Capítulo 35





Capítulo 35 – Dia da loucura



OUÇA A MÚSICA ABAIXO,ENQUANTO LÊ:



- , pega leve. – pediu, olhando pro amigo.
- Eu não estou falando com você. – disse sem deixar de me olhar.
- , deixa eu e ele conversarmos a sós. – Eu pedi, olhando pro meu irmão.
- Ta, mas se você precisar é só me chamar. – fuzilou com os olhos.
- Ok. – Eu dei um quase sorriso pra ele e ele se afastou.
- Responde a minha pergunta. – continuou sendo grosso.
- Eu não.. – Ele nem me deixou terminar a frase.
- Por que eu fui o último a saber? – me encarou. Fiquei em silêncio por um tempo, deixando de olhá-lo. Olhei pra qualquer coisa no pátio, apenas tomando coragem para dizer o que eu precisava dizer. - Olha pra mim.. – pediu de forma menos grossa. Encarei o chão por um tempo, antes de voltar a olhá-lo.
- Eu sabia que ficaria assim. – Eu respondi, séria.
- Eu não vou aceitar essa desculpa. – não deixou de me olhar.
- Você vai ter que ficar com essa, por que essa é a única verdadeira que eu tenho. – Eu disse, irritada. Por que ele perguntava se não queria ouvir a resposta?

Dei alguns passos pra longe dele com a intenção de deixa-lo sozinho. se virou e me acompanhou com o olhar por um tempo, até decidir ir atrás de mim. Quando percebi que ele estava em minha frente novamente, suspirei, dessa vez de forma impaciente.

- Por que o Mark merecia saber antes de mim? – perguntou com a voz mais calma. Ele parecia mais chateado do que irritado agora.
- Mark? – Eu arqueei a sobrancelha. – Talvez eu esteja morando em Nova York daqui um mês e você quer falar sobre o Mark? VOCÊ ESTÁ BRINCANDO COMIGO? – Eu sorri, indignada.
- Por que o Mark soube de algo que significa tanto pra você, antes mesmo de mim? - não se abalou. Continuou procurando pela resposta, mas demonstrava estar um pouco mais irritado dessa vez. Olhei pra ele por um tempo.
- Por que não é ele que eu amo. Por que não vai ser ele que eu vou ter que deixar aqui em Atlantic City. Por que não é por ele que eu estou pensando em desistir do meu sonho. – Eu disse, furiosa. me olhava, enquanto eu dizia aqui, sem reação.
- Desistir do seu sonho? Você está maluca? – arqueou a sobrancelha. Não era exatamente a reação que eu esperava. Ele tentou esconder a sua verdadeira reação com aquelas duras palavras.
- Você está certo. – Eu o olhei com desprezo. – Como sempre, você está certo, . – Eu repeti, olhando nos olhos dele. – Quer saber? Eu acabo de decidir! – Eu disse o encarando-o com o meu olhar de superioridade. – EU VOU PRA NOVA YORK! – Eu sorri, orgulhosa de mim mesma. – Eu vou viver o meu sonho e perder o meu tempo com o que realmente vale a pena. – Eu disse, vitoriosa.
- FAÇA ISSO! – perdeu o controle. Ele só queria saber de me dar o troco agora. – Aproveite e arranje outro idiota para aturar os seus altos e baixos e as suas mentiras. – era quem estava falando com superioridade agora. Eu queria pular em seu pescoço naquele momento. – Eu estou fora! – quase gritou.
- Eu farei isso. – Eu sorri sarcasticamente. – Boa sorte na sua procura pela Mulher Maravilha, que vai lutar por tudo e por todos, inclusive por você. Não é isso que você tanto quer? – Eu sorri falsamente.
- Eu realmente espero que o Mark te ajude a achar um bom lugar pra morar. Quem sabe ele não te ofereça a casa, o quarto ou até a cama dele? Aproveita, enquanto ele ainda está se jogando aos seus pés. Aproveita enquanto ele ainda não percebeu quem você é realmente. – sorriu falsamente e piscou um dos olhos. Encarei ele por um tempo, indignada com o que eu tinha acabado de ouvir.
- E eu realmente espero que você vá pro inferno. – Eu sorri como nunca e sai, furiosa.

observou eu me afastar, irritadíssimo. Fazia tempo que ele não ficava irritado daquele jeito. Daquele jeito que ele só ficava comigo. Daquele jeito que ele só ficava depois de uma de nossas brigas idiotas de antigamente. Eu fui até as garotas, que estavam observando tudo de longe.

- EU VOU MATAR AQUELE IDIOTA! – Eu gritei, apertando minhas mãos com força.
- O que aconteceu agora? – fez careta. Parecia que havíamos voltado a estaca zero.
- é um IDIOTA. Novidade? – Eu disse, quase gritando. Fui saindo e assim que me lembrei, parei e voltei a olhar pra elas. – E EU VOU PRA NOVA YORK! – Eu gritei com um sorriso forçado no rosto. Voltei a andar em direção as escadas e as desci, indo em direção a minha classe.
- Caramba, ela está revoltada. – fez cara feia.
- Cadê o ? – perguntou, depois de voltar do bebedouro com .
- Ele está vindo. – apontou com a cabeça.
- Garota mimada. – bufou, jogando a sua bolsa sobre a escada e se sentando em um de seus degraus.
- .. – ia tentar falar alguma coisa.
- SABE QUAL É A MINHA VONTADE? – disse, furioso. – ENFIAR ELA DENTRO DE UM CARRO E LEVAR ELA DE UMA VEZ PRA NOVA YORK, PARA VER SE ASSIM ELA PARA DE SER TÃO.. CHATA! – disse, gritando. A escola toda pareceu ter escutado. Que ótimo.
- Mas se ela for, vocês vão ficar separados e.. – ia dizendo.
- FODA-SE. – quase soletrando. – Eu quero mais é que o Mark fique com ela. ESSES DOIS IDIOTAS SE MERECEM. – esbravejou.
- , você esta falando da minha.. – tentou me defender.
- ESTOU MESMO! – disse e sorriu. – QUER ME BATER? BATE LOGO. EU PRECISO DESCONTAR ESSA PORRA DE RAIVA EM ALGUÉM MESMO. – se levantou, segurou a sua bolsa e saiu, embarrando em propositalmente.
- Estava sentindo falta de toda essa agressividade dele. – sorriu, enquanto todos se entreolhavam, sem saber o que havia acontecido.
- Ai, cala a boca vai, . – revirou os olhos.
- Estou adorando toda essa harmonia na semana do meu aniversário. – sorriu falsamente.
- Como estão os preparativos? – perguntou, atenciosa.
- Está tudo pronto. Já compraram os vestidos? – perguntou, olhando para as amigas.
- Comprei. Resolvi comprar aquele vestido que mostrei pra você. – explicou.
- Vai ficar lindo! – disse com os olhos brilhando. – Aliás, hoje tem ensaio. – disse, desamarrando e amarrando novamente o seu cabelo.
- ENSAIO? QUE ENSAIO? – arregalou os olhos.
- O ensaio da dança. – revirou os olhos. – Eu já disse 20 vezes. – suspirou, irritada.
- Os pares vão ser aqueles mesmo? – perguntou, curioso para saber se dançaria mesmo com a .
- Sim. – concordou.
- Vai ser engraçado ver o e a se estapeando no meio da sua festa. – gargalhou.
- Eles que não ousem. – disse, irritada.
- Ok, sinal do inicio das aulas bateu faz tempo. Vamos logo. – disse, vendo que um dos inspetores se aproximava para expulsá-los dali.
- Até o intervalo. – disse, segurando a mão de e saindo.
- Até depois. – saiu, deixando a ver navios.
- Calma, amigo. Uma hora ela dá o braço a torcer. – riu, vendo a frustração do amigo.
- É mais fácil ela torcer o MEU braço. – negou com a cabeça, sorriu e saiu. e também foram para as suas respectivas aulas.

Já faziam duas horas que eu estava na aula de Matemática. A hora parecia não passar. O ódio por ainda consumia cada parte do meu corpo. Era como um bomba, que estava prestes a explodir com qualquer um, a qualquer lugar. estava na mesma situação que eu, em uma das salas vizinhas da minha. Queria ficar um tempo sem me ver, agora.

O sinal do intervalo soou e eu sai imediatamente da sala, simplesmente por que se eu ficasse mais um minuto ali, eu acabaria parando na sala da diretora. Desci as escadas rapidamente e fui até a mesa em que meus amigos estavam. não estava lá, para o bem dos meus nervos e da minha paciência.

- Oi . – sorriu, quando me viu sentar em sua frente.
- Oi lindo. – Eu sorri pra ele. Eu queria que todos vissem rapidamente que o meu estresse havia passado, mesmo sendo mentira.
- E é por isso que eu amo mais ela do que vocês. – mostrou a língua pra , e , que riram de seu comentário.
- Legal ouvir essas coisas na semana do meu aniversário. Tudo bem, . – fez drama, sabendo que se sentiria mal por ela.
- Não vale apelar, . – revirou os olhos.
- Falando sobre o meu aniversário.. – disse com os olhos brilhando.
- Eu sabia que iriámos falar desse assunto. – disse com cara de tédio.
- Qual o problema? – perguntou, sem entender a atitude de .
- Ela só fala nessa festa. – rolou os olhos.
- Para de ser chato, . – olhou irritada pro namorado.
- Desculpa, amor. – fez bico. – Mas é que você nem tem mais tempo pra mim. – tentou dramatizar para sensibilizar .
- Awn. – forçou um bico, fingindo ter dó de .
- Coitadinho. – continuou a brincadeira. – Olha.. – pegou uma banana que havia trazido pra comer no intervalo e a colocou na frente de . – Pega aqui essa banana. – disse, fazendo bico. começou a ter ataques de risos. Eu, e também.
- Idiota. – cerrou os olhos e voltou a olhar pra na sequência.
- , ainda bem que você chegou. Eu preciso que todos estejam aqui pra eu falar. – disse, olhando pra alguém atrás de mim. Era ele. Meu sangue subiu novamente. Era automático. Era só ele chegar perto, que os meus nervos sentiam vontade de explodir. Ele se sentou ao lado da , que estava ao meu lado.
- O que foi? – perguntou, atencioso. Eu senti ainda mais raiva, por que eu sabia que por trás de toda aquela bondade, havia um idiota insensível. Eu conhecia ele. Era como se eu soubesse que o modo gentil dele tratar as outras pessoas fossem pra me atingir. Fossem só pra me dizer que eu era a única que não merecia aquilo.
- Hoje nós temos ensaio de dança. – disse e arqueou a sobrancelha.
- Mas eu não quero aprender a dançar. Eu já sou bonito e isso basta. – disse, apenas para fazer graça. Ele não tinha todo esse ego, ele só dizia pra ser engraçado, ou TENTAR, né?
- Que horas é isso? – perguntou.
- 2 horas da tarde. – explicou.
- Então, nós vamos pra casa, almoçamos e depois vamos pra lá, né? Melhor. – disse, olhando pra mim.
- Por mim tudo bem. – Eu concordei.
- Eu também quero falar sobre os casais. – disse com alguns papéis nas mãos. Ela analisou os papéis por um tempo e depois voltou a nos olhar. Eu não gostei nem um pouco da parte do ‘casais’, já que eu não fazia mais parte de um casal.
- O que tem eles? – perguntou, atenciosa.
- Só pra confirmar. – sorriu. – Vão ser e . – fez uma pausa. – e . – O casal se entreolhou rapidamente. Eu sabia que eles haviam gostado daquilo. – E e . – olhou pra mim e pro . Olhamos pra cara dela, sem fazer movimento algum, sem manifestação. Não queríamos isso. Estávamos fazendo isso por ela e isso ficou bem claro. - Tudo bem? – perguntou, já que nenhum de nós dois dissemos nada.
- Tudo bem. – Eu ergui os ombros.
- O que eu não faço pelos meus amigos. – sorriu e cruzou os braços. Eu neguei com a cabeça, sem acreditar que ele estava sendo tão infantil.
- Que idiota. – Eu disse, baixo. Ele conseguiu ouvir.
- O que? Você acha que todos os caras do mundo dariam a vida pra dançar uma valsa qualquer com você, não é? Você acha que todo mundo tem que gostar de ficar do seu lado, né? – disse e olhou pra mim.
- Em menos de um mês, eu já estarei em Nova York. Vou evitar esse sacrifício pra você. – Eu disse, sarcástica.
- E que Deus ajude o Mark. – sorriu, apenas para me irritar.
- ESCUTA AQUI, JONAS! – Eu ia começar a soltar os cachorros em cima dele, quando me interrompeu.
- PRESTEM A ATENÇÃO! – nos olhos, furiosa. – Eu não sei que droga é essa que acontece entre vocês dois, mas vocês vão dançar JUNTOS no meu aniversário e eu não quero que estraguem tudo por causa desse amor mal resolvido de vocês. – suspirou. – ENTENDERAM? – nos olhou, séria.
- Amor mal res.. – ia argumentar.
- ENTENDERAM OU NÃO? – cerrou os olhos.
- ENTENDI. – respondeu, impaciente.
- Somente uma dança. – Eu respondi, me sentindo desagradável com toda aquela situação.

Dançar com uma pessoa, é algo muito... próximo. Seria estranho e ao mesmo tempo ruim. Não estávamos mais juntos e agora estávamos brigando. Era algo certo. Eu ia pra Nova York. Eu podia ir embora sem ter que dançar com ele. Tudo pela minha amiga, certo?

- Certo. Então quero todos vocês ás 2 horas na minha casa. Vamos ensaiar no porão. A professora de dança vai estar lá. – explicou.
- Estarei lá. – Eu confirmei, tomando um gole do refrigerante do .
- Hm, professora de dança? – fez cara de safado.
- , ela tem 30 anos e tem 2 filhos. Cala a boca. – respondeu, revirando os olhos. Eu segurei a risada rapidamente. Não queria recomeçar uma briga.
- Que droga. – fez careta.
- E vocês podem ir com uma roupa normal. Vocês só vão precisar usar os trajes no aniversário. – explicou, olhando pra todos.
- Vou usar o mesmo terno do baile. – disse. – Só vou trocar a gravata. – Ele terminou de dizer.
- Pode ser, mas ela tem que ser da cor do vestido da . – explicou.
- Meu vestido é verde claro. – disse com os olhos brilhando.
- Já compraram os vestidos de vocês? – olhou pra mim e pra .
- Já! – Eu e confirmamos.
- Todos eles são com brilho, do jeito que combinamos, certo? – quis confirmar.
- Isso. – afirmou.
- O meu também. – Eu também confirmei.
- O seu é dourado né, ? – perguntou, pois queria anotar isso em seu caderninho. Ela estava cuidando de cada detalhe.
- Sim. – afirmou.
- E o meu é azul. – Eu disse, antes que ela perguntasse.
- Ok. – sorriu e escreveu. – Então, você tem que usar uma gravata dourada. – disse, vendo fazendo cara de desgosto. – E você, uma gravata azul. – olhou pro .
- Ok, mas tem um problema. – disse e olhou pra ele em pânico.
- Problema? QUE PROBLEMA? – estava mesmo enlouquecendo com os preparativos da festa.
- Eu tenho um terno, mas.. – sorriu antes de dizer. – Eu emprestei o meu blazer pra alguém e não me devolveram, sabe? – disse, cínico. Logo entendi que a indireta era pra mim.
- Por que você não pode pedir de forma educada? Por que você não pode deixar de ser idiota uma vez na sua vida? – Eu voltei a me irritar. me olhou sério. Não gostou do jeito que eu havia falado. – Esquece. – Eu neguei com a cabeça, percebendo que ele estava pensando em alguma forma de me responder. – Eu te devolvo no ensaio. – Eu disse e me levantei da mesa. O sinal do fim do intervalo tinha acabado de bater.
- Ok, até a aula de Sociologia, então. – disse, se levantando e vindo ao meu lado. Acho que ele me acompanharia até a minha sala. Quando ele falou sobre a aula de Sociologia, eu desanimei. Não acredito que ainda teria que ter uma aula com o hoje.

Todos se despediram e saíram, indo em direção a suas salas. me acompanhou até a minha sala. Ele provavelmente queria conversar comigo. Sobre , sobre Nova York. Eu não sei se eu queria fazer isso.
- Então.. tudo bem? – perguntou com um sorriso fraco. - Eu vou pra Nova York. Vou viver o meu sonho. Eu tenho que estar, certo? – Eu olhei pra ele e forcei um sorriso.
- Não sei. Me responda você. – cruzou os braços, me observando.
- Você está falando sobre o ? – Eu fiquei séria.
- Não, estou falando de você. Do que você quer. – também me olhou sério.
- É o meu sonho, . Eu sempre quis isso. Eu lutei por isso. – Eu expliquei. Eu sabia que ele estava querendo chegar em algum lugar.
- Mas o que você quer AGORA? – foi mais específico. Eu não sei por que, mas responder aquela pergunta me deixava meio confusa as vezes. Eu me perguntei isso a noite toda e não consegui a resposta.
- Eu assumo que eu estava em dúvida sobre isso. Eu não queria deixar o .. aqui. – Eu neguei com a cabeça. – As coisas mudaram. Nós brigamos. Eu quero isso agora. – Eu expliquei e sorri.
- Vocês sempre brigam, mas vocês sempre voltam. – tentou argumentar.
- Eu sei, mas Nova York ainda é importante pra mim. Eu ainda quero isso. Eu estava em dúvida e eu precisava de um empurrãozinho pra tomar a minha decisão. me deu esse empurrãozinho. Está decidido. – Eu expliquei, séria.
- E como eu fico sem a minha melhor amiga? – fez bico.
- Eu venho te visitar e você também pode ir me visitar quando quiser. E também tem o telefone. Vamos superar. – Eu sorri e abracei ele. acariciou a minhas costas e terminou o abraço pra dar um beijo carinhoso em meu rosto.
- Se você achar um outro melhor amigo por lá, eu te mato. – riu.
- Você é o único. – Eu disse e ele riu novamente e levou suas mãos em minhas bochechas e as apertou.
- E é por isso que eu amo você. – gargalhou.
- Ok, eu também amo você. – Eu ri e neguei com a cabeça. – Eu tenho que entrar na aula de Geografia, ok? Nos vemos daqui a pouco na aula de Sociologia. – Eu disse e me afastei. Olhei pra trás e me mandou um beijou de longe e eu mandei outro. Só o pra melhorar o meu dia depois de TUDO.

Fui pra aula de Geografia, querendo permanecer lá pra sempre. Eu não queria ter que ir pra aula de Sociologia. Eu não queria ficar perto dele nem mais um minuto. Se eu pudesse, iria pra Nova York amanhã. Evitaria muitos problemas. 50 minutos se passaram rapidamente e o sinal bateu. Eu tinha que ir pra aula de Sociologia. Peguei a minha bolsa e andei até a sala da Sra. Dark.

- Heeey! – e disseram juntas, assim que eu entrei na sala. Me sentei entre as duas.
- Tudo bem, garotas? – Eu sorri pra elas.
- Você é que parece não estar tão animada, quanto deveria. – sorriu fraco.
- Eu estou querendo evitá-lo, sabe? – Eu sorri, sem mostrar os dentes.
- Lá vem ele. – disse, disfarçadamente. Eu não me movi, apenas percebi quando ele se sentou na carteira atrás de mim. Tanto lugar pra sentar, ele se senta bem ali? É ou não pra me irritar?

, , e chegaram logo depois. A aula começou, assim que a Sra. Dark entrou na sala. Os alunos ficaram em silêncio. Ela ficou de pé no centro da sala, enquanto segurava um papel em suas mãos.

- Bom dia a todos. – Ela sorriu. A classe respondeu por pura obrigação. – Bem, eu tenho novidades pra vocês. – Ela disse, animada.
- Isso nunca é bom. – fez careta.
- Disse alguma coisa, Sr. ? – Sra. Dark olhou pro meu irmão, séria.
- Não, não. Só pensei alto. Desculpe. – sorriu, sem jeito.
- Como eu estava dizendo. – Sra. Dark fez cara de irritada. – Temos um novo projeto. Em especial para vocês, que vão se formar esse ano. – Sra. Dark sorriu.
- O que é que ela vai inventar agora? – disse de forma quase inaudível. Só ouvi por que ele estava atrás de mim.
- Não sei se vocês já foram em alguma formatura do 3° ano aqui da escola, mas quem já foi sabe que na cerimônia da entrega dos diplomas, temos uma apresentação. – Sra. Dark não viu nenhuma empolgação no rosto de seus alunos. – Todo ano, escolhemos uma pessoa para fazer a tal apresentação. – Ela explicou.
- A Sra. quer dizer... cantar? – arqueou a sobrancelha.
- Exatamente isso, Sr. . – Sra. Dark sorriu.
- Fiquei sabendo que apresentação do ano passado foi uma porcaria. – disse baixo e fez careta.
- Eu queria saber se alguém aqui desta classe se interessa. – Sra. Dark continuava com o papel nas mãos, esperando ter que anotar os nomes dos alunos que demonstrariam interesse na apresentação. Nenhum (eu disse NENHUM) aluno levantou a mão.
- Ninguém quer participar? – Sra. Dark disse, nada satisfeita. Ninguém respondeu. – É uma pena, por que essa apresentação acrescentaria 2 pontos extras na nota da pessoa escolhida. – Sra. Dark disse. A classe continuou sem se manifestar. – Tudo bem, então. Falarei com a outra sala. – Sra. Dark pareceu não ter gostado nada.
- Você devia fazer isso, . – me cutucou e disse, sussurrando.
- Eu? Ta maluca? – Eu arqueei a sobrancelha.
- É, você canta bem! – riu.
- Eu não vou fazer isso. – Eu sorri e neguei com a cabeça. Fora de cogitação.
- Coitada da Sra. Dark. – riu baixo.

A professora continuou a aula. Ela estava meio brava, o que era totalmente compreensível, mas não adiantava descontar em todos nós. Não nos faria mudar de ideia. A aula até acabou um pouco mais cedo. Acho que ela não aguentava mais olhar pra nossa cara. Finalmente isso se tornou algo mútuo!

- Então, lá na casa da ás 2 horas, né? – perguntou novamente pra confirmar.
- Isso ae, . – confirmou.
- Ok, então já estou indo pra almoçar logo. – disse, dando um beijo em meu irmão e saindo rapidamente.
- Eu também já vou indo. Meu pai está ai na frente me esperando. – jogou beijos pra todos. – Quer carona, ? – ofereceu.
- CLARO! Vamos! – beijou e saiu correndo com .
- Ok e quem vai me dar carona? – sorriu pros amigos.
- Eu levo você, vai. – riu e deu um soquinho no braço do amigo.
- Você não vive sem a minha companhia. – riu e negou com a cabeça. Se aproximou de mim para se despedir. – Até daqui a pouco, . – Ele beijou a minha bochecha.
- Até. – Eu sorri pra ele.
- Falo, caras. – fez o toque de mãos rotineiro com o meu irmão e depois com . Nesse meio tempo, percebi que olhou pra mim. Mesmo eu tentando evitar, acabei olhando pra ele também. desviou o olhar.
- Até depois. – não quis se aproximar, apenas se despediu de longe. Os dois saíram, deixando apenas eu, e ali.
- Nossa. – olhou pra mim, achando estranha a atitude de . – Não vou falar nada. – sorriu, sabendo que não adiantaria nada.
- Isso mesmo, fica quieto. – Eu sorri falsamente, andando pra fora da escola, sabendo que ele e me seguiriam.
- Vamos, . Eu te deixo em casa. – Ouvi dizer.

Chegamos no estacionamento. Eu já esperava e no carro. Quando eles chegaram, entramos no carro e dirigiu até a casa de e o deixou lá. Seguimos pra minha casa. Quando chegamos em frente a minha casa, vimos que tinha um carro grande e muito bonito estacionado na garagem.

- Mas que porra.. – disse, arqueando a sobrancelha.
- Temos visitas? – Eu perguntei, confusa.
- Aquele não é o carro da tia Janice? – arregalou os olhos.
- Caramba, é mesmo! – Eu disse, chocada. Desci do carro e fez o mesmo. Ambos fomos até o tal carro e olhamos ele de mais perto.
- Esse carro é muito foda. – disse com os olhos brilhando.
- Então vocês já viram? – Minha mãe apareceu e cruzou os braços.
- Não tem como não ver né, mãe? – riu.
- O que esse carro está fazendo aqui? – Eu perguntei, curiosa.
- Entrem. O pai de vocês quer conversar com vocês. – Minha mãe abriu a porta de casa e esperou que entrássemos. Entramos e encontramos meu pai sentado na mesa da cozinha. Tinha uns papéis em suas mãos.
- Oi pai. – Beijei o seu rosto e me sentei na cadeira ao seu lado.
- Estamos aqui, pai. – se sentou na cadeira do outro lado.
- Estava esperando vocês chegarem. – Meu pai disse, sério.
- O que aconteceu? – ficou sério, colocando a sua mochila no chão.
- Que papel é esse? – Eu perguntei, olhando o papel.
- Esse.. – Meu pai olhou pro papel e depois voltou a nos olhar. – É o testamento da tia de vocês. – Meu pai disse no mesmo tom.
- Da tia Janice? – arregalou os olhos.
- É! – Meu pai afirmou.
- O que está escrito ai? – Eu perguntei, mais curiosa do que já estava.
- MEU DEUS, AQUELE CARRO.. – já começou a deduzir.
- Calma, calma. – Meu pai continuou sério.
- Meu Deus, eu vou chorar. – sorriu como nunca.
- Cala a boca, . Deixa ele falar. – Eu olhei pro meu irmão de cara feia.
- Vou resumir isso aqui pra vocês. – Meu pai voltou a olhar pra carta.
- Melhor. – Eu sorri e olhei pro meu pai, esperando ele ler. fez o mesmo.
- Éramos a única família da Janice, então tudo no testamento está no nosso nome. – Meu pai explicou.
- Porra, estamos rico! Já posso largar a escola! – ergueu os braços, comemorando.
- Faça isso e você não chegará perto dessa herança. – Meu pai disse e eu ri da cara de frustrado do .
- Só estava brincando, pai. Pode continuar. – fez cara de santo.
- Ela nos deixou suas 2 casas no campo e sua empresa. – Meu pai explicou.
- Só isso? – fez careta.
- ! – Eu gritei, tentando fazê-lo calar a boca.
- Não, . Não é só isso. – Meu pai deu um sorrisinho pro .
- O que mais? – sorriu, esperançoso.
- Ela deixou uma coisa em especial pra cada um de vocês. – Meu pai nos olhou.
- Eu sempre amei a tia Janice. – suspirou, sorrindo.
- O que é, pai? – Eu olhei pra ele, sem saber o que poderia ser.
- Pra você, , ela deixou a casa em Nova York. – Meu pai disse e eu paralisei.
- A casa que ela morava? – Eu arregalei os olhos.
- Sim. Eu não sei o que ela quis dizer, mas no testamento ela diz que esta deixando a casa pra você, porque sabia que você tinha boas lembranças lá. – Meu pai disse e a primeira coisa que veio em minha cabeça era o . Ela sabia do ! – Ela também disse que esta deixando a casa pra você, porque sabia que você precisaria de um lugar pra morar quando fosse fazer a sua faculdade em Nova York. – Meu pai explicou. Eu estava em choque. Era muita coisa pra processar.
- Aquela casa enorme em Nova York é só minha? – Eu perguntei, ainda perplexa. também estava chocado.
- Sim. – Meu pai confirmou. – Parece que não precisamos mais procurar um lugar pra você morar. – Meu pai sorriu pra mim.
- Meu Deus.. – Eu suspirei, sem reação.
- Ok, agora fala o que ela deixou pra mim. – estava mais ansioso do que nunca.
- Bem, pra você, . – Meu pai voltou a olhar pra carta. – Ela deixou.. – Meu pai fez suspense só para deixar ainda mais maluco.
- Diz o carro, diz o carro, diz o carro.. – juntou as mãos e começou a dizer baixinho. - Pega ae, garoto. – Meu pai jogou as chaves na mão de .
- MEU DEUS! – pulou da cadeira. – O CARRO É MEU! – saiu gritando pela casa. – TIA JANICE, ONDE QUER QUE VOCÊ ESTEJA, VOCÊ É A MELHOR TIA DO MUNDO. – disse, olhando pro teto.
- Ele vai ter um AVC, gente. – Eu disse, rindo.
- O CARRO É MEEEEEEEEEEU. – gritou mais uma vez e foi pro lado de fora da casa. Eu fui atrás, só pra ver aquela cena e rir. – EU VOU CUIDAR MUITO BEM DE VOCÊ, BEBÊ. – abraçou o carro.
- Você é doente. – Eu cruzei os braços e ri.
- Aliás.. – colocou a mão no bolso. – Essa lata velha é toda sua agora, . – jogou a chave do ‘seu’ antigo carro. Eu peguei a chave e cerrei os olhos.
- Isso, cospe no prato que comeu. – Eu disse, rolando os olhos. já havia entrado dentro do carro e estava sentado no banco do motorista.
- Eu acho que vou chorar. – disse, olhando o interior do carro. Já tinha dirigido aquele carro em Nova York, mas nunca desconfiou que um dia ele seria seu.
- Você é tão exagerado. – Eu revirei os olhos.
- É UM CARRO IMPORTADO, GAROTA. – gritou, rindo. - Os caras vão enlouquecer quando verem isso. – riu.
- Ok, ok. Deixa o carro pra depois. Vamos almoçar, que daqui a pouco eu e seu pai já temos que voltar pro trabalho. – Minha mãe apareceu na porta da casa.

Com muito custo, conseguimos tirar o de dentro do carro. Estávamos todos sentados na mesa, almoçando.

- Por que vocês estão comendo com tanta pressa? – Minha mãe perguntou, irritada.
- Vai ter o ensaio na casa da . – Eu avisei, bebendo o último gole de água.
- Ahn.. pro aniversário, não é? – Minha mãe deduziu.
- Sim. – confirmou.
- Mãe, como vocês vão fazer com a empresa da tia Janice? Ela fica em Nova York e vocês estão aqui.. – Eu perguntei, entre uma garfada e outra.
- A administração da empresa vai continuar trabalhando lá. Somente o capital vai vir para a nossa conta. – Minha mãe explicou.
- Vamos lá só de vez em quando para assinar alguns papéis. – Meu pai completou.
- Ahn, entendi. – Eu sorri.
- , você sabe que ainda estamos esperando você trazer a sua namorada aqui, não é? – Meu pai disse, olhando feio pro meu irmão.
- Eu vou trazer ela, pai. – revirou os olhos.
- A já trouxe o dela faz tempo. – Minha mãe disse, sem saber do que estava falando.
- O namorado dela? – olhou pra mim e riu.
- Calado, . – Eu lhe dei um chute por debaixo da mesa.
- O que aconteceu? – Minha mãe olhou pra mim, assustada.
- Não é nada, mãe. – Eu disse, fazendo cara feia pro .
- Como não é nada? – Meu pai me olhou, sério. , desgraçado.
- Nós só brigamos, pai. – Eu menti. Eu não queria dizer que tínhamos terminado ou eu teria que dar detalhes.
- Brigaram? – Meu pai arqueou a sobrancelha.
- É só isso. – Eu forcei um sorriso.
- Hm.. – Meu pai disse, desconfiado.
- Vamos, querido? Estamos atrasados já. – Minha mãe perguntou, olhando pro meu pai.
- Vamos. – Meu pai se levantou da mesa.
- Então, estamos indo, crianças. – Minha mãe deu um beijo em mim e depois no . - Bom ensaio pra vocês. – Minha mãe sorriu.
- Obrigada. – Eu sorri pra ela.
- Até mais tarde. – Meu pai se despediu, pegando sua maleta no sofá.
- Até, pai. – Eu gritei, ainda na mesa.
- Bom serviço! – gritou. Ouvimos meus pais fechando a porta da casa.
- Tinha que falar né, seu boca aberta? – Eu cerrei os olhos, olhando pro meu irmão.
- O que? – Ele se fez de desentendido.
- Argh, esquece! Vamos logo. Também estamos atrasados. – Eu disse, já que tinha acabado de comer.
- Espera, eu vou só terminar de.. – disse, bebendo seu último gole de suco. – Pronto. – Ele sorriu, se levantando da mesa.
- Eu só tenho que pegar uma coisa lá em cima e já desço. – Eu disse, subindo as escadas rapidamente.
- Não demora. – revirou os olhos.

Cheguei em meu quarto e fui diretamente pro meu armário. Peguei o blazer do e o joguei em cima da cama. Aproveitei para trocar de roupa. Coloquei um shortinho e uma regatinha qualquer, combinando com uma sandália de salto não muito grande. Eu deveria ir de salto, já que eu ia dançar, né? Prendi o meu cabelo em um alto rabo de cavalo e apenas passei um lápis nos olhos e um batom claro. Voltei a pegar o blazer do e dei uma olhada nele. Estava limpo e cheiroso. Entregaria daquele jeito mesmo. Desci as escadas rapidamente e já estava na porta, me esperando.

- Vamos. – Eu disse, pegando o meu celular em cima da estante da sala e colocando no meu bolso. sorriu pra mim e mostrou a chave do carro. – O que você está pensando em fazer? – Eu perguntei, olhando pra ele.
- Vamos pra casa da com meu carro novo. – sorriu, feliz da vida.
- Mas será que você pode? – Eu fiz cara de dúvida.
- Se eu não pudesse, você acha que o pai teria dado a chave pra mim? – arqueou a sobrancelha.
- Ok, então vamos. – Eu ergui os ombros, deixando pra lá. Não adiantaria falar mesmo. Fomos em direção ao carro e entramos. estava sentado no banco do motorista e eu no do passageiro.
- Agora sim eu sou um cara completo. – sorriu.
- Por causa de um carro? – Eu neguei com a cabeça.
- POR CAUSA DE UM CARRO? – me olhou, furioso. – Ela não está falando sério, baby. – acariciou o carro.
- Você é retardado, sério. – Eu ri e neguei com a cabeça.
- Sou um retardado com um carro foda. Para de ser invejosa. – riu.
- Ok, ok. – Eu ri, deixando o assunto pra lá.

Fomos em direção a casa da . estava eufórico para mostrar o carro pros amigos. Homens, só precisam de um carro para serem felizes para sempre.

Chegamos na casa da e estacionou o carro na frente da casa dela. Todos estavam lá na frente, esperando por . Quando o carro estacionou, todos olharam, sem saberem quem era. Admito que foi engraçado ver a cara de surpresa deles, quando viram eu e sairmos do carro.

- É o ? – arregalou os olhos. Eu e nos aproximamos deles.
- Você rouba carros agora, ? – sorriu, tentando ficar sério.
- Eu não roubei, imbecil. Ele é meu mesmo. – disse, se achando. Eu revirei os olhos e fui me sentar ao lado de e .
- SEU? Como assim é seu? – começou a gargalhar.
- Espera, esse não é o carro da sua tia? – fez cara de confuso.
- Exatamente. – se sentou ao lado dos garotos e ficou admirando o carro junto com eles.
- E o que ele está fazendo com você? – arqueou a sobrancelha.
- Ela deixou uma herança.. – sorriu e olhou pros amigos. – Ela deixou o carro pra mim. – voltou a usar o seu ar de superioridade.
- O QUE!? – e gritaram juntos.
- Talvez eu deixe vocês darem uma voltinha nele mais tarde. – gargalhou, guardando a chave do carro em seu bolso.
- Seu desgraçado, como você consegue essas coisas? – disse, rindo.
- Eu sempre fui um ótimo sobrinho. – riu.

olhou pra mim nesse meio tempo. Viu que o blazer estava em minhas mãos e pensou em como eu devolveria pra ele. Eu teria que falar com ele e isso parecia uma coisa boa pra ele. Mesmo sentindo o olhar dele sobre mim, não olhei pra ele. Olhei pro blazer em minhas mãos e andei em direção a ele. Ele olhou eu me aproximar e quando eu cheguei em sua frente, olhei pra ele séria.

- Isso é seu. – Eu ataquei o blazer com força em seu peitoral e ele segurou, me olhando com uma cara feia. Eu sai e fui ao lado de . Ele continuou olhando pra mim, irritado. Olhei pra ele e sorri falsamente.
- Uau, amor. É lindo! – sorriu pro namorado, que passou um de seus braços em torno da sua cintura.
- Eu te levo pra dar uma volta depois, gata. – disse com uma voz grossa e logo em seguida começou a gargalhar.
- O carro é só seu ou é da também? – perguntou, curiosa.
- É só meu. A recebeu outra coisa de herança. – explicou.
- VERDADE, ? – arregalou os olhos.
- Não é nada demais. – Eu neguei a cabeça, querendo evitar aquele assunto na frente do .
- Eu duvido que não seja nada demais. – riu.
- Pronto. Desculpa o atraso, gente. – abriu a porta de sua casa e deu de cara com o carro de . – Mas que carro é esse? – arqueou a sobrancelha.
- É meu! – mostrou a chave do carro.
- A tia dele deixou de herança pra ele. – adiantou a história.
- Caramba! – analisou o carro, mesmo de longe.
- É uma belezura, não é? – voltou a admirar o seu carro.
- A ia contar qual herança ela recebeu. – disse e todos olharam pra mim.
- O que é, ? – perguntou, curiosa. Eu neguei com a cabeça, meio sem jeito.
- Ela.. – Eu hesitei continuar. – Ela deixou a casa de Nova York pra mim. – Eu disse com um sorriso fraco no rosto.
- O QUEEEEEE? – e fizeram um escândalo.
- Você quer dizer.. – começou a dizer.
- Aquela casa que ficamos no feriado? – completou.
- É.. – Eu sorri, achando graça da surpresa deles.
- MEU DEUS! – gritou, chocada. me olhava, sério. Não olhei pra ele, para evitar constrangimentos.
- Você vai morar lá, então? – deduziu.
- Sim. Ela me deixou a casa justamente pra isso. – Eu expliquei.
- Amor, acho que vou fazer faculdade em Nova York. – brincou com o namorado.
- Só se você me levar com você. – entrou na brincadeira.
- A tia Janice era incrível. Ela sempre esteve ajudando vocês, mesmo agora depois do que aconteceu. – sorriu.
- Verdade. Ela era.. incrível. – Eu sorri fraco, meio chateada por me lembrar de tia Janice.
- Ok, ok. A professora de dança está lá embaixo nos esperando. – nos interrompeu.
- Então vamos lá logo. – revirou os olhos.
- Podem entrar. – cedeu a passagem para que entrassemos.

Todos entramos em sua casa e descemos pro porão. Diferente das outras casas, o porão da casa de era muito bem limpo, organizado e bonito. Eu e as garotas já fizemos algumas festas ali. Chegamos no porão e a professora de dança estava sentada, nos esperando.

- Olá! – Ela sorriu e se levantou quando chegamos.
- Oi. – Dissemos todos juntos.
- Eu já volto, vou colocar o meu vestido. – subiu as escadas rapidamente.

A professora se apresentou e disse que nos daria algumas dicas para dançarmos bem na noite do aniversário. Disse que não faria de nós, profissionais. Eram só dicas. desceu as escadas novamente com o seu belo vestido.

- Você está linda, ! – Eu disse, sabendo que ela adoraria o comentário.
- Own, obrigada! – disse, maravilhada.
- Você é linda de qualquer jeito, amor. – sorriu pra namorada.
- Obrigada, lindo. – piscou pro namorado.
- Então, vamos começar. – A professora disse, pedindo que fizéssemos uma roda em torno dela. – Certo, quais são os pares? – Ela perguntou.
- e , e e e . – explicou, mostrando quem era cada um de nós.
- Certo, então eu quero que os casais fiquem lado a lado. – A professora pediu. Eu não me movi, pois percebi que estava vindo até mim. Ele ficou ao meu lado. – Eu sei que os acompanhantes vão ter uma entrada diferenciada e improvisada, certo? – Ela perguntou. Ela se referia a entrada dos casais, em que cada casal entraria dançando rapidamente da forma que quisesse um trecho da música ‘Movie Your Feet’ do Junior Senior. Eu e já havíamos ensaiado uma entrada, mas agora as circunstâncias eram outras.
- Isso. – confirmou.
- Então, não há motivo para ensaiarmos isso. Devemos focar na valsa, que vocês vão ter que dançar com a aniversariante e seu acompanhante. – Ela explicou.
- Eu ainda não sei por que aceito fazer essas coisas.. – disse baixinho, negando com a cabeça.
- Vou colocar a música e quero que cada casal comece a dançar, para que eu possa ver o que pode ser melhorado em cada um. – A professora explicou. – Quero que os casais fiquem frente a frente. – Ela disse e eu a xinguei mentalmente. se virou pra mim e eu também virei pra ele. Nos olhamos por um tempo. Momento mais estranho e constrangedor que aquele, impossível.
- Quando a música começar, quero que o garoto de cada dupla estenda a sua mão e convide a sua parceira para dançar. – Ela disse e eu sorri imediatamente. Seria engraçado ver o fazendo isso.

A música começou, era uma música lenta. Aquelas próprias pra dançar valsas. negou com a cabeça e estendeu a sua mão em minha direção. Eu, que ainda segurava o riso, olhei pra ele e levei uma das minhas mão ao encontro da sua. Ele então me puxou pra mais perto, fazendo com que eu parasse de sorrir no mesmo instante.

- Para de rir. – disse, sério. Estávamos bem próximos e nos olhávamos nos olhos. Uma de nossas mãos estavam coladas e a minha outra mão estava em seu ombro e a outra dele estava em minha cintura, quase em minhas costas.
- Se pisar no meu pé, eu mato você. – Eu disse, aproximando meu rosto de seu ombro, simplesmente para não ter que olhar pro seu rosto. Era meio.. irresistível, sabe?
- Então.. – disse, baixinho em meu ouvido. – Você vai ser vizinha do Mark? – Ele perguntou. – Deve estar feliz. – Ele aproveitou pra me provocar.
- Não é a mesma coisa de morar no quarto dele, mas eu vou superar. – Eu disse, sarcástica. afastou nossos corpos e levantou uma de suas mãos e me girou, apenas para me lançar um olhar furioso. Quando ele terminou de me girar, me puxou com força pra perto dele, fazendo com que nossos corpos se chocassem. Nossos rostos estavam ainda mais próximos do que antes. Meu olhos acabaram cedendo e desceram para olhar os lábios dele. também paralisou, me olhando com um sorriso fraco.
- Não, não. Está tudo errado. – A professora nos interrompeu, desgrudando nosso corpos. Me senti uma idiota por ter participado daquela cena. me olhou, sério e sem jeito. Passou uma das mãos pelo cabelo, demonstrando estar sem graça com a situação.
- E como deve ser? – Eu perguntei, disfarçando.
- Assim.. – Ela sorriu e me levou pra perto de novamente. – Você segura a cintura dela assim. – Ela colocou a mão de em minha cintura. – E a sua aqui. – Ela colocou minha mão no ombro dele. Era a mesma posição que estávamos antes. – E vocês estão muito afastados. Fiquem mais perto. – Ela empurrou o meu corpo, que ficou colado ao dele. – Isso, assim mesmo. – A professora sorriu, satisfeita.

Eu estava entrando em pânico com toda aquela aproximação. Eu não queria sentir tudo aquilo de novo. Eu não quero estar perto dele de novo, sabendo que logo estarei bem longe. Eu não quero ter certeza de que vou sentir saudade dele, por que toda vez que eu penso nisso, eu estremeço.

- Por que você fica fugindo de mim? – sorriu e me olhou. – Acha o que? Que eu vou te agarrar a força? – continuou olhando pra mim. Eu suspirei, irritada.
- E você acha que eu deixaria você me agarrar? – Eu ri da cara dele.
- Eu acho que você não resistiria. – disse, segurando uma risada.
- A você? – Eu voltei a rir. – Me poupe, Jonas. – Eu neguei com a cabeça.
- Você está aqui nos meus braços e está se segurando por dentro. – me olhou com seu olhar sexy. COMO ELE SABIA? Puta merda.
- Estou mesmo me segurando para não mandar você parar de encher o meu saco com essa história. – Eu sorri falsamente.
- Está vendo? Você fica nervosinha quando eu falo disso. – gargalhou.
- O silêncio é importante durante a dança. – A professora de dança disse, passando por nós.
- Ouviu? Fica quieto, Jonas. – Eu olhei pra ele, irritada.

A professora continuou analisando os outros casais. e eram os melhores dançarinos, sem duvidas. e eram meio desengonçados, talvez por causa do que existia entre eles. e pareciam estar dançando forró. Eles deram trabalho pra professora. Ficamos uma hora ensaiando. Foi muito perturbador pra mim ter o tão perto.

- Ok, então por hoje é só isso. – A professora disse, parando a música. Eu e nos distanciamos rapidamente.
- Amanhã é o mesmo horário, né? – perguntou, só pra confirmar
- Isso. – A professora deu a confirmação.
- Ok, até amanhã, então. – sorriu pra professora.
- Até. – A mulher se afastou e se despediu com uma das mãos, quando já estava longe.
- Ok, isso foi muito chato. – revirou os olhos.
- Eu gostei! – sorriu, empolgada.
- Estou morrendo de calor nesse vestido. – riu, se abanando. – Vou me trocar aqui no banheiro. Pera ae. – disse, entrando no banheiro que havia ali mesmo no porão.
- Essa professora invocou comigo. – disse, indignado.
- Talvez seja por que você e a estavam discutindo a relação no meio da dança. – riu.
- HAHAHA – fingiu uma risada.
- Estou mentindo? – arqueou a sobrancelha.
- Não tem relação pra discutir, . – Eu revirei os olhos.
- Vocês já podem voltar a encher o saco da e do agora. – sorriu falsamente.
- Ai, muito melhor! – saiu do banheiro com um shortinho e uma blusinha. O vestido estava em suas mãos.
- Também acho, amor. – disse, olhando pras pernas da namorada.
- Você está andando muito com o , amor. – riu da safadeza do namorado.
- Seu namorado é pervertido e a culpa É MINHA? – fez cara de indignado. – Quer colocar a culpa da 2° Guerra Mundial em mim também? Fica a vontade. – ironizou.
- É o telefone que está tocando? – disse e todos fizeram silêncio.
- É! – gritou. – Segura meu vestido, amor. – jogou o vestido nos braços do e subiu as escadas correndo para atender o telefone.
- Esse vestido fica me pinicando. – disse, colocando o vestido em cima de um sofá que havia ali mesmo no porão. O sofá ficava embaixo de uma prateleira que tinha diversas coisas, inclusive as coisas que a mãe de usava para fazer seus quadros. A mãe de adorava pintar quadros nas horas vagas. Ela era boa nisso.
- Olha, uma bola. – disse, vendo uma pequena bolinha de tênis em um dos cantos do porão. – Vai, pega ai, . – disse, jogando a bolinha pro amigo, que o conseguiu alcançá-la a tempo e chutar para .
- Chuta aqui, . – pediu, entrando na rodinha dos garotos.
- Aprende com o mestre. – disse, fazendo embaixadinhas com a pequena bolinha, depois de recebê-la de .
- Parem com essa bolinha. – disse, irritada.
- TOCA AQUI, JONAS! – gritou e fez o que o amigo pediu. A brincadeira foi se intensificando.
- HEY! Tomem cuidado com essa bola! – gritou, quando a bolinha quase acertou o seu rosto.
- Cuidado com o.. – Eu ia dizendo, quando chutou a bolinha e ela acertou um dos frascos de tinta da mãe de , fazendo com que ele se quebrasse e a tinta começasse a vazar por toda a prateleira. A tinta foi se espalhando e começou a cair em cima do vestido da . – Vestido da . – Eu disse, paralisada. Eles estavam ferrados.
- Não, não, não.. – tentou salvar o vestido, mas não deu tempo.
- FU-DEU. – disse, em choque.
- Você é burro, ? OLHA ONDE VOCÊ CHUTOU A BOLINHA! – disse, nervoso.
- VOCÊ ME PASSOU A BOLA ERRADO, SEU IMBECÍL! – gritou, irritado por ter ter colocando a culpa só nele.
- A vai.. – fez careta.
- Ela vai chorar até secar. – completou.
- Estamos ferrados. – negou com a cabeça.
- Nós? VOCÊS estão ferrados, né? – apontou pros meninos.
- E no que isso nos ajuda, ? – disse, irritado.
- Que ideia brilhante hein, Jonas? – Eu olhei pro e neguei com a cabeça.
- Fica quieta, por que a culpa não foi só minha. – me olhou, furioso. – O não tinha nada que colocar o vestido bem ali. – disse, fazendo cara feia pro .
- Ta, o que nós vamos fazer? – olhou pros amigos e pra mim e as garotas.
- Não sei por que vocês ainda estão usando o ‘nós’. – Eu ri.
- Vocês querem ou não que a amiga de vocês tenham o aniversário dos sonhos? – nos olhou.
- Sim. – concordou.
- Então, vamos concertar isso. Qualquer lavanderia profissional consegue limpar isso. Ela nem vai notar. – explicou.
- GÊNIO! – gritou, sorrindo pro amigo.
- Querem ajudar ou não? – nos olhou, implorando.
- Eu ajudo. – se ofereceu.
- E vocês, meninas? – perguntou, olhando pra nós.
- Argh, ta bom! – Eu concordei. Eram meus amigos. Eu não podia deixá-los na mão.
- Ta, o que vamos fazer? – também se disponibilizou a ajudar.
- Eu conheço uma lavanderia aqui por perto. – também quis ajudar.
- Ok, então vamos lá. – disse, abrindo a porta do porão. Havia uma porta que dava direto pro lado de fora da casa.
- AGORA? Mas e se ela.. – ia dizendo.
- Nós dissemos que fomos comprar algo pra comer. – disse, saindo passando pela porta do porão.
- Não acredito que vamos fazer isso. – Eu neguei com a cabeça, saindo do porão.

Todos saímos pro lado de fora do porão. estava levando o vestido em suas mãos. A ideia era boa, porém arriscada. podia dar falta do vestido a qualquer momento. Teríamos que inventar uma boa desculpa para aquilo.

- Vamos com o meu carro! Cabe todo mundo. – disse, mostrando a chave do carro. Abriu o porta mala e ajudou a colocar o vestido lá com cuidado. Lá era o único lugar em que o vestido estava totalmente fora de perigo.
- HEY! ONDE VOCÊS ESTÃO INDO? – apareceu na porta.
- Porra, ferrou. – disse, sussurrando.
- Nós vamos dar uma volta com o meu carro novo. – sorriu falsamente. – Você sabe, os caras estão loucos pra andar nele. – continuou mentindo e sorrindo.
- E não iam me chamar? – cruzou os braços.
- Estávamos esperando você desligar o telefone, amor. Íamos te esperar no carro. – mentiu com dor no coração.
- Ahn, então eu já estou indo. Vou só trancar a casa. – disse, entrando na casa.
- O que nós vamos fazer agora? – disse em pânico.
- Vamos dar uma volta com o carro. Nós damos uma desculpa e deixamos as meninas no shopping com ela. E nós vamos em uma lavandaria e esperamos o vestido ficar pronto. – explicou o plano.
- EU NÃO CONSIGO MENTIR PRA ELA, GENTE. – Eu disse, desesperada. sempre sabia quando eu estava mentindo.
- Se vira, . Faz a sua parte. – me olhou, irritado.
- Isso é tudo culpa sua, seu idiota. – Eu fuzilei ele com os olhos.
- Pronto. – voltou a aparecer na porta. Estava trancando-a. Eu e paramos de discutir no mesmo instante. Ela não poderia desconfiar.
- Vamos, então. – continuou forçando o sorriso.

Todos entramos no carro. foi no banco da frente com o . O resto foram atrás, inclusive eu. O carro era enorme, cabia todos nós. Era como uma minivan. começou a dirigir o carro e ninguém tinha coragem de falar nada, pois tinha medo de soltar algum fora sobre o vestido.

- Por que vocês estão tão calados? – perguntou, estranhando nosso comportamento.
- Estamos curtindo o passeio. – disse e lhe deu um soco de forma disfarçada. – O que? – olhou pra ela e disse, sem emitir som.
- É muito confortável. – disse, olhando pro . Estava querendo arrumar um assunto, para quebrar o silêncio.
- E ele é muito grande. Eu nunca dirigi um carro tão grande. – completou.
- Qualquer dia desses, deixo você dirigir. – sorriu pro amigo.
- Então, acho que podíamos dar uma volta no shopping. O que vocês acham? – Eu fingi que a ideia foi minha.
- Eu adorei! – comemorou.
- Shopping? Eu estou fora. – fez careta.
- Eu também não estou afim não. – também fez careta.
- Poxa, amor. – fingiu estar chateada.
- Por que não vão só vocês? – disse, fingindo ter tido uma ideia brilhante.
- Só nós? – repetiu.
- É, você e as garotas vão no shopping e eu e os garotos vamos dar uma volta nesse carro. – forçou um sorriso.
- É, vou deixar eles dirigirem antes que eles morram de vontade. – forçou uma risada e mais ninguém riu.
- Pode ser. – Eu concordei.
- Então pode ser. – sorriu.
- Vamos fazer isso então. – sorriu, empolgada. Ela adorava o shopping.
- Certo, então vamos deixar vocês lá e mais tarde vamos buscar, ok? – disse e eu e as garotas concordaram.

começou a dirigir em direção ao shopping. O plano estava ocorrendo perfeitamente. As garotas iam pro shopping e os garotos fariam o trabalho sujo. Quando achávamos que tudo daria certo, passamos em frente a uma delegacia, na verdade era mais como um posto policial.

- Espera, a polícia está atrás de nós? – disse, olhando pra trás. olhou no retrovisor e viu que a polícia piscava os faróis, sinalizando que era pra ele parar o carro.
- Que droga. – disse, irritado. Parou o carro e esperou o policial vir até o seu carro.
- O policial também deve ter achado que você roubou o carro. – gargalhou.
- Idiotas invejosos. – revirou os olhos. Sabia que o policial não acharia nada de errado ali.
- Boa tarde. – O policial disse. Usava óculos escuros.
- Boa tarde, senhor. – sorriu pro policial. – Qual o problema? – perguntou.
- Aparentemente nenhum. – O policial disse e sorriu, aliviado. – Mas eu preciso ver os documentos do carro. – O policial disse, olhando seriamente pro .
- Os documentos? – ficou um pouco mais sério. Não se lembra de ter visto os documentos do carro, mas sabia que eles provavelmente estavam no porta-luvas. – Só um minuto. – abriu o porta-luvas e começou a revirar os diversos papéis que haviam ali dentro em busca dos documentos.
- Você está brincando, né? – disse, sorrindo. Achou mesmo que o amigo estava brincando.
- Cadê essa porcaria de documento? – disse baixo, enquanto continuava revirando o porta-luvas.
- , você não pegou os documentos com o pai? – Eu perguntei, ficando nervosa.
- Com o pai? Era pra estar aqui, porra. – continuo revirando o lugar.
- Ok, garoto. Pode descer do carro, por favor. – O policial disse, se afastando para que descesse do carro. – Os seus amigos também devem descer. – O policial disse, sério.
- Isso é alguma pegadinha? – olhou pra mim.
- Puta merda. – suspirou, descendo do carro. Todos descemos do carro e ficamos em torno do policial.
- Ok, encostem suas duas mãos no carro e afastem as pernas. – O policial disse, esperando que fizéssemos o que ele pediu.
- Isso não está acontecendo. – fechou os olhos, tentando se acalmar para não começar a chorar.

O policial se aproximou e começou a revistar cada um de nós, procurando por algum objeto suspeito. O primeiro a ser revistado foi o , ele estava limpo. Depois foi a vez de , e . Finalmente chegou a minha vez. O policial começou a passar a mão pelo meu corpo, procurando por algo errado. , que estava ao meu lado olhou pro policial, irritado.

- Hey.. – já ia pedir pro policial me deixar em paz, mas não deu tempo.
- Calado, garoto. – O policial parou de me revistar e foi revistar o . Os últimos a serem revistados foram e . – Eu preciso da identidade de vocês. – O policial pediu, enquanto falava com outro policial no rádio.

Demos nossas identidades pra ele e ele analisou uma por uma. A cada identidade, ele falava com uma outra pessoa no rádio, que certamente estava conferindo nossas fixas.

- Diga adeus pra sua herança, irmão. – Eu forcei um sorriso pra ele.
- Como eu ia saber que o documento não estava no carro? Sempre está no carro. – explicou.
- Meus pais vão me matar. – negou com a cabeça.
- Vai ser ótimo passar o dia do meu aniversário presa. – disse com lágrimas nos olhos.
- Meu pai vai me deixar de castigo até o ano que vem. – negou com a cabeça.
- A culpa não foi só minha, OK? – disse, se referindo aos garotos, que também tinham a sua parte de culpa naquilo. se descuidou do vestido, teve a ideia de brincar com a bola e a chutou no frasco de tinta.
- Não adianta ficar procurando um culpado agora. – disse, furioso.
- Não adianta mesmo, por que eu já achei o culpado. – Eu fuzilei com os olhos.
- Que novidade, . – revirou os olhos.
- Vocês vão ser encaminhados para a delegacia mais próxima. – O policial voltou a falar com nós.
- DELEGACIA? – arregalou os olhos. – Mas nós não fizemos nada! – tentou argumentar.
- Fique calado, garoto. – O policial pediu, impaciente.
- Mas senhor, nós só estávamos passeando pela cidade. O que há de errado nisso? – continuou debatendo.
- .. – Eu tentei fazê-lo calar a boca.
- Deixa isso comigo, . – me olhou, irritado. Voltou a olhar pro policial.
- Eu mandei ficar calado. – O policial disse, ainda mais irritado.
- Isso é injusto. Tem tantos bandidos por ai e você quer prender os inocentes? – disse, indignado. O policial foi em direção ao , o virou de costas, apertou seus pulsos e o pressionou contra o capô do carro. – VAI SE COMPORTAR OU VOU TER QUE ALGEMÁ-LO? – O policial gritou.
- Não, não. Não faz isso. – Eu implorei pro policial. – Ele vai parar. Tudo bem. – Eu sorri pro policial. O policial me olhou, sério. Soltou , mesmo estando com o pé atrás. Outras duas viaturas chegaram. O policial foi falar com os seus companheiros. – Cala a boca, garoto. – Eu olhei pro , furiosa. Enfrentar o policial não facilitaria as coisas.
- Vamos! – O policial nos chamou.

Nos dividimos em 3 carros. Os garotos disseram que tinha que ir pelo menos deles em um carro. Eles não queria nos deixar sozinhas com um policial. Nunca se sabe, certo? foi no mesmo carro que e , e foram no mesmo carro que eu e e foram sozinhos em outro.

Aquilo parecia um pesadelo. Um pesadelo que eu estava demorando pra acabar. Não podia estar acontecendo de verdade. Era.. inacreditável. Chegamos na delegacia que havia ali perto. Entramos todos juntos. Não estávamos algemados nem nada. Eu não fazia ideia do que aconteceria.

- Ok, agora eu preciso que vocês me passem o telefone dos pais de vocês. – O policial disse com um papel nas mãos.
- Não, pros meus pais não. – segurou o choro.
- Ficar preso vai ser melhor do que enfrentar os meus pais. Eu posso ficar aqui mesmo. – se sentou em um dos bancos da delegacia.
- Engraçado, garoto. Mas eu ainda quero o número dos seus pais. – O policial disse, sarcástico.

Todos nós passamos os telefones dos nossos pais. Imaginei o quão assustada a minha mãe ficaria ao atender o celular. Pensaria no pior e depois de descobrir tudo, iria querer cometer o pior. Eu e estávamos ferrados. Mais ferrados do que os outros, por que o carro estava no nome da minha família.

- Enquanto isso, vocês vão esperar aqui. – Um dos policiais disse e abriu uma das celas. Não era uma cela como a dos outros presos. Não ficava nem junto com outros presos. Era uma cela que ficava ali mesmo na sala do delegado.
- Eu não acredito que vou entrar em uma cela, como uma criminosa. – começou a chorar. Estava demorando.
- Não chora, amor. Vai ficar tudo bem. – tentou acalmar a namorada.

Entramos na tal cela. Era grande o suficiente para todos nós. Sentamos e aguardamos como o policial havia pedido. Estava pensando em qual dos pais chegaria primeiro. Independente de quem fosse, a liberdade de todos nós dependia dos meus pais. Eles tinham o testamento e o documento do carro. Eles poderiam provar que o carro não era roubado ou qualquer coisa assim.

- Como você foi esquecer o documento, seu idiota? – disse, olhando pro , irritada. Ela não sabia de toda a história e por isso achava que a culpa era só dele.
- Não foi só culpa minha! – disse, ofendido. – Contem pra ela! Não dá pra ficar pior que isso. – disse, revoltado.
- Contar o que? – engoliu o choro.
- Nada. – tentou impedir o assunto.
- Contem logo. – revirou os olhos.
- Não, ela já está nervosa o suficiente. – Eu também tentei evitar.
- Calem a boca e não piorem as coisas. – disse, olhando pros garotos.
- Tudo começou com o .. – começou a explicar. – Ele deixou o seu vestido em cima da cama. – terminou de explicar.
- Então o idiota do resolveu brincar de bola no porão da sua casa. – arqueou a sobrancelha.
- Hey! Eu sugeri! Vocês que aceitaram jogar e foi o ruim do que chutou a bola na prateleira de tintas. – se defendeu.
- O que? Eu não estou entendendo nada. – fez careta, mostrando-se confusa.
- Nós manchamos o seu vestido. – disse de uma vez com uma careta.
- VOCÊS O QUE? – parou de chorar na hora. O vestido era mais importante.
- Foi sem querer, ! E nós íamos limpar. Vocês nem saberia, se o imbecil do não esquecesse a porcaria do documento do carro. – disse, sentindo-se mal pelo que tinha acontecido.
- É, ficou se achando só por que ganhou o carro! – olhou pro , furioso. – ‘Olha, olha, eu tenho um carro novo e sou gay!’ – disse, forçando uma voz fina e querendo imitar .
- Vai se ferrar, . – disse, impaciente.
- Era só você não ter agido como um garotinho de 13 anos e deixasse a porcaria da bola quieta. Mas não, ele vê uma bola e já fica com frescura. – Eu disse, ficando de pé e apontando o dedo pro . Eu tinha que defender o meu irmão, né?
- Fica quieta, garota. Nem estou falando com você! – disse e também se levantou, ficando em minha frente e me fuzilando com os olhos.
- Espera. – tentou nos interromper.
- Não me manda ficar quieta, idiota! – Eu disse e o empurrei pra trás. Ele caiu sentado, por sorte, em cima do banco onde ele já estava sentado antes.
- ESPERAAAAAAA! – gritou, nervosa. Até os policiais pararam para olhá-la. – De qual vestido vocês estão falando? – arqueou a sobrancelha.
- Aquele que você estava usando no ensaio de hoje. – foi o único que respondeu.
- Aquele vestido? – nos olhou com cara de ‘vocês são idiotas?’.
- Qual mais seria? – rolou os olhos.
- Achei que fosse o que eu ia usar na festa! – disse, aliviada.
- COMO ASSIM? – cerrou os olhos, olhando pra .
- Tudo isso por que vocês mancharam o meu vestido de ensaio? Eu paguei R$ 50,00 nele. – não estava entendendo.
- Quer dizer que.. AQUELE NÃO É O VESTIDO QUE VOCÊ VAI USAR NO SEU ANIVERSÁRIO? – gritou, revoltado. Ele não estava acreditando.
- Exatamente isso. – quase sorriu.
- E por acaso, mais alguém sabia disso? – perguntou, olhando pra mim, pra e pra . Ops, fomos descobertas.
- Só as meninas. – respondeu, ainda sem entender.
- PUTA-QUE-PARIU.. – gritou, enfurecido.
- Ferrou. – disse baixinho, forçando um sorriso para os garotos.
- Então vocês viram eu, o , o e o nos matando por ter causado a tragédia do aniversário da e não contaram NADA? – dizia, mostrando-se indignado.
- Eu posso explicar. – Eu disse, forçando um sorriso.
- Por favor, . – cruzou os braços, me olhando. Os meninos faziam o mesmo.
- Vocês sempre foram irresponsáveis com tudo e nunca nos escuta. – Eu expliquei, séria. – Nós queríamos que vocês aprendessem uma lição. – Eu completei, achando que aquilo fazia muito sentido. E fazia, há algumas horas atrás.
- Você está dizendo que estamos na presos por que VOCÊS quiserem nos ensinar uma lição? – me olhou, furioso.
- Eu juro que parecia bem mais divertido há uma hora atrás. – disse com um sorriso culpado no rosto.
- E ainda ficaram colocando a culpa em nós? – cerrou os olhos.
- Mas foi culpa de vocês! Era só o fazer o que a tinha pedido. – começou a explicar.
- E o deixar a bola quieta! – Eu olhei pro , séria.
- E o tomar cuidado com onde chutava a bola! – fez careta pro .
- E o não esquecer os documentos, NÃO É? – olhou pro , impaciente.
- OU ERA SÓ VOCÊS FALAREM QUE NÃO TINHA PROBLEMA EM MANCHAR O VESTIDO! – gritou, louco da vida. Juro que estava até achando engraçado ver ele tão irritado daquele jeito.
- Não acredito que eu vim parar na cadeia por causa disso! Antes fosse por agarrar a minha vizinha gostosa a força. – suspirou, indignado.
- CALA A BOCA, IMBECÍL. – negou com a cabeça.
- Estamos nessa confusão por NADA. Isso é ótimo. – suspirou e negou com a cabeça.
- Eu já me meti em muita confusão, mas não chegou nem perto disso. – disse, desolado.
- Parece até que estamos vivendo ‘American Pie’ por um dia. – riu, frustrado.
- É, mas sem a pornografia e as mulheres nuas, infelizmente. – disse, rindo de sua própria desgraça.
- Vou fingir que não percebi que você esta se referindo a minha irmã. – forçou um sorriso.
- Vocês podem parar de falar de mim na terceira pessoa? Eu estou aqui. – Ei disse, irritada. negou com a cabeça.
- Sr. E Sra. ? – Ouvi o policial dizer. Meus pais chegaram. Estavam conversando com o policial. Não conseguimos ouvir nada da conversa deles.
- Acha que eles vão conseguir nos tirar daqui? – perguntou pro , observando meus pais conversando com o mesmo policial.
- Meu pai pagaria o policial para me deixar preso aqui por uma semana, apenas como castigo. – olhou pro amigo, que não se animou nem um pouco.
- Abra e cela deles. – O policial que conversava com meus pais disse para um de seus subordinados. A cela foi aberta e nós saímos, ficando de frente pros meus pais. Eu e estávamos até com medo de olhar pra eles.
- Ok, crianças. O caso foi resolvido. Vocês podem ir embora. – O policial nos olhou friamente.
- GRAÇAS A DEUS! – gritou, desesperada.
- Só uma pergunta. – sorriu docemente. – Onde está o meu carro? – disse, educado.
- Cala a boca, moleque. – Eu dei um tapinha no braço dele e ele me olhou com cara feia.

Meus pais agradeceram o policial e saíram da delegacia. Nós os seguimos até o lado de fora. sorriu como nunca, quando viu o seu carro estacionado no pátio da delegacia. Meus pais não disseram nada durante o caminho até o carro. O silêncio estava me apavorando ainda mais. Eu preferia que eles gritassem e nos xingassem de uma vez. Chegamos no carro e eles pararam e nos olharam, sérios.

- Eu não sei nem o que dizer. – Meu pai disse, tentando manter a calma.
- Pai.. – tentou explicar.
- Deixe seu pai falar. – Minha mãe disse, séria.
- A culpa foi minha. Eu fiquei tão empolgado, que não vi que estava sem o documento do carro. Me desculpem. – disse, sério. Eu pude sentir a sinceridade em sua voz.
- Obrigado por assumir a culpa, filho. Me deixa orgulhoso. – Meu pai deu um pequeno sorriso.
- Sério? – sorriu, aliviado.
- NÃO. – Meu pai disse, furioso. – ONDE VOCÊ ESTAVA COM A CABEÇA? – Meu pai estava revoltado.
- Ahn, droga. – fez careta e coçou a cabeça. Meu pai parou de falar, respirou fundo.
- Eu quero que saibam, que eu já liguei para os pais de vocês explicando tudo. – Meu pai avisou aos meus amigos. – Expliquei que, apesar de ter sido irresponsável, a culpa também foi minha, pois não me lembrei de avisá-lo que o carro estava sem documento. – Meu pai estava muito sério.
- Não, Sr. . A culpa também foi nossa. Nós assumimos isso. – disse. Achei até meio fofo o fato dele estar tentando tirar toda a culpa das costas de e do meu pai.
- É verdade. – concordou.
- Todos tivemos nossas culpas. – também concordou.

Contamos toda a história para os meus pais. Não sei se eles acreditaram ou não, mas pode ver um pequeno sorriso no rosto da minha mãe na hora em que eu contei a parte em que notou que estava sem o documento.

- Certo, então todos são culpados, certo? – Meu pai concluiu.
- Sim. – concordou. Todos concordamos também.
- Eu e os pais de vocês já sabíamos que vocês não deixariam ninguém assumir a culpa sozinho. Conhecemos todos vocês melhor do que pensam. – Meu pai cruzou os braços. Todos nos olhamos. O que aquilo queria dizer?
- Eu sei que tem algum castigo a caminho. – Eu revirei os olhos.
- Exatamente, querida. – Meu pai sorriu pra mim.
- Estou de castigo até completar 50 anos. Já sei. – suspirou.
- Não. – Meu pai negou com a cabeça. – Nós conversamos com os pais de todos vocês e entramos em um consenso sobre o castigo que vocês merecem. – Meu pai explicou com um sorriso perverso no rosto.
- Todos vamos ter o mesmo castigo? – arqueou a sobrancelha.
- Isso. – Minha mãe confirmou.
- Ok, agora eu fiquei com medo. – forçou um sorriso.

A desvantagem dos seus pais serem super amigos dos pais de TODOS os seus amigos era essa. Eles arquitetavam planos malignos contra todos nós. Se um dos pais já daria um castigo perverso, imagina o castigo que 7 pais juntos? Era assustador.
- Ok, pai. Fala. – cansou de esperar.
- Vocês são muito unidos, certo? Vivem fazendo tudo uns pelos outros. Então por que não pagar esse castigo juntos? – Meu pai e minha mãe se olharam.
- Eu não vou dar banho no . Já esta avisado. – disse, sério.
- Não tente me dar ideias, . – Meu pai disse, sério.
- O que o Sr. Está querendo dizer? – disse, confusa.
- , como você já sabe, os seus pais vão viajar essa noite. – Minha mãe olhou pro .
- Sim. Por que? – olhou, sem entender.
- O castigo é esse, crianças. – Meu pai disse, nos preparando para o pior. – A casa de vai ficar vazia essa noite. Vocês vão todos dormir lá. – Meu pai disse e todos nós nos olhamos. SÓ ISSO?
- E o que mais? Vai ter um serial killer lá? – disse e riu.
- Esqueci de contar um detalhe. – Meu pai sorriu falsamente. – Vocês vão ficar sozinhos na casa, só que SEM TELEVISÃO, SEM VIDEO GAME, SEM CELULARES, SEM NADA ELETRÔNICO. – Meu pai sorriu, satisfeito
- Não, não.. – negou com a cabeça.
- Isso inclui a geladeira e o micro-ondas. Isso quer dizer que vão ter que se virar sozinhos, inclusive para fazer a comida de vocês. – Minha mãe detalhou.
- Vamos todos morrer de fome. – fez careta.
- E nos agradeçam por termos deixado a luz fora desses cortes. – Meu pai disse, ameaçador.
- E qual a moral disso tudo? Eu sei que tem alguma moral perdida em algum lugar por aqui. – Eu disse, séria.
- A amizade de todos vocês é bonita e invejável. Vocês fazem de tudo uns pelos outros. Vocês se metem em confusão juntos, vocês ficam de castigo juntos. Amizades são para todos os momentos, inclusive para os ruins. Vamos ver o quanto tempo vocês se aguentam sozinhos e sem nada pra fazer uma casa. – Meu pai explicou tudo.
- Não vamos estar sempre aqui para salvar a pele de vocês sempre que fizerem besteira. Vocês tem que entender isso. – Minha mãe finalizou.
- Quanta maldade. – sorriu, irônica. Não parecia tão ruim assim.
- Aliás, uma semana sem o carro, . – Meu pai disse e os olhos de se encheram rapidamente de lágrimas.
- O CARRO NÃO, PAI. – implorou.
- , uma semana sem o notebook. – Minha mãe sorriu pra mim.
- Não, mãe! Essa semana tenho que fazer um trabalho da escola. – Eu sorri, tentando convencê-la. Eu realmente tinha um trabalho pra fazer aquela semana.
- Que ótimo. É uma boa oportunidade para você ir até a biblioteca e fazer uma pesquisa manual. Sua mão também não vai cair se você fizer o trabalho escrito. – Minha mãe riu.
- NÃO.. – Eu entrei em desespero.
- Agora eu vou levar vocês pra casa de vocês. Vocês também vão ter os seus castigos individuais. Não se preocupem. – Meu pai sorriu malignamente.
- EU SABIA! – gritou.
- Eu não posso ficar sem o meu celular. – fez bico.

Entramos todos no carro de . Meu pai estava dirigindo. Cabíamos todos no banco detrás. Meu pai foi deixando um por um em casa. Era o que havia sido combinado com os pais de cada um deles.

Cheguei em casa com os ouvidos cansados de ouvir tanta lição de moral e tanta bronca. Sim eu e teríamos que ficar ouvindo toda aquela besteira por pelo menos um mês. Nova York pelo menos me salvaria disso, certo?

Eu estava sem notebook e sem vida social. Tive que passar o resto da tarde dormindo. O encontro na casa de estava marcado para ás 8 horas, por isso acordei ás 6:30 e comecei a me arrumar. e eu saímos de casa ás 7:40. Fomos com o MEU carro. estava dirigindo.

- Eu não acredito que estou dirigindo essa lata velha de novo. – disse, emburrado.
- Para de reclamar. Poderia ser pior. – Eu revirei os olhos.
- Pior do que ficar uma semana sem o meu carro importado? COMO? – me olhou, irritado.
- Você podia ter perdido o carro pra sempre. Não iria dirigi-lo nunca mais. – Eu disse, rindo.
- Você tem razão. Seria a pior coisa do mundo. – não quis nem pensar.

Chegamos na casa de . O carro de já estava estacionado na garagem. As luzes da casa estavam acesas. Todos já deviam ter chego. Descemos do carro e o trancou. Pegamos nossas bolsas e fomos em direção a porta da casa de . Tocamos a campainha e a porta logo se abriu.

- Só faltava vocês. – abriu a porta e deixou que eu e entrássemos.
- A única vantagem de passar a noite aqui é a de ficar longe da falação dos meus pais. – revirou os olhos. estava sentado no sofá e nós rapidamente trocamos olhares.
- Minha mãe nunca ficou tão brava quanto hoje. – negou com a cabeça.
- Qual foi o castigo de vocês? – perguntou, se sentando ao lado do namorado no sofá.
- Uma semana sem celular. – revirou os olhos.
- Vou ter que ficar cuidando da minha irmã todas as tardes durante um mês. – fez careta.
- Meu videogame já era. Só mês que vem. – disse, irritado com a situação.
- Vou ter que trabalhar com o meu pai durante o mês inteiro. – disse, contrariado.
- Sem dinheiro por um mês. Isso quer dizer: sem festas, sem baladas, sem cinema. – sorriu, sarcástica.
- Eu também! Sem dinheiro! – também disse.
- Tudo bem, por que antes de pagarmos esses castigos, vamos morrer de fome por que não temos nada pra comer hoje. – sorriu falsamente.
- Vamos fazer algo pra comer então... – disse.
- Ok, agora vamos todos morrer por comer a comida. – disse, rindo. Os garotos também riram.
- Pior que eu estou com fome. – fez bico.
- Também estou. – concordou.
- Ou nós fazemos a comida, ou morremos de fome. – se levantou do sofá.
- Os meninos vão ajudar. Podem ir levantando. – Eu disse, indo até e o puxando do sofá.
- Vamos dividir as tarefas. – nos olhou, pensativa.
- Eu e a fazemos o arroz e o feijão. – disse, olhando pra .
- Eu e a podemos fazer as batatas fritas e a carne. – Eu olhei pra e ela sorrindo, demonstrando que estava satisfeita com a nossa função.
- Eu e o podemos fazer.. as saladas. – disse e o olhou com cara feia. achou que não precisaria fazer nada.
- E eu e o fazemos o suco! – sorriu, satisfeito. Pra ele, o suco era a parte mais rápida e fácil.

Começamos a preparar o jantar. Queríamos colocar uma música para animar, mas estávamos sem nenhum tipo de eletroeletrônico ali. O celular também havia ficado com nossos pais. Demoramos aproximadamente 1 hora para prepararmos todo o jantar.

- Quem vai ser o corajoso que vai pegar primeiro? – riu, olhando pra todos nós. Estávamos todos sentados em torno na mesa, olhando para o resultado da nossa tentativa de fazer o jantar.
- Já que eu sou o único homem desse lugar, eu pego! – se levantou com o prato na mão e começou a pegar a comida.
- Ok, vejo vocês do outro lado. – disse, pegando a comida em seguida. Todos gargalharam.
- Não pode estar tão ruim assim. – continuou rindo.
- O suco eu garanto que está bom. – sorriu pro .
- Isso é verdade. – concordou, depois de comer a primeira garfada.

Todos os outros também pegaram a comida. Não estava tão ruim quanto achamos. Na verdade, estava bom, mas só estava um pouco salgada. Era comível e isso era o suficiente para 8 mortos de fome , que estavam sem energia e sem telefone.

- Essa carne ta tão dura, que estou com medo de quebrar os meus dentes. – disse, apenas por que sabia que era a que havia feito a carne.
- Da próxima vez você faz, idiota! – disse, impaciente.
- E essa batata frita está mais murcha que os peitos da minha avó. – disse e todos tiveram ataques de risos, menos eu. Fui eu que fiz as batatas.
- Você vai ver onde essas batatas murchas vão parar depois de eu.. – Eu ia dizendo e me interrompeu.
- OK, OK! – riu, deduzindo o que eu diria a seguir.
- Idiota.. – Eu suspirei, irritada.
- Insuportável.. – fez o mesmo, olhando pra mim.
- Infantil.. – Eu olhei pra ele, furiosa.
- Fazedora de batatas murchas.. – sorriu, tirando com a minha cara.
- AGORA EU VOU FAZER VOCÊ ENGOLIR ESSAS BATATAS E NÃO SERÁ PELO BURACO QUE VOCÊ ESTÁ PENSANDO. – Eu peguei o prato de batatas e me levantei, bufando.
- Devolve isso, garota. – tirou o prato de batatas das minhas mãos, gargalhando.
- ARGH! – Eu disse, já no meu limite. Sai em direção a cozinha. Se eu ficasse ali, arrancaria os cabelos do . Juro.
- Para de ficar irritando ela, . – olhou e negou com a cabeça.
- Ninguém pede pra ela parar de me irritar né? – arqueou a sobrancelha.

Aproveitei que já estava na cozinha e comecei a lavar a louça. Eu não queria voltar pra sala. Eu tinha que me acalmar primeiro. Lavei toda a louça, enquanto ouvia todos rindo e conversando na sala. Ouvir a voz de fazia meu sangue subir de um jeito inexplicável. Eu realmente tinha que me acalmar.

- Chega de conversa. – olhou pra todos. – Temos que lavar a louça. – fez careta.
- Ok, vou dar uma volta ali fora. – foi se levantando da mesa, querendo se livrar da louça.
- Eu já lavei a louça. – Eu joguei o pano de prato sobre a mesa. – Falta o prato de vocês. – Eu nem olhei pra eles, por que não queria olhar pro . Fui direto pro sofá e me deitei, olhando pro teto. Tudo para não olhar pro .
- Finalmente hein, . Prestou pra alguma coisa. – olhou pra mim de longe. Não me movi, não falei nada. Apenas respirei fundo e continuei olhando pro teto.
- Ok, então vão lavando. Eu vou ao banheiro e já volto. – avisou, saindo da sala da jantar.

Todos começaram a tirar a mesa. As garotas foram lavanda a louça. Uma lavava e a outra enxugava. Deixariam que a guardasse cada coisa em seu lugar depois. Os garotos terminaram de tirar a mesa e foram para o sofá. estava sentado no mesmo sofá que eu. Meus pés estavam em cima de suas pernas. , e estava em outro sofá, que ficava de frente pra mim. Eu continuava olhando pro teto. Não queria dar motivos pro me irritar de novo.

- Eu vou pegar uma coisa no meu quarto. Já volto. – se levantou e foi em direção ao seu quarto. Passou pelo corredor e chegou até outro corredor, onde ficava a porta de seu quarto, a porta do quarto dos seus pais e a porta do banheiro. Não sabia muito bem o que estava fazendo, mas faria mesmo assim.

terminou de usar o banheiro, lavou as mãos e deu uma olhada no espelho. Estava tudo em ordem. Abriu a porta do banheiro e antes que pudesse sair de lá, apareceu em sua frente e a empurrou pra trás, fazendo com que ela voltasse pra dentro do banheiro com ele. Ele trancou a porta, mesmo estando de costas pra porta.

- O que você está fazendo? – até falou meio baixo. Não queria que todos vissem aquela cena. Eles não acreditariam nela.
- Uma coisa que eu já deveria ter feito há muito tempo. – Os lábios de alcançaram os dela rapidamente. não teve reação. Deixou que ele a guiasse. Ele levou suas mãos em suas coxas e a levantou do chão. As pernas dela estavam em torno da cintura dele. a levou até a pia e a colocou sentada sobre o mármore.

sabia o que ele sentia por ela e sabia que aquilo, de alguma forma, também era correspondido. Aquele beijo que ela havia dado nele na noite passada não saia da cabeça dele. A única coisa que ele conseguia pensar era em quando ele poderia sentir aquela sensação de novo. Notou como ela estava extremamente linda naquele dia e ela estava ali, na casa dele. Se ela havia roubado um beijo dele na outra noite, por que ele não poderia fazer isso também?

Eles continuavam a se beijar empolgadamente. estava maluca por ele. sentia isso em cada toque dela em seu rosto, em cada vez que sentia ela morder propositalmente um de seus lábios. O beijo finalmente foi desfeito. Suspiros desacelerados eram dados por ambos.

- Você está maluco? – perguntou, olhando pra .
- Estou maluco por você. – acariciou o rosto dela e viu quando um sorriso surpreso apareceu no rosto dela.
- Ainda bem que eu não sinto nada por você.. – sorriu e negou com a cabeça. voltou a se aproximar e olhou seus lábios. quase tocou lábios dela, os narizes roçaram um no outro e ele pode sentir a respiração dela se intensificar de novo.
- Tem certeza? – sussurrou, olhando-a nos olhos.
- Você não vai me fazer dizer. – riu, ainda hipnotizada com toda aquela sedução dele.
- Dizer o que? – sorriu, cínico. Ele ainda não havia se afastado. Levou uma de suas mãos até o cabelo de e voltou a manipulá-la com os lábios.
- Ok, eu sou louca por você. – disse, desistindo. – Satisfeito? – Ela perguntou, contrariada. Ele voltou a beijá-la no mesmo segundo. Ele só queria ouvi-la assumir aquilo.

O beijo não foi tão longo. Eles ficaram com medo de que alguém desconfiasse do sumiço deles. Não sabiam o que fariam depois daquilo. Quer dizer, o que estava acontecendo entre eles agora?

- Não vamos contar a eles. – disse, sério. Ele e ainda estavam bem próximos.
- Se nós contarmos, eles vão ficar fazendo piadinha e colocando pressão. Nós precisamos ter calma agora. Entender isso. – explicou.
- Também acho. – concordou.
- Certo, então nós vamos ter que ser bem convincentes. – voltou a colocar os pés no chão. – Eu volto pra lá primeiro e você demora mais um pouco pra voltar, ok? – perguntou.
- Certo. – sorriu, ainda maravilhado com o que tinha acontecido.
- Então.. – foi andando em direção a porta.
- Espera! Só mais um.. – colou seus lábios nos de de novo. Foi um beijo mais rápido e sem muita profundidade.
- Para, para! – terminou o beijo.
- Ok, vai lá. – riu e a soltou.

abriu a porta do banheiro e saiu. Voltou pra cozinha como se nada tivesse acontecido. saiu discretamente do banheiro. Passou em seu quarto só para fingir que realmente tinha ido procurar algo lá. Voltou pra sala uns 4 minutos depois.

- Ok, terminamos de lavar a louça! – se sentou no sofá, parecendo exausta.
- O que vamos fazer agora? – perguntou, curiosa.
- Dormir? – arqueou a sobrancelha.
- Não! Ainda está cedo. – negou com a cabeça.
- Vamos.. jogar alguma coisa. – Eu dei a ideia.
- Boa ideia, ! – sorriu, satisfeito.
- Jogar o que? – perguntou, pensando em uma possibilidade.
- Não, . – Eu arqueei a sobrancelha, olhando pra ele.
- O que? – olhou pra mim, sem entender.
- Não vamos jogar truco. – Eu rolei os olhos. Ele era viciado em truco. Se pudesse, jogaria o dia todo.
- Eu nem falei nada! – me olhou, indignado.
- Mas pensou em dizer. – Eu sorri falsamente pra ele.
- E se jogássemos algum jogo de tabuleiro? – deu a ideia.
- Tenho alguns jogos aqui.. – disse, aceitando a possibilidade.
- Talvez.. poker? – disse e todos olharam pra ele.
- NÃO! – Eu e gritamos juntas.
- Por que não? – nos olhou, sem entender.
- Sempre termina em briga. – Eu disse, séria.
- Sempre sou EU que ganho. Esse é o problema. – revirou os olhos.
- VOCÊ? Da última vez você roubou de todo mundo! – disse, revoltado.
- E só você me viu roubando, né? – riu, cruzando os braços.
- Você é que escondeu as cartas embaixo de você na última vez, . – rolou os olhos.
- EU NÃO VI QUE AS CARTAS ESTAVAM LÁ, OK? – se defendeu.
- Com certeza elas foram parar embaixo de você MISTERIOSAMENTE – disse, indignada.
- TA VENDO? – Eu disse, irritada. – O jogo nem começou e já estamos brigando. – Eu neguei com a cabeça.
- Ok, então sem brigas. – respirou fundo.
- Não adianta.. – negou com a cabeça.
- Sem brigas! – ergueu os braços, querendo deixar claro que não brigaria com ninguém.
- Então, tudo bem vai. – rolou os olhos.
- Ok, mas eu não vou jogar. – Eu disse, séria. Eu conhecia o . Eu sabia, que de alguma forma, ele estragaria tudo.
- Por que não, ? – me olhou, contrariado.
- Por que não. – Eu respondi. Não queria citar em minha desculpa.
- Ela não quer perder pra mim. – riu.
- Eu não quero jogar com você. É diferente. – Eu sorri falsamente.
- Não quer jogar, por que está com medo de perder. – sorriu com um certo ar de superioridade.
- Não estou com medo. – Eu cerrei os olhos pra ele.
- MEDROSA! – gritou, rindo.
- Cala a boca, Jonas. – Eu olhei pra ele, séria.
- Esta com medinho? O Mark não esta aqui pra te ajudar? – fingiu um bico, me olhando. Peguei a almofada mais próxima e ataquei nele com toda a minha força.
- Você quer jogar? Vamos jogar. – Eu me levantei do sofá, irritada. – Não reclame depois. – Eu sorri falsamente.
- Vou pegar o poker. Esperem ai. – se levantou e foi até o seu quarto pegar o jogo. Voltou com a maleta nas mãos.

Arrumamos as moedas de cada um e sentamos em torno na mesa, formando um círculo. As meninas eram as primeiras a jogar e os garotos vinham depois. era o último. As apostas começaram. As garotas eram mais cuidadosas e sempre apostavam menos, enquanto os garotos apostavam bem alto.

- Eu aposto todo o meu dinheiro. – disse, olhando todos com um sorriso desconfiado. Suas cartas eram boas. Ele não estava blefando.
- Eu acho que você está blefando, ! – riu, olhando pro amigo.
- Então, paga pra ver. – riu.
- Eu pago pra ver! – sorriu pro , desconfiada.
- Também vou pagar! – decidiu-se.
- Ok.. – engoliu o riso.

e foram os únicos que aceitaram a aposta de . Quem perdesse, perderia todas as suas moedas e quem ganhasse, ficaria com as moedas dos vencedores. tinha certeza que ganharia. As cartas de cada um foram reveladas e todos viram que as cartas de era realmente as melhores. Resultado: ele ganhou todo o dinheiro de e . e perderam todas as suas moedas e tiveram que sair do jogo.

- WOOOOOOW! – gritou, comemorando com uma dancinha. Olhou pro . – NA SUA CARA, ! NA-SUA-CARA! – apontou o dedo pro amigo, rindo da sua cara. – Esse é o JONAS POWER, meu amigo! – gritou, exageradamente.
- É o que? – arqueou a sobrancelha.
- JONAS POWER! – gritou novamente no mesmo tom empolgado.
- Que idiotice é essa agora? – riu.
- Só os vencedores entendem. – disse, quase rindo.
- Ta bom, . Já entendemos. – revirou os olhos.
- Own, não fica triste . – fez cara de triste. - Você só foi mais uma vítima do JONAS POWER! – gritou e riu.
- Não enche, . – revirou os olhos.
- Ok, volta pro jogo. – fez careta, olhando pro .
- Ainda dá tempo de vocês desistirem. – sorriu pros amigos.
- Joga logo, porra. – se irritou.

O jogo continuou. Ainda restavam , , , , e eu. Ficaria difícil ganhar do com a quantidade de moedas que ele tinha agora, mas não era impossível. Eu não perderia MESMO a chance de ganhar dele. ganhou algumas partidas, mas nenhuma das apostas eram grandes.

- Eu aposto tudo o que eu tenho! – disse, olhando o seu pequeno monte de moedas.
- Vou ter que pagar pra ver, . – sorriu pra amiga.
- Ninguém mais vai aceitar? – perguntou, olhando pros outros amigos. Ninguém aceitou.
- Mostra. – pediu, se referindo as cartas.
- MOSTRA PRA ELE COMO É QUE SE FAZ, AMOR! – gritou. virou as cartas, que eram consideravelmente boas, porém as de eram ainda melhores.
- DROGA! – disse, irritada.
- JONAS POWER, querida. – gritou e gargalhou.
- Isso já está ficando irritante, . – revirou os olhos.
- Aprenda a perder, . – piscou pra ela.
- Não vou discutir com você por causa desse jogo idiota. – riu, se sentando ao lado de .
- Ok, quem será o próximo a sofrer o JONAS POWER ? – voltou a olhar pro jogo.
- Você vai sentir o ’s POWER se não calar a boca. – Eu disse, impaciente.
- Estou ansioso. – sorriu falsamente pra mim. Revirei os olhos.
- Fala menos e joga mais, Jonas. – Eu disse, irritada.
- Jogar MAIS? Não vai ter graça, . – olhou pra mim, sarcástico.
- Me poupe do seu sarcasmo. – Eu rolei os olhos.
- Me poupe da sua inveja. – retrucou. Eu já ia responder, mas falou antes.
- EU VOU JOGAR! – gritou.
- Ok, então joga. – disse, querendo que deixasse eu e pra lá.

jogou e depois eu e o . Nós ganhamos algumas partidas, mas era sempre quem ganhava as maiores quantias. Eu já estava ficando irritada com aquele jogo, com ele, com tudo!

- Ok, APOSTO TUDO! – gritou, vendo que tinha ótimas cartas em suas mãos.
- Eu aceito, irmão. – Eu sorri pra ele.
- Eu estou fora! – não quis participar dessa rodada. Suas cartas certamente não deveriam ser boas.
- Pronta pra perder, irmãzinha? – riu, antes de mostrar suas cartas.
- Vai em frente. – Eu sorri falsamente pra ele. mostrou suas cartas e para sua surpresa, minhas cartas eram melhores.
- ADEUS, IRMÃO. – Eu acenei com a mão. Ele me olhou, furioso.
- Não.. pode ser. – olhou minhas cartas novamente.
- Perdeu pra ? Você já foi melhor, . – disse e gargalhou. Eu e olhamos pra ele, sérios.
- Vai se ferrar, Jonas. – se levantou, furioso. Indo pro sofá, ao lado da sua namorada.
- É, vai se ferrar, Jonas. – Eu repeti no mesmo tom que .
- Que pena que você não sofreu o JONAS’S POW.. – ia dizendo e o interrompeu.
- Não termina a frase, . – negou com a cabeça, furioso. – Pelo bem da nossa amizade. – olhou por amigo furioso. Ele era realmente competitivo. Era por isso que SEMPRE acabava em briga.
- Ta bom, ta bom. – rolou os olhos. – Vamos voltar a jogar. – voltou a olhar pra mesa. Restavam apenas eu, , e ele na mesa.

Ficamos mais um bom tempo jogando até que o próximo jogador fosse desclassificado. Todos que já haviam saído do jogo, observavam o desfecho do mesmo, menos e que estavam com um fogo só no sofá. Eles ficavam cochichando no ouvido do outro. e as vezes olhavam e riam. Quem estava jogando, nem notou. Estávamos todos tão concentrando no jogo.

- NÃO VALE ISSO, . Pode ir parando. – disse, irritado.
- Não estou fazendo nada! – disse, indignado.
- Amor, vou ir ao banheiro. – se levantou e riu de forma provocante pro , que a observou deixar a sala, olhando-a da cabeça aos pés.
- Não, ! Você jogou errado. – fez cara feia, vendo as cartas da .
- Não se intromete, ! – disse, brava, enquanto escondia suas cartas.
- Uma mulher tem que ganhar.. – resmungou, observando o jogo.
- Sai fora, ! – e disseram juntos, irritados.

aproveitou que todos estavam entretidos com o jogo e se levantou discretamente, indo em direção ao banheiro da casa de . O corredor estava escuro e ele arqueou a sobrancelha, procurando por .

- ! – Ele disse baixinho, para que seus amigos não ouvissem.
- Por que demorou tanto!? – apareceu atrás dele com um sorriso sedutor. Acendeu a luz. As mãos dele rapidamente colaram no corpo dela. Ele apalpava cada parte do seu corpo, enquanto eles se beijavam empolgadamente. a colou na parede e apertou sua cintura. terminou o beijo e sorriu. Segurou sua mão e o levou até um dos quartos. estava maluco. Faria qualquer coisa que ela quisesse. Antes que ela abrisse a porta do quarto, ele retirou a blusa dela e a empurrou pra dentro do quarto.
- Espera, esse é o quarto do ? – disse, quebrando o clima.
- Isso não faz diferença, ! – disse, irritado e voltou a beijá-la. Ela se empolgou e tirou sua blusa também.
- Você.. quer mesmo isso? – perguntou, depois de jogá-la na cama de .
- Sei o que estou fazendo. – Ela sorriu e ele voltou a beijá-la.

Com o tempo, as peças das roupas foram sendo retiradas. Os lençóis da cama de estavam todos bagunçados e amaçados agora. Eles estavam tão empolgados e doidos, que se esqueceram que seus amigos estavam na mesma casa. Eles não queriam saber disso. Eles só queriam saber que duas virgindades estavam sendo perdidas ali. E melhor: estavam perdendo isso juntos. Duas pessoas que se amam, que apesar de jovens, sabem o que estão fazendo e sabem que cada um é a pessoa certa para aquele momento especial de sua vida.


O jogo continuava na sala da casa de . já havia perdido o jogo. havia tirado ela do jogo, sem querer. Ele estava sendo bonzinho demais com ela e todos já estavam desconfiando. Na primeira tentativa que teve para disfarçar, tirou ela do jogo. Restavam eu, e .

- E..... – virou suas cartas e depois virou as suas. – JONAS POWER, meu filho! – gritou, quando viu que tinha ganho do amigo.
- Vai começar com essa putaria de novo. – revirou os olhos.
- Tem JONAS POWER pra todo mundo. – gargalhou. – Você é a próxima, . – olhou pra mim, forçando um sorriso.
- Vou fazer você engolir esse seu POWER, Jonas. – Eu cerrei os olhos, olhando pra ele. Agora só restava eu e ele.
- , ganha isso! – pediu.
- SILÊNCIO! – gritou, irritado. – Eu preciso de silêncio pra me concentrar. – voltou a olhar pro jogo.
- Pode se concentra. A vai ganhar de você. – disse, rindo.
- Como você ganhou? – riu e olhou pro amigo.
- Fica na sua, Jonas. – rolou os olhos.
- Jonas? – sorriu e fez cara de pensativo. – Isso me faz lembrar de JONAS POWER, o que me faz lembrar diretamente da sua DERROTA PRA MIM. – gargalhou.
- HA-HA-HA. – fingiu uma risada.
- Joga de uma vez, . – Eu disse, impaciente.
- Está com pressa pra perder, ? – riu, olhando suas cartas.
- Estou com pressa pra acabar esse jogo e sair de perto de você logo. – Eu sorri falsamente.
- Esse seu lado estúpido me deixa louco, sabia? – disse, sarcástico.
- Engraçado. – Eu olhei pra ele e voltei a sorrir de forma forçada.

Jogamos mais algumas rodadas. Houveram apostas, eu ganhei a maioria, mas elas eram pequenas. Nenhuma delas foram suficientes para fazer perder o jogo. Uma nova rodada foi começada. As cartas foram distribuídas e ela definiria o vencedor.

- Aposto TUDO. – Eu sorri pro .
- Tudo? - arqueou a sobrancelha.
- É, tudo. – Eu confirmei.
- Está sabendo que se eu ganhar, acaba o jogo, né? – sorriu pra mim.
- Vai me ensinar a jogar agora? – Eu sorri falsamente.
- Ele está enrolando, porque não quer aceitar a aposta. – gargalhou.
- Isso quer dizer, que você está COM MEDO? – Eu ri da cara dele.
- Que medo, garota. – também riu.
- PÓ, PÓ, PÓ.. – disse, imitando uma galinha.
- Não se mete, viado. – disse, irritado.
- ACEITA OU NÃO? – Eu perguntei, impaciente. Estava feliz. Pelo jeito, ele não tinha cartas boas nas mãos.
- Quer saber, ACEITO! – sorriu pra mim.
- Aceita? – Eu arqueei a sobrancelha. COMO ASSIM ACEITA? Achei que ele não tinha nada, caramba!
- O que aconteceu com toda a sua coragem, ? – riu da minha cara.
- PARA DE ME CHAMAR DE , INFELIZ. – Eu gritei, furiosa.
- Já parei, . – disse, me olhando, sério.
- .. – Eu suspirei, impaciente.
- Joga, . – revirou os olhos.
- VAI, ! – gritou, me apoiando. Olhei minhas cartas. Eu tinha a 2° melhor jogada do jogo. só ganharia de mim, se tivesse a 1° melhor jogada. Não era possível.
- Ok. – Eu respirei fundo e virei minhas cartas. Olhei rapidamente pro , para ver a sua expressão. Ele não teve reação. Apenas voltou a olhar as suas cartas.
- E ae, ? – perguntou, querendo que o amigo virasse as cartas.
- Eu acho que.. – fez cara de triste. – Você perdeu pro JONAS POWER! – gritou, virando suas cartas. Sim! Ele tinha a MELHOR jogada de todo o jogo.
- DROGA! – Eu disse, dando um tapa na mesa.
- Que merda. – fez careta.
- NA SUA CARA, ! – apontou o dedo pra mim. – JONAS POWER NA SUA CARA! – continuou gritando na minha cara.
- Sai de perto de mim, Jonas. – Eu empurrei ele.
- Não fica triste. – me olhou, sério. – Você jogou bem. – sorriu pra mim. Até me sensibilizei com a gentileza dele. – QUEM EU QUERO ENGANAR? VOCÊ É PÉSSIMA! – gargalhou e eu me levantei da mesa.
- Ta bom, . Já falou. Você é bom, você é foda. Parabéns. – olhou pro amigo. – Pode parar de falar agora. – sorriu falsamente.
- Eu não falo com derrotados. – riu da cara da amiga.
- Vai ser legal ver o seu diálogo com o espelho. – riu.
- Que ótimo que vocês assumem que são todos derrotados. – forçou um sorriso.
- CHEGA, JONAS! – Eu gritei, irritada. – O que eu tenho que fazer pra você calar a boca? – Eu perguntei, inocentemente.
- Você não vai gostar. – sorriu pra mim.
- SEU NOJENTO. – Eu revirei os olhos.
- Não liga pra ele, . – levantou e veio pra mais perto de mim.
- Ele faz isso pra me irritar. – Eu suspirei, furiosa.
- Eu sei que faz. Não liga! – sorriu.
- Eu não consigo. – Eu suspirei.
- Eu disse que tinha JONAS POWER PRA TODO MUNDO. – disse, olhando pros amigos, que estavam sentados no sofá.
- Se ele falar JONAS POWER de novo. Eu.. – Eu ia dizendo.
- Vocês são podres, por que não tem JONAS POWER! – gritou, conversando com os amigos.
- Ok, já chega. – Eu disse, indo em direção a ele.
- Hey, ta maluca? O que você vai fazer? – entrou na minha frente.
- Você sabe que eu te amo, . Avise a todos que eu amo cada um deles também e que eu quero que eles vão me visitar todos os domingos na prisão. – Eu sorri pra ela.
- Do que você ta falando? – riu.
- Quando a polícia chegar, deixem que eles me levem. Eu vou estar feliz. – Eu segurei cada umbro dela e sorri.
- E por que você vai ser presa? – continuou rindo.
- JONAS POWER, idiotas! – Ouvi gritar.
- Eu vou matar o . – Eu disse, assim que ouvi ele dizer aquelas palavras novamente.
- Para, doida. – negou a cabeça, rindo.
- É sério. – Eu disse, séria.
- Vai dar uma volta pela casa, vai. Volta daqui a pouco. – me empurrou pra fora da sala.
- Melhor mesmo. – Eu sai e comecei a andar pelo corredor.

Passei pelo banheiro e depois fui até o quarto em que eu dormiria e arrumei algumas roupas que estavam amarrotadas na mala. Já haviam dado 15 minutos que eu havia saído da sala. Já era tempo suficiente. Eu nem ouvia mais dizer JONAS POWER. Me levantei da cama e sai, indo pro corredor. Passei na frente da porta do quarto de e ouvi um barulho. Eram duas vozes conversando. Não consegui descobri de quem eram as vozes, mas deduzi que era de e , já que eles haviam sumido da sala. Abri a porta e levei o maior susto da minha vida.

- OH MEU DEUS! – Eu gritei, cobrindo os olhos. e estavam na cama. Por sorte, estavam embaixo do lençol e já tinham terminado o que havia feito.
- ! – gritou, arregalando os olhos.
- Que droga. – disse, nervosa.
- O QUE VOCÊS ESTÃO FAZENDO? – Eu gritei, surpresa.
- COMO VOCÊ ENTRA SEM BATER NA PORTA? – gritou, irritado.
- COMO EU IA SABER QUE VOCÊS ESTAVAM.. – Quando eu fui dizer a palavra, me dei conta da gravidade. – MEU DEUS. – Eu dei alguns passos pra trás, sai do quarto e fechei a porta.
- É a que ta gritando? – olhou assustado pros amigos.
- É! – gritou, assustada.

Todos se levantaram correndo para ver o que tinha acontecido comigo. Foram em direção ao corredor e quando me viram, eu estava em choque, olhando pra porta do quarto de .

- O que aconteceu? – gritou, preocupado.
- Eu.. não.. Eu.. – Eu comecei a gaguejar. – Meu Deus.. – Eu comecei a rir.
- Não me diga que você bebeu o Whisky do meu pai? – riu, olhando pra mim.
- Não é nada disso. – Eu neguei com a cabeça. – É que.. – Eu apontei pra porta do quarto. Não consegui terminar a frase.
- O que? – se aproximou de mim, ficando de frente a porta de seu quarto.
- Eles.. – Eu sorri e voltei a apontar pra porta.
- O que tem no meu quarto? – disse, sem entender. Foi abrir a porta do seu quarto.
- NÃO.. – Não deu tempo, ele abriu antes de eu impedi-lo.
- PORRA! – gritou, tampando os olhos. estava terminando de colocar seu shorts. ainda estava deitado na cama e o lençol cobria seu corpo. - Calma, . Eu posso explicar. – disse, sem jeito.
- NÃO ACREDITO QUE VOCÊS DECIDIRAM PERDER A PORRA DE VIRGINDADE NA MINHA CAMA. – disse, revoltado.
- Não, . – tentou explicar.
- Ele disse perder a virgindade? – fez careta, olhando pra mim.
- Sim, ele disse. – Eu concordei, rindo.
- EU NUNCA MAIS VOU DORMIR NESSA PORCARIA DE CAMA. – gritou, revoltado.
- Não exagera. – disse, terminando de se trocar.
- NÃO EXAGERAR? COMO EU VOU DORMIR SABENDO QUE VOCÊ.. – olhou pro amigo e fez careta. – QUE NOJO, CARA. – negou com a cabeça.
- Eles.. – fez careta. – Na cama do ? – perguntou, chocado.
- Sim. – Eu concordei.
- Não acredito. – riu.
- ERA SÓ ME FALAR, QUE EU PAGAVA A PORRA DO MOTEL PRA VOCÊS! – continuou gritando.
- Para, . – disse, chateada. Ela estava constrangida com isso tudo.
- SAIAM DAQUI, AGORA! ANDA! – começou a expulsá-los de seu quarto. – E LEVEM ESSES LENÇÓIS E ATAQUEM FOGO. – gritou, fazendo careta.
- Desculpa, cara. – sorriu, olhando pro amigo.
- VOCÊ AINDA TA RINDO, FILHO DA PUTA? – gritou, furioso.
- Já parei. – segurou a risada e sai do quarto.

O resto da noite terminou assim. reclamando e xingando até a morte e todos achando a maior graça. Os garotos arrumaram suas camas na sala e as garotas em um quarto de hospede da casa de .

- , minha cama ta arrumada. – disse, apontando seu colchão pro amigo. – Quer dar uma rapidinha? Fica a vontade. – disse, sarcástico.
- Sério? Deixa eu só chamar a . – fingiu que ia chamar a .
- Fica longe daqui, viado. – gritou, revoltado. e gargalharam.

Eu ainda estava irritada com o . Ele havia me irritando mais do que nunca naquele dia. Eu estava fora de mim. Ele me deixava assim. Eu e as garotas conversamos sobre isso no ‘nosso’ quarto. Aproveitamos para perguntar para , se ela havia feito tudo com com segurança. Ficamos aliviadas quando ela afirmou que sim. Querendo ou não, era estranho saber que meu irmão não era mais virgem.


No outro dia acordamos bem cedo. Fomos todos juntos pra escola e decidimos que nem iriámos tomar café, já que ainda estávamos sem recursos para a fazer a comida. Comeríamos alguma coisa na escola mesmo. ainda estava irritado com a situação da noite anterior, mas não como antes. Ele provavelmente compraria outra cama.

Eu estava na aula de História. Eu não via a hora que o sinal do intervalo batesse pra eu poder sair dali e comer. Eu estava faminta. Eu sempre tomava café, nem que fosse uma fruta. Não estava acostumada a ficar tanto tempo sem comer. Quando o sinal do intervalo tocou, eu sai correndo da sala. Estava passando pelo corredor, quando alguém me puxou.

- O que você quer, ? – Eu perguntei, irritada.
- Você deve estar ansiosa pra festa de amanhã. Mark vai estar lá. – ironizou, apenas querendo demonstrar a sua raiva por Mark. Eu chamo isso de ciúmes, mas tudo bem.
- Não começa com isso, . – Eu olhei pro , séria. Eu ainda estava irritada com ele. Mais um pouco e eu acabaria perdendo a paciência. Deixei de olhá-lo. Estávamos perto demais.
- É bom ele ficar bem longe de mim na festa. – forçou um sorriso.
- Ele vai ficar longe de você, por que ele estará comigo. E eu vou estar o mais longe possível de você. – Eu disse, somente por que sabia que ia irritá-lo.
- Sério? E como vai dançar comigo? – sorriu, sarcástico.
- Eu não vou. – Eu sorri falsamente e sai.

Fui em direção a escada, deixando ele falando sozinho. Dei alguns passos, quando senti uma mão puxando o meu braço. Era o . Ele entrou na minha frente

- O que você quer dizer? – me olhou, furioso.
- Não vou dançar com você, . – Encarei ele, séria.
- E como você pretende fazer isso sozinha? – sorriu, tirando com a minha cara.
- Quem falou sobre fazer isso sozinha? – Eu puxei meu braço, fazendo com que a mão de o soltasse. me olhou, sério. Sorri falsamente e sai, voltando a andar em direção a escada.









Continua...


Nota da Autora: 


Hey! Então, eu espero que estejam gostando da fanfic. Está dando muito trabalho, mas eu estou AMANDO escrevê-la. Eu me inspirei em uma outra fanfic que eu li e fiz as minhas MUITAS alterações (com a autorização da autora da mesma). Como vocês já perceberam, ela está em andamento. Eu vou postar de acordo com o que eu for escrevendo. 

Vocês devem ter percebido que nessa fanfic, os Jonas não são tão 'politicamente corretos' e nem tem uma banda. Eu achei legal fazer uma coisa diferente.

Enfim, deixe o seu comentário aqui embaixo. A sua opinião é importante, pois me incentiva a escrever ainda mais e mais.

Beijos e qualquer coisa e erro, mandem reply pra mim lá no @jonasnobrasil . 


29 comentários:

  1. Respostas
    1. faz melhor então queridinha.
      a fic tá maravilhosa, sério!! parabéns pelo excelente trabalho!

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    2. faz 900 pessoas ler sua fic então besta, nem coragem de sair do anônimo tem. CU ARROMABDO!! a fanfic está ÓTIMA e esse ANÔNIMO frouxa não escreve melhor, PARABÉNS PELA FANFIC.

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    3. TA UM CÚ? UM CÚ É TU FDP QUE NEM CORAGEM PRA FALAR NA CARA TEM NÉ? AH POR FAVOR SE É TÃO CÚ PORQUE QUE LÊ ENTÃO ARROMBADA? A FIC É P E R F E I T A u.u

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    4. Está muito repetitiva...um saco rs

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    5. cu é a tua CARA imbecil a fic está ótima se enxerga!!!!!!!!

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    6. opnião totalmente desnecessária...

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    7. Pra que ler então Recalcada , A fafic ta otima e ninguem Precisa Da tua Opinião querida , fica na tua ....

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  2. NÃÃÃÃÃO EU PRECISO DANÇAR COM O JOOOONAS E ESSA MERDA DE MARK VAI ESTRAGA TUUUDO !!!!
    POR FAVOR ALGUMA COISA DE BOM PRECISA ACONTECE COMIGO E COM O ADAM

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  3. Tá um cu você, horrorosa. Se não gosta, não lê invejosa. Tá maravilhosa, apenas !

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  4. NÃÃÃÃÃÃÃO POR FAVOR FAZ ALGUMA COISA BOA ACONTECER FILHA! lol A FIC É Ó T I M A porém acho que alguma coisa boa tem que acontecer comigo e meu Jonas. Tipo eu to agindo feito uma idiota mano kkkkkkkkk mas sério, eu A-MO a fic *-* ta de parabéns tu é uma ótima escritora. Porem chega de brigas, eu tenho que assumir logo pra ele que eu o amo e fazer algo pra porra dar certo né? u.u haha

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  5. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAH QUASE CHOREI DE RIR COM O JONAS'S POWER SOCORROA DSFÇSÇDKÇFDGJSKLÇLDGJSKLAALGJAS PUTA MERDA, CADE O REEEEEEEEESTO???? TA ÓTIMA A FIC *O*

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  6. kkkkkkkkkkkkkkkkkkk Amei esse cap. Posta outro rapidooo

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  7. Caraca preciso imediatamento de outro cap. Morrendo de rir akii

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  8. Nossa estou adorado a fic a fic toda foi engraçada e muito legal. Mais POR FAVOR eu preciso dança com o meu JONAS

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  9. Nesse sito do capitulo 36 *---*

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  10. EU TENHO QUE LER O CAP 36 AGORAA !! OMG ! NÃO VOU AGUENTAR DE ANSIEDADE ! I LOVE JONAS'S POWER! KKKKKK #queficperfeitaa *---*

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  11. Eu PRECISO dançar com o (Nick) ele tá com ciumes isso é tão fofo e as vezes ele também é irritante mas ele é MEU JONAS IRRITANTE! tiraram o Peter e a Jess e agora tem o Mark pra estragar tudo (apenaxxxxxx com raiva)

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  12. eu preciso ficar com o jonas logo, AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA! ADOROOO A FIC TA PERFEITA

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  13. NAAAAAAO, eu tenho que dançar com o Jonas e me reconciliar com ele, pfvr.
    sua fic é tipo, P-E-R-F-E-I-T-A ! *------*

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  14. Minha critica: a fic é excelente, porém é repetitiva: o Jonas e eu brigamos, aí passa um tempo nos conciliamos, e brigamos de novo.
    Dica: ou a gente briga de vez, ou faz as pazes de vez.
    Outra dica: Jonas e eu não somos os únicos casais que brigamos, os outros casais da fic são perfeitos demais entende ?
    Fora isso, tá legal a fic.

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  15. AAAAAAAAAHHHHHHHHHH que fic perfeita <3 Comecei a ler o primeiro capítulo na quinta e não consegui parar de ler kkk sério, estou amando a fanfic! Estou dando muita risada com ela.
    Caramba, eu realmente fiquei com raiva do Jonas kkkkk do Peter e da Jessie também!
    Fala sério, o Jonas é um idiota! Mas ainda sim amo ele *-* Uma das fanfics mais legais que eu já li. Gostei de perder dois dias lendo, valeu a pena! Até quando eu não tava lendo eu ficava pensado nela kkk sério.
    Não vejo a hora de ler o próximo capítulo! Quero muito ver o que vai acontecer!
    Parabéns! Está incrível <3

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  16. AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA !!!!!!!!!!!!!!!! POOOOOSTAAAAAAAAAAAAAAA LOOOOOOOOGOOOOOOOOOOOOOOOOO to amando essa fic *---------------* gente to mais que ansiosa PELOOOAAMOOOORDEEEDEUSPOOOSTAAALOGOOOOOOOOOO ............

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  17. CONTINUAAA POOOOR FAVOOOR!!! Tá perfeito!

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  18. MANO, VOCÊ TEM QUE CONTINUAR POSTANDO, EU TÔ ME ARRANHANDO DEMAIS !!!
    HUSAUSAUSAHUASHUSAHUAS, PLEASE, DEIXA EU E MEU JONAS SEREM LIIINDOS E PREFEITOS !
    DEIXA EU ESFREGAR NA CARA DAS VADIAS QUE ELE É MEU, E DEIXA ELE ESFREGAR NA CARA DO MARK QUE EU SOU DELE ! VAMOS, LIIIIIIIINDA, EU SEI QUE É COMPLICADO, MAS EU PRECISO DO CAPITULO 36 !
    VÊ SE NEM PENSE EM DESISTIR DE POSTAR, POR QUE SE NÃO EU TE CAÇO E TE MATO HEIN !
    PS : DEIXE EU SER FELIZ COM MEU JONAS -RUUUM-
    BEIJOOS !


    @JustDuuda

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  19. Como eu ri nesse capítulo!!! Amei amei amei... perfeita demais!

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  20. kkkk JonasPOWER kkkkk amoo muitoo e o meu irmão na cama do ...kkkkkk mto foda esse cap!!! mas eu e o meu jonas temos que voltar!!!!

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  21. Só quero ficar com o jonas só isso... já passamos por muitas coisas, merecemos ficar juntos né ?

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  22. HSAJKSHAKJSHAJSHAJKSHAJSA meu deus não aguentei quando eu vi a cena do meu irmão com a minha amiga, e jeeeeesus pq eu tenho que ser tão dificil preciso do meu jonas D:

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