o assunto até chegarmos na casa do .

Descemos do carro e fomos até a porta da casa dele. Tocamos a campainha umas 2 vezes. segurava o pacote de pipoca nas mãos, enquanto eu olhava pra porta, esperando ver . Um minuto se passou e a porta foi aberta. sorriu fraco, quando me viu.

- E ae, cara? – sorriu e o olhou.
- Pode entrar. Fica a vontade. – saiu de frente da porta para que pudesse entrar.
- Isso é pra você. – passou por , deixando o pacote de pipoca em suas mãos. olhou pro saco em suas mãos e riu. Dei alguns pequenos passos em direção a porta. Tinha a intenção de entrar na casa também, mas antes que eu fizesse isso, entrou na minha frente e fechou a porta, apoiando suas costas nela.
- Você ainda não. – quase riu, para que aquilo não soasse ruim.
- O que? Você desistiu do jogo e vai me levar pra algum lugar? – Eu disse, sabendo que era improvável.
- Não dessa vez, . – riu, negando com a cabeça.
- ? – Eu ri, olhando seu rosto de perto. – Eu quase senti falta disso. – Eu continuei a olhá-lo de bem perto.
- Eu preciso conversar com você. – fez uma careta.
- O que aconteceu? – Eu o olhei, séria. Não fazia ideia do que se tratava, mas sabia pela cara de que eu não gostaria.
- Promete que não vai enlouquecer? – sorriu de forma desajeitada.
- Diz logo. – Eu arqueei a sobrancelha.
- Eu já disse que te amo, hoje? – forçou um sorriso maior.
- .. – Continuei olhando pra ele, séria.
- Amber está aqui. – sorriu imediatamente para evitar que eu ficasse mais brava.
- Aqui onde? – Eu olhei na garagem e na varanda da casa.
- Lá.. dentro. – apontou pra porta atrás dele. Cerrei os olhos e neguei com a cabeça. – Ela chegou e eu não tive como deixá-la pra fora. – ergueu os ombros, se defendendo.
- Vocês estavam sozinhos ai dentro? – Continuei olhando pra ele com os olhos cerrados.
- Sim.. – forçou um sorriso. – MAS não aconteceu nada. – afirmou.
- Ela é esperta.. – Eu sorri para me convencer de que toda aquela raiva que eu estava sentindo não era por causa DELA.
- Não é nada disso. – negou com a cabeça.
- Eu disse que nós não brigaríamos por isso, mas se você defendê-la, nós vamos brigar. – Eu sorri falsamente pra ele.
- Eu estou falando sério, . – ficou sério. – Vocês nunca gostaram uma da outra. Eu entendo. Mas será que não é a hora de rever isso? – propôs.
- Não há o que rever, se eu ainda odeio ela. – Eu disse, séria.
- Odeia por quê? Você tinha seus motivos antes, mas e agora? – não estava bravo, ele estava só tentando acalmar e melhorar as coisas.
- O motivo de agora está bem na minha frente e se você quer saber, é bem melhor que o anterior. – Eu também não estava brava com ele. Aquilo não era uma discussão.
- Ela não fez nada até agora. Você é que tem implicância. – entortou um pouco a sua boca para mostrar que estava chateado com aquilo.
- Ok, certo. – Eu fechei os olhos por alguns segundos e respirei fundo. – Você pode estar certo. Mas o que você quer que eu faça? Me torne a melhor amiga dela? – Eu quase ri do meu próprio sarcasmo.
- Não. Só dê uma chance pra ela. – não achou graça.
- Você viu o jeito que ela fala comigo, o jeito que ela me olha. Porque eu tenho que ser a única a dar a segunda chance? – Eu voltei a ficar séria.
- O motivo continua bem na sua frente. – sorriu sem mostrar os dentes.
- Você? – Eu voltei a cerrar os olhos com um sorriso desajeitado.
- Você é a minha namorada e eu quero que a atitude seja sua. Se alguém tiver que ser imatura nessa história, não será você, por que você sabe que tem o melhor motivo do mundo pra isso. – O sorriso de aumentou, deixando seus dentes amostra dessa vez.
- Certo, eu entendi. – Eu quase ri e neguei com a cabeça. – Eu vou fazer isso por você. – Eu levei uma das mãos ao rosto dele e vi os olhos dele olharem rapidamente para os meus lábios.
- Você está falando sobre a Amber ou me beijar? – perguntou, ainda olhando fixamente para os meus lábios.
- Amber.. – Eu ri, fazendo com que ele voltasse a me olhar em meus olhos.
- Ok.. – ficou sério, enquanto concordava com a cabeça. – Esquece ela, agora. – disse, colocando seus braços em torno do meu corpo e colando nossos corpos, fazendo com que nossos lábios se tocassem.

O beijo rapidamente se aprofundou e até chegou a ficar intensificado, mas eu não deixei que chegasse tão longe. Desgrudei nossos lábios, mas continuamos com alguns longos selinhos.

- Eu adoraria ficar aqui o dia inteiro beijando você, mas o jogo vai começar daqui a pouco... – disse, descolando nossos lábios depois de um selinho.
- O jogo.. – Eu abri os olhos. – Entendi. – Eu me aproximei pela última vez e selei os lábios dele. Minhas mãos desceram até a cintura dele e subiram rapidamente por debaixo da camiseta dele. Puxei seu lábio inferior com meus dentes e finalmente descolei nossos lábios. Minhas mãos descolaram do corpo dele e eu me afastei um pouco. me fitou com seus olhos, indignado.
- Isso não é justo, ok? – riu, negando com a cabeça.
- O que? – Eu me fiz de desentendida.
- Você não faz isso quando eu tenho todo o tempo do mundo, né? – cerrou os olhos.
- Nós vamos perder o jogo. – Eu ergui os ombros, rindo.
- Você ainda me paga. – riu, segurando a minha mão. – Vem logo. – Ele disse, abrindo a porta e me levando pra dentro da sua casa.

Passamos pelo pequeno corredor e depois de chegarmos no final dele, entramos na sala. Amber estava sentada no sofá e estava ao seu lado. Meus dedos ainda estavam entrelaçados nos dedos de . Amber se virou para ver quem havia chego e quando me viu ao lado de , o sorriso em seu rosto se desfez.

- Oi. – Eu sorri de forma fraca. Eu já estava atendendo ao pedido de .
- Oi .. – Ela sorriu, desconsertada. Não esperava nada tão receptivo de mim.
- Quanto tempo falta? – perguntou, se referindo ao início do jogo.
- 10 minutos. – respondeu, sem olhá-lo.
- e ainda não chegaram? – Eu perguntei, estranhando a demora.
- Eles sempre chegam em cima da hora. – respondeu mais uma vez.
- Eu vou fazer a pipoca. Se eles chegarem, abram a porta pra mim, por favor. – disse.
- Pode deixar. – Amber sorriu pra ele.
- Me ajuda? – olhou pra mim, mostrando o pacote de pipoca.
- Ajudo. – Eu sorri pra ele e ele começou a andar em direção a cozinha, enquanto me puxava pela mão. Chegamos na cozinha.
- Vou pegar as coisas. Espera. – se afastou e foi pegando as coisas para fazer a pipoca. Depois de pegar tudo, olhou pra mim.
- O que? Quer que eu faça? – Eu olhei pra ele, rindo.
- Eu não sou muito bom nisso. – fez careta.
- Ok, eu faço. – Eu disse, me aproximando do fogão.

Eu fiz a pipoca com a ajuda de . Foi engraçado, pois quase queimamos a pipoca. Ele demorou pra achar a tampa da panela e voou pipoca por toda a cozinha. Nós não conseguíamos parar de rir.

- Se você não estivesse aqui, eu teria colocado fogo na casa. – disse, colocando a pipoca em alguns potes.
- Provavelmente sim. – Eu disse, gargalhando. – Vamos ter que limpar isso aqui depois, ou a sua mãe vai te matar quando chegar. – Eu disse, pegando algumas pipocas no chão.
- Deixa ai, depois eu limpo. – pediu, me levantando.
- Eu te ajudo depois, então. – Eu sorri, enquanto ainda estávamos de mãos dadas.
- Deixa eu te contar uma coisa. – me puxou pra mais perto dele.
- O que? – Eu perguntei, rindo. Sabia que ele diria algo que me faria rir.
- Você ficou absurdamente linda naquele fogão. – sorriu, me olhando de bem perto.
- Fiquei? – Eu ri, como o previsto.
- Ficou. – concordou com a cabeça. – Acho que até já dá pra casar. – riu, sem jeito e me deu um longo selinho.
- Vamos sobreviver de pipocas? – Eu perguntei, sorrindo fraco.
- Nós concordamos que passaríamos por tudo juntos, certo? – disse de uma forma tão linda e tão doce, que meu coração estremeceu.
- Certo. – Eu sorri fraco e toquei o seu rosto para lhe dar um selinho e em seguida o abracei. Ele me apertou tão forte, que fazia com que eu me sentisse a pessoa mais protegida do mundo. Era como se aquele abraço valesse pra vida toda.
- PAREM DE SE AGARRAR NA COZINHA E TRAGAM A MINHA PIPOCA, ESCRAVOS. – gritou, enquanto ria histericamente com . Sim, ele e já haviam chego.
- Às vezes eu tenho vontade de matar o seu irmão. – disse, enquanto eu e ele ainda nos abraçávamos.
- Isso também acontece comigo. – Eu ri, terminando o abraço.
- Vamos. – disse, pegando alguns potes de pipoca.
- Eu pego esses. – Eu disse, pegando os potes que sobraram. Andamos em direção à sala.

Chegamos na sala, os garotos conversavam algo sobre um jogador dos Yankees. Amber estava de pé e segurava um dos porta-retratos, que estavam sobre estante da sala. Só naquele instante eu consegui perceber o MICRO shorts que ela estava usando. Mais vadia impossível! Quando ela percebeu a nossa presença, ela devolveu o porta-retrato na estante e nos olhou. Ela sorriu novamente. Eu odiava aquele sorriso dela. Parecia que era um desses sorrisos que se usa para seduzir garotos, sabe? Argh.

- Oi . – gritou do sofá.
- Hey.. – Eu gritei, quase rindo. Todos os garotos estavam vestindo bonés dos Yankees. Isso é que é ser fanático.
- Droga, eu esqueci o refrigerante. – fez careta.
- Eu pego. Está na geladeira? – Eu perguntei, dando os potes de pipoca pro e pro .
- Está. – sorriu pra mim.
- Ok. – Eu sai e fui em direção a cozinha. Abri a geladeira e peguei um dos três refrigerantes que estavam lá. Haviam alguns copos em cima da mesa e aproveitei para pegá-los. Voltei pra sala com as coisas em minhas mãos e as coloquei em cima da mesa de jantar, que ficava ao lado da sala.
- O jogo começou? – Eu perguntei, colocando refrigerante nos copos.
- Acabou de começar. – respondeu, sem nem olhar pra mim. Peguei dois copos com refrigerantes e fui levar pra eles. Cheguei no centro da sala e vi Amber sentada ao lado do . A perna dela quase toda descoberta tocava na dele.
- ESSE CARA É MUITO RUIM! – gritou, furioso. Sim, ele estava se referindo ao jogador do Yankees.
- Eu disse que tinham que tirar ele do jogo. – Amber concordou, furiosa.
- Esse merda parece uma tartaruga correndo. – desabafou.
- Eu trouxe o refrigerante. – Eu ofereci um copo pro e pro . Eles pegaram sem nem me agradecerem. Ingratos. Voltei pra mesa e peguei mais dois copos. Ofereci um pro e depois um pra Amber.
- Obrigada, querida. – Amber sorriu falsamente pra mim. Não respondi, apenas devolvi a falsidade. Peguei mais dois copos e ofereci um deles pro . O outro ficaria pra mim.
- Valeu. – disse, sem tirar os olhos da TV. Eu revirei os olhos. Que diabos tinha de tão importante naquele jogo? Me sentei no único sofá que estava vazio. Eu sei, eu deveria expulsar aquela garota do lado dele. Só não fiz isso por que ele ficaria muito bravo.

Meus olhares se dividiam entre a TV, o e a Amber. Eu não entendia nada daquele jogo. Pra mim eram só homens suados correndo atrás de uma bola, mas eu estava tentando entender aquilo. Eu queria poder saber tanto quanto a Amber para poder falar sobre isso com o . Assim ela se tornaria inútil de vez.

fazia seus comentários sarcásticos e engraçados sobre o jogo e a Amber era a primeira boba-alegre a rir. Ela ria e sorriu pra ele a cada palavra que ele dizia. Isso era extremamente irritante.

O intervalo do jogo começou e eles ainda continuaram debatendo sobre o jogo. e discutiam sobre uma coisa e e Amber sobre outra. foi o único que lembrou de mim. Ele me olhou e veio até mim, se sentando ao meu lado.

- Parece que você é a pessoa mais normal daqui. – sorriu pra mim. Eu era a única que não estava gritando e discutindo por causa do jogo.
- E parece que você é a única pessoa que lembra que eu estou aqui. – Eu disse, olhando e Amber conversando empolgadamente.
- Ele só está empolgado com o jogo. – também observava e Amber conversando.
- Talvez eu deva aprender um pouco mais sobre beisebol. – Eu sorri fraco, quando olhou pra mim. Ele sorriu de longe, mesmo quando Amber ainda falava com ele. Ele ficou me olhando e eu continuei sorrindo pra ele. balançou a cabeça, me chamando para ir até lá.
- Parece que lembraram de você. – riu.
- Eu já volto. – Eu também ri e beijei o seu rosto, antes de me afastar. Andei até eles e parei na frente do sofá em que estavam. Amber parou de falar o que estava dizendo e me olhou, forjando novamente um sorriso.
- Hey, linda. – Ele sorriu de forma doce. Hora do show!
- Hey. – Eu respondi, me sentando no colo do e colocando uma das minhas mãos em torno de seu pescoço. Uma das mãos dele estava em volta da minha cintura e a outra em uma das minhas coxas. – Sobre o que estavam falando? – Eu perguntei e olhei pra Amber.
- Era.. sobre o jogo. – Amber riu e negou com a cabeça. – Não adianta eu explicar, você não vai saber do que eu estou falando mesmo. – Sua risada se transformou em um sorriso irônico, que me fez querer dar uma voadora nela. deu uma risadinha, para tentar deixar o clima menos pesado.
- Você tem razão. – Eu fingi que levei na brincadeira. – Eu não quero perder o meu tempo falando sobre jogadores. Eu tenho mais o que fazer agora. – Eu pisquei pra ela e virei meu rosto para olhar o de . Ele sorriu de forma desajeitada. Minha mão subiu até o seu rosto e acariciou uma de suas bochechas. Me aproximei ainda mais e selei os seus lábios de forma lenta. Ele quase riu, achando graça do que eu estava fazendo. O meu sorriso também aumentou e eu segurei o riso para que o selinho não fosse finalizado.

Amber não sabia se queria estapear a minha cara ou sair chorando. Ela resolveu fazer os dois. Ela cerrou os olhos, olhando pra nós dois. Ela sabia qual havia sido a minha intenção. Era como se ela tivesse voltado a sentir o mesmo ódio de anos atrás. A única coisa que ela pensava era que tudo o que ela sempre sonhou era estar no meu lugar agora.

- Eu vou ao banheiro. – Ela se levantou, esbarrando levemente em mim e no . Os garotos se entreolharam e negaram com a cabeça. Terminei o selinho e olhei ela se afastar. Quase ri, vitoriosa. Olhei pro novamente e percebi o seu olhar de reprovação.
- O que? – Eu ainda me segurava para não rir. – Ela mereceu! Você viu. – Eu disse um pouco mais séria.
- E o que aconteceu com o nosso acordo? – perguntou, arqueando a sobrancelha.
- Eu disse que não ficaria quieta se ela começasse com as indiretas e o sarcasmo insuportável dela. – Eu tirei a mão do rosto dele, um pouco irritada.
- Deveria ter ficado. – respondeu, sério.
- Você é que não deveria ter ficado quieto, não é? Viu ela falando daquele jeito comigo e não fez nada! Ainda queria que eu ficasse calada! – Eu disse, indignada.
- Você queria que eu fizesse o que? Chamasse ela pra resolver lá fora? – disse, todo engraçadinho.
- Eu não quero que faça nada, . – Eu o olhei, séria. Eu estava um pouco chateada com aquela atitude dele. – Deixa que eu me viro sozinha e vê se não se mete. – Eu me levantei do colo dele e peguei os copos sobre a mesa e fui em direção à cozinha para colocá-los na pia.

olhou eu me afastar e negou com a cabeça. Olhou pros amigos, que olhavam pra ele sem reação alguma. sabia que eu estava certa em ficar brava com a situação, mas Amber era uma pessoa importante pra ele, uma pessoa que ele considerava muito. Ele não queria ficar no meio dessa briga, aliás, ele nem queria briga alguma.

- Ótimo. – forçou um sorriso, se aconchegando no sofá de sua casa.
- Eu acho que você está ferrado, cara. – fez careta.
- Não, você estaria ferrado se continuasse com a mão nas coxas da minha irmã. – disse, tomando o resto de refrigerante e seu copo. Os garotos riram.
- Sem me ameaçar na minha casa, por favor. – riu e jogou uma almofada em meu irmão.
- E agora? – perguntou, sério.
- E agora nada. O que você quer que eu faça? – levantou o boné, passou a mão pelo seu cabelo e depois voltou a colocar o boné.
- Você não está em dúvida entre elas, né? – fez careta. Não seria bom se a resposta fosse ‘sim’.
- É claro que não. – respondeu, como se fosse óbvio. – Eu amo a . Ninguém vai mudar isso. – negou com a cabeça.
- É que parece que você está meio que no meio das duas. – fez cara feia.
- Elas me colocaram nessa situação. – disse, descontente. – Eu amo a , mas eu também sinto um carinho muito grande pela Amber. Ela é minha amiga desde sempre, sabe? Eu não quero vê-las brigando. Eu tento amenizar as coisas e não escolher um lado. – explicou.
- Você sabe que isso não vai dar certo, né? – fez careta.
- Porque não? – arqueou a sobrancelha, olhando pro amigo.
- Eu conheço a minha irmã, cara. Ela não vai aturar não ter você do lado dela nessa história por muito tempo. Ou você está com ela, ou não está. – disse, sério.
- Mas eu te entendo, cara. – sorriu com certa safadeza. – A Amber voltou.. – Ele se aproximou para que pudesse falar baixo. – Gostosa demais. – completou a frase e riu.
- Isso é verdade. – gargalhou.
- Eu concordo. Quer dizer, não que eu tenha percebido. – segurou a risada. – Se a souber disso, eu acabo com vocês. – completou.
- Pode até ser, mas.. – sorriu, negou com a cabeça. – A ... – mordeu o lábio inferior, escondendo o seu sorriso safado. – Eu só não vou dizer, porque se eu disser, o vai arrancar os meus ruins. – disse, segurando a risada, enquanto e riam como nunca.
- Na verdade eu arrancaria os seus olhos pra você nunca mais olhar pro corpo da minha irmã, mas eu gostei da ideia dos rins. – cedeu e riu.

Eu continuava na cozinha, lavando os copos que haviam sido sujos até agora. Terminei de lavá-los em poucos minutos, enxuguei e os deixei sobre a mesa, pois não sabia onde eu deveria guardá-los. Levantei o rosto, quando vi que alguém entrou na cozinha. Achei que era , que havia vindo para se desculpar. Não era!

- Oi.. – Amber disse, nada satisfeita por me ver ali. – Eu não sabia que estava aqui. – Ela forçou um sorriso.
- Eu estava lavando os copos. – Eu mostrei os copos em minha frente.
- E eu vim pegar um copo de água. – Ela apontou pro bebedor. Pegou um dos copos que eu havia lavado e pegou um pouco de água. Bebeu um gole e me olhou. – Então, você gosta de jogos de beisebol agora? – Amber quase riu.
- Eu estou... tentando fazer isso pelo . – Eu não gostei muito do tom que ela usou, mas sorri de forma satisfeita ao responder, porque eu queria mostrar a ela que eu e nos amamos e que fazemos tudo um pelo outro.
- Entendo. – Amber bebeu o último gole de água. – também me fez gostar dos esportes. Ele me ensinou tudo o que eu sei. – Ela sorriu, como se isso fosse uma ótima recordação pra ela. Amber insistia em querer jogar na minha cara a relação do passado que ela teve com o .
- É, você já disse. – Eu sorri falsamente. O que é? Ela quer morrer?
- Aliás, eu queria mesmo conversar com você a sós. – Amber cruzou os braços, me olhando.
- Já estamos conversando. Pode dizer. – Eu apoiei uma das mãos na mesa da cozinha e olhei pra ela com desprezo.
- Você não é boba e nós duas não somos hipócritas, ok? – Amber foi direto ao ponto. – Todo mundo sabe que nós duas nunca fomos amigas. – Ela me olhou, séria.
- Não chegou nem perto. – Eu sorri, confirmando com a cabeça.
- Acontece que a minha relação com o sempre foi o oposto disso. Não sei se você se lembra? – Ela me olhou com olhar de dúvida.
- Eu me lembro. – Eu concordei, já querendo pular no pescoço dela.
- Aquela época em que eu apoiava ele e você só sabia pisar nele, sabe? – Amber sorriu, sabendo o quanto estava sendo sarcástica.
- Você devia pisar nele agora. Quem sabe você consegue alguma coisa no futuro? – Eu devolvi o sarcasmo. Na verdade, eu sambei na cara dela. Ok, parei.
- Eu não vim aqui pra falar sobre isso. – Amber me olhou com desprezo. – Eu e o ainda somos muito amigos. Eu não queria que esse problema entre nós, estragasse alguma coisa na minha relação com ele. – Amber voltou a ficar séria.
- Não se preocupa com isso, querida. – Eu sorri. – Eu não sou uma namorada do tipo controladora. – Eu finalizei.
- Ótimo. – Amber concordou com a cabeça.
- Falando nisso, eu queria deixar uma coisa bem claro. – Eu dei alguns passos na direção dela. – Nós não nos dávamos bem antes, mas nós crescemos e mudamos. Não temos mais motivos pra sustentar essa briguinha ridícula ou temos? – Eu perguntei, arqueando a sobrancelha.
- Até agora não. – Amber me olhou de cima a baixo com o seu desprezo escroto.
- Então está na hora de uma trégua, não acha? – Eu perguntei, olhando ela nos olhos.
- Por mim tudo bem. – Amber sorriu, satisfeita.
- Então estamos acertadas. – Eu dei o sorriso mais poderoso que consegui e pisquei um dos olhos pra ela.

entrou na cozinha nesse instante. Eu não me importei, mas a Amber ficou um pouco incomodada. Ela mudou rapidamente sua expressão e colocou o seu melhor sorriso no rosto. Gente falsa é foda!

- Achei vocês! – sorriu, sorrindo de forma um pouco preocupada. Ele não gostou de ver eu e Amber juntas. Não podia estar saindo coisa boa dali.
- Eu vim beber um pouco de água. – Amber apontou pro bebedouro atrás dela. Eu ainda estava um pouco brava com ele, por isso levei mais alguns copos pra pia e comecei a lavá-los. me olhou e depois olhou pra Amber. Ela fez careta, como quem dissesse ‘Ela está brava. Boa sorte.’. Ela saiu da cozinha, deixando eu e sozinhos.

ficou me observando de onde estava por um tempo. Eu não olhei pra ele nem por um segundo. Sou orgulhosa, lembra? Quando percebeu que eu não cederia, ele sorriu, quase rindo. Deu alguns passos na minha direção e veio por trás de mim. Beijou um dos meus ombros e colocou seus braços em torno da minha cintura. Eu não consegui esconder o sorriso.

- Você sorriu ou foi impressão minha? – perguntou, rindo. Ele ainda estava me abraçando por trás e o seu rosto estava quase ao lado do meu.
- Foi impressão. – Eu tentei responder de forma séria.
- Então olhe pra mim. Deixe-me ver. – me virou, aproveitando que suas mãos estavam em minha cintura. Olhei pra ele, enquanto me esforçava ao máximo pra não sorrir. – Você está certa. Não tem sorriso. – Ele sim estava sorrindo. – Mas eu aposto que consigo arrancar esse sorriso de você. Quer ver? – sorriu de forma divertida, percebi suas sobrancelhas subirem.
- Para, eu estou brava. – Eu me mantive firme. Olhei pra ele da forma mais séria que consegui.
- Tão séria.. – tentou imitar a minha expressão de brava.
- Para. – Eu rolei os olhos. Meu Deus, eu queria tanto rir.
- Não vai sorrir pra mim? – fez o bico mais lindo do mundo, que me deu até vontade de abraçá-lo.
- Não. – Voltei a olhá-lo do mesmo jeito sério.
- Tudo bem, por que.. – Ele se aproximou ainda mais seu rosto do meu, sem deixar de me olhar nos olhos. – Você fica extremamente linda quando está brava desse jeito. – Seus lábios encostaram de leve nos meus. – O que me deixa com ainda mais vontade de fazer algumas coisas. – Ele olhou meus lábios do jeito mais sedutor do mundo. Por quê? POR QUÊ? Não é justo uma pessoa ter tanto charme assim. Não pode!
- Tipo? – Eu me mantinha forte, mesmo o corpo dele estando me pressionando contra a pia.
- Tipo.. – Ele quase riu, percebendo que estava começando a ceder. – Apertar a sua cintura.. - Ele apertou uma das minhas cinturas. – E ver você segurando a sua respiração pra não demonstrar a sua verdadeira reação. – sorriu, satisfeito por eu ter seguido exatamente a sua descrição.
- O que mais? – Um pequeno sorriso surgiu no canto da minha boca.
- Beijar a sua bochecha. – Ele sorria de um jeito, que parecia que tudo aquilo era uma brincadeira, mas ele realmente estava me deixando maluca. Uma das suas mãos subiu até uma das laterais do meu pescoço, afastando os fios de cabelo que haviam ali. – E descer, descer.. – Ele foi descendo em direção ao meu pescoço. – Até que você se arrepie da cabeça aos pés. – Ele disse, quando eu já estava toda arrepiando. Ele foi subindo novamente e parou os seus lábios na frente dos meus. Nossos narizes se tocavam.
- Isso não é justo, ok? – Eu disse, afastando um pouco o corpo dele do meu. – Eu estou tentando ficar brava aqui, ok? – Eu disse e ele começou a rir.
- Você não resiste. – Ele disse pausadamente e riu. Eu cerrei os olhos, segurando um sorriso.
- Eu resisto sim. – Eu o empurrei pra trás, desencostei da pia e dei alguns passos pra longe dele.
- Mas eu não. – Ele me puxou. - Vem cá. – Ele me beijou, sem que eu nem tivesse tempo de evitar. Os braços dele estavam em torno do meu corpo e as minhas mãos em seu rosto. O beijo nem chegou a se intensificar. Ele terminou o beijo e depois deu alguns selinhos. – Não fica brava comigo, ok? – Ele pediu, me olhando de forma doce.
- Você adora me pedir coisas impossíveis, né? – Eu quase ri e neguei com a cabeça.
- Me desculpa se eu fiz alguma coisa sem pensar. Não era a minha intenção. Nunca é a minha intenção magoar você. – levou uma das mãos até o seu rosto e acariciou uma das minhas bochechas.
- Não foi sua culpa. – Eu sorri pra ele. – Eu é que preciso controlar essa minha raiva por ela. – Eu assumi.
- Não me entenda mal, mas você é a minha garota. Você sempre vai ser a garota que eu amo, mas eu e a Amber sempre fomos muito amigos. Eu sinto um carinho enorme por ela. Eu não quero ter que ver vocês brigando. – negou com a cabeça, dizendo a última frase.
- Eu entendo você. Você não faz ideia do quanto eu estou me esforçando pra não te decepcionar. – Eu disse, séria.
- Eu sei. – se aproximou e beijou a minha testa, me abraçando logo em seguida. – Obrigado por isso. – ficou extremamente feliz ao me ouvir dizer a frase anterior. Ele não cansava de saber e perceber em atitudes minhas que eu me importava e amava ele.
- Vamos voltar pra sala, porque eu sei que você quer ver o jogo. – Eu terminei o abraço e ele riu.
- Achei que você não fosse dizer isso nunca. – aproveitou que nossos corpos ainda estavam colados e beijou o meu rosto e depois selou meus lábios rapidamente em meio a um lindo sorriso.

Antes de voltarmos pra sala, ainda limpamos o chão da cozinha que ainda estava coberto de pipocas. tornava qualquer trabalho chato em diversão. Eu não sei se isso só funcionava comigo, mas quando ele está perto as coisas se tornam mais divertidas e mais fáceis. Ele estava sempre dizendo idiotices e sendo o mais amável o possível. Ele era incrível.

- O que eu perdi? – disse, voltando pra sala ao meu lado.
- Eu estava contando pra Amber o desastre da minha vida amorosa e o e o estavam combinando de sair hoje à noite. – explicou, olhando pra mim e pro . Amber também virou para nos olhar.
- Sair pra onde? – perguntou, curioso. Quando nos sentamos no sofá, nossos dedos continuaram entrelaçados.
- Abriu uma balada nova lá perto da minha casa. Eu queria conhecer. – explicou, virando a aba do seu boné do Yankees pra trás.
- Eu só vou se a for. Ela vai ficar ainda mais brava se eu for sem ela e eu não estou em condições de virar rebelde logo agora. – explicou, fazendo careta.
- Eu a convenço a ir. – Eu sorri, esperando a reação dele.
- Sério? – me olhou com os olhos brilhando.
- Deixa comigo. – Eu concordei com a cabeça. se levantou do sofá, vindo em minha direção.
- Você sabe que eu te amo, né? – pulou em cima de mim no sofá, me abraçando descontroladamente.
- Eu sei. – Eu disse, sem conseguir para de rir.
- Eu tenho a melhor irmã do mundo. – Ele começou a beijar uma das minhas bochechas seguidas vezes.
- Ta bom, ta bom. – Eu fiz careta. – Chega, garoto. – Eu disse, tentando tirá-lo de cima de mim.
- Parem de gritar! Vai começar o jogo. – atacou uma almofada em , que estava saindo de cima de mim.
- E quando vamos marcar pra nós jogarmos juntos? – Amber se intrometeu. Sempre ela.
- Eu não sei. Precisamos achar um campo pra jogar. – fez careta, sem saber onde eles poderiam jogar.
- O campo da escola vai estar aberto amanhã. – deu a ideia.
- Vai estar aberto porque nós vamos jogar, gênio. – fez careta.
- Eu sei, idiota. Estou falando depois do nosso jogo. – atacou uma almofada na cara do e gargalhou.
- É uma boa ideia. – concordou, sem tirar os olhos da TV.
- Pode ser então? – Amber sorriu, empolgada.
- Está combinado. – confirmou.
- Mas como eu vou entrar na escola? Eu não sou aluna. – Amber olhou para os garotos, confusa.
- Eu consigo liberar você pra assistir o jogo como convidada. A vai te buscar na entrada da escola. Você assiste o nosso jogo com as meninas e depois nós jogamos. – tinha pensado em tudo.
- O capitão pode tudo. – riu.
- Eu não sabia que você era o capitão, . – Amber sorriu pro .
- Consequências de ser o melhor, querida. – disse em meio a reclamações dos garotos.
- Se eu quisesse ser capitão, eu teria que abrir mão do tempo com as gatas. Isso não é pra mim. – negou com a cabeça, segurando o riso.
- Dá última vez que eu vim aqui, o namorado da também era o capitão. – A infeliz tinha que lembrar do Peter.
- O Peter.. – disse normalmente. Se fosse eu quem tivesse falado no nome do maldito, nós brigaríamos até não aguentarmos mais. Agora quando é a Amber..
- Esse mesmo! – Amber olhou pra mim. Fuzilei ela com os olhos.
- Me colocaram de capitão no lugar dele. – explicou.
- Entendi. – Amber afirmou com a cabeça.
- Então, vamos hoje? – mudou de assunto, quando viu que o clima estava ficando pesado.
- Vamos. – Amber foi a primeira a concordar.
- Será que a vai querer ir? – fez cara de dúvida.
- Eu arrasto ela pra lá. Não se preocupa. – Amber riu.
- Beleza, então eu vou. – sorriu.
- Se a vai levar a , eu vou. – olhou pra mim. Saber que a Amber ia me fez perder totalmente a vontade de ir, mas eu já havia dito pro meu irmão que levaria a . Ela não iria se eu não fosse.
- Tudo bem pra você? – Eu olhei pro .
- Claro! Por mim tudo bem. – sorriu pra mim.
- Então nós também vamos. – Eu afirmei com um pressentimento nada bom sobre aquela noite. – Mais tarde eu aviso as meninas. – Eu disse, me referindo a e a .
- Legal, agora me deixem ver o jogo. – disse, voltando a olhar pra TV.

Ok, eu já estava pensando em que roupa eu usaria. Amber estaria lá e eu sei que ela tentaria surpreender. Eu tinha que surpreender ainda mais. Ela não perde por esperar.

O jogo até que não demorou pra acabar. Os Yankees ganharam por pouco. Os garotos quase morreram de tanta felicidade. A Amber não calava a boca. Ela comentava todas as jogadas, só pra mostrar que entendia do jogo e impressionar os garotos. Ela falava e os meninos riam. Era automático! Após o jogo, fomos pra casa. Eu ainda tinha que ligar para as garotas e me preparar para arrasar naquela noite. É claro que eu me certifiquei de que a Amber havia ido embora, antes de eu também ir com .

Amber também estava bastante ansiosa para aquela noite. Ela ainda não havia saído com seus velhos amigos. Seria divertido, como há anos atrás. Ela também queria ficar perto de da forma que fosse. Não importa com quem ele estivesse. Ela queria estar com ele. Isso fazia bem a ela.

A nossa relação ainda não estava tão ruim como antes. Nós ainda conseguíamos ficar no mesmo ambiente sem discutir. Isso não acontecia antes. Nós crescemos agora. Não somos mais duas crianças birrentas e bobinhas. Pela primeira vez, eu sentia que estávamos no mesmo nível. Amber sempre teve os melhores argumentos contra mim, ela sempre se saia melhor que eu em tudo, inclusive nas brigas. Eu estava no topo dessa vez. A vida nem sempre foi justa comigo e isso definitivamente me ajudou a crescer, me ajudou a aprender me defender. Além disso, o homem que ela ama, é o meu namorado. Esse é o melhor argumento que uma garota pode ter contra a outra. Eu posso jogar isso na cara dela sempre que eu quiser.

Cheguei na minha casa e fui ligar para as garotas. Eu tinha que avisá-las o mais rápido possível, pois se estivesse muito em cima da hora elas não teriam tempo de se arrumar e não iam querer ir. Liguei primeiro pra . Seria mais difícil convencê-la. Depois de aproximadamente 10 minutos argumentando e citando motivos para que ela fosse, cedeu. Consegui até convencê-la a deixar ir buscá-la. Sou ou não sou a irmã mais incrível do mundo?

- Oi ! – Eu convidaria agora. Ela havia acabo de atender o telefone.
- Oi . – Ela disse, bem humorada.
- Vamos sair pra dançar, hoje? – Eu perguntei, olhando o meu guarda-roupa.
- Onde? – Ela perguntou, curiosa.
- O disse que abriu uma balada perto da casa dele. Vamos lá conhecer. – Eu expliquei.
- Ahn! A Amber ligou, me convidando. – disse na inocência. Eu fiquei puta! Essa garota está começando a me tirar do sério! Ela sabia que eu ia convidar a . Ela ligou antes SÓ PARA ME IRRITAR. Quer roubar meu namorado, minhas amigas e meu irmão. O que mais ela quer? – ? – me chamou, quando eu fiquei um tempo em silêncio.
- Eu estou aqui. – Eu ri para que ela não percebesse.
- Então, eu vou sim. Amber vai vir me buscar. – voltou a explicar.
- Entendi. – Eu respirei fundo para não pirar. – Nos vemos lá, então. – Eu quis desligar logo.
- Até lá, amiga. Beijos. – desligou o telefone. Observei o telefone em minhas mãos por um tempo.
– Vadia. – Eu joguei o celular em cima da cama com força. Ele quase caiu da cama, aliás.

Está vendo? Ela tem o prazer de me irritar. O pior é que ela não jogava sujo como a Jessie. Não era uma coisa que alguém de fora perceba. É uma coisa minha e dela. Eu sabia que ela havia convidado a antes de mim para me irritar. Outras pessoas achariam que era implicância da minha parte. A Jessie era mais explícita, ela pegava pesado, jogava sujo. Amber é a clássica vadia boazinha. Ela me irrita de formas que só eu sinto a intensidade.

Eu passei alguns minutos mexendo no meu guarda-roupa, procurando uma roupa boa pra vestir dali algumas horas. Quase chorei, quando encontrei um vestido antigo. Eu havia usado uma vez, quando eu ainda namorava o Peter. Tia Janice havia comprado pra mim em uma boutique em Nova York. Ele era maravilhoso! Não sei como fui esquecê-lo no fundo do guarda-roupa.

Faltava menos de uma hora e meia pro chegar pra me buscar. Já estava na hora de começar a me arrumar. Fui tomar banho e comecei a me arrumar. Sequei o cabelo, pintei as unhas e fiz a maquiagem. Faltava menos de 15 minutos, quando eu coloquei o vestido (VEJA AQUI) , calcei a sandália e coloquei alguns anéis, uma gargantinha simples e a pulseira que havia me dado. estava saindo naquele instante para buscar a .

Eu estava passando perfume, quando ouvi a buzina do carro de tocar. Chequei o espelho mais uma vez e desci as escadas. Meus pais disseram que haviam dado dinheiro pro e se caso eu precisasse, eu poderia pedir a ele. Abri a porta da frente e vi logo à frente. Ele estava encostado em uma das portas do carro, olhando em minha direção.

sempre achou que quando começássemos a namorar, seu coração se acalmaria e não disparasse mais como disparou na primeira vez em que me viu e como veio disparando cada vez em que me via durante todos esses anos. Ele estava completamente errado. Enquanto eu me aproximava dele, ele sentia as mesmas sensações daqueles longos 6 anos. As borboletas pareciam pular carnaval dentro de seu estômago. Um sorriso surgiu em seu rosto sem ele nem perceber.

O sorriso de parecia me dizer milhares de coisas. Era como se não precisássemos das palavras para conversar. O jeito que ele sorria, o jeito que eu ficava ao vê-lo me olhar daquele jeito tão carinhoso e doce diziam mais do que milhões de frases. Vi os olhos dele descerem e subirem por todo o meu corpo, quando eu já estava próxima a ele. O sorriso aumentou e eu vi suas grossas sobrancelhas subirem juntas, enquanto ele dizia ‘UAU!’ sem emitir som algum. O sorriso aumentou ainda mais depois disso e eu senti meu rosto corar. Mais alguns passos e cheguei em sua frente, parei, enquanto olhava pra ele, sem jeito. Havia um sorriso tímido e desconsertado em meu rosto.

- Vestido novo? – perguntou, sorrindo sem mostrar os dentes.
- Na verdade, não. – Eu neguei com a cabeça, colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Trocamos olhares por um tempo, querendo arranjar alguma forma de explicar o que estávamos sentindo. Era o nosso primeiro encontro depois que reatamos o namoro.
- Quem você está querendo impressionar? – perguntou, entendendo uma das mãos em minha direção. Eu levei uma das minhas mãos ao encontro da dele e ele foi me puxando lentamente pra perto dele. Quando nossos corpos já estavam próximos, ele soltou minha mão para que seus braços fizessem o contorno em meu corpo, um pouco acima da cintura. Olhava seu rosto de perto, enquanto apoiava um dos meus braços em seu ombro e a minha outra mão tocava um dos lados de seu rosto. Sua bochecha quente e seus olhos impactantes me deixavam ainda mais abobalhada. ainda esperava pela minha resposta, ele me olhava sério. Não sério como se estivesse irritado, sério como se fica quando não se está bravo e nem quando se está sorrindo.
- Você! – Eu respondi, escondendo um sorriso no canto dos lábios. O seu rosto dele se contraiu e aos poucos ele foi abrindo um lindo sorriso. Esse era com certeza o seu melhor sorriso. Foi o mais sincero de todos. Não que ele tenha se surpreendido com a minha resposta, mas o jeito com que eu disse foi... real. Escutar isso depois de anos esperando uma garota, que achou que nunca teria. Escutar que mesmo com as dificuldades e os problemas que tivemos, eu ainda queria ficar bonita pra ele, eu ainda queria ser a melhor pra ele. Foi surreal pra ele. Aproximei ainda mais nossos rostos e selei lentamente os seus lábios. Nossos lábios se entrelaçaram, mesmo sabendo que o beijo não seria aprofundado. Descolei nossos lábios só para poder ver aqueles olhos de novo.
- Considere-me impressionado. – disse, enquanto nossos narizes ainda se tocavam. Quando ele percebeu que eu iria sorrir, seus olhos se abaixaram rapidamente para ver meus lábios. Depois de eu sorrir, ele voltou a olhar em meus olhos. – Não pelo quanto você está absurdamente linda hoje, mas por ser o cara que você está tentando impressionar. – sorriu fraco. Como sempre, ele me deixou sem palavras. Voltei a sorrir de forma abobalhada, enquanto acariciava a bochecha dele com um dos meus dedos.
- Você sempre vai ser o único que eu vou querer impressionar, o único que eu quero que me note e o único pra quem eu quero estar bonita e ser a melhor garota que eu posso. – Eu disse, enquanto ele observava meus lábios se mexerem. Quando eu acabei de falar, ele me olhou nos olhos e voltou a se aproximar, selando meus lábios novamente.

Dessa vez eu sabia que aprofundaríamos o beijo e resolvi descer a minha outra mão e tocar o outro lado de seu rosto. Nossos lábios começaram a se entrelaçar e o beijo foi aprofundado, como eu previ. As mãos dele subiam e desciam em minhas costas. As minhas não se decidiam entre o rosto ou a nuca dele. Decidimos por terminar o beijo juntos. Como sempre, enrolamos mais algum tempo com selinhos. Entrelacei os dedos de uma de nossas mãos e afastei nossos corpos, olhando sua roupa.

- Você está muito bonito e... charmoso. – Eu sorri, sem jeito. vestia uma camiseta apertadinha de cor azul claro. Uma jaqueta de jeans escuro, que parecia ser da mesma cor do jeans da calça e a gola da jaqueta, que aparentemente era de coro e estava levantada propositalmente. Uma corrente em seu pescoço e a aliança em seu dedo. O tênis de marca preto também combinou perfeitamente com a roupa. Seu cabelo também estava propositalmente bagunçado.
- Eu tenho que estar à altura da minha acompanhante. – riu, desencostando seu corpo de seu carro e se aproximando rapidamente pra me roubar um selinho. Um dos braços dele fez a volta em minha cintura e o outro ainda tinha sua mão colada a minha. – Vamos? – Ele perguntou, sorrindo de forma empolgada.
- Vamos! – Eu quase ri por ele ter me roubado o beijo. Ele se afastou e abriu a porta de seu carro. Nossos dedos se desentrelaçaram, mas ele continuou segurando a minha mão para me ajudar a entrar no carro. – Obrigada. – Eu agradeci, me sentando no banco do passageiro. Ele fechou a porta e deu a volta no carro, se sentando ao meu lado.

Fomos o caminho inteiro conversando. não parava de falar besteiras e brincadeiras e eu não conseguia parar de rir. Ninguém me fazia rir como ele fazia, ninguém me fazia feliz como ele fazia. Na verdade, eu acho que é disso que se trata. Encontrar uma pessoa que te faça feliz em qualquer situação. Aquela pessoa de quem você lembra quando escuta a palavra ‘felicidade’, aquela pessoa de quem você se lembra quando está vivendo um momento incrível e sabe que está faltando alguma coisa. Essa é a pessoa certa. Esse era o pra mim e era assim que eu era pra ele.

Perto dele eu era outra pessoa. Perto dele eu me esquecia de tudo de ruim que eu havia passado. Perto dele eu queria ser uma idiota, como ele é, quando está comigo. Eu quero ser engraçada, quero fazê-lo rir, quero que ele sinta a mesma coisa que eu sinto quando estou com ele, quero que ele também se lembre de mim quando pensar nos momentos em que foi mais feliz.

Chegamos na tal balada. Estava lotada, o que era de se esperar, já que era a sua inauguração. A música estava alta e haviam diversas pessoas na fila para entrar. Ainda bem que havia comprado as entradas algumas horas antes. As entradas estariam na bilheteria do local. Descemos do carro e fomos de mãos dadas até a tal bilheteria. Passamos os nossos nomes e recebemos as entradas.

- Vai ser bem fácil achá-los aqui. – Eu disse e rindo, começou a me puxar por uma das mãos pra dentro da balada. Segurei a sua mão com força para que não eu não me perdesse dele ali dentro.
- O está ali. – olhou pra trás e gritou. Continuei sendo guiada por ele e chegamos em e . - E ae? – chegou cumprimentando os garotos.
- Já ia te ligar. – e fizeram o seu típico toque de mãos. fez o mesmo com o em seguida. – Oi . – me abraçou calorosamente.
- Oi lindo. – Eu disse, rindo. Nós tínhamos esse tipo de liberdade. - Oi . – Eu também o abracei. – Onde está a sua namorada? – Eu perguntei, vendo que ele estava sozinho.
- Ela me mandou uma mensagem agora. Acabou de chegar. – explicou, procurando em volta. Ela demoraria um pouco para nos achar.
- O lugar parece bom. – olhou em volta. Ainda estávamos de mãos dadas.
- Eu também gostei. – Eu olhei a decoração do lugar e me parecia bem legal.
- Você ligou pra ? – perguntou, próximo ao meu ouvido.
- Liguei, mas a Amber já tinha convidado. – Eu revirei os olhos.
- Você não tem jeito, né? – riu, negando com a cabeça.
- Eu vou dar um jeito NELA, isso sim. – Eu ri, me afastando dele. Ele me condenou com o olhar, apesar de ter achado graça.
- Quer beber alguma coisa? – perguntou, gritando em meu ouvido.
- Eu quero, mas vamos esperar as meninas chegarem. Se elas quiserem, nós vamos todos juntos. – Eu disse e concordou com a cabeça.

, e Amber já estavam dentro do local. Estavam nos procurando no meio de toda aquela gente. já estava ligando pro pra saber a nossa localização exata, mas Amber nos avistou. Na verdade, ela viu o . Você acha que ela deixaria ele passar despercebido? Elas foram se aproximando com dificuldade, pela quantidade de gente que estava dançando no centro da pista de dança. Eu fui a primeira a ver as garotas. Na verdade, é quem estava na frente da filinha que elas fizeram.

- Elas estão ali. – Eu apontei com a cabeça. Os meninos viraram para olhá-las. apareceu depois de e então apareceu ela, Amber! Eu quase não acreditei no vestido em que ela vestia (VEJA AQUI ). Como ela ousava usar um vestido daquele? Ela ia passando e os caras iam se virando para olhar a bunda dela. virou o rosto quando viu Amber. Ele sabia que eu estava de olho. olhou, mesmo sendo prima de e estava solteiro e estava livre para olhar.
- Oi, oi, oi. – Elas deram um oi coletivo. foi o único a receber um beijo de . Amber estava em minha frente e eu queria arrancar os cabelos dela. Ela olhou de cima abaixo discretamente, mas é claro que eu percebi.
- Uau! Esse lugar é incrível. – Amber riu pro .
- É bem animado. – concordou.
- E é um ótimo lugar pra dançar. – sorriu, vendo várias pessoas dançando. – Vamos, amor? – Ela segurou a mão de .
- Mas nós acabamos de chegar! – tentou argumentar.
- Vem logo! – o puxou e ele foi, fazendo cara feia.
- sempre amou dançar. – Amber riu da cena.
- Às vezes eu tenho pena do . – negou com a cabeça.
- Ainda bem que você não gosta tanto de dançar. – me olhou, rindo.
- Eu não gosto tanto, mas hoje nós vamos dançar. – Eu disse e fez careta.
- Se ferrou. – gargalhou.
- Eu também amo dançar. – Amber entrou na conversa. Quem perguntou? – Só falta um parceiro. – Ela sorriu, mordendo o lábio inferior, enquanto olhava pra pista de dança.
- Parceiro é que não falta aqui. Você devia dar uma procurada. – Eu forcei um sorriso.
- Eu não procuro. Eles é que me acham. – Ela riu e os garotos riram com ela. Qual o problema deles? Parecem retardados.
- Melhor tirar sua capa invisível, então. – Eu sorri e pisquei pra ela. – Vamos pegar algo pra beber? – Eu olhei pro e o puxei por uma das mãos.
- ? – disse em tom de julgamento. Ele estava atrás de mim, mas eu já sabia que ele não havia gostado do meu comportamento.
- Onde será que ficam as bebidas desse lugar? – Eu tentei ignorar, mas ele parou de andar, me fazendo parar também. Ele me puxou para que eu olhasse pra ele.
- Qual o problema? – me olhou, sério.
- Não tem problema. – Eu ergui os ombros, me fazendo de desentendida.
- Precisava ter falado daquele jeito? – arqueou a sobrancelha.
- Ela precisava ter te olhado daquele jeito? Com certeza não. – Eu sorri falsamente.
- De qual jeito? – achou que eu estava com implicância.
- Não se faça de bobo. – Eu fiz careta, irritada.
- , me diz quem é que está aqui comigo agora. – pediu, impaciente.
- Eu. – Eu já sabia onde ele chegaria.
- Quem é a minha acompanhante? – continuou a perguntar.
- Eu. – Eu deixei de olhá-lo e encarei o teto por poucos segundos.
- Qual o nome que está nessa aliança de compromisso no meu dedo? – perguntou mais uma vez.
- O meu. – Eu suspirei, voltando a olhá-lo.
- Então me diz qual é o problema nisso tudo? – voltou a me olhar daquele jeito, que demonstrava que ele estava bravo.
- Eu sou o problema? É isso? – Eu sorri, indignada.
- Não. – negou com a cabeça. – Você está se importando com uma coisa que não é importante pra mim. Eu não ligo pra quem olhe pra mim. Eu estou com você. – sorriu, sem mostrar os dentes.
- Eu entendi. – Eu fechei os olhos por poucos segundos e sorri. – Eu vou me controlar, ok? – Eu vi ele sorrir.
- Obrigado. – O sorriso dele aumentou. No mesmo instante, parou um garoto do meu lado. Ele parecia bêbado e chegou encostando-se em mim. Eu o olhei com cara feia.
- Vamos dar uma volta lá fora, princesa? – Ele disse, me olhando de cima abaixo. me puxou, entrando rapidamente em minha frente.
- Eu vou lá fora com você, mas não vai ser pra dar uma volta. – o empurrou, fazendo cara feia.
- Desculpa, cara. – O garoto ergueu as mãos, se afastando. – Eu não vi que ela estava acompanhada. – O garoto saiu rapidamente. observou ele sair ainda com cara feia e depois se virou pra me olhar.
- Precisava ter falado daquele jeito? – Eu quase ri, repetindo a frase que ele havia me dito há alguns minutos atrás.
- Não me provoca, garota. – riu, virando-se de costas pra mim e me puxando. – Vamos pegar algo pra beber logo. – Ele continuou me puxando, enquanto eu ria sozinha.

Pegamos a bebida e voltamos pro lugar onde estavam nossos amigos. Eu sempre me certificava de deixar Amber bem longe do . Eu estava de olho nela. Ela estava maluca pra dançar, às vezes ela arriscava uns passos ali na nossa frente, sozinha. Mais ridícula, impossível! Aquele seu vestido curto, colado e ousado fazia minha raiva aumentar a cada segundo. falava e ela o observava com um sorriso bobo. Ela não perdia uma oportunidade de ficar olhando pra ele como uma idiota. Se eu não estivesse ali, ela já teria o chamado pra dançar com ela. Ela não é nem maluca em fazer isso comigo por perto.

- E cadê o seu irmão, ? – perguntou, depois de dar falta do amigo.
- Ele ia buscar a . – Eu expliquei.
- No mínimo, eles brigaram no caminho e desistiram de vir pra festa. – disse, fazendo todos rirem.
- Por que eles brigaram? O não me explicou direito. – Amber se aproximou, curiosa. Alguém explica que não é da conta dela?
- A acha que ele não valoriza ela. Ela diz que ele não é nem um pouco romântico. – disse, rindo.
- Eu acho que ela tem um pouco de razão. – Eu comentei, olhando pra .
- Eu não sei. Esse sempre foi o jeito dele. – Amber deu a sua opinião. O que é? Agora ela também acha que conhece o meu irmão melhor do que eu?
- Exatamente. O amor transforma as pessoas. Ele não mudou desde o namoro. – Eu olhei pra ela, séria.
- Transforma mesmo! Aqui está a prova! – apontou pro . revirou os olhos, enquanto eu ria. Amber sorriu fraco.
- O é o meu fã número um. – disse e negou com a cabeça, ainda rindo.
- O realmente mudou depois que começou a ficar com a . – concordou com .
- Realmente! Obrigado , por fazer o meu melhor amigo virar gay. – disse, segurando a risada.
- Gay? – gargalhou. – Cara, eu estou acompanhado e você? – apontou pra mim e depois voltou a olhar o amigo.
- Pega na minha bunda e dá uma chacoalhada vai, Jonas. – fez careta, fingindo estar irritado.
- Só se formos pra um quarto. – disse, sem conseguir segurar o riso. Eu, e Amber não conseguíamos parar de rir.
- Ta vendo? – apontou pro . – Gay! – Ele estava quase morrendo de tanto rir.
- Vocês são doidos. – ainda estava rindo.
- Enfim, eu não acho que romantismo seja ruim. Eu acho que toda garota gosta de um cara romântico. – Amber disse entre olhares disfarçados para . e se entreolharem sem que ninguém percebesse. É claro que eu não deixaria essa oportunidade passar.
- Eu concordo. Ainda bem que.. – Eu me aproximei do , apoiando meus braços em seu ombro. – Eu já encontrei o meu. – Ele sorriu, olhando pra mim. Passou seu braços em torno da minha cintura, enquanto eu me aproximava para selar os seus lábios. Uma das minhas mãos tocou o seu rosto, quando nossos lábios começaram a se entrelaçar. Ele puxou o meu lábio inferior, me fazendo rir. Abrimos os olhos e percebemos que nós dois estávamos rindo. Amber observava a cena, perplexa. Ela nem conseguiu disfarçar o quanto doeu ver aquilo, ver que realmente havia algo real e muito forte entre mim e o .
- Eu adoro fazer isso. – disse, depois de me dar o último selinho antes de nos desgrudarmos.
- Eu adoro quando você faz isso. – Eu quase ri.
- Enquanto vocês se agarram, eu vou tentar ligar pro . – revirou os olhos. Ele tampou um dos ouvidos e apertava o seu celular contra o outro.

e estavam a caminho. havia ido buscá-la em sua casa. Eles se cumprimentaram com um simples selinho e ela entrou no carro em silêncio. O silêncio permaneceu durante todo o caminho. queria dizer alguma coisa, mas tinha medo de estragar ainda mais o que já estava ruim. Ele estacionou o carro em frente ao local da balada. tirou o cinto de segurança e ele fez o mesmo, logo depois de desligar o carro. não se moveu e saiu do carro. Ela continuou parada e sentada. Sim, ela ainda tinha esperanças de ver o seu namorado sendo cavalheiro pelo menos uma vez na vida e fosse abrir a porta do carro pra ela.

continuou do lado de fora do carro, observando a balada de longe. Reparava na quantidade de gente que havia lá dentro e principalmente na fila, que graças ao , ele não teria que enfrentar. Notou que ainda não havia descido do carro e se abaixou, para olhá-la pela janela, que ainda estava com os vidros abertos.

- Não vai descer, não? – Ele perguntou, arqueando a sobrancelha. respirou fundo e virou seu rosto para fuzilá-lo com os olhos. Ela nunca sentiu tanta raiva na vida.
- Idiota... – Ela resmungou, abrindo a porta bruscamente. fez careta, sem saber o que tinha feito agora.
- , espera. – Ele gritou, vendo ela sair andando furiosamente em direção ao local. Trancou o carro o mais rápido que conseguiu e correu até alcançar a sua namorada. – O que eu fiz? – Ele estava entrando em desespero, pois não sabia o que havia acontecido.
- Você é um idiota. Fica longe de mim. – Ela o empurrou, fazendo ele esbarrar em um casal de namorados que se pegavam na frente do local. – Desculpa! – Ele se desculpou com o casal. Parou de andar, sem entender nada. – Mas que porra está acontecendo com essa garota? – Ele perguntou de forma retórica.

passou pela bilheteria e pegou o seu ingresso. Entrou no local e foi passando por tudo mundo com uma cara feia, que assustaria qualquer um. Era bom que nenhum cara se aproximasse dela ou não acabaria bem pra ele. Ela nos achou com facilidade e andou até nós.

- ? Oi! – sorriu ao ver a amiga.
- Oi gente. – Ela tentou sorrir.
- Está tudo bem? – perguntou, preocupado.
- Onde está o ? – Eu logo achei que algo tivesse acontecido.
- Nem fala no nome desse idiota! – Ela quase deu um piti. sorriu pra mim e fez uma careta.
- Você quer conversar? – Eu perguntei, me aproximando dela.
- Não, eu to bem. – Ela foi grossa.
- Você quer beber alguma coisa? – Amber perguntou, atenciosa. Esperei ansiosamente pela resposta grosseira que daria a ela.
- Quero! – forçou um sorriso. – Vamos comigo. – a puxou pelo braço. Eu paralisei, sabendo que havia sido deixada no vaco. Eu me virei e vi meus amigos me olhando com uma careta. Abri os braços, demonstrando que não havia entendido nada.
- Eu fiz alguma coisa? – Eu perguntei, arrasada.
- Não, ela só estava irritada. – segurou a minha mão e me puxou pra perto dele.
- É sério! Eu merecia isso? Porque ela foi grossa daquele jeito comigo e não foi com a Amber? – Eu não conseguia acreditar.
- Não se preocupa com isso, . Ela não fez por querer. – sorriu pra mim.
- Não, agora eu quero saber o que é que eu fiz pra ela ter me tratado daquele jeito. – Eu estava furiosa. Principalmente com o envolvimento da Amber naquela história.
- Esquece isso. – negou com a cabeça. - Vou matar o próximo filho da puta que esbarrar em mim. – chegou, furioso.
- Finalmente! – riu, se referindo a demora do amigo.
- Era com você mesmo que eu queria falar! – Eu me afastei do e me aproximei do meu irmão. – O que aconteceu entre você e a ? – Eu o olhei , séria.
- Infelizmente não foi sexo. – disse, desolado.
- O que? – Eu fingi não ter escutado.
- Nada. – Ele riu por alguns poucos segundos. Ouvi algumas risadas vindas de e . – Nós brigamos DE NOVO. – me olhou, sério.
- Ela chegou aqui sendo grossa comigo. – Eu queria saber se tinha algum motivo pra eu estar envolvida naquela história.
- Sério? – Ele disse, sarcástico. – Se você está assim, imagina eu que estou passando por isso há dias? – me olhou com o mesmo sarcasmo.
- Você é um idiota. – Eu me irritei com a ironia dele.
- É o que andam me dizendo. Alguém mais quer me dizer isso? - Ele falou um pouco mais alto. - Aproveita que hoje eu estou adorando fazer papel de palhaço. – transformou o seu irônico sorriso em uma cara furiosa e saiu, indo ao lado de . apareceu em minha frente com um sorriso fraco, como quem dissesse ‘Deixa isso pra lá! Vamos nos divertir.’.
- E é isso o que eu ganho por ser uma ótima amiga e uma irmã atenciosa. – Eu abri os braços, visivelmente abalada. Não, eu não ia chorar, mas sim, eu estava bem chateada.
- Não fica assim. – negou com a cabeça. Aproximou a sua mão de meu rosto e acariciou levemente uma das minhas bochechas. Eu sorri fraco, comovida com toda a doçura dele.
- O que eu vou fazer sem você por perto, hein? – Eu perguntei, vendo um sorriso triste aparecer no rosto dele.
- Vamos pensar nisso depois, ok? – colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. – Vamos pensar só no agora. – Ele pediu e eu não precisei fazer gesto algum para ele perceber que eu havia concordado com o seu pedido. – Sabe o que vamos fazer agora? – Ele perguntou, revirando os olhos, enquanto sorria de forma desajeitada.
- O que? – Eu quase ri, pois sabia que seria engraçado.
- Vamos dançar. – Ele apontou em direção a pista de dança com a cabeça. Eu abri a boca e fingi estar totalmente surpresa.
- Sério? – Eu até me empolguei.
- Eu não brincaria com algo tão humilhante. – Ele riu, virando-se de costas pra mim e me puxando em direção à pista de dança com uma das mãos.

Chegamos na pista de dança e ele se virou de frente pra mim. Ele riu, sem jeito. Comecei a dançar, sabia que ele demoraria um pouco pra se soltar. Ao poucos ele foi me acompanhando. Não estávamos totalmente colados, mas estávamos próximos. Às vezes ele me puxava e me girava seguidas vezes. Ele inventou alguns passos engraçados e começou a fazê-los. Eu o acompanhava com os passos, mas não deixava de rir.

Nós divertimos tanto que nem percebemos que estávamos naquela pista de dança há 40 minutos. Ainda bem que o DJ resolveu diminuir o ritmo ou não aguentaríamos por muito tempo. Não era exatamente uma música lenta, mas era totalmente possível dançar colado. me olhou e com um doce sorriso, estendeu a mão. Eu mordi o lábio inferior e sorri, sem jeito. Juntei minha mão a dele e ele me puxou lentamente pra perto. Soltou a minha mão e colocou seus braços em torno da minha cintura. Eu fiz o mesmo com as minhas mãos, só que em torno do seu pescoço. Ficamos nos olhando por um bom tempo. Havia um sorriso no canto do rosto de ambos.

- Você devia usar saltos menores. Está quase da minha altura. – comentou, sem deixar de me olhar nos olhos.
- Você ainda está mais alto que eu. Não se preocupe. – O meu sorriso aumentou.
- Não, mas se você usar um maior do que esse, vai fica da minha altura! – disse, erguendo uma das sobrancelhas.
- Eu acho que não existe um salto maior do que esse. – Eu quase ri.
- Ótimo. – também segurou o riso.
- Qual o problema? Eu gosto de ficar mais alta. – Eu perguntei. – Assim eu fico mais perto do seu rosto. Fica mais fácil de olhar nos seus olhos e de te beijar. – Eu disse e vi ele rir.
- Ok, de repente eu comecei a gostar do seu salto. – é quem me fez rir dessa vez. Depois de rir, olhei pra ele por um tempo.
- Obrigada. - O meu sorriso ficou um pouco menor e ele já não mostrava os meus dentes.
- Pelo que? – arqueou a sobrancelha.
- Você percebeu que eu estava chateada, irritada e você me distraiu. – Nos olhávamos nos olhos, enquanto ainda dançávamos aquela mesma música. – Mais uma vez, você conseguiu transformar uma coisa ruim em uma coisa boa. – Ainda havia um sorriso no canto do meu rosto e agora também havia um no dele.
- As coisas podem estar péssimas, o dia pode ser o pior, mas no final do dia, eu sempre vou estar lá pra te dizer que tudo bem ter um dia ruim, tudo bem se as coisas estiverem uma droga e tudo bem se as coisas não saíram como você planejou. – ia me dizendo daquele jeito doce e lindo que só ele tinha. – Amanhã vai ser um novo dia e eu ainda vou estar lá, tentando fazer você sorrir e tentando fazer dele melhor do que ontem. – Ele terminou de dizer e sorriu fraco, suas bochechas estavam rosadas.

Está vendo? É por isso que ele é o responsável pelo sentimento mais impressionante, sincero e bonito que eu já senti em toda a minha vida. É por isso que eu tive que pensar duas, três vezes antes de decidir entre ele e o grande sonho da minha vida. É por isso que eu me sinto tão desprotegida e sinto tanto medo de ter a Amber por perto. É também é por isso que arranjo a briga que precisar para tê-lo pelo resto da minha vida.

- Não importa o que aconteça, enquanto você estiver do meu lado eu vou continuar tendo o melhor motivo do mundo pra ser feliz. – Eu disse, aproximando meu rosto do dele e ele acabou com a pequena distancia que havia entre os nossos lábios. Ele aprofundou o beijo, colando ainda mais os nossos corpos. Entrelacei meus dedos em seu cabelo, que estavam localizados um pouco acima da sua nuca. Nossos lábios se entrelaçavam lentamente, às vezes ele prendia um de meus lábios entre os seus dois lábios e o lavava pra diferentes direções. Ele terminou o beijo, quando a música acabou. Abrir os olhos e ver o seu sorriso era a melhor sensação de todas.
- Vamos voltar um pouco pra lá? – Ele disse, apontando pra direção em que nossos amigos estavam.
- Vamos. – Eu ainda sorria por causa do beijo. Roubei mais um selinho, antes de nos afastarmos. Ele segurou a minha mão e fomos até os nossos amigos.

, e Amber conversavam sobre alguma coisa qualquer. e conversavam sobre outro assunto. Aproximamo-nos e ambos pararam com seus assuntos. ficou na rodinha dos garotos e eu na rodinha das garotas.

- Eu definitivamente amei esse lugar. – Eu sorri, olhando pra .
- Nós estávamos falando que aqui só tem garotos bonitos. – falou baixinho para que os garotos não ouvissem.
- Mas infelizmente os melhores já estão comprometidos. – Amber disse e riu. As garotas mais uma vez não entenderam a indireta e também riram. Olhei pra ela, séria.
- Amber, sempre querendo o que não pode ter. – gargalhou. Impressionante como o humor da mudou? O que a Amber deu pra ela? Maconha?
- Eu não sou do tipo que pega o namorado dos outros. Eu gosto de exclusividade. – Amber disse e elas voltaram a rir.
- Pelo menos nós temos algo em comum. – Eu sorri falsamente. finalmente notou o que estava acontecendo, mas disfarçou o máximo que conseguiu.
- E onde está a ? – mudou o assunto.
- Ela e o sumiram. – Amber analisou.
- Vamos ao banheiro comigo? – pediu, séria.
- Bem, vamos.. – Eu sorri, sabendo qual era a real intenção dela. Ela queria conversar comigo.
- Eu também vou. Preciso retocar a maquiagem. – se aproximou de nós.
- Eu vou ficar aqui com os garotos. Eu estou com muito calor e aquele banheiro deve estar um inferno. – Amber piscou um dos olhos. – Voltem logo. – Ela sorriu.

Deixá-la sozinha com os garotos me parecia uma péssima ideia, mas não desistiria e eu não queria demonstrar tanta insegurança perante Amber. sorriu pra mim e piscou um dos olhos, antes que eu me virasse e fosse em direção ao banheiro com as garotas. Entramos no banheiro e não hesitou em começar aquela conversa.

- Certo. O que está acontecendo aqui? – me olhou, séria. parecia não fazer ideia do que ela estava falando.
- Você está perguntando pra pessoa errada. – Eu não estava tão irritada como ela aparentava estar, mas eu estava bem séria.
- Não importa. Eu quero saber de você. – continuava com a mesma expressão.
- Sua prima está apaixonada pelo meu namorado. – Eu expliquei, sem rodeios. Minha expressão com certeza demonstrou a minha irritação com o assunto.
- E qual a novidade? – me olhou com reprovação.
- Eu já disse a novidade! Eu e ele estamos juntos agora. – Eu voltei a olhá-la, começando a me irritar com o tom dela. Ela falava como se aquilo fosse ridículo. – Não é mais como antes. Ela não pode aparecer aqui achando que pode tratar ele da mesma forma que antes. – Eu neguei com a cabeça.
- O que você está querendo dizer? – fez careta. acompanhava a discussão, atenta.
- Estou me referindo ao jeito que ela olha pra ele. Você acha que eu não percebi? ELA acha que eu não percebi? – Eu tentava falar tudo com calma em respeito a . Ela ainda era a minha melhor amiga.
- Você não acha que já está mais do que na hora dessa briguinha ridícula acabar? – suspirou, furiosa.
- Eu acho, mas aparentemente ela sentiu falta das nossas brigas e voltou louca pra matar a saudade. – Eu disse e cerrou os olhos. Ela odiava minhas brincadeiras fora de hora.
- E parece que você também não superou isso, né? – continuou me olhando daquele jeito.
- Porque você acha isso? – Eu perguntei, sabendo que ela tentou dar indireta sobre alguma coisa naquela frase.
- Você ainda odeia ela, . – começou a elevar o nível de voz. – Você a odeia tanto, que você vê maldade em todas as atitudes dela. – me olhou, extremamente brava.
- O que? Não! Não é nada disso. – Eu neguei com a cabeça.
- Então me diz o que ela tem feito, que tem te irritado tanto? – sorriu com sarcasmo.
- Porque está tão brava, ? – Eu perguntei, meio em choque. Ela estava enlouquecendo.
- O que ela tem feito? Diz, ! – insistiu com o mesmo tom.
- Ela.. – Eu neguei com a cabeça, sem saber como reagir com toda aquela grosseria de . Meus olhos lacrimejaram, mas eu não choraria por nada. – Ela arruma toda e qualquer desculpa pra falar com ele. Ela parece ter um desejo súbito de fazer ele rir, de fazer ele notar ela e olhar pra ela. – Eu disse, engolindo o choro. Até porque a raiva estava voltando ao citar as escrotices cometidas pela Amber.
- Só isso? – quase riu.
- Também tem as indiretas que ela fica dando. As frases de duplo sentido e as tentativas de me tirar do sério. – Eu completei.
- Indiretas, frases? – ergueu os ombros, sem entender.
- Há poucos minutos ela disse que os caras que estavam aqui essa noite eram bonitos, mas que os melhores estavam comprometidos. – Eu sorri, feliz por ter achado um exemplo que havia presenciado. Agora não tinha como ela defender a Amber!
- E deixei-me adivinhar? Você achou que ela estava dizendo isso pra você? – voltou a ser sarcástica.
- Foi pra mim! – Eu estava enlouquecendo com ela duvidando de mim.
- Você é maluca. – negou com a cabeça. Eu a olhei, desapontada. – Nós estávamos falando desse assunto bem antes de você aparecer ali. Como ela poderia estar falando sobre você e o ? Como ela poderia estar querendo te provocar sendo que você nem estava ali? – perguntou e ficou me olhando, esperando a minha resposta.
- Ela tem razão, . Ela estava falando sobre aquilo bem antes de você chegar. – concordou com . Olhei pra e vi quão poderosa Amber era. O quanto de poder ela tinha sobre todos. Cerrei os olhos e neguei com a cabeça, indignada por não ter o apoio das minhas melhores amigas.
- Está vendo o tamanho da implicância que você tem com ela? – voltou a me olhar com sua expressão de reprovação. – Você nem ao menos dá uma chance pra ela. – ainda me olhava com raiva.
- Eu estou dando uma chance pra ela! – Eu aumentei tom de voz, furiosa. – pediu que eu fizesse isso. – Eu completei. – Aliás, era o que você também deveria pedir pra sua preciosa prima! – Eu ironizei, furiosa.
- Não adianta falar com você! – sorriu falsamente. – Você sempre vai odiá-la e vai sempre ver o pior lado de tudo o que ela fizer. Você sempre vai achar que ela está tentando começar uma briga ou tentando te irritar. – balançou a cabeça negativamente.

Tem noção do quanto isso estava doendo? Sua melhor amiga, a pessoa que você espera que mais te apoie no mundo, estava falando absurdos pra você. escolheu um lado, sem nem mesmo ser obrigada a isso. Ela escolheu ficar do lado da Amber sem nem hesitar. Ela estava contra mim. Amber mal chegou na cidade e já colocou minha melhor amiga contra mim. Como ela conseguia aquilo? Por que ela consegue fazer todo mundo ver o meu lado ruim, mas eu não consigo que os outros enxerguem o dela? Como uma garota pode transformar uma amizade em... nada? Porque era isso que a estava fazendo ali.

- Foi pra isso que você me chamou aqui? – Haviam lágrimas em meus olhos, mas eram de raiva. Raiva da , raiva da Amber.
- Vocês estão nervosas! Deixem pra conversar outra hora. – tentou impedir aquilo. Olhei pra e me lembrei da forma que ela também havia me tratado naquela noite. Ela estava tendo problemas com o namorado, ela precisava se abrir e conversar com alguém. Ela preferiu colocar essa tarefa nas mãos da Amber. Essa tarefa que sempre foi minha!
- Ela é minha prima, . – disse um pouco mais calma. Talvez ela tivesse percebido as lágrimas nos meus olhos. Ver a pena nos olhos dela fez minha raiva triplicar. – Eu sempre vou ficar do lado dela. É assim que é e tem que ser. – tentou se aproximar de mim e eu dei um passo pra trás, me afastando.
- Você está contra mim? – Eu perguntei de forma retórica. Eu só queria ouvir a resposta dela.
- Não. Eu estou do lado dela. É diferente! – parecia ter se dado do conta da gravidade daquilo. – Eu só estou pedindo pra você parar com isso. – continuou séria. – Estou pedindo pra você deixar de odiá-la. – tentou se aproximar novamente e dessa vez eu permiti. – Faça isso por mim. Pela nossa amizade. – sorriu fraco. Ela não podia estar falando sério. Cerrei meus olhos novamente e neguei com a cabeça, pensando que ela só poderia estar maluca. Pensando no quão ridícula ela estava sendo.
- Nossa amizade? – Eu quase ri. – Qual amizade, ? – Eu continuei, incrédula. – De que amizade é essa que você está falando, em que a sua amiga precisa do seu apoio e você vira as costas pra ela? – Eu a olhei, muito brava. – Eu não estou pedindo pra você ficar do meu lado, ! Eu só queria o seu apoio. Era a única coisa que eu queria da minha melhor amiga! – Eu aumentei o tom da voz pra dizer a última frase. – ISSO É AMIZADE PRA VOCÊ? – Eu gritei dessa vez.
- , fica calma! – se assustou com o rumo que aquela conversa estava chegando. estava abalada, mas não queria demonstrar fraqueza. Ela me encarava, ouvindo tudo o que eu dizia. Olhei pra ela por um tempo, me preparando para dizer a última frase.
- Finalmente encontrei uma coisa da qual não vou sentir falta quando estiver em Nova York. – Eu disse, me referindo a nossa amizade. não acreditou no que ouviu. arregalou os olhos, assustada. A olhei pela última vez e me virei de costas, saindo rapidamente pela porta do banheiro.
- ! – Ela gritou e eu a ignorei.

Quando sai do banheiro, parei sem saber como controlar toda a minha raiva. Eu sabia que mais tarde viria a tristeza e o choro, mas agora eu estava furiosa. Levei minhas mãos até a minha cabeça e entrelacei os dedos em meu cabelo, sem saber o que fazer. foi a primeira pessoa que passou pela minha cabeça. Eu tinha que falar com ele. Ele me acalmaria, como sempre fez. Eu comecei a andar em direção ao local em que meus amigos estavam. Não prestei atenção em quem estava ali ou não, apenas me aproximei.

- Finalmente alguém! Todo mundo sumiu. – disse, feliz ao me ver.
- Você é quem sumiu primeiro. – Eu quase ri. Eu estava tentando enganar a minha raiva. – Aliás, você também. – Eu apontei pra depois de vê-la atrás de .
- Nós.. – me olhou, confuso. – Quer dizer, eu.. – Ele começou a gaguejar.
- Eu fui tomar um ar lá fora. Está muito calor aqui. – riu, se abanando com as mãos.
- E eu estava procurando gatas. – mentiu. – Nenhuma me quis. – Ele continuou mentindo.
- estava aqui. – Eu ia dizendo, procurando em minha volta. – Com os garotos e a.. – Quando eu ia dizer o nome dela, eu os achei. – Amber. – Eu disse com os olhos fixos nos dois. Eles estavam em frente à mesa de bebidas e eles conversavam e riam como doidos. Observei a cena por um tempo, sem reação.
- ? – perguntou, me vendo olhando para os dois.
- Ela está conseguindo me tirar do sério. – Eu neguei com a cabeça, tentando relevar aquilo. A mão dela estava na cintura e ele dava atenção total a ela. Eu percebia que ele olhava pra porta do banheiro de 5 em 5 segundos. Certamente estava me procurando e esperava a primeira oportunidade de sair dali. Não é que ele não gostasse de conversar com a Amber, mas ele queria ficar comigo.

Nada estava acontecendo ali. tinha consciência de que não estava fazendo nada de errado. Amber havia implorado para que ele a acompanhasse até a mesa de bebidas. Ele apenas foi gentil. Ele realmente se importava com ela e ele realmente quis acompanhá-la até lá para que ela não fosse agarrada por um bêbado qualquer. Ele cuidaria dela se fosse preciso. Apesar de tudo, ele ainda tinha medo da minha reação diante daquilo. Ele ainda tinha medo das minhas conclusões erradas.

Amber contava alguma coisa e sorria pra ela, daquele jeito que ele sorria pra mim. Do jeito que eu queria que ele estivesse sorrindo pra mim agora. olhou pra onde estava os nossos amigos e me viu. Ele deu um enorme sorriso e me chamou para ir até lá com uma das mãos. Amber continuava contando a sua história. Eu fiquei imensamente feliz por ele ter me chamado lá. Quer dizer, ele não tinha o que temer. Ele não estava fazendo nada errado.

- Olha lá o que você vai fazer, . – me alertou.
- Não vou fazer nada que ela não mereça. – Eu pisquei pra ele e sai, indo em direção aos dois. voltou a olhá-la, sabendo que eu chegaria até eles a qualquer momento. Parei ao lado dele e entrei no meio dele e da Amber, selando seus lábios lentamente. Ele sorriu, satisfeito com a minha atitude. Amber foi obrigada a parar de falar.
- Onde estão as garotas? – perguntou, enquanto ainda estávamos próximos. Minha expressão mudou, eu afastei meu corpo do dele. Eu não queria contar pra ele sobre a briga com a .
- Eu não sei.. – Eu disse, indo até o lado dele e ficando de frente com a Amber. Ela me olhou, séria. Acho que ela não gostou de ser interrompida. Que maldade a minha, não é? Haha
-E vocês? O que estão fazendo? – Eu perguntei, como se não estivesse louca pra saber a resposta.
- A Amber queria beber alguma coisa. Eu a acompanhei. – nem disse que ela é quem havia pedido a sua companhia para não criar confusão.
- E você já escolheu o que vai beber? – Eu apontei pra mesa de bebidas. Ela me olhou e pegou um copo na mesa.
- Já faz um tempo. – Ela sorriu falsamente pra mim. – Nós estávamos conversando sobre algumas coisas antigas e nem vimos o tempo passar. – Amber quase riu. Ela fazia questão de me contar aquilo.
- É mesmo! – também riu querendo novamente evitar confusão.
- Coisas antigas? – Eu me fiz de desentendida. Queria que ela falasse.
- É, você sabe... – Ela me olhou. – Coisas que nós vivemos há anos atrás. – Amber sorriu pro . Ele deu um sorriso tímido por minha causa. – é o garoto mais incrível que eu conheci até hoje. Nós sempre nos demos muito bem. Nós nos conhecemos há muito tempo e sempre fomos muito, muito próximos. Eu aprendi muita coisa com ele. – Amber ia dizendo com aquele olhar de apaixonada. Ela não parava de olhar pra ele.
- Eu sei que o é um garoto incrível, ele é meu namorado. – Eu forcei um sorriso. - Ele também é o garoto mais incrível que eu já conheci. – Eu disse, olhando pra ela. Percebi que olhou pra mim e sorriu, pois estava feliz com o que eu havia dito.
- É realmente uma pena que você tenha demorado tanto pra perceber isso. – Amber fez uma careta, fingindo que lamentava, mas eu percebi a ironia dela. V-A-D-I-A.
- Vamos ir falar com o e a ? Eu quero saber onde eles estavam. – mudou o assunto rapidamente. Começou a me puxar. Olhei pra Amber, furiosa. Ela com certeza viu a raiva em meus olhos.
- Não. .. – Eu não queria ir. Eu queria ficar ali e falar tudo o que ela tinha que ouvir.
- Até depois, Amber. – me puxou mais forte, me tirando de perto dela. Amber entendeu o que estava acontecendo e sorriu, quase rindo. Não que ela fosse tão maligna. Ela não é como a Jessie. Ela quase riu por eu não poder respondê-la.
- ! O que você está fazendo? – Eu tentava me soltar das mãos dele.
- Você não vai fazer isso. Eu não vou deixar. – me olhou, sério.
- Fazer o que? – Eu arqueei a sobrancelha.
- Vocês não vão brigar por minha causa. – sorriu, sarcástico. – Não vai acontecer. – Ele quase soletrou, me olhando. Olhei pra ele, séria e neguei com a cabeça. Chegamos até e novamente.
- O que aconteceu? – perguntou. Ela havia visto a cena de longe.
- está com medo da Amber levar uns tapas. – Eu sorri, olhando pra ele.
- Vocês.. iam brigar? – perguntou, arqueando a sobrancelha.
- Não e nem vão. – respondeu antes de mim, como se fosse uma ordem.
- Ta, vamos esquecer isso. – quis mudar de assunto.
- Voltamos! – gritou, chegando por trás de todos nós com .
- Onde vocês foram? – perguntou.
- Esqueci o meu celular no carro e o foi comigo lá pegar. – explicou, bebendo um gole da sua bebida. Não consegui identificar o que era, mas não era água.
- E as meninas? Elas não estavam no banheiro com você? – me olhou, sério.
- Estavam. Eu sai e elas continuaram lá. – Eu sorri, sem dar detalhes.
- Eu não sei o que tanto elas fazem no banheiro. – negou com a cabeça, fazendo careta.
- E a Amber? – olhou pro , pois sabia que Amber havia ficado com ele, quando ele e haviam ido até o carro.
- Eu não sei. Ela estava perto da mesa das bebidas, mas agora não sei mais. – ergueu os ombros, indiferente. Ele queria me mostrar que não se importava, talvez para que o meu ódio diminuísse.
- E...você se lembra de qual bebida ela pegou? – disse, olhando para o pessoal que dançava na pista de dança.
- Não. Por quê? - fez cara de quem não havia entendido nada.
- Tenho quase certeza que havia álcool... – apontou pra alguém em um dos cantos da pista. Era ela, Amber. Ela dançava animadamente e às vezes deslizava até o chão com o seu vestido extremamente curto. Haviam alguns caras em volta dela e ela estava se esfregando em cada um deles.
- Odeio garotas bêbadas. – suspirou, irritado. – Nada pessoal, . – Ele fez um coração com a mão pra mim. Eu olhei pra ele com uma cara feia e ele riu.

Todos a observavam de longe. Os garotos queria tirá-la de lá, mas estavam com medo de se aproximarem e serem agarrados pela bêbada, Amber. A música foi trocada e uma música sensual começou a tocar. Os olhos dela foram imediatamente pra onde estava. Sim, ela começou a dançar sensualmente, enquanto olhava . Ele percebeu, é claro. Desviava o olhar, disfarçava, mas não adiantava! Ela não parava de olhar.

A minha raiva também não parava de aumentar. Eu comecei a sentir uma coisa maluca dentro de mim. Uma coisa que eu não conseguia explicar. Eu só sabia que era algo ruim e que eu queria arrancar os cabelos dela. Algumas pessoas que estavam em torno da Amber, também olhavam pro , pois queriam saber quem era o cara. Eu e estávamos de mãos dadas e eu estava me sentindo A IDIOTA. Todos me olhavam com pena, achando que eu era a chifruda da vez. Outros davam risada e falavam nos ouvidos dos amigos.

- Eu vou pegar algo pra beber. – Eu disse e soltei a mão do rapidamente. Ele olhou pra mim, enquanto eu me afastava. Ele não fazia ideia do que estava acontecendo. Ele achou que talvez eu quisesse ficar um pouco sozinha e decidiu respeitar um pouco o meu espaço. Eu só iria pegar uma bebida, certo? Não tinha como algo acontecer naquele meio tempo.
- Cara, eu acho que ela quer o seu corpo nu. – deu alguns tapinhas nas costas do , que virou de costas para Amber.
- Eu acho que ela quer foder a minha vida, isso sim. – suspirou, passando a mão pelos seus cabelos já desajeitados. era homem, é claro que ele se sentia atraído por ela. Ele não é de ferro. Nenhum homem é. Ele se sentia mal por sentir aquilo. Não era, mas pra ele parecia uma traição. O que ele podia fazer? Tinha uma mulher linda, dançando sexualmente pra ele com um vestido decotado e curto.
- O que está acontecendo? – chegou, vendo que todos os amigos estavam olhando pra uma mesma direção.
- Veja você mesma. – apontou pra Amber.
- Oh não.. – negou com a cabeça, fazendo careta.

Eu havia ido até a mesa das bebidas. Eu sabia exatamente qual bebida pegar e o que fazer com ela. Peguei um copo bem cheio. Me certifiquei se havia água ali mesmo e depois me virei para olhá-la novamente. Ela continuava dançando daquele jeito, enquanto olhava pro MEU NAMORADO. Olhei pro e vi que ele estava de costas, mas eu faria aquilo do mesmo jeito.

Comecei a andar em direção a Amber com o copo em minhas mãos. Fui passando com dificuldade em meio as pessoas que dançavam ali. Alguns caras ficavam assoviando e tentando mexer comigo, mas eu só os ignorava. Fui me aproximando de Amber e via ainda mais a indecência da sua dança. Ela jogava o cabelo pra todos os lados e suas mãos deslizavam por todas as partes de seu corpo. Ela era ridícula, baixa e nojenta.

- Oi, querida. – Eu disse, aparecendo em sua frente. Ela parou de dançar e me olhou de cima abaixo.
- Querida? – Ela cruzou os braços, quase rindo.
- Prefere vadia? – Eu sorri falsamente.
- Você tem um namorado lindo e gosto. Por que você está aqui? – Amber me olhou, séria. Cerrei os olhos, ao ouvi-la falar daquele jeito do .
- Eu só vim te dar um aviso. – Eu dei alguns passos na direção dela. – Fica-longe-do-. – Eu quase soletrei.
- E quem você acha que é pra me pedir isso? Ele é o SEU namorado. Eu não recebo ordens de você. – Amber colocou as mãos na cintura, me olhando com um sorriso sarcástico.

continuava de costas pra Amber. Os amigos e amigas continuavam olhando. Notaram quando Amber parou de dançar. Alguém havia entrado na frente deles e eles já não estavam conseguindo ver a Amber. Curvaram-se um pouco e viram que ela conversava com uma garota.

- Ela está falando com uma garota. – disse, fazendo careta de quem não estava entendendo nada. Todos se esforçaram para ver.
- É a ? – perguntou, reconhecendo o meu vestido. Ao ouvir aquilo, virou-se imediatamente para confirmar se era eu mesma. Ele negou a cabeça instantaneamente.
- Droga... – Ele saiu rapidamente, indo em direção a mim e a Amber.

Eu estava muito irritada. Amber chegou atrapalhando toda a minha vida, que já estava uma bagunça. Quem ela pensa que é? Quem ela acha que é pra destruir as únicas coisas boas que eu tinha na minha vida, que eram as amizades e o amor? Por que ela conseguia fazer isso todas as vezes que ela aparecia na cidade? Eu estava de saco cheio dela. Estava com o saco cheio de ter que ficar me segurando pra não começar essa guerra, que na verdade está acontecendo há anos.

- Ok, retiro o que disse. – Eu me segurei pra não dar um tapa na cara dela. – Eu não vim aqui só pra te avisar pra ficar longe do . – Eu sorri de forma angelical.
- E pra que mais você veio? – Amber continuava com a mão na cintura, me olhando de forma desprezível. Eu conseguia ver o ódio em seus olhos.
- Eu estava te observando e vi que a sua bebida acabou. – Eu continuei sorrindo.
- Sim, acabou. – Ela confirmou, sem entender onde eu queria chegar.
- Eu nunca fiz algo por você antes, mas... – O meu sorriso diminuiu. – Eu trouxe mais bebida pra você. – Eu disse, levantando o copo e atacando toda a água que havia dentro dele no rosto de Amber.

Amber tirou as mãos da cintura e as colocou imediatamente na parte da frente de seu cabelo. Sua boca estava aberta e os olhos fechados. Seu rosto estava completamente molhado, inclusive uma parte do seu cabelo. Ela abriu os olhos, indignada. As pessoas que estavam em volta pararam de dançar para olhar. A primeira reação de Amber foi vir pra cima de mim. Ela deu alguns passos e chegou bem perto do meu rosto, me encarando com superioridade.

- O que há de errado com você? – Ela gritou, mais furiosa do que nunca. Antes que eu respondesse, alguém me puxou pra trás e depois entrou em minha frente. , sempre ele.
- O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? – gritou feito um doido. Ele estava desesperado.
- Essa idiota atacou um copo de água em mim! – Amber apontou pra mim, tentando limpar a sua maquiagem, que a essa altura estava toda borrada. me olhou, como quem dissesse ‘Você é maluca?’.
- O que? Vai ficar do lado dela também? – Eu perguntei, furiosa. - Por que você está fazendo isso? Por que está agindo assim? – não entendia as minhas atitudes dos últimos dias. - Ela está tentando me fazer perder a paciência. – Amber gritou, ainda secando o seu rosto. - Para de se intrometer onde não é chamada, garota! – Eu gritei, olhando pra ela com ódio. saiu da minha frente e me puxou um pouco pro lado pra podermos conversar. - Ela quer que eu entre nesse drama adolescente em que ela vive, mas eu não vou entrar! - Amber gritou, me acusando. - Nossa, como você é madura! – Eu olhei pra ela com descaso. Ela suspirou, revirando os olhos. - Não fique brava, só por que você ainda não amadureceu. – Ela disse, quase rindo. Eu fui pra cima dela de novo, mas antes de alcançá-la, entrou na frente dela. Eu fuzilei ele com os olhos e sai. Ele me seguiu com o olhar e viu para onde eu fui.
- Você está bem? – virou para ver Amber.
- Na medida do possível, né? – Amber disse, ainda brava.
- O que aconteceu agora? – chegou e depois todos os outros chegaram atrás.
- A maluca da jogou água na minha cara! – Amber estava mesmo furiosa. Finalmente ela sabia como eu me sentia.
- A está passando dos limites. – disse, ajudando sua prima a secar o seu rosto.
- Eu não fiz nada! – Amber resmungava.
- Pra onde ela foi? – perguntou, preocupado comigo.
- Tomara que tenha ido pro inferno. – Amber disse, vendo o seu vestido todo molhado. olhou pra Amber, demonstrando que não havia gostado do jeito que ela havia falado.
- E não comece com esse olhar de julgamento, . – olhou pro , irritada. – Você sabe que a é a única idiota dessa história toda. – negou com a cabeça. – Dessa vez ela vai ouvir! – terminou.
- Não se intromete, . – a olhou, irritado. – Cuida da sua prima e deixa que eu resolvo isso. – disse, saindo e deixando os amigos onde estavam. Saiu pela porta da frente, que era por onde eu havia saído.

Eu estava perto da porta de entrada da balada, esperando que aparecesse. Eu sabia que ele viria e não deu outra! Ali estava ele, parado em minha frente, me olhando com aquela cara de reprovação. Arqueou uma das sobrancelhas, sem dizer nada.

- Vai, pode brigar comigo agora. – Eu abri os braços e ergui os ombros. Não tinha como evitar aquilo. Eu já não estava tão irritada. A reação dele é que me assustava. – Diga que eu enlouqueci e que não podia ter feito aquilo. – Eu voltei a olhá-lo. suspirou e pensou antes de falar.
- Eu acho que você levou aquela história de ‘lutar por mim’ muito a sério. – disse, conseguindo me arrancar um sorriso.
- Eu sei que está bravo pelo que eu fiz. – Eu disse, ainda sorrindo, enquanto negava com a cabeça.
- Eu não estou bravo. – se aproximou de mim. – Eu só acho que foi desnecessário. – colocou uma das suas mãos em meu rosto e me olhou nos olhos. – Você é a minha namorada. É você quem eu amo. É você quem eu quero. – sorriu, sem mostrar os dentes. Continuei olhando pra ele, sem reação alguma. Eu só queria observá-lo, enquanto ele dizia aquilo. – Você sabe que é. – Ele terminou de dizer e também ficou me olhando.
- Não é você, . – Eu tente explicar. – É ela! O jeito que ela te olha, o jeito que ela fala com você, o jeito que ela tenta te chamar atenção e o jeito que ela usa você contra mim. – Eu expliquei, ficando um pouco mais séria.
- Certo, então vamos fazer assim. – olhou os detalhes de meu rosto, colocando uma mexa de meu cabelo atrás da orelha. – Nós vamos embora agora e amanhã, depois do jogo, nós saímos. Só nós dois. – propôs.
- Só nós dois? – Eu sorri, demonstrando estar empolgada com a proposta.
- Só nós dois. – reafirmou.
- Eu adorei a ideia. – Eu disse, entrelaçando meus dedos em uma das suas mãos. A outra continuava em meu rosto.
- Então, está combinado. – disse, me roubando um selinho.
- Você não está achando que o nosso jogo foi cancelado, não é? – Eu perguntei, olhando pra ele com uma expressão duvidosa.
- Eu estava. – arqueou a sobrancelha.
- Não, eu vou jogar! – Eu afirmei.
- Com a Amber? – quase riu. – Não quero ver vocês rolando pelo gramado do campo. Obrigado. – disse, desacreditando que o jogo aconteceria.
- Não vai acontecer nada. Eu apenas quero jogar com você e com os meus amigos. – Eu expliquei.
- O que você está armando? – cerrou os olhos.
- Nada, juro. É só não me deixar no mesmo time do dela e não colocar ela pra me marcar. – Eu sorri, dando um último selinho nele e me afastando, mantendo apenas nossos dedos entrelaçados.
- Eu sei que não vou conseguir te convencer do contrário, né? – fez careta.
- Não... – Eu neguei com a cabeça e ri. Estávamos indo em direção ao seu carro, quando o celular dele começou a tocar.
- Oi . – atendeu, sabendo o que meu irmão queria.
- Achou ela? Está com você? – perguntou, preocupado.
- Ela está aqui. Eu vou levar ela pra casa. – avisou.
- Ta bom. – concordou. – Mas.. está tudo bem? – queria saber como eu estava.
- Está, cara. Você sabe muito bem que eu sei como acalmar a sua irmã. – disse, quase rindo. Eu olhei pra ele e voltei a fazer careta.
- Me diz onde você está que eu vou ai te mostrar como eu vou apagar esse seu fogo, filho da puta. – disse na brincadeira, mas quis parecer sério.
- Apenas brincando, cara. – disse, rindo.
- Engraçadinho. – usou seu sarcasmo.
- Até amanhã. – se despediu.
- Até. – também se despediu e desligou o telefone.

Chegamos no carro de e fomos até a minha casa. Ele desligou o carro, assim que estacionou o carro em frente a minha casa. As luzes da casa estavam apagadas. Meus pais já deveriam estar dormindo. olhou pra mim e eu também olhei, quase rindo.

- Eu já disse que você está linda? – perguntou, passando os olhos rapidamente pelo meu corpo. - Eu já disse que te amo? – Eu sorri fraco. O sorriso dele triplicou.
- Na verdade, não. – disse, pensativo. Eu me aproximei, me apoiando um pouco no banco dele. Ele não se movia, pois queria que eu fosse até ele.
- Eu te amo. – Eu sussurrei, quase encostando nossos lábios. Ele deu um lindo sorriso, enquanto olhava meus lábios. Ele terminou de se aproximar e selou meus lábios. O selinho se transformou em um beijo e foi rapidamente aprofundado. O beijo não durou tanto, pois eu tinha que entrar e dormir. Eu teria aula no outro dia de manhã.
- Eu tenho que entrar. – Eu fiz careta e ele também fez.
- Eu sei. – abriu os olhos.
- Até amanhã. – me deu o último selinho e eu acabei dando outro. Agora era mesmo o último, juro!
- Até. – Eu sorri, depois de descolar os nossos lábios.
- Eu amo você, linda. – Ele disse, me fazendo corar.
- Eu também amo você. – Eu disse e depois abri a porta do carro, saindo dele em seguida. ficou observando eu me afastar. Esperou que eu entrasse dentro de casa para sair com o carro.

Certo, minha relação com a Amber havia chegado no limite. Minha relação com as minhas amigas também não estavam das melhores. Principalmente com a . Porém, a minha relação com nunca esteve melhor. Em outras épocas, já teríamos brigado por muito menos que isso tudo. Nós estamos mais fortes agora. Estamos mais fortalecidos como um casal. Nós confiávamos um no outro, havia respeito e amor. Não tinha como dar errado dessa vez.

Eu subi pro meu quarto e troquei de roupa. Passei alguns minutos tirando aquela maldita maquiagem e depois de escovar os dentes, fui pra cama. Eu ainda não sabia o que aconteceria entre mim e a Amber, mas eu sei que eu tinha total confiança em . Eu continuaria com os olhos abertos e também continuaria brava com . O que ela fez não foi certo, não foi justo. Eu nunca vou esquecer o que ela está fazendo comigo e com a nossa amizade.

chegou em casa e foi direto pro seu quarto. Somente tirou a sua camiseta , a calça e o tênis e depois colocou o shorts do pijama. Escovou os dentes e foi pra sua cama. Ele estava com muito sono. Quase dormiu ao volante no caminho pra casa. Pelo menos ele estava feliz. Muito feliz. As coisas estavam indo bem, estava dando tudo certo. Como todas as noites, ele adormeceu pensando na minha ida pra Nova York, que aconteceria em poucas semanas. Ele tentava demonstrar pra mim que não estava preocupado com isso agora, mas ele estava. Ele estava muito preocupado em como as coisas aconteceriam quando eu fosse embora.


Acordei com o meu celular tocando insistentemente. Abri um dos olhos e estiquei a mão para pegar o celular. Trouxe ele pra mais perto e olhei em seu visor. ‘ ligando...’ era o que estava escrito. Sorri, apertei o botão para atender a ligação e coloquei o celular em meu ouvido.

- Oi... – Eu disse com os olhos fechados. Minha voz de sono estava mais do que perceptível.
- Estava dormindo? – perguntou pra me zuar. Ele também estava na cama e daqui a pouco se levantaria para se arruma para ir a escola.
- , são 5:45 da manhã. – Eu disse, depois de olhar no relógio.
- Estou brincando. – riu. Eu também havia percebido a sua voz de sono. – Eu estou ligando pra perguntar se posso ir te buscar pra ir pra escola, hoje? – perguntou, olhando pro teto de seu quarto.
- Claro, eu vou adorar. – Eu sorri, mesmo com os olhos fechados.
- Então vou estar ai ás 6:30, ok? – Ele perguntou, sabendo que era o mais ou menos o horário que eu normalmente ficava pronta.
- Pode ser. – Eu concordei.
- Então, até daqui a pouco. – se despediu.
- Beijos, lindo. – Eu disso, sabendo que ele gostaria de ouvir isso.
- Beijos, gata. – disse, quase rindo. Eu desliguei o telefone, segurando o riso.

Não deu nem tempo de voltar a dormir. O meu despertador tocou minutos depois e eu tive que levantar. Fiz a minha higiene matinal e troquei de roupa. Eu estava mais animada naquela manhã, pois viria me buscar. já estava na mesa do café, quando eu me sentei na mesma.

- Olha só, se não é a garota rebelde. – disse, fazendo o seu lanche.
- Desvantagens de ser a sua irmã. – Eu não dei muita atenção, pois sabia que ele queria me irritar.
- Eu não sei o que aconteceu lá, mas... – me olhou, sério. – Você é a minha irmã e eu sempre vou estar do seu lado. – disse e eu o olhei, comovida.
- SEM ABRAÇOS! – percebeu a minha comoção e disse, irritado.
- Ok, sem abraços. – Eu ri, comendo a minha 3° torrada.
- Porque está de tão bom humor? – me olhou, estranhando.
- vem me buscar pra ir pra escola. – Eu ia dizendo toda feliz, quando a campainha tocou.
- Acho que ele chegou. – quase riu.
- Vou atender. Já volto. – Eu me levantei rapidamente da cadeira e corri até a sala para atendê-lo. Abri a porta e dei de cara com ele. O sorriso dele aumentou quando me viu. Ele estava incrível como sempre. Aquele uniforme da escola ficava simplesmente lindo nele. As mangas estavam dobradas até o cotovelo e a calça preta combinava com o seu tênis, também preto.
- Bom dia! – Ele disse, sem se mover. Eu não respondi, apenas segurei a sua mão e o puxei pra dentro da minha casa. Enquanto puxava ele pra dentro, eu olhava pro corredor que dava caminho pra cozinha para verificar se não havia ninguém vendo. não entendeu nada, apenas me acompanhou. Eu voltei a olhá-lo, puxei ele pra perto e beijei seu lábios. Minhas mãos estava em seu rosto e um dos braços dele passou pela minha cintura, me trazendo pra mais perto. Não tinha como o beijo ser longo, então o terminei antes que ele se aprofundasse.
- Bom dia. – Eu finalmente respondi e depois lhe roubei outro selinho. Ele sorriu, achando graça de toda a minha atitude.
- Um dia que começou assim, não tem como ser ruim. – sorriu fraco, me puxando pra perto novamente, dessa vez pra um gostoso e carinhoso abraço. Ficamos alguns segundos nos abraçando.
- Você tomou café? – Eu perguntei, terminando o abraço.
- Tomei. – Ele afirmou. – Por quê? Você não tomou? Eu posso esperar... – disse, enquanto eu o puxava pelas mãos em direção a cozinha.
- Não, eu também já tomei. – Eu disse, quando chegamos na cozinha. Ele e se olharam e sorriram um pro outro.
- E ae? – cumprimentou o amigo.
- Toma café ae, cara. – foi educado.
- Eu já tomei, cara. Obrigado. – agradeceu.
- Eu vou pegar minha bolsa. Já volto. – Eu sai e deixei os dois sozinhos.
- Então, aquele jogo ainda vai rolar? – queria perguntar longe de mim.
- Não deveria, mas vai. A não quer cancelar de jeito nenhum. – disse, sério.
- Você sabe que isso não vai acabar bem, né? – negou com a cabeça.
- Ela me prometeu que não vai fazer nada. – explicou.
- Quero só ver... – tomou o seu último gole de café.
- Ver o que? – Eu voltei a aparecer na cozinha, colocando a mochila em meu ombro.
- O jogo de hoje. Você nunca jogou. Quero só ver... – respondeu sem dar detalhes.
- Eu não posso ser tão ruim! – Eu disse, indo ao lado do e entrelaçando os nossos dedos.
- Se você puxou ao seu irmão, você pode . – disse, só para irritar .
- Me aguarde hoje, Jonas. – riu de forma ameaçadora.
- Estou morrendo de medo. – fingiu uma expressão de assustado.
- Vamos, antes que cheguemos atrasados. – Eu disse, apressando .
- Vamos. – me olhou. – Você não vai? – Ele perguntou, olhando pro meu irmão.
- Vou. Vão indo, eu alcanço vocês no caminho. – avisou e nós saímos. Fomos pro carro do .

Chegamos na escola em menos de 10 minutos. Como havia previsto, nos encontramos no caminho. Chegamos juntos no estacionamento da escola e os carros foram estacionados lado a lado. Sim, chegamos um pouco atrasados na escola. Todos os nossos amigos já haviam entrado nas salas de aula. Quase que o inspetor não nos deixou entrar. Assisti as 3 primeiras aulas com o maior sono do mundo. Apesar de não ter dormido tão tarde na noite passada, eu ainda estava com o sono um pouco atrasado.

O intervalo foi um pouco estranho. Os garotos continuavam normais, mas as garotas estavam um pouco distantes. Eu não sei se era por causa do que havia acontecido entre eu e Amber na noite passada. com certeza estava distante por causa disso e também pela nossa briga, mas e ? Eu não sei o que poderia ter acontecido. Resolvi não forçar nada, fiquei com os garotos. Eles conversavam sobre o jogo e eu tentava entender o que eles diziam pra tentar fazer um bom jogo. Provavelmente, não adiantaria.

Já era a hora da saída e eu fui direto pro ginásio. Nem esperei as garotas, pois sabia que elas iam buscar a Amber na entrada da escola. Escolhi um lugar na arquibancada, que já estava meio lotada. Fiquei bem perto do campo para poder apoiar os garotos. Percebi quando a garotas se aproximaram. Ouvi a voz de de longe e resolvi nem olhar. As vozes foram aumentando e elas foram se aproximando de mim.

- Oi ! – sentou-se ao meu lado e beijou o meu rosto.
- Oi gata. – Eu a abracei rapidamente.
- , tudo bem? – também me cumprimentou, passando por mim.
- Oi . – Eu respondi com pouco entusiasmo.
- Oi.. – passou e nem olhou pra minha cara. Eu olhei pra ela e vi ela se sentando ao lado de Amber. Amber nem sequer olhou pra mim.
- Oi.. – Eu respondi com a voz baixa. Ainda bem que os garotos entraram no campo naquela mesma hora, evitando que aquele clima permanecesse por tanto tempo.

Os garotos eram mesmo os ídolos dos alunos daquela escola. Quando eles entravam em campo, todos gritavam, assoviavam e batiam palmas. Eu tinha orgulho de ver os meus melhores amigos, meu namorado e meu irmão ali.

- Vai ! – gritou, fazendo Amber gargalhar.
- Para de ser escandalosa, ! – Ouvi Amber dizer, ainda rindo.

ficava deliciosamente bonito naquele uniforme do time. Ele sempre entrava com uma regata e depois colocava a camiseta do time por cima dela, poucos minutos antes do jogo começar. Eu estava observando-o, quando ele olhou pra mim. Fez um sinal pra mim, me chamando pra perto da grade. Eu sorri, curiosa para saber o que ele diria. Me levantei e desci alguns degraus até a grade do campo. estava me esperando do outro lado da mesma grade.

- Tudo bem? – perguntou. Eu sabia que ele estava se referindo a Amber.
- Até agora sim. – Eu quase ri.
- Eu vou fazer um gol pra você. – sorriu, sem mostrar os dentes.
- Sério? – Eu fiquei empolgada. O treinador do time gritou, chamando .
- Eu tenho que ir. – se aproximou ainda mais da grade e eu consegui selar os lábios dele com dificuldade.
- Bom jogo. Você vai arrasar. – Eu disse e ele sorriu, agradecido. Voltei a subir as escadas para voltar para o lugar em que eu estava. Olhei de reflexo e vi que Amber me observava. Com certeza ela havia acompanhado toda a cena entre eu e o . Coitadinha!

Os garotos se reuniram no meio do campo. Parecia que eles estavam fazendo o ‘plano de jogo’. colocou a camiseta do time e depois a faixa de capitão em um dos braços. Quase todo o público gritava o nome dele. Amber também gritava empolgadamente. Sim, eu fiquei furiosa em vê-la gritando o nome do meu namorado, mas eu me controlei, afinal era por uma boa razão.

O jogo começou um pouco tenso. Os caras do time adversário pareciam estar um pouco irritados. Eles tentavam arrumar briga com os jogadores do time da nossa escola a todo o momento. não parava de pedir calma aos companheiros. fez o primeiro gol e saiu comemorando, todo marrento. O público gritava o nome dele, deixando os adversários ainda mais furiosos.

- Faz mais um, ! – Amber gritou e eu revirei os olhos. Porque ela não assiste o jogo calada?

O jogo recomeçou após o gol e se tornou ainda mais complicado. Estava difícil do 2° gol sair. As faltas cometidas pelo time adversário quase não os deixava chegar até o campo de ataque. Amber estava tão revoltada, que eu achei que ela desceria a arquibancada e entraria no campo.

- , toca pro ! – Ela quase narrou o gol. tocou mesmo para o , que conseguiu fazer o 2° gol do jogo. – Arrasou, ! – Amber comemorava como uma doida.
- Lindoooooooo! – Eu gritei e me olhou, depois de comemorar com os companheiros. Ele sorriu e se aproximou da grade e apontou pra mim, fazendo o contorno de um coração com as mãos. Todos olharam pra mim e eu senti que eu corei. Mandei um beijo pra ele, agradecendo o gol.

Amber se esforçou o máximo pra disfarçar a raiva que sentiu ao ver aquela cena. Ver fazendo aquilo pra mim parecia meloso e idiota pra ela, mas ela daria tudo pra estar no meu lugar, daria tudo pra ser ela a garota invejada naquele momento. A raiva dela por mim que já era grande, não parava de aumentar a cada dia, a cada beijo e sorriso que dava pra mim e não pra ela.

O jogo acabou e o placar de 2x0 se manteve. O time adversário saiu tão irritado, que nem cumprimentou ninguém. Ainda saíram vaiados pela torcida. Os times saíram de campo e só os nossos amigos continuaram lá. , e se sentaram no centro do campo para esperar que a torcida fosse embora para que o nosso jogo começasse. A torcida ia saindo pela grande porta do ginásio e saiu do campo, indo em direção à arquibancada. Alguns alunos paravam para cumprimentá-lo e parabenizá-lo pelo gol e pela vitória. Eu sabia que ele viria até mim, então me sentei para esperá-lo.

- Eu preciso ir ao banheiro pra me trocar. – disse, querendo que alguém fosse com ela.
- Eu vou! Também vou me trocar. – Amber disse, antes de mim. Suspirei, tentando não me irritar.
- Eu não vou jogar. Já expliquei que estou com problemas femininos. – quase riu. Todos sabiam do que ela estava falando.
- Eu só trouxe um shorts. – também se levantou.
- Quer se trocar com nós, ? – se lembrou de mim.
- Não, eu... – Eu queria uma desculpa. – Vou esperar o . Ele está vindo aqui. – Eu apontei e elas olharam, vendo ele se aproximando.
- Ok. – sorriu pra mim.
- Vamos logo! – as apressou e elas foram saindo juntas.

Observei minhas amigas saírem, sem se importar que eu ficasse ali sozinha. As coisas estavam mesmo mudando e tudo começou coincidentemente com a chegada da Amber a cidade. Coincidência ou carma? Elas encontraram no caminho pro banheiro. Amber disse alguma coisa e o abraçou. Ele retribuiu o abraço de forma carinhosa. Eu apenas observei, sem ter reação alguma. Parece que ele realmente tinha algo especial por aquela garota. O abraço deles terminou e ela disse qualquer coisa, apontando pro banheiro feminino. Ele concordou com a cabeça e voltou a me olhar. Continuou andando em minha direção.

- Hey... – Ele se sentou ao meu lado, ficando de frente pra mim.
- Ótimo jogo. – Eu sorri pra ele e me aproximei, selando seus lábios. – Obrigada pelo gol. Eu amei! – Eu também me virei de frente pra ele, ainda sentada e o abracei. Ele me abraçou forte com um sorriso bobo no rosto.
- Argh... você está suado. – Eu disse em tom de brincadeira e terminei o abraço para olhar em seu rosto.
- Eu sei. – Ele fez careta, rindo. – Desculpe. – Ele parou de rir, mas o sorriso não saiu de seu rosto.
- Tudo bem. – Eu neguei com a cabeça, demonstrando que não tinha problema nenhum. Afinal, ele estava jogando futebol! Abaixei um pouco a minha cabeça com um sorriso fraco no rosto. Ele me observou por um tempo em silêncio.
- Tudo bem? – perguntou, abaixando um pouco a cabeça, tentando ver meu rosto.
- Está, claro. – Eu dei um enorme sorriso para tentar enganá-lo.
- Porque você está aqui sozinha? Onde estão as garotas? – perguntou, se lembrando de que havia visto , e saírem com Amber.
- Elas foram se trocar. – Eu expliquei como se estivesse tudo bem. – Eu ia ir, mas fiquei te esperando. – Eu continuei a explicar.
- Ahn, entendi. – sorriu, achando minha desculpa convincente. – Você pode ir lá se você quiser. – apontou pra direção atrás dele, que era onde ficava o banheiro.
- Não, eu quero ficar mais um pouco aqui. – Eu dei um sorriso safado e ele cerrou os olhos, segurando a risada.
- Já que você insiste. – adorou a ideia. Continuávamos sentados frente a frente.
- Eu quase morri de vergonha quando você dedicou o gol pra mim. – Eu expliquei, me sentindo idiota.
- Eu percebi. – quase riu.
- É que foi tão lindo e estava todo mundo olhando pra minha cara. – Eu ri de mim mesma dessa vez. Ele não tirava os olhos de mim. – Estavam morrendo de inveja de mim. – Eu disse e ele deu um enorme sorriso, olhando meu rosto de perto.
- Inveja? Porque teriam inveja? – se fez de desentendido. Ele queria me ouvir dizer.
- Porque eu tenho o namorado mais lindo e incrível de toda Atlantic City. – Eu disse, também olhando seu rosto de perto com um sorriso desajeitado.
- Ahn é? – Ele continuou sorrindo, mas seus olhos baixaram e pararam em meus lábios. – Então devemos mesmo ser o casal perfeito. – não sabia se olhava meus olhos ou os meus lábios.
- E por quê? – Eu perguntei, curiosa pela sua resposta.
- Porque eu também tenho a namorada mais linda e incrível de toda Atlantic City. – Ele disse e eu quase ri com o seu poder de charme. Meu riso se transformou em um sorriso tímido e eu mordi o lábio inferior. se aproximou aos poucos, demonstrando que me beijaria. Os olhos dele continuavam olhando nos meus, enquanto ele terminava de se aproximar.
- ! – Alguém gritou do campo e nós dois olhamos juntos pra lá. Amber, sempre a Amber. Ela usava um short MINÚSCULO e uma blusinha que deixava uma parte da sua barriga saradíssima pra fora. O cabelo dela estava preso em um rabo de cavalo baixo. – Vocês não vão vir? – Ela perguntou com as mãos na cintura.
- Já estamos indo. – forçou um sorriso. É claro que ele notou o corpo dela, mas não deixou em tanta evidência. Voltou a me olhar com um sorriso desajeitado.
- Eu vou matar ela. Estou avisando... – Eu suspirei, séria.
- Para, . – sorriu, negando com a cabeça.
- Você tem razão, eu não vou matá-la. – Eu forcei um sorriso. – Torturar lentamente é bem melhor. – Eu disse, me levantando. gargalhou.
- Você é tão parecida comigo. – também se levantou. – Mas continue fazendo o que eu digo e não o que eu faço. – fingiu estar sério.
- Sei, espertinho. – Eu cerrei os olhos, rindo. – Vou me trocar e já volto. – Eu disse, colocando minha bolsa em um dos ombros.
- Te espero no campo. – gritou, vendo eu me afastar.
- Ok. – Eu respondi, sem olhá-lo.

Fui e entrei no banheiro. Estava vazio e eu poderia me trocar em paz. Minha roupa não era ousada como a da Amber. Coloquei um shortinho e uma regatinha com um tope preto por baixo (VEJA AQUI) . O tênis não poderia faltar. Fiz um coque alto no cabelo e tirei anéis e brincos que pudessem me atrapalhar. Saí do banheiro e fui em direção ao campo. Levei a minha bolsa comigo. Deixaria ela em cima de qualquer banco. Entrei no campo e todos estavam reunidos. , que não jogaria também estava junto com eles. Eles observavam Amber, que abria um perfeito espacate. Eu revirei os olhos, colocando a minha bolsa em cima de um dos bancos de reserva.

- E ae, vamos jogar? – Eu disse um pouco alto e todos me olharam, deixando de olhar pra ela. BEM FEITO!
- Eu apenas acho que você deveria jogar futebol mais vezes. – disse me olhando da cabeça aos pés.
- Eu também acho. Da próxima vez, usamos a sua bola. – disse e todos riram com o duplo sentido da sua frase, que foi totalmente proposital.
- Você não deve jogar futebol nunca mais. – mudou rapidamente a sua frase, rindo. também não se aguentou e riu. se aproximou de mim.
- Como eu estou? – Eu perguntei só pra ele, me referindo a minha roupa.
- Seu irmão esta aqui, não posso dizer, mas você sabe o que eu gostaria de dizer. – fez careta. Quando me dei conta do que ele queria dizer, voltei a rir.
- Seu idiota... – Eu o empurrei, totalmente envergonhada.
- Você quem perguntou! – abriu as mãos, querendo dizer que não tinha culpa alguma.
- Então vamos formar os times. – gritou, interrompendo todo mundo que conversava.
- Como vamos dividir? – perguntou, séria.
- Tem 8 pessoas aqui. 4 pessoas em cada time. – explicou.
- Cala a boca que o capitão aqui sou eu. – disse, fingindo estar falando sério.
- Vai lá, capitão! – riu, esperando que explicasse como tudo aconteceria.
- Duas pessoas tiram par ou impar e quem ganhar começa escolhendo uma pessoa pro seu time e depois o perdedor também escolhe. – explicou.
- Beleza, quem vai escolher os times? – perguntou.
- EU! – gritou e levantou a mão.
- Ok, pré-escola. – disse, sarcástico.
- Eu posso escolher o outro time. – se habilitou. Ele apenas quis fazer aquilo para evitar que eu e a Amber ficássemos no mesmo time. Muito bem pensado!
- Ganhar do vai ser fácil! Vamos tirar par ou ímpar. – brincou e ficou de frente com o .
- Par! – escolheu.
- Ímpar! – também escolheu. Eles se olharam e colocaram suas mãos pra trás das costas e depois as colocaram pra frente. Par! ganhou. – Merda. – resmungou.
- Quem você vai escolher? – perguntou. olhou todos que poderia escolher. Deveria escolher uma garota para que os times ficassem equilibrados. Amber seria uma escolha melhor, por que ela sabia jogar muito bem futebol, mas ele não podia fazer isso comigo.
- . – escolheu e Amber suspirou, irritada. Eu quase gritei ‘chupa!’ na cara dela, mas seria muito grosseiro da minha parte.
- Escolho a Amber. – sorriu, satisfeito.
- . – escolheu meu irmão.
- ! – escolheu.
- Pronto, não quero mais escolher. – riu, vendo que e eram suas únicas opções.
- Você é muito engraçado, Jonas! – fez careta. sussurrava, pedindo que escolhesse .
- Ta bom! Vem, . – foi quem fez a careta dessa vez.
- . – a chamou, fazendo um sinal com a cabeça. Ficar no mesmo time era tudo o que eles mais queriam. Secretamente, é claro.
- Ta, vamos jogar logo. – disse, indo pro centro do campo.
- Sem chutar forte! – avisou os garotos.
- Ta, vou ficar no gol. – apontou pro gol.
- Fico no gol também. – apontou pro outro gol.

Eu nem olhei pra Amber. Eu não queria que ela encarasse tudo aquilo com tanta rivalidade. Era apenas um jogo e eu não queria mais briga. Eu havia prometido pro e cumpriria. Amber estava feliz da vida. Se havia um lugar onde ela poderia se vingar de mim era no campo! Ela sabe que eu não jogo e nem nunca joguei nada. Ela vai aproveitar pra me humilhar.

O jogo começou e eu não sabia nem como me aproximar da bola. e pareciam dois retardados rindo, enquanto brigavam pela bola. Amber observava tudo rindo. estava sentada no banco de reserva e acompanhava tudo com atenção. Os meninos chegaram a cogitar a ideia de ela ser a arbitra do jogo, mas mudaram de condições ao saber que ela nem sabia o que era um escanteio.

- Pega, ! – tocou a bola lentamente pra mim. Eu toquei meu pé na bola pela primeira vez. Eu não fiquei nem 3 segundos com ela no pé e já veio roubá-la de mim.
- Ow ! Chuta rápido, garota! – me deu uma bronca. Olhei pra ele e fiz uma careta.
- Rouba dele, ! – ordenou e eu cheguei perto de . Ele estava achando tudo extremamente engraçado. Foi legal comigo e me deixou roubar a bola dele de propósito. Dei 4 passos com a bola no pé e quando já ia tocá-la para , Amber apareceu e me roubou a bola. Eu a observei sair com a bola, toda habilidosa e revirei os olhos.
- Tem certeza que quer deixar ela me marcar? – Eu falei baixo pro .
- Eu é quem estou te marcando, gata. – riu.
- Certo, então continue me deixando roubar as bolas de você. – Eu disse e nós rimos juntos. Começaram a gritar gol e eu nem sabia o que havia acontecido. Amber estava comemorando.
- AE, AMBER! – saiu correndo e foi abraçar Amber.
- Você não pode usar as coisas que eu te ensinei contra mim! – fingiu estar revoltado.
- Desculpe, gato. – Amber disse, rindo. GATO? Ok, respira! Sem estresse!

O jogo continuou engraçado. e ficavam brincando um com o outro e Amber se achava a ‘Paquita da Xuxa’ do campo. Se eu fiquei 1 minuto com a bola no pé foi muito. Ela não me deixava em paz! Ela roubava todas as bolas e já tinha feito uns 4 gols. Eu estava ficando cada vez mais irritada, mas resolvi ignorar pelo . Minha maior prova de amor é essa, juro.

- Você me ensinou esse, . – Amber dizia, fazendo um de seus dribles pra cima de mim. QUE VADIA, QUE FILHA DA...
- Eu lembro disso. – gargalhou, sem se dar conta do quanto eu estava ficando irritada. Ninguém estava vendo que ela estava fazendo tudo aquilo de propósito? TODO MUNDO TA CEGO, AGORA?

tentou me passar as bolas algumas vezes, mas eu não conseguia fazer nada com ela. Não era nenhum absurdo! Todos sabiam que eu não sabia jogar. Estava fazendo aquilo por brincadeira, mas Amber estava levando aquilo a sério demais. Na verdade, ela estava ficando furiosa porque eu não estava tendo reação alguma com as suas provocações. Ela queria me irritar e me fazer perder a cabeça, como sempre acontecia.

Aquela seria a 20° vez que ela roubaria a bola de mim naquele dia, mas dessa vez eu não deixaria. Ela veio em minha direção e tentou tirar a bola de mim e eu não sei o que aconteceu, mas eu consegui me desviar dela. Dei alguns passos com a bola e ela ficou furiosa. Foi o que ela precisou pra ela se aproximar novamente de mim e tirar a bola de mim com mais força. Sim, ela me empurrou e eu fui de cara pro chão.

Todos olharam a cena, incrédulos. não teve nem tempo de reagir. Eu me levantei rapidamente e dei alguns passos na direção dela, que estava parada na minha frente com aquele sorriso sarcástico. Eu a encarei e ela também me encarou, quase rindo.

- Opa! O que foi? Quebrou a unha? – Amber disse, fazendo bico.
- Vou te mostrar o que eu vou quebrar. – Eu dava passos na direção dela e ela dava passos pra trás. Estava morrendo de medo de levar uns tapas.
- Hey, hey! Parem com isso! – chegou e me afastou dela. Amber saiu, toda risonha. Desgraçada!
- Foi ela, ! Você viu! – Eu olhei pra ele, indignada.
- Você se machucou? – olhou pro meu corpo, querendo saber se havia algum machucado.
- ! – Eu disse, furiosa. Ele não ia falar nada pra Amber? SÉRIO?
- Consegue andar? – perguntou, vendo que me joelho estava um pouco flexionado, como se eu não conseguisse esticá-lo. Eu queria socar alguém! Ninguém estava me ouvindo.
- Eu não aguento mais isso. – Eu disse, furiosa e me virei com a intenção de sair dali. Não consegui nem dar dois passos. Eu estava sentindo uma dor estranha no joelho, que eu não sabia explicar. – Ai, droga. – Eu resmunguei, mas continuei tentando andar.
- Deixa eu te ajudar. – apareceu na minha frente.
- Ela ta bem? – veio correndo do gol.
- Eu acho que ela torceu o joelho. – disse, me segurando em seus braços.
- , não precisa disso. – Eu olhei pra ele. Ele era tão dramático.
- Precisa sim. – me olhou, sério.
- Vamos levar ela pro hospital? – perguntou pro .
- QUE HOSPITAL! – Eu disse, irritada.
- Eu vou te levar pro vestiário e nós esperamos um pouco. Se você não conseguir esticar o joelho, eu vou SIM te levar pro hospital. – disse, começando a andar. – Continuem o jogo. – avisou, olhando pros amigos. Olhou rapidamente pra Amber, sério. Ela percebeu que ele estava um pouco bravo com o que ela havia feito.
- , eu estou bem. – Eu disse, enquanto estrávamos no vestiário.
- Dá pra parar de ser teimosa? – me olhou, irritado.
- Ta! – Eu cedi, impaciente.
- Senta aqui. – me colocou em um dos bancos e se sentou no banco ao lado, virando se pra mim.
- Eu já disse que estou bem. – Eu revirei os olhos. Eu estava mesmo irritada, mas não era culpa dele. Era culpa da Amber. Ela conseguiu e sempre conseguia tudo o que ela queria e eu não conseguia me conformar com aquilo.
- Tenta esticar o joelho. – tocou o meu tornozelo e puxou a minha perna devagar.
- Ai... – Eu fiz careta, mas consegui esticar o joelho.
- Está doendo? – me olhou, preocupado.
- Não. – Eu respondi, sem pensar.
- Fala a verdade, . – disse em tom de bronca.
- Eu consigo voltar pro jogo, vamos. – Eu tentei me levantar. Eu queria ir até lá e jogar bem dessa vez. Eu queria fazer isso pro . Para que ele se orgulhasse e para que Amber não tivesse mais essa vantagem sobre mim. Se eu não fizesse aquilo, eu enlouqueceria.
- Está maluca? – me segurou. – Você não vai voltar pra lá! – me olhou, bravo.
- Eu vou voltar, . – Eu olhei pra ele, mas não estava tão irritada quanto eu gostaria. – Eu preciso voltar pra lá. – Eu senti meus olhos lacrimejarem.
- Não, você não precisa. – percebeu as lágrimas e me olhou com mais doçura. Ele sabia que havia algo errado.
- Me deixa ir lá, . Eu preciso jogar. – Eu pedi, ainda com lágrimas nos olhos. – Eu vou jogar bem agora. Eu sei que vou conseguir jogar bem agora. – Eu tentava convencê-lo de qualquer forma.
- , o que está acontecendo? – tocou um dos lados do meu rosto, olhando meus olhos cheios de lágrimas. – Está doendo? – se referia ao joelho.

Tudo veio à tona de uma vez. Amber queria acabar comigo e ela conseguiu. Ela conseguiu fazer isso, levando todos os meus amigos com ela. Ela havia levado de mim e aos poucos estavam levando e junto. nem se preocupou, quando me viu caída no chão e eu e nem conversamos mais direito. Eu estava começando a jogar bem! Era a minha primeira boa jogada e ela acabou com tudo. ficou tão impressionado com o quão ela era boa jogando, que eu tive vontade de fazê-lo ter orgulho de mim também, assim como ele tinha orgulho de ter ensinado ela. Aquilo estava me matando de um jeito que eu não conseguia explicar. Eu estava guardando tudo dentro de mim e eu não queria deixar aquilo transparecer para ninguém, apenas para não demonstrar fraqueza, apenas para não demonstrar que Amber era melhor do que eu em tudo, apenas pra não aceitar que ela sim era a garota perfeita pro e não eu. Eu não conseguia fazer as mesmas coisas que ela, eu não conseguia ser como ela.

- ? – me chamou, me observando de cabeça baixa por um tempo. – Olha pra mim e diz o que está acontecendo. – pediu, preocupadíssimo.
- Me desculpa, . – Eu disse, levantando o meu rosto e olhando pra ele. Quando ele viu algumas lágrimas escorrerem pelo meu rosto, ele me olhou com tristeza. – Eu não consegui! Desculpa. – Eu neguei com a cabeça e ele me abraçou rapidamente. Fazia carinho em minhas costas, tentando me acalmar.
- Do que você está falando? Desculpar pelo que? – perguntou, enquanto ainda me abraçava. Terminou o abraço para olhar o meu rosto e ouvir minha resposta.
- Eu não consigo ser uma boa jogadora de futebol. Eu não entendo as regras do beisebol. – Eu ia dizendo, olhando ele nos olhos. As lágrimas ainda escorriam pelos meus. – Eu não sou tão divertida e nem tão sexy. Eu não sei abrir um espacate e nem ter aquele corpo definido. – Eu terminei de dizer.
- Eu nunca pedi pra você fazer nada disso. – negou com a cabeça, me olhando com seus olhos tristes. Ele passou a mão pela minha bochecha, secando as lágrimas que haviam lá.
- Eu tentei, eu juro. Eu tentei ser essa garota pra você, mas eu não consegui. – Eu expliquei, aos prantos.
- Eu não acredito no que você está dizendo. – não sabia como reagir. Ele estava surpreso com a forma com que aquilo estava me afetando.
- Eu queria que você se orgulhasse de mim. – Eu expliquei, quando o choro sessou um pouco.
- Eu me orgulho de você, . – continuava acariciando o meu rosto, enquanto olhava em meus olhos. – Escuta. – mudou de banco, se sentando na ponta do meu. – Eu prefiro uma garota que tente me impressionar com um vestido, do que com futebol. Eu não preciso de uma garota que assista os jogos do Yankees, mas sim uma garota que nunca perdeu um só jogo meu no time da escola. Eu não quero uma garota que queira ficar sexy, usando um vestido curto em uma festa, eu quero uma garota que fique sexy usando um shorts pra jogar futebol ou usando uma jaqueta de couro minha. Eu não quero uma garota que precisa de uma festa ou de maquiagem pra ficar bonita, eu quero uma que seja bonita todos os dias. – Ele deu um pequeno sorriso. As lágrimas escorriam pelo meu rosto de forma involuntária. Eu não conseguia tirar os olhos dele. – , eu prefiro uma garota que me faça rir, puxando o meu lábio inferior quando nos beijamos e não uma garota que me faça rir com histórias do passado. – O sorriso dele aumentou, quando viu eu sorrir em meio as lágrimas. – Eu não quero e nem nunca quis uma garota que me amasse. Eu quero uma que me odeie. – Ele sorriu fraco. – Você, ! E não ela e nem ninguém. – estava olhando em meus olhos. – Você nem percebe o quanto é perfeita pra mim. – se aproximou, me dando um longo selinho. Sentiu o salgado da minha boca, por causa das lágrimas. Eu terminei o beijo para abraçá-lo mais uma vez.
- Você é perfeito pra mim, . – Eu sorri, ainda abraçada a ele.
- Me desculpa se de algum jeito eu fiz você querer agir desse jeito. – disse, se sentindo mal por aquilo.
- Eu te amo. – Eu disse, terminando o abraço e olhando nos olhos dele.
- Eu também te amo,. – colocou uma mexa do meu cabelo atrás da orelha. Eu me aproximei para beijá-lo. Segurei o rosto dele para que continuássemos próximos. O beijo foi rapidamente aprofundado, mas não durou quase nada, pois alguém entrou no vestiário. Terminamos o beijo para ver quem era. Acredita que a cara de pau foi até lá?
- Desculpa atrapalhar. Eu só queria saber como você está. – Ela sorriu pra mim. Eu peguei a primeira coisa que achei, que era o meu tênis que havia tirado.
- SAI DAQUI! AGORA! – Eu ataquei o tênis nela, mas ela saiu correndo antes que eu a acertasse.
- Eu até amo a sua maluquice. – me olhou, rindo.
- Qualquer dia vou esfregar a cara dela no asfalto. – Eu disse, passando a mão em meu rosto para tentar secar as lágrimas que havia lá.
- Esquece ela. Eu quero saber como está o seu joelho. – voltou a sentar no banco ao lado.
- Não foi nada, é sério. Eu não senti que ele torceu. – Eu expliquei. – Eu só devo ter ralado, não sei. – Eu disse, olhando pro meu joelho.
- Consegue esticar agora? – Ele perguntou e eu estiquei lentamente o joelho. Eu ainda tinha dificuldade pra fazer aquilo, mas a dor estava bem menor que antes.
- Está melhor agora. – Eu demonstrei novamente.
- Está vendo? É só ganhar uns beijos meu que sara. – disse, rindo.
- Para de falar como a minha mãe, . Isso não é nada sexy. – Eu disse e comecei a rir.
- Sou sexy de qualquer jeito, . – disse, ainda sem deixar de rir.

Eu e ficamos ali por mais alguns minutos. Eu consegui me levantar e ir até o carro dele. Ele disse que me levaria pra casa para que eu deitasse e descansasse um pouco. Ele estava sendo tão cuidadoso e preocupado comigo. Eu achei isso extremamente fofo. Ele avisou aos meus amigos e o meu irmão que me levaria para casa e assim foi feito. Fiquei sabendo mais tarde que o time do havia ganhado. Sim, a Amber ganhou, mas pela primeira vez eu não me importava nem um pouco com isso.

me deixou em casa, prometendo que voltaria mais tarde. Se eu não estivesse bem, ele disse que alugaria filmes para assistirmos juntos. Eu prometi a ele que estaria bem para que pudéssemos sair. Ele havia prometido que me levaria pra algum lugar e eu estava ansiosa para sairmos sozinhos.

Após me deixar em casa, seguiu para a sua casa. Chegou e tomou um banho, pois ainda estava suado. não parava de perguntar sobre mim e tentava manter a paciência. Ele havia comido um lanche e pretendia ir dormir um pouco, mas a campainha tocou. Sua mãe e sua irmã estavam no jardim, fazendo algum trabalho sobre plantas da . abriu a porta e ficou um pouco assustado com a visita.

- Amber? – arqueou a sobrancelha. Amber não parecia nada bem. Haviam lágrimas em seus olhos e ela parecia tensa. Ela ainda estava com a roupa do jogo.
- É ela, ? – Amber perguntou de forma direta. Ela precisava daquela resposta.
- O que? – franziu a testa, sem entender sobre o que ela estava falando.
- É a a tal garota que nos fez terminar há anos atrás? – Amber respirava com dificuldade. Ela precisava saber. Ela quis fazer aquela pergunta desde que havia voltado pra cidade. a olhou, sem saber o que responder. Sentiu seu coração se apertar, enquanto via as lágrimas nos olhos dela.









Continua...


Nota da Autora: 


Hey! Então, eu espero que estejam gostando da fanfic. Está dando muito trabalho, mas eu estou AMANDO escrevê-la. Eu me inspirei em uma outra fanfic que eu li e fiz as minhas MUITAS alterações (com a autorização da autora da mesma). Como vocês já perceberam, ela está em andamento. Eu vou postar de acordo com o que eu for escrevendo. 

Vocês devem ter percebido que nessa fanfic, os Jonas não são tão 'politicamente corretos' e nem tem uma banda. Eu achei legal fazer uma coisa diferente.

Enfim, deixe o seu comentário aqui embaixo. A sua opinião é importante, pois me incentiva a escrever ainda mais e mais.

Beijos e qualquer coisa e erro, mandem reply pra mim lá no @jonasnobrasil . 


19 comentários:

  1. Porra, eu quero o 38!! Sério não vou aguentar esperar.... Amando demais tua fic menina!!

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  2. AMEEEI simplesmente amei!! Agr ve se o 38 vc nao demora tanto pra postar senao eu enlouqueco rs

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  3. ta muuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuito bom... essa história é meio que muito viciante..... parabéns, você realmente tem o "dom" de deixar váaaaarias adolescentes vidradas lendo uma simples(não usando o sentido da palavra... haha) e bela história...... continuaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa... quero muito ler o capitulo 38... e quando que o 2° jonas e a primeira amiga vão assumir que estão juntos?? hahaha.... to muito curiosa!

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  4. parabéns.... essa fic ta muuuuuuuuuuuuito boa, as minhas amigas tem que ficar me aguentado todo dia pra mim falar, hahaha.... voce realmente tem o dom pra deixar varias adolescentes entretidas por um tempo, um longo tempo, endo uma simples( não usando o sentido da palavra, hahha)e linda história..... e... quando qu o segundo jonas e a 1° amiga vão finalmente assumir que se amam , meu Deus.... hahaha.... necessito do cap 38!!!! e mais uma vez PARABÈNS!!!! vc é d+!!

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  5. Coooooooontinua please tá mto perfeito !

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  6. nossa ta muito boa a fic,eu sou completamente viciada por eesa historia e to muito curiosa pra saber o q vai acontecer no capitulo 38,espero muito q o segundo jonas e a primeira amiga assumam logo esse amor q eles tem um pelo outro e q o amor do casal principal cresca mais e mais! vc é uma otima autora continue assim

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  7. AMBER FILHA DA PUTA! meu, to muito curiosa, posta logo eu quero minhas amigas de volta, por favor! beeeeeijos Raíssa s2

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  8. Continua logo,por favor <333333333333

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  9. A amber é mesmo uma vadia!!!!!!! Cap 38 *-----*

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  10. Quando que vc vai postar o 38 ??? to morrendo internamente siashuashuas :D

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  11. vê se nao demora pra postar hein...

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  12. Amo demais essa fic!!! necessito do 38...

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  13. pelo amor de deus posta capitulo 38, se não vou ter um ataque to coração serio msm kk!!! to amando a fic... posta o 38 please !!!!

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  14. Amber a Filha da Outa q sempre tem q foder com tdo ¬¬ POSTA O 38 PARTE 2 PLEASEEEE

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  15. Jesus q capitulo quase morri de raiva por causa da Amber, mas ainda bem q meu Jonas ñ deixou com seus momentos fofos e romanticos ai ai quero um cara assim p/ mim cade?Mas e esse final?Aff a Amber e pior q a Jessie e o Peter q vaca

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  16. AMBER??QUE PUTAAAA, AARHGRR QUE RAIVAA DELA!!!!

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  17. LINDO!!! Jonas e eu se acertando, tudo perfeito, mas meus amigos se afastando, é horrível e ainda mais por causa da Amber!!!!
    38 PLEEEEEEEEEEEEEASE!!!!
    Adoro sua fanfic, espero que o cap 38 seja tão perfeito quanto os anteriores!!!!

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  18. Vaca da Amber, ela poderia morre quando eu esfrega a cara dela no asfalto!!

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  19. Filha da égua, cara eu mandei ela pro inferno mas... Até satanas mando ela pra terra de novo porra

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